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Noções Básicas de Instrumentação e Paramentação Cirúrgica

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Noções Básicas de Instrumentação e Paramentação Cirúrgica 
Definições 
 Assepsia: afasta os micro-organismos de determinado ambiente. 
 Antissepsia: prevenção do desenvolvimento de agentes infecciosos no ambiente onde se realizou assepsia. 
 Antisséptico: agente químico que pode destruir ou inibir o crescimento de micro-organismos. Soluções alcoólicas 
são para pele íntegra e soluções aquosas para mucosas. 
 Desinfetante: agente químico que destrói micro-organismos em objetos inanimados. 
 Esterilização: erradicação de todos os micro-organismos de determinado ambiente, objeto ou campo operatório. 
Flora normal da pele 
 Microbiota bacteriana endógena: difícil remoção, 
encontrada nos reservatórios mais profundos e 
com difícil ação de bactericidas. A tricotomia faz 
com que haja afloramento da microbiota 
endógena, tendo mais chance de contaminação, 
logo, quando necessário deve-se fazer apenas no 
local da incisão momentos antes da cirurgia (para 
que não se tenha uma repovoação da microbiota) 
com uma máquina específica (tricótomo elétrico). 
 Microbiota transitória: temporária, encontrada 
em regiões mais expostas. Remoção fácil. 
Lavagem das mãos (degermação) 
Retirada de bactérias por remoção mecânica (ato de 
esfregar) e química. 
1. Lavagem rotineira das mãos: indicada para 
qualquer tipo de procedimento, desde o mais 
simples. 
2. Escovação cirúrgica: recomendada em ambiente 
cirúrgico antes da paramentação. 
 
Paramentação 
 
 
 
Colocação de Luvas Cirúrgicas 
 
Preparo do paciente 
 Tricotomia: mais próximo da cirurgia, com tricótomo elétrico 
 Banho do paciente: incluindo escovação dos dentes, que está ligada a menor possibilidade de infecção pulmonar. 
 Degermação com clorexidina no tecido a ser operado: superior a PVPI. Feito após a lavagem do tecido. 
 Clorexidina: ototóxica e oftalmotóxica, logo deve ser evitada em cirurgias otorrinolaringológicas e oftalmológicas. 
(AMRIGS - 2014) Relativamente a zona operatória, considere as assertivas a seguir: 
I. A preparação da pele para a cirurgia, com solução de álcool a 70%, durante 1 minuto, seguida de proteção da pele 
Com cortina aderente de poliéster, mostrou ser tão efetiva quanto a tradicional escovação com iodopovidina 
II. A raspagem da área a ser operada na noite anterior ou algumas horas antes da cirurgia aumenta a flora bacteriana 
da pele, recomendando se por isso, que seja feita imediatamente antes da cirurgia. 
III. Para cirurgias efetuadas em mucosas, podem ser usados iodofor ou solução de benzalcônio a 1:1.000, ambos em 
solução aquosa. 
São corretas: 
a) I, apenas 
b) II, apenas 
c) III, apenas 
d) I, II 
e) I, II, III 
Instrumental Cirúrgico 
 Especiais: usados em determinadas cirurgias. 
 Comuns: instrumentos básicos comuns a qualquer ato operatório. 
Classificação de acordo com a função 
 Antissepsia (Pele) e Embrocação (Mucosas): Pinça de Cherron 
 Diérese: bisturi e tesouras (Mayo e Metzenbaum). Corte e incisões. 
 Hemostasia: pinças Kelly, Rochester, Moynihan, Halsted (mosquito), Mixter. Inibição de sangramentos temporária 
ou definitiva. 
 Preensão: pinças grosseiras tipo Kocher, ou delicadas tipo Allis, Collin, Duval, Babcock. 
 Separação/Afastadores: Gosset, Finochietto, Farabeuf, Langenbeck, Doyen, Deaver e Balfour. Tração e 
apresentação de tecidos. 
 Síntese: porta agulhas (Mayo-Hegar e Mathieu), pinças “dente de rato” ou anatômica. Sutura. 
 
