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Psicologia da Educação Tema 3

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DEFINIÇÃO 
Percepções da atualidade na Psicologia da Educação Humanista com as inteligências múltiplas; 
a inteligência emocional, seu objeto de estudo; e a importância para a formação do professor. 
PROPÓSITO 
Compreender a importância da Psicologia da Educação Humanista para a formação docente, 
indicando seus principais representantes e a aplicabilidade dos respectivos conceitos à prática 
pedagógica. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Reconhecer a importância da Psicologia da Educação Humanista e da Gestalt como sua 
precursora 
MÓDULO 2 
Distinguir os princípios da teoria de Carl Rogers e a sua aplicabilidade à Educação 
MÓDULO 3 
Identificar atualidades da Psicologia da Educação Humanista, como a teoria das inteligências 
múltiplas e a abordagem da inteligência emocional 
MÓDULO 1 
 
Reconhecer a importância da Psicologia da Educação Humanista e da Gestalt como sua 
precursora 
INTRODUÇÃO 
A Psicologia e a Pedagogia têm a sua origem na Grécia, ambas influenciadas pela Filosofia. Os 
primeiros a abordarem aspectos relacionados à Psicologia foram os filósofos gregos clássicos, 
há cerca de 200 anos a.C.. 
CERCA DE 200 ANOS A.C 
O calendário que utilizamos é o chamado Gregoriano, que tem como “marco zero” o nascimento 
de Cristo, começando a partir daí a contagem dos anos da chamada Era Cristã. A sigla a.C., 
portanto, significa uma data acontecida antes do nascimento de Cristo. 
A Pedagogia também teve a sua origem na Grécia Antiga, onde eram chamados de pedagogos 
os escravos que acompanhavam a educação das crianças. Posteriormente, a Psicologia e a 
Pedagogia se afirmaram e se desenvolveram como ciências independentes. 
Observe este quadro, que indica o significado etimológico do nome e o objeto de estudo de cada 
uma das duas ciências: 
 
Significado etimológico 
da palavra 
Objeto de estudo 
Psicologia 
A expressão Psicologia 
deriva das palavras 
gregas psyché (alma, 
espírito) 
e logos (estudo, razão, 
compreensão). Psicologia 
poderia ser compreendida 
então, como o "estudo da 
alma" ou a "compreensão 
da alma". 
A Psicologia é a ciência que estuda o 
comportamento do ser humano em seus 
diversos aspectos e em suas diversas 
manifestações. 
Pedagogia 
A palavra “pedagogia” é 
derivada de dois radicais 
da língua grega. Sua 
A Pedagogia é a ciência que estuda a 
Educação, os processos de ensino e de 
aprendizagem em seus múltiplos aspectos. 
javascript:void(0)
origem vem de paidos, 
que significava “criança”. 
O outro radical é agoge, 
que pode ser traduzido 
como “conduzir” ou 
“condução”. A origem de 
pedagogia tinha o 
significado de “conduzir a 
criança”, ou seja, ensiná-
la e ajudá-la no 
crescimento. 
Fontes: Dicionário Etimológico e Gramática.net 
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
Foi tão grande a afinidade entre a Psicologia e a Educação que uma das áreas de estudo da 
primeira foi exatamente a “Psicologia da Educação”. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Maros Markovic 
O QUE É A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO? 
Sem entrar na polêmica da utilização dos termos Psicologia da Educação e Psicologia Escolar, 
utilizaremos o primeiro, compreendendo-a como: 
A PSICOLOGIA EDUCACIONAL PODE SER CONSIDERADA COMO UMA SUBÁREA DA 
PSICOLOGIA (...) QUE TEM COMO VOCAÇÃO A PRODUÇÃO DE SABERES RELATIVOS 
AO FENÔMENO PSICOLÓGICO CONSTITUINTE DO PROCESSO EDUCATIVO. 
ANTUNES, 2008 
UMA BREVE VISITA À HISTÓRIA DA PSICOLOGIA 
O ano de 1879 é reconhecido como o marco do surgimento da Psicologia como ciência. Foi 
quando W. M. Wundt (1832-1920) fundou o primeiro laboratório de Psicologia Experimental na 
Universidade de Leipzig (Alemanha). Embora fosse muito diferente da concepção moderna dos 
laboratórios científicos, ele tem incrível importância histórica. 
W. M. WUNDT (1832-1920) 
Wilhelm Maximilian Wundt foi um médico, filósofo e psicólogo alemão. É considerado um dos 
fundadores da psicologia experimental. 
 Fonte:Shutterstock Da esquerda para a direita, Wundt é o terceiro. Os 
outros homens presentes no laboratório são pesquisadores. 
Ao estudar a História da Psicologia sempre nos deparamos com a citação da existência de “três 
grandes forças”: 
1ª FORÇA EM PSICOLOGIA: O BEHAVIORISMO 
 SkinnerSkinner 
Também chamado de comportamentalismo, tem como foco a observação e a modificação do 
comportamento humano. Seu representante mais conhecido foi B. F. Skinner (1904-1990). 
2ª FORÇA EM PSICOLOGIA: A PSICANÁLISE 
 FreudFreud 
Tem como grande descoberta a existência do inconsciente humano. Seu representante mais 
conhecido foi S. Freud (1856-1939). 
3ª FORÇA EM PSICOLOGIA: A PSICOLOGIA HUMANISTA 
 RogersRogers 
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Surgiu como uma reação às duas anteriores; valoriza a experiência consciente e trabalha com 
aspectos como criatividade, percepção, motivação, autorrealização. Seu representante mais 
conhecido foi C. Rogers (1902-1987). 
É JUSTAMENTE ESSA “TERCEIRA FORÇA” (OU SEJA, A PSICOLOGIA HUMANISTA) E 
SEUS IMPACTOS NA EDUCAÇÃO QUE VAMOS CONHECER. 
De acordo com Schultz e Schultz (2008), a Psicologia da Educação Humanista tem, como 
aspectos fundamentais: 
1 Valorizar a experiência consciente, contrapondo-se à ênfase da Psicanálise nos processos 
humanos inconscientes. 
 
2 Possuir uma visão positiva e otimista do indivíduo, na integralidade da natureza e da conduta 
humana (alguns autores chamam a Psicologia humanista de Psicologia positiva). 
 
