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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI MAYARA EMÍLIA INACIO DE OLIVEIRA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA COMO ALIADA À HIPERTROFIA MUSCULAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. PORTO REAL 2019 GRUPO EDUCACIONAL FAVENI MAYARA EMÍLIA INACIO DE OLIVEIRA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA COMO ALIADA À HIPERTROFIA MUSCULAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. PORTO REAL 2019 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Nutrição Clínica e Esportiva. SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA COMO ALIADA À HIPERTROFIA MUSCULAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Mayara Emília Inacio de Oliveira1, Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- Sabe-se que atualmente a busca pelo corpo ideal se tornou algo comum, e uma alimentação saudável e atividade física é o mapa do caminho para quem procura melhorar seu corpo e sua saúde. A busca pela hipertrofia muscular (aumento do diâmetro muscular) também é algo comum entre adeptos de atividades físicas como musculação, e como aliado a esse processo, além de uma alimentação equilibrada, o uso de suplementos nutricionais, principalmente os proteicos, vem se tornando algo comum, como fator ergogênico. Dentre esses populares suplementos está a creatina (Ácido Acético Metilguanidina) é um composto amina nitrogenado sintetizado a partir de um aminoácido e encontra-se no tecido muscular sob forma de fosfocreatina, e o objetivo desse estudo é verificar de acordo com bibliografia o seu efeito no aumento da hipertrofia muscular, ciente que o mesmo vem se mostrado eficaz para este objetivo. PALAVRAS-CHAVE: Creatina. Suplementação. Hipertrofia. Nutrição. 1 nutricionistamayarainacio@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO Devido a constante procura por atividade física, também houve um aumento no consumo de suplementos alimentares ergogênicos (melhoram o desempenho físico), lembrando que nem todos possuem esse efeito, o que nos leva a estarmos em constante estudo sobre sua eficácia e efeitos no organismo humano (FRADE et. Al., 2016). O nutricionista, profissional habilitado para prescrever suplementos deve sempre estar atualizado quanto à eficiência e eficácia dos suplementos nutricionais, pois hoje em dia é muito comum o uso indiscriminado dos mesmos, visto que eles são comercializados de forma livre, esse uso por muitas vezes é desnecessário, acarretando até mesmo problemas de saúde nos indivíduos, por isso é necessário prescrição por um profissional. Este estudo foi realizado exatamente com o intuito de atualizar o profissional de nutrição esportiva quanto a eficácia da creatina aliada à hipertrofia muscular, sendo que esta é a maior procura por esse suplemento. Entre esses suplementos mais utilizados, está a creatina, um aminoácido comumente encontrado em alimentos de origem animal (especialmente em carnes bovinas e peixes), endogenamente, sua composição se dá por três aminoácidos, são esses: arginina, glicina e metionina (FRANCATTO et al., 2016). A suplementação de creatina é, desempenha diversos recursos, dentre esses recursos, sua utilização se dá por aumentar o desempenho físico a massa muscular e também auxiliar no retardo do processo de fadiga (OLIVEIRA et al., 2017). O objetivo dessa revisão e verificar a eficiência da creatina na hipertrofia muscular, ciente que sua utilização vem demonstrando significativa eficácia para este objetivo em diversas pesquisas (BARROS et al., 2019). 2 DESENVOLVIMENTO 2.2 CONCEITO E RECOMENDAÇÃO A creatina está presente em grande parte no músculo esquelético, sendo sua normal concentração de 120g, é uma amina, sendo sintetizada nos rins, fígado e pâncreas, a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina de forma endógena (MELO et al., 2016). Segundo Leite et al. (2014), em uma dieta normal e variada, uma pessoa consome aproximadamente 1g de creatina por meio de alimentos como, peixes e carnes vermelhas (fonte exógena), o fígado produz uma quantidade parecida para atingir o necessário diariamente (forma endógena), sendo que sua recomendação para uma de pessoa de aproximadamente 70kg é de 2g/dia, sendo metade obtida pela dieta, e metade obtida de forma endógena. 2.2 SÍNTESE E SUPLEMENTAÇÃO A formação do composto guanadilacetato que acontece nos rins, se dá através de uma reação entre arginina e glicina. O guanidinoacetato segue pela corrente sanguínea até chegar ao fígado, onde ocorre uma metilação, formando a creatina, através da adição de um grupo S metil adenosilmetionina. Ao ser produzida, o fígado libera a creatina para a corrente sanguínea, um transportador sódiodependente (Cr transportador-1), a leva para as células musculares, ao ser suplementada, a forma endógena da creatina e inibida, sendo reversível ao parar com a suplementação (FRANCATTO et al., 2016). Barros et al. (2019) diz que a creatina depois de sintetizada é metabolizada em fosfocreatina, que é uma forma de armazenamento de grande importância, sendo utilizada pelo cérebro, coração, testículos e músculos contrateis. Figura 1: Síntese da creatina Fonte: www.wallstreetfitness.com.br/fique_por_dentro/artigo/671/creatina-verdades-e-mentiras/, 2009. Sugere a suplementação de creatina 0,3 gramas por cada kg de peso dissolvidos em 250 ml de liquido por um período de 5 a 7 dias, isso de acordo com o protocolo mais corriqueiro. Para uma sobrecarga recomenda-se suplementação de creatina monohidratada. Passando para uma fase de manutenção, recomenda-se doses mais baixas, em torno de 2 a 5g/dia de creatina (BARROS et al., 2019). http://www.wallstreetfitness.com.br/fique_por_dentro/artigo/671/creatina-verdades-e-mentiras/ Figura 2: Informações nutricionais presentes na embalagem do suplemento de creatina Fonte: www.nutrifastshop.com.br/suplementos-alimentares/massa-muscular/creatina/creatina-100-300g-body- builders/, 2019. 