 
Auxiliares/Especiais 
 Instrumentos de Exposição: Afastadores 
o Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua. 
 Afastador maleável 
 Afastador manual Farabeuf: instrumento par. 
 Afastador manual de Doyen 
 Afastador manual Volkman 
o Afastadores auto-estáticos: por si só mantêm as 
estruturas afastadas e estáveis. 
 Afastador auto-estático de Gosset ou 
Laparostato: abdominal. 
 Afastador de Finochietto: torácica 
 Afastador de Balfour 
 
Especiais: de Preensão 
 Pinças Atraumáticas 
 Pinça atraumática Cheron: antissepsia. 
Hastes longas e levemente anguladas, garras 
ligeiramente ovais e com ranhuras para 
fixação das gases. 
 Pinça atraumática de Collin: preensão, 
tração e apresentação. Apresenta 
ranhuras e extremidade triangular com 
bordas arredondadas. 
 Pinça atraumática Foerster: hastes 
longas, com anéis na extremidade com 
ranhuras. Muito usado em GO 
para condução de gases e 
antissepsia útero-vaginal. 
 Pinça atraumática de Babcock: 
extremidade com formato 
parcialmente esférico. Pouco 
traumática por possuir pequena 
superfície de contato. 
 Pinça atraumática de Duval: 
extremidade com ranhuras, semelhante 
à letra D. Preensão, tração e 
apresentação de estruturas. 
 Clamp Intestinal: pinças longas para 
hemostasia e interrupção de transito de 
alças intestinais e estômago 
(coproestase). Apresentam 
estrias/serrilhados nas garras. 
Afastador maleável 
Afastador Farabeuf 
Afastador de Doyen 
Afastador de Volkmann 
Afastador de Gosset 
Afastador de Finochietto 
Afastador de Balfour 
Pinça de Cheron 
Pinça de Collin 
 
Pinça de Foerster 
 
Pinça de Babcock 
 
Pinça de Duval 
 
Clamp Intestinal 
Pinça Anatômica 
 
Pinça Backhaus 
 Pinça anatômica: pinça com ranhuras finas e transversais. Utilização universal, utilizadas em estruturas mais 
delicadas, como vasos, nervos e nas paredes das vísceras. 
 Pinça Backhaus: pontas finas em forma de chifre de boi. Utilizada para preensão e fixação de campos 
cirúrgicos à pele, entre si e à objetos. 
 Pinças Traumáticas 
 Pinça traumática de Allis: preensão de 
tecidos, como alças intestinais. 
 Pinça dente de rato: apresenta dentes 
na extremidade. Preensão de tecidos 
mais grossos. Contraindicadas para 
preensão direta de vasos e vísceras. 
Diérese 
 Cabos de bisturi 
o Descartável 
o Estéril 
 Cabo de bisturi nº 3: adapta-se a lâminas 
menores, usadas em atos cirúrgicos 
delicados. Lâminas entre 10-15 (principais: 
11 e 15). 
 Cabo de bisturi nº 4: adapta-se a lâminas 
maiores, usadas em atos cirúrgicos gerais. 
Lâminas entre 20-25 (principais: 20, 22 e 23). 
 Lâminas de bisturi: são descartáveis. 
 Tesouras: separação de tecidos por esmagamento. São 
classificadas de acordo com a forma das extremidades de suas 
lâminas, que podem ser rombas ou finas, gerando combinações: 
Romba-Romba (RR), Fina-Fina (FF) e Romba-Fina (RF). Além 
disso, são encontrados em versão Reta (R) e Curva (C). 
 Tesoura Metzenbaum: cabo longo e fino. Divulsão e 
dissecação de tecidos. Mais delicada e curva. 
 Tesoura Mayo (Reta ou Curva): porção cortante proporcional à não-cortante. Considerada mais traumática 
que a Metzenbaum. Mais grosseira. 
 
 Tentacânula: instrumento de guia para incisão por bisturi, mas comumente usada para cantoplastia ungueal. 
 Vela de Hegar: dilatação de colo uterino e tratamento de estenose anal pós hemorroidectomia. 
 Butterfly ou Scalp: diérese por punção venosa periférica. 
 Jelco ou Agulha Extracath: diérese por punção venosa periférica, arterial ou toracocentese. 
Pinça de Allis Pinça Dente de Rato 
Cabo descartável 
Cabo estéril nº 3 Cabo estéril nº 4 
Metzembaum Mayo RR Mayo RF Mayo FF 
Tentacânula Vela de Hegar 
Butterfly ou Scalp 
Agulha Extracath ou Jelco 
 Agulha Intracath: diérese por punção venosa profunda. 
 Agulha para punção intraóssea: diérese por punção de acesso intraósseo (para administração de fluidos e 
drogas em situações de dificuldade). Principais locais de punção medular: tíbia proximal, tíbia distal e fêmur. 
 Agulha de Veress: diérese por punção para insuflação de CO2 na cavidade abdominal, promovendo 
pneumoperitônio para cirurgias videolapascópicas. 
 Agulha para punção de aorta abdominal: diérese por punção de aorta abdominal. 
 