3 Concentrar-se na liberdade de escolhas, na espontaneidade e no poder de criação do homem. 
 
4 Definir como foco dos estudos tudo que é relevante para a condição humana. 
GESTALT, UMA TEORIA DA PERCEPÇÃO 
A Teoria da Gestalt (ou teoria da forma), conhecida pelos estudos da percepção humana e por 
ter se afirmado como importante escola terapêutica, é considerada uma corrente precursora da 
Psicologia humanista. Surgiu na Alemanha, na década de 1910, e colocava o ser humano no 
centro da Psicologia, com o status de protagonista, responsável pelas suas escolhas e crenças. 
Ela tem importância em várias áreas, como por exemplo: 
 Fonte:Shutterstock O triângulo enxergado ao centro não existe. 
Ele é formado pela nossa percepção graças ao corte nos três círculos. A Gestalt estuda esse 
tipo de fenômeno. 
Agora vamos utilizar o DICIO (Dicionário Online de Português) para verificar o significado do 
termo Gestalt. Observe o verbete: 
SIGNIFICADO DE GESTALT 
substantivo feminino 
[Psicologia] Teoria segundo a qual os fenômenos psicológicos são configurações, tomadas como 
organizadas, indivisíveis, articuladas e interligadas. 
Artes Plásticas. Teoria de que a percepção emocional ou estética de uma obra não está ligada 
à interpretação do espectador, sendo inerente à sua forma e conteúdo. 
Pronuncia-se: /guestalt/. 
Etimologia (origem da palavra gestalt). Do alemão Gestalt. 
Fonte: dicio.com.br 
TEÓRICOS MAIS IMPORTANTES DA GESTALT 
Quatro teóricos foram importantes no movimento gestaltista e, consequentemente, para a 
Psicologia humanista. Vamos conhecê-los? 
 autor/shutterstock 
MAX WERTHEIMER (1880-1943) realizou estudos sobre a percepção do movimento. 
 autor/shutterstock 
KURT KOFFKA (1886-1941) Sistematizou os princípios da Gestalt e relacionou-a com a 
Psicologia. 
 autor/shutterstock 
WOLFGANG KÖHLER (1887-1967) Realizou estudos do comportamento de chimpanzés e foi o 
criador do termo insight, percepção súbita e esclarecedora. 
 autor/shutterstock 
KURT LEWIN (1890-1947) Tido por muitos como o criador da Psicologia Social, criou a Teoria 
do Espaço Vital e iniciou os estudos de Dinâmica de Grupo como técnica e procedimento 
educativo. 
Antes de continuarmos, é importante explicar dois conceitos que apareceram: 
INSIGHT 
TEORIA DO ESPAÇO VITAL 
INSIGHT 
É uma percepção mental rápida e clara, uma descoberta, uma revelação. Acontece com 
frequência quando resolvemos problemas, buscamos a solução, nos debruçamos sobre ele até 
que, de repente, a soluçãoaparece, como se ela estivesse olhando para nós. Muitas vezes é 
ilustrado como uma lâmpada que se acende na cabeça de uma pessoa. 
TEORIA DO ESPAÇO VITAL 
É o espaço vital ou campo psicológico correspondente a todos os fatos que determinam o 
comportamento de um indivíduo em certo momento. O meio físico, ou geográfico, faz parte dele 
como um dos componentes, mas o espaço vital equivale ao mundo que a pessoa o experimenta 
em determinado momento de sua vida. Leva em conta o próprio indivíduo, o meio e a totalidade 
dos fatos existentes e mutuamente dependentes naquele momento. Dele fazem parte as 
necessidades, as crenças, os valores, o sistema perceptivo e o motor do ser humano, por 
exemplo. 
Uma das áreas do espaço vital, de grande importância para o ser humano, é aquele onde se 
situa a escola, a aprendizagem formal e tudo que a ela se relaciona. 
UMA CURIOSIDADE SOBRE A GESTALT 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_humanista/index.html#collapse-steps1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_humanista/index.html#collapse-steps2
Um dos pontos importantes no estudo da Psicologia Humanista são os chamados testes de 
percepção, que se baseiam nos princípios e nas leis da Gestalt. Vamos ver dois deles. Preste 
bastante atenção ao que você percebe primeiro. 
1º TESTE 
Alguns percebem primeiro o perfil de duas pessoas (área em preto); outros percebem a figura 
de um vaso (área em branco). 
MAS, POR QUE ISSO OCORRE? 
 Fonte:ShutterstockFonte: Shutterstock.com | Por Peter Hermes Furian 
EXPLICAÇÃO 
Segundo a Gestalt, há uma tendência da percepção em buscar a boa forma, permitindo a relação 
entre figura e fundo. 
Essa figura é ambígua, fazendo com que, em um momento, os dois perfis de pessoas sejam 
figura (percebidos primeiro); em outro momento, os dois perfis se tornam fundo e o vaso aparece 
como figura. 
Não é possível ver o vaso e os perfis ao mesmo tempo. 
2º TESTE 
Qual é o segmento de reta maior, A ou B? 
 
Fonte:ShutterstockFonte: Shutterstock.com | Por Peter Hermes Furian 
EXPLICAÇÃO 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Embora o segmento A pareça maior que o B, os dois têm o mesmo tamanho, é apenas uma 
ilusão de ótica. 
Nessa situação, não é possível alcançar o que a Gestalt chama de percepção da “boa forma” 
porque a imagem não apresenta equilíbrio, simetria, estabilidade, simplicidade e regularidade. 
ATENÇÃO 
Esses chamados “testes de percepção” não podem avaliar nada, são apenas exemplos dos 
princípios da Gestalt. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por WAYHOME studio 
CONCLUSÃO 
TALVEZ VOCÊ ESTEJA SE PERGUNTANDO: QUAL A RELAÇÃO DA GESTALT COM A 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO HUMANISTA? 
Além de precursora da Psicologia da Educação Humanista, a Gestalt influenciou os estudos do 
desenvolvimento e da aprendizagem humana. 
Seus princípios são aplicados, por exemplo, na produção de todo o material didático impresso 
ou virtual, como este que estamos utilizando, tornando-o mais harmonioso e amigável para a 
percepção dos professores e alunos. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Iakov Filimonov 
Na sala de aula presencial, dentre a quantidade de estímulos perceptuais existentes, é 
necessário que o professor, os conceitos e materiais que apresenta, sejam “figura” (prioritários) 
para a percepção dos alunos a fim de fixar a atenção e a motivação para aprender. 
Se, ao contrário, forem “fundo” (secundários) para a percepção do aluno, haverá dispersão e 
desinteresse pela aula. 
O professor sempre quer que a sua aula seja pregnante. Segundo a Gestalt, a pregnância de um 
objeto define a rapidez com que é percebido e assimilado, além da eficiência da comunicação 
da mensagem enviada ao receptor. 
Apesar de todo esse caminho parecer didático, é possível termos algumas dúvidas: 
1 O que isso pode ajudar a um profissional ligado à educação ou a outra área? 
 
2 Será que eu conseguirei entender um aluno? 
 
3 E como posso fazer para conversar com outros profissionais? 
RESUMO 
A Psicologia e a Educação são dois campos diferentes, mas que se encontram no século XX. 
Eles se encontram, pois os dois lidam com a questão de como o aluno passa a ser percebido 
como alguém diante do ambiente, das trocas. Se ele é alguém, não podemos imaginar que ele 
seja um gravador, que quando começar a falar sobre baía, morro, montanha, ele 
automaticamente vá entender tudo o que ouviu. E que depois basta ser cobrado na prova para 
que prove saber. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Monkey Business Images 
DICA 
Um professor deve entender que ele não é o sujeito que vai condicionar o aluno, ou que vai 
corrigir seu caminho. O melhor que esse profissional pode fazer — como a Psicologia humanista 
nos mostrou — é pensar que o outro seja um sujeito. Uma pessoa, a qual possui uma teia de 
relações dinâmicas, que uma vez reconhecida deve ser estimulada. Então, se permitir 
os insights, se estimular o aluno como centro do seu olhar, terá mais capacidade de que ele o 
entenda, que construa algum tipo de conhecimento. 
Vamos entender como funciona Psicologia humanista e Educação na prática: 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
A PSICOLOGIA DA GESTALT FOI DESENVOLVIDA POR VÁRIOS ESTUDIOSOS. UM DELES 
FORMULOU A CONHECIDA TEORIA DO ESPAÇO VITAL, DE GRANDE APLICAÇÃO NA 
PSICOLOGIA E NA EDUCAÇÃO. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O NOME 
DESSE TEÓRICO: 
Sigmund Freud 
Wolfgang Köhler 
Burrhus Frederic Skinner 
Kurt Lewin 
2. UMA PROFESSORA SELECIONA COM CUIDADO O MATERIAL QUE VAI UTILIZAR PARA 
APRESENTAR UM CONCEITO NOVO AOS ALUNOS. ALÉM DISSO, ORGANIZA O 
ASSUNTO EM GRAUS DE DIFICULDADE E LANÇA MÃO DA VOZ E DOS GESTOS PARA 
SUBLINHAR OS ASPECTOS MAIS IMPORTANTES. SEGUNDO A GESTALT: 
Ela deseja que a aula e o conteúdo apresentado se tornem figura para os alunos. 
Ela deseja que os alunos não tenham insights durante a aula. 
Ela deseja que a aula e o conteúdo apresentado se tornem fundo para os alunos. 
Ela deseja que a aula não seja pregnante para os alunos. 
GABARITO 
A Psicologia da Gestalt foi desenvolvida por vários estudiosos. Um deles formulou a 
conhecida teoria do espaço vital, de grande aplicação na Psicologia e na Educação. 
Assinale a alternativa que apresenta o nome desse teórico: A alternativa "D " está correta. 
Kurt Lewin foi um dos principais teóricos da Gestalt. Foi o fundador da Psicologia social e dos 
estudos sobre a teoria da dinâmica de grupo, utilizando métodos científicos para estudar os 
fenômenos que ocorrem em humanos, com aplicações na área organizacional e na Educação. 
Seu conceito mais conhecido foi o de “espaço vital”, um espaço psicológico e não físico, “(...) a 
totalidade de fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento” (LEWIN, 
1973). 
2. Uma professora seleciona com cuidado o material que vai utilizar para apresentar um 
conceito novo aos alunos. Além disso, organiza o assunto em graus de dificuldade e lança 
mão da voz e dos gestos para sublinhar os aspectos mais importantes. Segundo a 
Gestalt: A alternativa "A " está correta. 
Quando um professor dá uma aula, deseja sempre que ele próprio e o conteúdo se tornem 
“figura”, e não “fundo” para os alunos. Segundo a Gestalt, no processo de percepção, a figura é 
o elemento percebido primeiro e possui significado, destacando-se do fundo, que é menos 
significativo. Quanto aos insights, eles são desejáveis, pois constituem percepções rápidas, 
descobertas ligadas à compreensão, ao conhecimento, à intuição. Aprimoram a capacidade de 
apreender alguma coisa, pois as soluções de problemas surgem de forma repentina. 
MÓDULO 2 
 
Distinguir os princípios da teoria de Carl Rogers e a sua aplicabilidade na Educação 
PREMISSA 
No módulo anterior... 
 Verificamos a estreita relação entre a Psicologia e a Pedagogia, o surgimento do Humanismo 
como a “terceira força na Psicologia”, em contraposição à Psicanálise e ao Behaviorismo. 
 Vimos que a Psicologia da EducaçãoHumanista se caracteriza pela visão positiva do ser 
humano, pela valorização das suas escolhas e pelo foco no que é relevante para a condição 
humana. 
 Abordamos a Gestalt, também conhecida como Psicologia da forma, como precursora da 
Psicologia da Educação Humanista e seus vultos mais importantes. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por fran_kie 
AGORA, ESTUDAREMOS UM DOS TEÓRICOS MAIS IMPORTANTES DO HUMANISMO, 
CRIADOR DA ABORDAGEM EDUCACIONAL CHAMADA “LIBERDADE PARA APRENDER”. 
PARA MIM, FACILITAR A APRENDIZAGEM É O OBJETIVO ESSENCIAL DA EDUCAÇÃO, A 
MELHOR MANEIRA DE CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO QUE 
APRENDE E DE APRENDER AO MESMO TEMPO A VIVER COMO INDIVÍDUOS. EU VEJO O 
PROCESSO QUE PERMITE FACILITAR A APRENDIZAGEM COMO UMA FUNÇÃO CAPAZ 
DE LEVAR A RESPOSTAS CONSTRUTIVAS, PROVISÓRIAS E EVOLUTIVAS PARA 
CERTAS INTERROGAÇÕES MUITÍSSIMO IMPORTANTES QUE ASSALTAM OS HOMENS 
ATUALMENTE. (ROGERS, 1986) 
VAMOS EXPLICAR MELHOR ESSA CITAÇÃO: 
Imaginemos uma professora que ama percepção do espaço. Alguém que acha que o homem 
que entende o espaço, entende melhor a vida. Porém, quando ela fala sobre Geografia física 
aos alunos, eles querem sair correndo. 
Pelo que lemos, se essa professora utilizar as ideias de Carl Rogers, ela pode ter alguns 
resultados diferentes. Se a educação é uma maneira de contribuir para o desenvolvimento do 
indivíduo, então essa profissional não precisa chegar com a informação que tem, uma vez que 
se ela faz isso, o aluno não tem o que fazer. 
Da maneira com a qual essa profissional está agindo, o aluno só ouve, repete, anota, repete para 
si e esquece. Se ela conseguir que o aluno primeiro perceba que aquele conhecimento é 
importante, ela dará ferramentas para que ele consiga construir um pensamento sobre aquilo e 
assim a coisa pode ser diferente. 
Se, em vez de falar dos tipos de erosão, falar sobre o problema de uma região e pedir para que 
os alunos, com a ajuda da Geografia, desvendem o que está acontecendo, eles serão 
despertados pelo senso de empatia, pelo despertar do conhecimento. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Monkey Business Images 
QUEM FOI CARL ROGERS? 
Fazendo uma breve biografia acadêmica de Carl Rogers (1902-1987), percebemos que o norte-
americano teve uma formação inicial em Ciências Físicas e Biológicas, além de ter frequentado 
seminário teológico; e somente mais tarde se dedicou aos estudos da Psicologia, área de seu 
mestrado e doutorado. 
 Fonte:ShutterstockCarl Rogers. Fonte: Bettmann Archive 
INÍCIO DOS ESTUDOS 
Tendo iniciados seus primeiros experimentos clínicos ainda apoiados na teoria behaviorista, teria 
já trabalhado os princípios de ruptura com Freud e Skinner, aproximando-se das proposições de 
Otto Rank (1884-1939), que já havia se desligado da linha ortodoxa de Freud. 
INGRESSANDO EM PSICOLOGIA 
Carl Rogers, trabalhando com as questões da Psicologia e da clínica, passou a perceber que a 
prática poderia lhe dar mais possibilidades do que as amarras dos velhos conceitos acadêmicos. 
Isso fez com que o professor Carl Rogers cada vez mais se dedicasse à clínica, quando ele se 
torna professor universitário em Ohio (EUA), do que necessariamente à reprodução de seus 
mestres. 
CRÍTICAS 
Sua busca era centrar-se no paciente e nas demandas relativas ao paciente; sua produção e 
suas potencialidades de desenvolvimento e melhoria dos resultados. De todo modo, as críticas 
iniciais a que foi submetido, justamente por se afastar de pressupostos, naquele momento 
reconhecidos como clássicos; a relação com os estudantes ávidos por buscar e obter resultados 
que não se manifestavam somente nos manuais, elevou-o à condição de um autor em evidência 
na área da Psicologia, tornando-o um sucesso editorial. 
“PROFESSOR ROGERS” 
Foi como professor da Universidade de Chicago (EUA) e secretário executivo do Centro de 
Aconselhamento Terapêutico que ele escreveu seu método de terapia centrada no cliente, 
mudando a linha de formação dele próprio e se aproximando de pessoas como Kurt Goldstein 
(1878-1965), formulando uma teoria da personalidade e conduzindo pesquisas sobre a 
psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação à abordagem do momento, a Psicanálise. 
APROXIMAÇÃO COM A EDUCAÇÃO 
Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade de Wisconsin (EUA), onde se graduou; lá ele 
se aproximou definitivamente da Educação e do potencial de seus estudos para essa outra 
ciência. Seu estudo de psicoterapia é brilhante, intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia 
em pacientes diagnosticados por esquizofrenia, extrapolando para outras dificuldades que 
impactavam a vida dos pacientes e seus desenvolvimentos. Seus estudos sempre se atentavam 
ao paciente e às suas relações ambientais, sociais, com ênfase no envolvimento da família; o 
foco de sua abordagem buscava perceber as relações humanas como elemento primordial. 
RECONHECIMENTO 
Desde 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La Jolla, Califórnia (EUA), 
entrando em contato com outros teóricos humanistas, como Maslow (1908-1970), e filósofos, 
como Buber (1878-1965) e outros. 
Carl Rogers chegou ao auge de sua popularidade, passando a ser considerado referência por 
muitos, por verem nele uma linha diversa da marcada pelo uso dos medicamentos, das técnicas 
terapêuticas lineares e dos diagnósticos. 
A TRAJETÓRIA DE CARL ROGERS PODE PARECER UMA INFORMAÇÃO 
ENCICLOPÉDICA, MAS NOS AJUDA A COMPREENDER O TRAJETO DE SUA TEORIA. 
A Psicologia não era um campo consolidado, ainda podemos chamar de campo inicial quando 
Rogers se interessa por ela e, por conta disso, fortemente dominado pelas relações freudianas. 
Os estudos sobre comportamento, reprodução, assimilação e as capacidades da mente humana 
faziam parte dos noticiários, das revistas científicas e eram considerados avanços importantes. 
Afinal, é importante lembrar que tanto Pedagogia como Psicologia, em termos científicos, como 
campo de pesquisa, eram relativamente recentes. Ainda que nomes importantes já viessem 
sinalizando outros caminhos, essa trajetória de rompimento nos dois campos de uma vez 
(Psicologia e Educação) não foi nada fácil. 
RESUMINDO 
A biografia de Rogers humaniza a pesquisa e o desafio vivido para que ela pudesse ter sido 
empreendida. Ao desenvolver um modelo de Psicologia centrado no paciente, permite um 
desdobramento de uma educação centrada no aluno. Esse paradigma não tem nada de simples 
ou pequeno, mas representa efetivamente uma mudança da maneira como o senso comum, 
ainda atualmente, pensa a Educação. 
“TERAPIA CENTRADA NA PESSOA”? 
Foi a abordagem psicoterapêutica criada por Carl Rogers, que considerava a saúde mental como 
principal questão da Psicologia, contradizendo, por exemplo, a ênfase na neurose, da 
Psicanálise e na modificação do comportamento observável, do Behaviorismo. 
O terapeuta precisa criar um clima de empatia, compreensão e aceitação, permitindo ao cliente 
expressar-se abertamente. Atua como um facilitador, sabendo que o paciente tem recursos para 
a autocompreensão e para mudar o próprio comportamento. 
Está fundamentada em três princípios: congruência, vivência livre dos sentimentos e atitudes; 
consideração positiva incondicional do terapeuta em relação ao paciente; compreensão 
empática, percebendo o quadro do paciente como se fosse o seu. 
TODO O TRABALHO DA PSICOTERAPIA SE REFERE A UMA FALHA NA COMUNICAÇÃO. 
A PESSOA EMOCIONALMENTE DESADAPTADA, O 'NEURÓTICO', TEM DIFICULDADES, 
EM PRIMEIRO LUGAR, PORQUE ROMPEU A COMUNICAÇÃO CONSIGO PRÓPRIA E, EM 
SEGUNDO, PORQUE, COMO RESULTADO DESSA RUPTURA, A COMUNICAÇÃO COM OS 
OUTROS SE VIU PREJUDICADA. (ROGERS, 1997) 
Ao se tornar "moda" no campo da Educação, Rogers o fez partindo de um preceito fundamental: a 
educação deve ser centrada no aluno. Não é no problema do aluno, não é na fragilidade do 
aluno, não é para agradar ao aluno, mas sim no entendimento que é nesse sujeito complexo, 
cheio derelações, que é diferente, que efetivamente aprende, desenvolve e descobre que deve 
estar o olhar do educador. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Rawpixel.com 
CARL ROGERS E A PROPOSTA DE “LIBERDADE PARA APRENDER” 
A síntese das ideias de Rogers sobre a Educação está no livro Liberdade para aprender (1973), 
no qual questiona o papel da escola diante das questões sociais e da atualidade. Para ele, o 
papel da Educação seria o de libertar a curiosidade, a indagação e a criatividade dos alunos, 
permitindo que busquem seus próprios caminhos. 
Fala de dois tipos de aprendizagem: a que tem o formato de “tarefa imposta”, meramente 
intelectual, e a “experiencial”, significativa e repleta de confiança e aceitação mútua, que torna o 
indivíduo autoconfiante e criativo. 
Acredita que todos os indivíduos possuem uma potencialidade natural para aprender e que a 
aprendizagem flui naturalmente quando o aluno escolhe livremente a sua orientação e se 
defronta com problemas práticos, reais e do seu interesse. 
O professor é chamado de “facilitador da aprendizagem” porque, segundo Rogers, não se pode 
ensinar diretamente a alguém, o que se pode é facilitar a aprendizagem. O facilitador disponibiliza 
aos alunos recursos de aprendizagem (o conhecimento do professor também é um recurso de 
aprendizagem), cria um clima de confiança e aceitação mútua, permitindo a livre expressão das 
ideias. 
Precisa apresentar três qualidades essenciais: 
 Fonte:Shutterstock 
 SAIBA MAIS 
No livro, também relata algumas experiências bem-sucedidas de aplicação dessa metodologia. 
Sintetizando, Rogers fala de dez princípios que norteiam a aprendizagem e precisam ser 
respeitados. Vamos ver quais são: 
1 O ser humano possui aptidões naturais para aprender. 
 