 Agulha para peridural: diérese por punção para realização de anestesia peridural. 
 Agulha para raquianestesia (com mandril): diérese por punção para realização de anestesia (raquidural). 
 Agulhade Cope: diérese por punção para realização de biópsia pleural. 
 Agulha de Silverman: diérese por punção para realização de biópsia hepática e renal. 
 
 Dilatador venoso: utilizado na técnica de Seldinger. 
 Trocater universal: diérese por punção. Usado atualmente 
principalmente para casos de bexigoma por obstrução de fluxo urinário 
(cistostomia suprapúbica ou vesicostomia). 
 Trocater descartável: diérese por punção para introduzir material de 
videocirurgia, proporcionando via de acesso de materiais. 
 Serra de Gigli: diérese por secção óssea. Utilizada principalmente para 
amputação de membros e abertura de calota craniana. 
 Rugina: diérese por descolamento de periósteo e por afastamento de 
músculo. 
 Cisalha ou Costótomo: diérese óssea por secção. Muito utilizada em 
cirurgias torácicas, na secção de costelas. 
Hemostasia 
 Pinças Atraumáticas: usadas para ocluir a circulação em grandes vasos, com 
mínimo trauma vascular. 
 Pinça Hemostática Atraumática Satinsky: hemostasia de vasos mais 
calibrosos. 
 Pinça Hemostática Atraumática Bulldog: pequenos clamps para 
manuseio de vasos de pequeno calibre em locais de difícil acesso (como 
vasos superficiais e em cirurgias cardiovasculares). 
Agulha Intracath 
Agulha para 
punção intraóssea 
Agulha de Veress 
estéril 
Agulha de Veress 
descartável 
Agulha para punção 
de aorta abdominal 
Agulha para Peridural 
Agulha para Raquianestesia 
Agulha de Cope 
Agulha de Silverman 
Dilatador Venoso 
Trocater Universal 
Trocater Descartável Serra de Gigli 
Rugina 
Cisalha ou Costótomo 
Pinça Satinsky 
Pinça Bulldog 
 Pinças Traumáticas: devem abranger somente o vaso sangrante e incluir o mínimo possível de tecido adicional. 
 Pinça Hemostática Traumática Mixter: possui pontas anguladas, serrilhado transversal delicado na metade 
superior da garra. Pinça em “J”, longa. Função de hemostasias mais profundas. 
 Pinça Hemostática Traumática Kocher (Reta e Curva): parte preensora apresenta ranhuras transversais e 
apresentam dentes de rato nas extremidades, aumentando a capacidade de preensão. Usada muitas vezes 
em preensão, tração e apresentação de tecido fibroso (como aponeurose). “Dente de rato” no fim. 
 Pinça Moynihan: pinça longa para estruturas delicadas, com ranhuras em todo a extremidade ou em 2/3. 
 
 Pinça Hemostática Traumática Halstead ou Mosquito (Reta ou Curva): possui serrilhado transversal delicado 
em toda a sua parte preensora, com ou sem dentes. Utilizadas muitas vezes para pinçamento de vasos de 
menor calibre e reparo de fios. É menor. 
 Pinça Hemostática Traumática Kelly (Reta ou Curva): apresenta ranhuras transversais em 2/3 da garra, 
apresentam pontas menores, utilizadas para pinçamento de vasos e fios grossos. 
 
 Pinça Hemostática Traumática Crile (Reta ou Curva): possui ranhuras transversais em toda sua parte 
preensora. Apresenta extremidade mais fina. 
 Pinça Hemostática Traumática Rochester (Reta e Curva): pinça longa muito robusta para estruturas mais 
grosseiras (parecida com a Moynihan). Tem como função realização de pinçamento de pedículos, tubos ou de 
alça intestinal ressecada. Maior que a pinça de Crile. Apresenta ranhuras longitudinais. 
 
 
 
 
 
 
Pinça Mixter 
Pinça Kocher Reta Pinça Kocher Curva 
Pinça Mosquito/Halstead Reta 
Pinça Mosquito/Halstead Curva 
Pinça Kelly Reta 
Pinça Kelly Curva 
Pinça Crile Reta 
Pinça Crile Curva 
Pinça Rochester Reta Pinça Rochester Curva 
Pinça Moynihan 
Síntese 
 Porta-Agulhas: não se usam porta agulhas com agulhas retas, apenas curtas. 
 Porta agulhas de Mathieu: usado em suturas superficiais, geralmente por procedimentos odontológicos. 
 Porta agulhas de Mayo-Hegar: suturas superficiais e profundas. Preensores curtos de cabo longo, com grande 
potência de ponta pelo princípio de alavanca. 
 Porta agulhas Olsen-Hegar: porta-agulhas e tesoura. 
 