2 A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como 
relacionado aos seus objetivos e interesses. 
 
3 A aprendizagem, que implica uma modificação profunda da organização interna, representa 
uma ameaça e o aluno tende a resistir a ela. 
 
4 Essa aprendizagem, que constitui uma ameaça interna, é mais facilmente assimilada quando 
as ameaças externas são minimizadas. 
 
5 Quando o sujeito se sente pouco ameaçado, a experiência pode ser percebida de maneira 
diferente e o processo de aprendizagem pode se efetivar de forma positiva. 
 
6 A verdadeira aprendizagem ocorre em grande parte por meio da ação. 
 
7 A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa ativamente do processo. 
 
8 A aprendizagem espontânea envolve a própria personalidade do aluno. 
 
9 Independência, criatividade e autonomia são facilitadas quando a autocrítica e autoavaliação 
são privilegiadas em relação à avaliação feita por terceiros. 
 
10 A aprendizagem mais importante, no mundo moderno, é aquela que conhece o seu 
funcionamento e permite ao sujeito a disposição para experimentar e assimilar suas mudanças. 
Vamos pensar um pouco como a proposta de Rogers é impactante para a sala de aula: 
EDUCAÇÃO NO SENSO COMUM 
EDUCAÇÃO EM ROGERS 
Como o indivíduo aprende? 
O ser humano, na educação, deve absorver os conhecimentos transmitidos. 
Como o indivíduo aprende? 
O ser humano aprende, sempre, em todas as oportunidades, faz parte de seu cotidiano, 
independentemente da transmissão. 
 
O que aprende? 
Os interesses, objetivos e conteúdos são definidos pela instituição e pelo professor; é função do 
aluno ouvir. 
O que aprende? 
Os interesses do aluno são preponderantes para o aprendizado. 
 
Como se comporta? 
O aluno deve aceitar e repetir a educação recebida já que é para seu bem. 
Como se comporta? 
O aluno tende a resistir ao novo, ao que lhe tire da condição de conforto. 
 
Como se firma o aprendizado? 
O aluno aprende por absorção e recebimento das informações. 
Como se firma o aprendizado? 
O aluno aprende pelo fazer, pelo interagir, pelo reconhecer. 
 
Qual a conclusão? 
A aprendizagem é padrão e todos os alunos devem receber da mesma forma e eles são 
classificados em graus. 
Qual a conclusão? 
A aprendizagem tem relação com a personalidade do aluno, seus interesses e como recebe a 
interação com o outro. 
EXEMPLO 
Imagine que uma das turmas lecionada por um tutor seja cheia de alunos. 
COMO PENSAR EM RELAÇÃO À PERSONALIDADE DE CADA UM PARA PODER DAR 
AULA? 
Devemos ter em mente que Rogers não está ensinando a dar aulas, mas sim explicando como 
o aluno aprende, o que chama a sua atenção. 
EXPLICAÇÃO 
O tutor deve começar a perceber que o aluno não aprende só com ele, mas sim que o aluno tem 
um mar de colegas para troca. O que o autor nos traz é incômodo, pois é o conhecimento novo, 
é a importância de se melhorar o significado, pensar um pouco mais no que o aluno precisa. 
Uma sugestão seria, na próxima aula de relevo, pedir para os alunos identificarem onde é a casa 
deles, quem mora perto de lagoa, mora em morro, em plano, em vale e com isso organizar a sala 
pelas regiões. Assim, eles conversarão sobre o que é morar naquela condição, sobre o que tem 
de especial ou de problemático. 
O SEGUIDOR MAIS CONHECIDO DAS IDEIAS DE CARL ROGERS SOBRE EDUCAÇÃO 
Antes de terminarmos o módulo, vamos falar um pouco de Summerhill, uma escola fundada na 
Inglaterra, em 1921, pelo educador Alexander Sutherland Neill (1883-1973) e uma das pioneiras 
nas chamadas "escolas democráticas". 
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Atualmente, Summerhill é dirigida pela filha de Neill, Zoe Readhead e atende alunos que cursam 
o que corresponde, no nosso sistema, ao ensino fundamental e ao ensino médio. 
 Fonte:ShutterstockAlexander Sutherland Neill 
 Fonte:ShutterstockEscola Summerhill. Fonte: wikimedia.org 
É caracterizada por dois princípios: a possibilidade de os alunos escolherem se querem ou não 
assistir às aulas e a realização de assembleias, das quais todos participam, para decidir as 
normas da escola. 
QUANDO FAÇO PALESTRA PARA UM GRUPO DE PROFESSORES, COMEÇO POR DIZER 
QUE NÃO VOU FALAR SOBRE ASSUNTOS ESCOLARES, SOBRE DISCIPLINA OU SOBRE 
AULAS. DURANTE UMA HORA MEU AUDITÓRIO OUVE EM ENLEVADO SILÊNCIO E, 
DEPOIS DO APLAUSO SINCERO, O PRESIDENTE ANUNCIA QUE ESTOU PRONTO PARA 
RESPONDER A PERGUNTAS. 
 
PELO MENOS TRÊS QUARTOS DAS PERGUNTAS QUE ME FAZEM VERSAM SOBRE 
MATÉRIA ESCOLAR E ENSINO. NÃO DIGO ISSO TOMANDO ARES SUPERIORES, DE 
FORMA ALGUMA. DIGO-O COM TRISTEZA E PARA MOSTRAR COMO AS PAREDES DAS 
SALAS DE AULAS E OS EDIFÍCIOS COM ASPECTO DE PRISÕES ESTREITAM A VISÃO 
DOS PROFESSORES, IMPEDINDO-OS DE VEREM AS COISAS VERDADEIRAMENTE 
ESSENCIAIS DA EDUCAÇÃO. 
 
O TRABALHO DELES TRATA COM UMA PARTE DA CRIANÇA QUE ESTÁ ACIMA DO 
PESCOÇO, E NATURALMENTE, A PARTE VITAL, EMOCIONAL DELA, FICA SENDO 
TERRITÓRIO ESTRANGEIRO PARA O MESTRE. EU GOSTARIA DE VER UM MOVIMENTO 
MAIOR DE REBELIÃO ENTRE NOSSOS JOVENS PROFESSORES. EDUCAÇÃO DE ALTO 
NÍVEL E DIPLOMAS UNIVERSITÁRIOS NÃO FAZEM A MÍNIMA DIFERENÇA NA 
CONFRONTAÇÃO DOS MALES DA SOCIEDADE. UM NEURÓTICO LETRADO NÃO FAZ 
DIFERENÇA ALGUMA DE UM NEURÓTICO ILETRADO. (NEILL, 1980) 
 
Essa ideia não tem nada de simples. A educação formal, uma vez recebida, mesmo para aqueles 
que têm excelente desempenho pode não significar nada, mas ser tremendamente relevante a 
alunos que foram considerados fracos na análise de seus "resultados". 
Rogers e Neil apontam para o fato de que, quando é o centro, é no sujeito em que observaremos 
as transformações e é a partir dele que deve ser pensada a educação como um todo. Traços 
humanos devem ser postos em jogo, devem ser entendidos para que todos os componentes 
possam ser observados (cotidiano, tensões, medos, transformações) e para que a escola não 
vire um equivocado palco de disputas de inteligências mal formuladas. 
EM BUSCA DA INTELIGÊNCIA 
No processo educativo, professor e aluno experimentam mudanças em suas características 
pessoais de ser e perceber. 
QUERO QUE MEUS FILHOS ENTENDAM O MUNDO, MAS NÃO APENAS PORQUE O 
MUNDO É FASCINANTE E A MENTE HUMANA, CURIOSA. QUEROQUE ELES 
COMPREENDAM O MUNDO PARA QUE POSSAM FAZER DELE UM LUGAR MELHOR. 
CONHECIMENTO NÃO É O MESMO QUE MORALIDADE, MAS, SE QUISERMOS EVITAR 
ERROS PASSADOS E TOMAR RUMOS POSITIVOS, PRECISAMOS ENTENDER. 
 
UMA PARTE IMPORTANTE DESSA COMPREENSÃO É SABER QUEM SOMOS E O QUE 
PODEMOS FAZER (...) AS VIVÊNCIAS DE COMPREENSÃO QUE VERDADEIRAMENTE 
IMPORTAM SÃO AS QUE FAZEMOS COMO SERES HUMANOS NUM MUNDO IMPERFEITO, 
QUE PODEMOS AFETAR POSITIVA OU NEGATIVAMENTE. (ROGERS, 1999) 
 
A provocação de Carl Rogers nos ajuda a perceber um pouco mais; é só para ficar com a ideia 
guardada, pois no próximo módulo estudaremos como a Psicologia humanista tem recentemente 
se dedicado a pensar as inteligências. 
 Fonte:ShutterstockFonte: Shutterstock.com | Por fizkes 
RESUMO 
Estamos indo cada vez mais longe! Podemos entender que Rogers trouxe para a Educação uma 
mudança fundamental: o olhar sobre o aluno. 
O ALUNO NÃO É UM AGENTE PASSIVO DO CONHECIMENTO, MAS ELE É O PRÓPRIO 
PRODUTOR DO CONHECIMENTO. 
Sabemos que esse conceito é difícil. Imagine alguém chegando em uma sala de professores 
com essas ideias. Possivelmente, diversos colegas olhariam espantados. Isso se deve ao fato 
de que nós somos muito acostumados a imaginar que o professor vem para trazer o 
conhecimento. De fato, tem sentido. 
Devemos refletir que alguns de nós escolheu uma profissão quando temos um referencial. Por 
exemplo, alguns querem ser professor porque tiveram um professor fantástico. E não 
necessariamente estamos falando sobre a aula que aquele professor dava, mas sim pelas trocas 
que foram feitas, por acreditar nos alunos. Podemos entender em Rogers a questão do desafio, 
da ação. 
Vamos entender como funciona Psicologia humanista e Educação na prática: 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. FIEL ÀS IDEIAS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO HUMANISTA, CARL ROGERS AFIRMA 
QUE O EDUCADOR, A QUEM CHAMA DE FACILITADOR DA APRENDIZAGEM, DEVE 
POSSUIR ALGUMAS ATITUDES QUE SÃO CONSIDERADAS BÁSICAS. 
QUAIS SÃO ELAS? 
Autenticidade, aceitação, incongruência. 
Autenticidade, aceitação, compreensão empática. 
Autoritarismo, aceitação, compreensão empática. 
Autenticidade, aceitação de algumas atitudes dos alunos, compreensão empática. 
2. ROGERS ENUNCIOU DEZ PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A LIBERDADE PARA 
APRENDER. UM DESSES PRINCÍPIOS É: 
O ser humano não possui motivação natural para a aprendizagem, por isso precisa ser treinado 
para issoA 
A verdadeira aprendizagem ocorre por meio da atenção na aula e no estudo do conteúdo. 
A aprendizagem autêntica supõe que o assunto seja percebido pelo estudante como relacionado 
aos seus objetivos e interesses. 
A aprendizagem ocorre por meio de estímulos e reforços, a mudança comportamental ocorre por 
meio do reforço — estímulo do comportamento desejado. 
GABARITO 
1. Fiel às ideias da Psicologia da Educação Humanista, Carl Rogers afirma que o educador, 
a quem chama de facilitador da aprendizagem, deve possuir algumas atitudes que são 
consideradas básicas. Quais são elas? A alternativa "B " está correta. 
A autenticidade se refere à expressão sincera das próprias ideias, emoções e dos próprios 
sentimentos. Congruência: consiste na atitude autêntica diante do outro, na capacidade de 
estabelecer uma relação sem máscaras, genuína e espontânea. Rogers propõe a compreensão 
empática e a “Aceitação de outro indivíduo, como pessoa separada, cujo valor próprio é um 
direito. É uma confiança básica — convicção de que a outra pessoa é merecedora de crédito. 
Apreço pelo aprendiz como ser humano imperfeito, dotado de sentimentos e potencialidades” 
(ROGERS, 1973). Essa aceitação deve ser relativa a todas as atitudes dos alunos. Todos os 
princípios da teoria rogeriana apontam a necessidade da educação democrática e nunca do 
autoritarismo. 
2. Rogers enunciou dez princípios que norteiam a Liberdade para Aprender. Um desses 
princípios é: A alternativa "C " está correta. 
Um dos princípios da Psicologia da Educação Humanista Rogeriana é a crença no potencial 
humano. Segundo o autor, cada pessoa tem as respostas e os direcionamentos necessários 
para conduzir a própria vida. Aprendizagem ocorre, em grande parte, por meio da ação e não da 
atenção na aula e no estudo do conteúdo. O autor afirma que a aprendizagem autêntica requer 
a motivação oriunda da percepção do aluno de que o que está sendo aprendido é pertinente em 
relação aos seus objetivos, àquilo que verdadeiramente lhe interessa. 
MÓDULO 3 
 