 
 
 
 
 Agulhas 
o Curvas: utilizadas nas profundidades dos tecidos pois sua 
curvatura mais acentuada permite uma rotação mais fácil do 
porta-agulha. Quanto ao formato, pode ser: 
 Cilíndricas ou Redondas: secção circular, penetram os 
tecidos por divulsão, traumáticas. Permitem suturas 
delicadas em tubo digestivo e vasos sanguíneos. 
 Cortantes ou Triangulares: penetram os tecidos por secção 
de suas fibras. Suturas mais duras: aponeurose, pele etc. 
o Retas: usada para suturas superficiais, como em reconstrução 
de vísceras ocas, tendões, nervos, suturas intradérmicas. 
 
 
 Ponta cilíndrica: não traumática. Produz menor trauma tecidual e pode ser utilizada em tecidos com menor 
resistência como em músculo liso. Útil em superfícies internas, mucosas, vísceras e outros. 
 Ponta romba: não traumática. Usada em superfícies que não apresentam grande densidade e mesmo a agulha 
cilíndrica poderia causar um trauma. Usado em superfícies parenquimatosas como fígado. É usada para tecidos 
elásticos, como fáscias e músculos. 
 Ponta cortante: traumática. O formato da extremidade facilita a perfuração do tecido e, por isso, é utilizado em 
tecidos mais firmes como a pele e usado com menor frequência em tecidos internos. 
 Ponta espatular: muito pouco utilizada. Possibilita maior controle na penetração e melhor estabilidade na 
transfixação de tecidos de difícil manuseio como os olhos. 
 
 
 
 
 