Identificar atualidades da Psicologia da Educação Humanista, como a teoria das 
inteligências múltiplas e a abordagem da inteligência emocional 
PREMISSA 
Encerramos o módulo anterior, que nos apresentou Carl Rogers – e as suas ideias sobre a 
liberdade para aprender e as características do professor “facilitador da aprendizagem” –, um 
dos mais conhecidos representantes da Psicologia da Educação Humanista. 
Essa corrente teórica não ficou restrita ao início do século XX, teve seguidores e dissidentes e 
frutificou em abordagens teóricas como as duas que veremos agora: a teoria das inteligências 
múltiplas e a teoria da inteligência emocional. Vamos conhecê-las! 
Este módulo será dedicado ao estudo de duas abordagens da inteligência, bastante 
contemporâneas e que trazem marcas perceptíveis da Psicologia da Educação Humanista. 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Radachynskyi Serhii 
CONCEITO DE INTELIGÊNCIA 
Para começar, vamos conceituar inteligência. O termo inteligência tem muitas definições que 
dependem, inclusive, da escola teórica que a define. Observe estas duas: 
Karl Jaspers [1883-1969] 
“A inteligência é a capacidade de utilizarmos um conjunto de instrumentos (atividade sensorial, 
memória, habilidade psicomotora e verbal e resistência à fadiga), de modo a nos adaptarmos a 
qualquer problema da vida.” 
W. Stern [1871-1938] 
“A inteligência é a capacidade de adaptação a novas situações mediante o emprego consciente 
dos meios ideativos.” 
 SAIBA MAIS 
Podemos utilizar também uma definição bastante genérica, mas muito abrangente: a inteligência 
é o conjunto de todos os atributos intelectuais do indivíduo, incluindo as capacidades de 
conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. Ela distingue o ser humano dos outros 
animais, embora estudos mostrem que outras espécies, além do homem, como os macacos e 
os cães, demonstram sinais de comportamento inteligente. 
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: O QUE SÃO? 
Antes de tratarmos sobre inteligências múltiplas, vamos falar sobre quem é Howard Gardner 
(1943), um norte-americano, descendente de judeus fugidos do nazismo. Formou-se em Harvard 
(EUA), onde entrou para estudar História do Direito, mas acabou seguindo os passos do 
psicanalista Erik Erikson (1902-1994) e mudou a carreira acadêmica para os campos 
combinados de Psicologia e Educação. 
 Fonte:ShutterstockHoward Gardner 
Fez parte do Harvard Project Zero, que se destinava inicialmente às pesquisas sobre educação 
artística. Sua pesquisa era sobre as inteligências múltiplas. Lançou um livro, em 1993, 
chamado Inteligências múltiplas: teoria na prática, tornando-se um best-seller mundial e 
projetando o autor e a sua teoria. 
Os estudos de Howard Gardner sobre a inteligência tiveram grande impacto na Psicologia e na 
Educação no final do século XX. Gardner contradisse o conceito de QI(Quociente de 
inteligência), ainda muito utilizado, e apresentou vários tipos de inteligência com suas respectivas 
características. 
Segundo o autor, nós já nascemos com essas inteligências, mas o desenvolvimento delas será 
determinado não apenas pelos fatores genéticos e neurobiológicos, mas também por fatores 
ambientais. 
O viés humanista do pensamento de Gardner pode ser bem percebido nessa citação do autor, 
ao falar da inteligência da criança e do papel do professor: 
O MAIOR DESAFIO É CONHECER CADA CRIANÇA COMO ELA REALMENTE É, SABER O 
QUE ELA É CAPAZ DE FAZER E CENTRAR A EDUCAÇÃO NAS CAPACIDADES, FORÇAS 
ENOS INTERESSES DESSA CRIANÇA. O PROFESSOR É UM ANTROPÓLOGO, QUE 
OBSERVA A CRIANÇA CUIDADOSAMENTE, E UM ORIENTADOR, QUE AJUDA A CRIANÇA 
A ATINGIR OS OBJETIVOS QUE A ESCOLA, O DISTRITO OU A NAÇÃO ESTABELECEU. 
(GARDNER, 1995) 
 Fonte: Shutterstock.com | Por rozbeh 
QUOCIENTE INTELECTUAL (QI) 
O chamado quociente intelectual (QI) era o padrão utilizado para avaliar a inteligência humana 
aceito no início do século XX e utilizado, por exemplo, para definir o desempenho escolar 
esperado das crianças, correspondente à idade delas. 
Os testes de QI, criados pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911,) eram amplamente 
utilizados e fundamentados na relação entre a idade mental e a idade cronológica. Acreditava-
se que era possível verificar, por meio desses testes, se uma criança apresentava um 
desenvolvimento mental normal, avançado ou com atraso. 
O psicólogo alemão William Stern sugeriu que os escores dos testes de inteligência podiam ser 
expressos em termos de um quociente de inteligência ou QI, de acordo com a fórmula: 
ÓQI = IDADE MENTAL (IM) X 100IDADE CRONOLÓGICA (IC) 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 
EXEMPLO 
Se um indivíduo tem uma idade mental de 10 anos, segundo o resultado de um teste, e uma 
idade cronológica de 8 anos, seu QI será de 125. 
Com o decorrer dos estudos sobre a inteligência humana, Gardner percebeu que o conceito de 
quociente intelectual era insuficiente para explicar fenômeno tão complexo. 
Utilizando variadas formas de testagem, inclusive não verbais, estabeleceu que a capacidade 
cognitiva humana pode ser mais bem descrita como um conjunto de oito capacidades mentais e 
defendeu uma avaliação completamente diversificada do que ele denomina “inteligências 
múltiplas”. 
Esse perfil de inteligências caracteriza cada um de nós, e as múltiplas inteligências são 
desenvolvidas em diferentes graus. Gardner explica que algumas pessoas são mais capazes em 
certos setores que em outros, dependendo das inteligências mais desenvolvidas que possuem, 
mas todos nós somos “inteligentes”. 
É interessante refletirmos em Gardner que todos nós somos inteligentes, mais para algumas 
áreas e menos para outras, e que isso define uma identidade intelectual de cada um. 
Gardner propôs os seguintes tipos de inteligência: 
LÓGICO-MATEMÁTICA 
Quantificar dados e avaliar hipóteses. 
LINGUÍSTICA 
Lidar criativamente com palavras e símbolos. 
CORPORAL-CINESTÉSICA 
Coordenar mente e corpo. 
MUSICAL 
Diferenciar sons, ritmos, tons e timbres. 
ESPACIAL 
Perceber o mundo tridimensionalmente. 
INTERPESSOAL 
Entender os sentimentos e motivações das pessoas, colocando-se no lugar delas. 
INTRAPESSOAL 
Entender a si mesmo e aos seus próprios sentimentos e desejos. 
NATURALISTA 
Compreender a relação entre os seres vivos e o ambiente. 
EXISTENCIAL 
Questionar o sentido da vida e da morte. 
 SAIBA MAIS 
Primeiramente foram diagnosticadas as sete primeiras e somente com a continuidade das 
pesquisas foram reconhecidas a existência de mais duas formas de inteligência (naturalista e 
existencial). 
Como disse Gardner em uma de suas obras: 
[...] PELO MENOS SETE DIFERENTES MODOS DE CONHECER O MUNDO — MODOS QUE 
EM OUTROS LUGARES EU DEFINI COMO AS SETE INTELIGÊNCIAS HUMANAS. DE 
ACORDO COM ESTA ANÁLISE, TODOS NÓS ESTAMOS APTOS A CONHECER O MUNDO 
ATRAVÉS DA LINGUAGEM, DA ANÁLISE LÓGICO-MATEMÁTICA, DA REPRESENTAÇÃO 
ESPACIAL, DO PENSAMENTO MUSICAL, DO USO DO CORPO PARA RESOLVER 
PROBLEMAS OU PARA FAZER COISAS, DE UMA COMPREENSÃO DE NÓS MESMOS. 
ONDE OS INDIVÍDUOS DIFEREM É NO "VIGOR" DESSAS INTELIGÊNCIAS — O ASSIM 
CHAMADO PERFIL DE INTELIGÊNCIAS — E NA FORMA COMO TAIS INTELIGÊNCIAS SÃO 
INVOCADAS E COMBINADAS PARA EXECUTAR DIFERENTES TAREFAS, RESOLVER 
PROBLEMAS VARIADOS E PROGREDIR EM VÁRIAS ÁREAS. (GARDNER, 1994) 
RESUMO 
Se unirmos as perspectivas que aprendemos com o Rogers com o tipo de inteligência do 
Gardner, podemos perceber que cada aluno é um e por isso devemos ofertar possibilidades para 
que o aprendizado possa se materializar. 
EXEMPLO 
Quando pegamos um documento que tem sido muito trabalhado pela escola, como BNCC, em 
especial quando ela fala das fases do desenvolvimento da criança, os tipos de desenvolvimento 
que devem ser encorajados em cada fase, podemos reparar que já vimos isso. A BNCC(Base 
Nacional Comum Curricular) fala em educação por competência e quando lida com o 
desenvolvimento infantil aponta que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento passam 
por reconhecer uma série de aspectos que percebemos presentes na pesquisa de Gardner. 
DANIEL GOLEMAN E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
Vamos encerrar este módulo apresentando um segundo movimento teórico importante na 
Psicologia e que tem as suas raízes na Psicologia da Educação Humanista. 
O conceito de inteligência emocional surgiu na década de 1990 e rapidamente ganhou projeção 
no cenário mundial, provocando polêmicas, consensos e dissensos. 
Estabelecia uma ruptura, de certa forma, com a ênfase na racionalização, base do pensamento 
científico ocidental, resgatando a importância dos aspectos emocionais. 
Daniel Goleman (1946) é um psicólogo, escritor e jornalista norte-americano, autor do best-seller 
Inteligência emocional. Foi aluno no Amherst College e na Universidade da Califórnia, ambos 
nos EUA. Recebeu o PhD na Universidade de Harvard (EUA) onde também lecionou. Foi 
jornalista do The New York Times, onde cobria a seção de ciências do comportamento e do 
cérebro. 
 Fonte:ShutterstockDaniel Goleman 
O conceito de inteligência emocional está ligado ao de “inteligência social”. Podemos afirmar que 
um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar e controlar as 
próprias emoções com mais facilidade. 
Sua formulação nos faz lembrar o conceito de “inteligência intrapessoal”, de Howard Gardner, 
que assim a define: 
(...) O CONHECIMENTO DOS ASPECTOS INTERNOS DE UMA PESSOA: O ACESSO AO 
SENTIMENTO DA PRÓPRIA VIDA, À GAMA DAS PRÓPRIAS EMOÇÕES, À CAPACIDADE 
DE DISCRIMINAR ESSAS EMOÇÕES E EVENTUALMENTE ROTULÁ-LAS E UTILIZÁ-LAS 
COMO UMA MANEIRA DE ENTENDER E ORIENTAR O PRÓPRIO COMPORTAMENTO. A 
PESSOA COM BOA INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL POSSUI UM MODELO VIÁVEL E 
EFETIVO DE SI MESMA. UMA VEZ QUE ESTA INTELIGÊNCIA É A MAIS PRIVADA, ELA 
REQUER A EVIDÊNCIA A PARTIR DA LINGUAGEM, DA MÚSICA OU DE ALGUMA FORMA 
MAIS EXPRESSIVA DE INTELIGÊNCIA PARA QUE O OBSERVADOR A PERCEBA 
FUNCIONANDO. 
(GARDNER, 1995) 
 Fonte: Shutterstock.com | Por Rawpixel.com 
ATENÇÃO 
Se a escola fosse um palco linear onde todos fossem iguais e todas suas maneiras de medir 
fossem idênticas, nossos modelos tradicionais seriam precisos. No entanto, a escola é feita por 
pessoas, que têm diversas formas de inteligências e experimentos de como desenvolver essa 
inteligência. Gardner nos faz pensar em pessoas e em como reconhecemos pessoas. O 
professor também tem as suas inteligências, suas formas de organizar, ordenar, relacionar-se, 
mas cabe a ele perceber que precisa de conhecimento, instrumentalizações, não para transmitir, 
mas sim para desenvolver aspectos dessas inteligências. Grande desafio e, para tal, precisamos 
entender um pouco mais. 
QUAIS SÃO OS DOMÍNIOS BÁSICOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? 
A vida atual e os desafios da modernidade fazem com que o conceito de inteligência emocional 
tenha, atualmente, bastante aplicação. Se pegarmos como exemplo dessa questão os 
professores, eles estão sendo constantemente desafiados em relação à manutenção da 
serenidade e do equilíbrio emocional. 
Segundo Daniel Goleman, no seu livro Inteligência emocional, há cinco domínios básicos a partir 
dos quais essa inteligência se desenvolve. Vamos ver quais são: 
AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL 
Autoconsciência - melhora no reconhecimento e na designação das próprias emoções. 
AUTOCONTROLE 
Controle emocional - habilidade do sujeito para gerir as próprias emoções. 
AUTOMOTIVAÇÃOPersistência - capacidade de canalizar produtivamente as emoções. 
EMPATIA 
Reconhecimento das emoções dos outros, capacidade de adotar a perspectiva do outro. 
SOCIABILIDADE 
Aptidão social - habilidade em relacionamentos interpessoais. 
ALGUMAS VANTAGENS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
Segundo Daniel Goleman, o desenvolvimento da Inteligência Emocional traz inúmeras 
vantagens não apenas intelectuais, mas na vida afetiva, social, profissional. 
Pessoas que possuem inteligência emocional bem desenvolvida, dentre outras coisas: 
 