Porta agulhas Mathieu 
Porta agulhas Mayo-Hegar 
Porta agulhas Olsen-Hegar 
 Fios: podem ser classificados quanto: 
o Quanto à presença de agulha: com agulha (CERTIX - atraumática) e sem agulha 
(SUTUPAK – traumática). 
o Quanto à absorção do fio: absorvíveis, de: 
 Origem animal: 
1. Categute simples (7-10 dias): pode ser usado em sutura peritoneal, na bolsa 
escrotal, no períneo e na reaproximação do tecido muscular e do tecido celular 
subcutâneo. Intensa resposta inflamatória (absorvido por fagocitose). 
Contraindicado na vigência de infecção. Desuso, substituído por fios absorvíveis 
sintéticos. 
2. Categute cromado (15-20 dias): pode ser usado no plano total das anastomoses 
gastrointestinais em dois planos (mantém sua resistência o tempo suficiente 
para ocorrer a cicatrização primária), na sutura do peritônio, na bolsa escrotal e 
no períneo, não devendo ser usado no plano aponeurótico. Intensa resposta 
inflamatória (absorvido por fagocitose). Contraindicado na vigência de infecção. 
Desuso, substituído por fios absorvíveis sintéticos. 
 Origem sintética: inertes e geralmente de boa preensão podendo ser 
multifilamentares (podem carrear infecção) e monofilamentares (carreiam maior 
tensão). Apresentam absorção por hidrólise e são superiores ao categute. 
1. Ácido Poliglicólico - DEXON (50-70 dias): usado apenas na forma 
multifilamentar. Absorvido por hidrólise. Pode ser usado em praticamente todos 
os tecidos: peritoneal, muscular, aponeurótico, subcutâneo e, mesmo na pele, 
como sutura intradérmica. Deve ser evitado em anastomose sob ação direta de 
suco pancreático e em suturas aponeuróticas, em faze de perda precoce de 
resistência tênsil em torno de 4 sem. 
2. Ácido Poligaláctico – VYCRIL (30-40 dias): virtualmente isento de reação 
inflamatória tecidual. Foi lançado com indicação especifica para sutura em feridas 
de pele e mucosas em que absorção rápida possa ser benéfica. 
3. Polidioxonona: monofilmentar absorvível em um longo período de tempo, pode 
ser utilizado em qualquer tipo de anastomose no sistema digestório, inclusive nas 
pancreáticas. Famosos fios de PDO, utilizados em procedimentos de sustentação 
de tecidos faciais, um procedimento cosmético. 
Quanto à absorção do fio: inabsorvíveis, de: 
 Origem orgânica: 
1. Seda: relativamente inerte. Apesar de serem classificados como não-absorvíveis 
sofrem degradação depois de 2 anos, com perda de força de tração. Contraindicado 
em suturas vasculares. Multifilamentar com possibilidade de contaminação. 
Possibilidade de formação de granuloma de corpo estranho. Em desuso, substituídopor algodão. 
 Origem vegetal: 
1. Algodão: pode ser usada em diversos procedimentos, como anastomoses 
gastrointestinais, realizadas em dois planos, ligadura de vasos sanguíneos. Não 
devem ser utilizados em feridas contaminadas, assim como a seda, por 
mostrarem tendencia à desenvolvimento de abscesso pela nidificação de 
bactérias em suas fibras. 
 Fita cardíaca: constituída de algodão trançado. São utilizadas como 
prendedores de vasos quando se tem circulação extracorpórea em cirurgias 
cardiovasculares. 
2. Linho: assim como o algodão, ganha maior resistência quando umedecido em 
soluço fisiológica antes do uso. 
 Origem sintética: são fortes, podendo ser feitos de materiais plásticos multifilamentares (que podem carrear 
infecção) e monofilamentares (não carreiam infecção). 
1. Nylon: pode ser usado em qualquer tecido, porém, não é recomendado para cavidade serosa ou sinovial, 
devido a irritação pela fricção de suas pontas. Diante das vantagens citadas, o nylon possui grande aplicação 
como material de sutura. 
2. Poliéster – DRACON: é o fio mais forte depois do aço, sendo a sutura não metálica mais forte que existe. 
Constitui excelente escolha para o fechamento de aponeuroses, pela sua resistência e integridade 
duradouras. 
3. Propileno - PROLENE: devido a sua grande flexibilidade, é recomendado para uso de tecidos que tenham 
capacidade de elongação, como pele e músculo cardíaco, sendo assim utilizado para os implantes de 
próteses cardíacas. 
 Origem metálica 
1. Aço inoxidável: inerte, se mantém por anos. É difícil de amarrar devido à sua memória. Caso cause dor, 
deve ser removido. Não carreia microrganismos. Atualmente tem-se pouca utilização seu uso, sendo mais 
indicado em cirurgias ortopédicas, na síntese óssea, e em esternotomias. 
 Grampos metálicos: indicados para pele e couro cabeludo, diminuem a probabilidade de infecção. Contraindicado 
em períneo. 
Absorvíveis 
Tipo Característica Material Tempo de absorção Utilidades 
Categute 
Simples 
Colágeno 
7-10 dias TCSC 
Cromado 21-28 dias Anastomoses 
(Dexon) 
Ácido poliglicólico 
Monofilamentar Polímero sintético 
20% - 15 dias 
5% - 28 dias 
Aponeuroses 
(PDS) 
Polidioxanona 
Monofilamentar Polímero poliéster 
70% - 14 dias 
50% - 28 dias 
Anastomoses e 
Aponeuroses 
(Vycril) 
Ácido poligaláctico 
Multifilamentar Polímero revestido 
60% - 14 dias 
59% - 28 dias 
Anastomoses 
Urológicas 
(Macron) 
Poligliconato 
Monofilamentar Poliéster 
81% - 14 dias 
59% - 28 dias 
Aponeuroses 
Inabsorvíveis 
Tipo Característica Material Tempo de absorção Utilidades 
Algodão Multifilamentar Vegetal 50% - 6 meses 
Ligaduras 
Anastomoses 
Seda Trançado Bicho-da-seda Mantém tensão 1 ano Ligaduras 
Aço Monofilamentar Ferro-Cromo-Níquel Indefinido Estruturas ósseas 
Nylon Monofilamentar Sintético Perda de 20% 1 ano Suturas dérmicas 
Poliéster (Mersilene) Trançado Poliéster Indefinido 
Ligaduras 
vasculares 
Polipropileno Monofilamentar Sintético Indefinido 
Anastomoses 
vasculares 
 
Montagem da Mesa Cirúrgica 
Disposição do instrumental de ordem lógica. 
Posição de Mesa Cirúrgica 
 Posição do cirurgião 
o Abdome superior: cirurgião à direita 
o Procedimento pélvico: cirurgião à esquerda 
o Cirurgião canhoto: contrário 
 Cuidados com contaminação 
 Devolução dos materiais na posição original 
 Cirurgia de cavidade contagem de compressas

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