1 Apresentam menor ansiedade e estresse. 
 
2 Possuem autoestima mais elevada. 
 
3 Desenvolvem melhores relações sociais. 
 
4 Manifestam maior responsabilidade e comprometimento. 
 
5 Têm maior poder de decisão. 
 
6 Apresentam maior equilíbrio emocional. 
 
7 São mais assertivas, têm metas e objetivos mais claros e persistentes. 
 
8 Manifestam maior compreensão e empatia em relação ao próximo. 
Resumindo, o autor fala que a inteligência emocional é: 
(...) A CAPACIDADE DE CRIAR MOTIVAÇÕES PARA SI PRÓPRIO E DE PERSISTIR NUM 
OBJETIVO APESAR DOS PERCALÇOS; DE CONTROLAR IMPULSOS E SABER 
AGUARDAR PELA SATISFAÇÃO DE SEUS DESEJOS; DE SE MANTER EM BOM ESTADO 
DE ESPÍRITO E DE IMPEDIR QUE A ANSIEDADE INTERFIRA NA CAPACIDADE DE 
RACIOCINAR; DE SER EMPÁTICO E AUTOCONFIANTE. (GOLEMAN, 1996) 
RESUMO 
A Psicologia acabou por gerar uma transformação importante na Educação pelo debate sobre o 
papel dos alunos, com a Gestalt, os insights, as “figuras” e técnicas para podermos efetivamente 
trabalhar com os alunos. 
Rogers ajudou a perceber que aluno tem autonomia, tem que ser lidado como indivíduo e que o 
processo de educação não é um ato fácil, aceito, mas sim um processo de mediação 
fundamental. 
Quanto a Gardner e Goleman, pudemos perceber que alunos precisam ser estimulados em suas 
inteligências, que são múltiplas, apresentam conjuntos emocionais fundamentais e devem estar 
no olhar do docente, buscando fortalecer o que é mais efetivo e trabalhar para despertar, 
fundamentar, estruturar as dificuldades que são apresentadas. Sempre com o olhar para o aluno. 
COMENTÁRIO 
Na prática, os professores precisam perceber quais os alunos que são fortes em liderança, e 
contar com eles para ajudá-lo nos trabalhos baseados na solução de problemas. Uma 
possibilidade é eles ajudarem na integração dos grupos. 
É necessário ver quem tem mais facilidade física, e os que possuem um fundamento mais 
estrutural nas operações imediatas têm que ganhar função, participação. 
Existe um desafio pela frente, mas certamente com um conjunto de possibilidades bem mais 
ricas. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. HOWARD GARDNER DESENVOLVEU A CONHECIDA TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS 
MÚLTIPLAS. 
 
SOBRE UMA DELAS, DIZ GARDNER: “(...) EXECUTAR UMA SEQUÊNCIA MÍMICA OU 
BATER NUMA BOLA DE TÊNIS NÃO É RESOLVER UMA EQUAÇÃO MATEMÁTICA. E, NO 
ENTANTO, A CAPACIDADE DE USAR O PRÓPRIO CORPO PARA EXPRESSAR UMA 
EMOÇÃO (COMO NA DANÇA), PRATICAR UM JOGO (COMO NUM ESPORTE) OU CRIAR 
UM PRODUTO [...] É UMA EVIDÊNCIA DOS ASPECTOS COGNITIVOS DO USO DO CORPO” 
(GARDNER, 1995, P. 24). O AUTOR ESTÁ FALANDO DE: 
Inteligência espacial 
Inteligência interpessoal 
Inteligência musical 
Inteligência cinestésica 
2. DANIEL GOLEMAN FALA DE CINCO DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. 
 
OBSERVE AS DUAS COLUNAS A SEGUIR. A PRIMEIRA TRAZ O NOME DE CADA DOMÍNIO 
DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL; A SEGUNDA APRESENTA O CONCEITO DE CADA 
DOMÍNIO, MAS ESTÁ FORA DE ORDEM. 
1 – AUTOCONHECIMENTO EMOCIONAL 
2 – AUTOCONTROLE 
3 – AUTOMOTIVAÇÃO 
4 – EMPATIA 
5 – SOCIABILIDADE 
( ) CONTROLE EMOCIONAL, HABILIDADE DO SUJEITO PARA GERIR AS PRÓPRIAS 
EMOÇÕES. 
( ) HABILIDADE EM RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS, APTIDÃO SOCIAL. 
( ) RECONHECIMENTO DAS EMOÇÕES DOS OUTROS, CAPACIDADE DE ADOTAR A 
PERSPECTIVA DO OUTRO. 
( ) AUTOCONSCIÊNCIA, MELHORA NO RECONHECIMENTO E DESIGNAÇÃO DAS 
PRÓPRIAS EMOÇÕES. 
( ) CAPACIDADE DE CANALIZAR PRODUTIVAMENTE AS EMOÇÕES, PERSISTÊNCIA. 
NUMERE A 2ª COLUNA NA ORDEM CORRETA, FAZENDO CORRESPONDER AS DUAS 
COLUNAS. 
 
AGORA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A NUMERAÇÃO CORRETA: 
2 – 5 – 1 – 4 – 3 
2 – 5 – 4 – 1 – 3 
5 – 2 – 4 – 1 – 3 
3 – 1 – 4 – 5 – 2 
GABARITO 
1. Howard Gardner desenvolveu a conhecida teoria das inteligências múltiplas. 
 
Sobre uma delas, diz Gardner: “(...) executar uma sequência mímica ou bater numa bola 
de tênis não é resolver uma equação matemática. E, no entanto, a capacidade de usar o 
próprio corpo para expressar uma emoção (como na dança), praticar um jogo (como num 
esporte) ou criar um produto [...] é uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do 
corpo” (GARDNER, 1995, p. 24). O autor está falando de: A alternativa "D " está correta. 
O enunciado fala da inteligência corporal – cinestésica, habilidade do uso do corpo todo para 
expressar ideias e sentimentos e para produzir ou transformar objetos. Ela é responsável pelo 
controle dos movimentos corporais em situações e ambientes diversos. 
2. Daniel Goleman fala de cinco domínios da inteligência emocional. 
Observe as duas colunas a seguir. A primeira traz o nome de cada domínio da inteligência 
emocional; a segunda apresenta o conceito de cada domínio, mas está fora de ordem. 
1 – Autoconhecimento emocional 
2 – Autocontrole 
3 – Automotivação 
4 – Empatia 
5 – Sociabilidade 
( ) Controle emocional, habilidade do sujeito para gerir as próprias emoções. 
( ) Habilidade em relacionamentos interpessoais, aptidão social. 
( ) Reconhecimento das emoções dos outros, capacidade de adotar a perspectiva do outro. 
( ) Autoconsciência, melhora no reconhecimento e designação das próprias emoções. 
( ) Capacidade de canalizar produtivamente as emoções, persistência. 
Numere a 2ª coluna na ordem correta, fazendo corresponder as duas colunas. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a numeração correta: A alternativa "B " está correta. 
Assim Goleman, em sua obra Inteligência emocional (1996) fala dos cinco domínios da 
inteligência emocional: 
1 — Autoconsciência: reconhecer um sentimento quando ele ocorre — é o fundamento da 
inteligência emocional. 2 — Lidar com emoções: lidar com os sentimentos para que sejam 
apropriados é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência. 3 — Motivar-se: pôr as 
emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para a automotivação e o 
controle, e para a criatividade. 4 — Reconhecer emoções nos outros: a empatia, outra 
capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a “aptidão pessoal” 
fundamental. 5 — Lidar com relacionamentos: a arte de se relacionar é, em grande parte, a 
aptidão de lidar com as emoções dos outros. 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Estudamos a Psicologia da Educação Humanista e suas principais bases teóricas. 
O Humanismo surgiu fazendo sérias críticas à abordagem Behaviorista, pelo seu determinismo 
exacerbado, e à Psicanálise, e sua ênfase nos determinantes inconscientes do comportamento 
humano. 
Caracterizada pela visão positiva do desenvolvimento humano, considera a educação um 
fenômeno complexo demais para ser visto apenas por uma área do conhecimento, propondo 
abordagens multidisciplinares. A educação exige, primordialmente, o estabelecimento de boas 
relações interpessoais. 
Dá ao aluno posição proeminente nos processos de ensino e aprendizagem. Ele, da mesma 
maneira que o professor, é visto, em primeiro lugar, como uma pessoa, com todas as 
potencialidades e necessidades dos seres humanos.

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