2.3 EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA Vários estudos apontam a creatina com um suplemento ergogênico de boa qualidade para treinamento de força, e hipertrofia muscular. Silva et al. (2018) disse que ao fazer uma análise de um achado de diversos estudos, pode-se observar que os grupos que associaram treino resistido com a suplementação de creatina, apresentaram significante aumento de massa muscular, massa magra e densidade mineral óssea, quando comparado aos outros grupos, um único estudo apresentou redução importante de massa gorda nas pessoas que associaram suplementação de creatina ao treino, em relação as que apenas treinaram. Durante um estudo 10 homens com experiência em treino de força, fizeram a suplementação aguda de creatina, sendo 20g/dia, no período de 5 dias pelo período médio de um ano, o estudo apontou que a massa gorda e o percentual de gordura diminuíram, mas sem nenhuma diferença significante (LIMA et al., 2017). Fonte et al. (2017), diz que foi possível notar uma piora no desenvolvimento físico de indivíduos que não fazem práticade exercício resistido de força, sendo que este desempenho está inteiramente ligado à velocidade e agilidade para execução de algumas tarefas, movimento e atividade no esporte. Supondo que isso possa ocorrer http://www.nutrifastshop.com.br/suplementos-alimentares/massa-muscular/creatina/creatina-100-300g-body-builders/ http://www.nutrifastshop.com.br/suplementos-alimentares/massa-muscular/creatina/creatina-100-300g-body-builders/ por conta do aumento do peso derivado da maior quantidade de líquido retido quando se faz uso da creatina. Vieira et al. (2016), mostra que houve aumentos na força muscular e na massa sem gordura em todos os grupos, porém não ocorreram diferenças entre os grupos (grupo creatina e grupo placebo). Sendo sugerido pelos autores que de forma isolada a creatina não promoveu efeitos em homens de meia e terceira idade sobre as variantes estudadas. 9 de 10 estudos, apresentaram melhoras significativas nos índices de força muscular, após o uso de creatina em praticantes de musculação. O único que não apresentou essa melhora na força muscular foi desenvolvido com voluntários soropositivos (HIV) (PANTA et al., 2015). Confirmam-se através do estudo, que foram descobertas alterações positivas na composição corporal, podendo comprovar a teoria que suplementar creatina pode sim promover alterações bioquímicas e fisiológicas positivas no organismo (MELO et al., 2016). Leite et al. (2015), cita um estudo onde 20 homens que praticavam treino de força foram avaliados durante 3 semanas, afim de verificar o efeito da suplementação de creatina nas variantes resultantes de força máxima e antropométricas. Foram observados pelos autores desse estudo aumentos estatisticamente significativos de massa corporal, circunferência de braço e antebraço direito, tórax, e também, nos exercícios analisados, melhores resultados em testes de força máxima. Quatorze voluntários participaram de um estudo, foi utilizada a suplementação de 20 gramas de creatina por 7 dias e 5 gramas por dia concluindo um protocolo de 28 dias, 7 voluntários eram treinados, e sete não eram treinados. Os dois grupos apresentaram maior hidratação muscular, no entanto não apresentou significativo aumento do tecido muscular (BARROS et al., 2016). Sergues (2016) relata um estudo feito com um grupo de indivíduos que receberam creatina, e outro grupo que recebeu placebo, ambos em seu treinamento desempenharam a mesma carga integral, reagindo da mesma forma visando força e hipertrofia no treinamento, associado o benefício da suplementação creatina ao volume do treino aumentado. Foi sugerido que depende da capacidade do individuo evoluir o volume do treino para que a suplementação de creatina possa agir sobre a hipertrofia. Entretanto, Oliveira et al. (2017), resalta que: [...] Há vários indícios de que a quantidade de creatina fosfato armazenada nos músculos é um fator para o desempenho em exercícios físicos. (Oliveira, 2017, p.13) Cruz et al. (2018) aponta uma prevalência elevada de praticantes de musculação que fazem o uso de creatina de forma continua. Resultando em um possível ganho de massa e ganho de força que é desejado pelos praticantes de musculação, fazendo necessárias orientações diretas em academias quanto ao uso suplementos como a creatina, para que a suplementação ocorra somente por intermédio de profissionais qualificados na área de nutrição esportiva, para menor risco de saúde, e melhor confiança dos usuários. Ainda, Panta et at. (2015), afirma quanto à prescrição de creatina: [...] ingestão de creatina quando prescrita e acompanhada adequadamente por profissionais capacitados, potencializa o ganho de força muscular em praticantes de musculação, e não obstante, podem apresentar também resultados positivos como vistos nos estudos no aumento de massa muscular, diminuição de desgaste ósseo, maior ativação neural da musculatura esquelética e aumento de força isométrica máxima. (Panta, 2015, p. 523) Francatto et al. (2016) ainda resalta a necessidade de uma melhor educação dos praticantes de atividade física, resaltando a compreensão do risco e benefícios da suplementação de creatina, incentivando a buscar orientação unto ao profissional nutricionista, profissional habilitado para que se necessário, possa prescrever suplementos. 3 CONCLUSÃO Após a análise de vários e estudos em relação ao uso da creatina como aliada à hipertrofia muscular pude concluir que a sua suplementação traz sim benefícios em relação a ganho de massa magra e aumento da força muscular. Seu uso só traz benefícios para praticantes de atividades físicas, principalmente treinos de força, o uso em não atletas pode aumentar o peso, sem ganho de massa muscular devido à retenção hídrica com uso da creatina. Seu uso também não apresentou perdas significativas de massa gordurosa e percentual de gordura, não sendo recomendada a suplementação para este fim. Concluindo, a creatina não deve ser utilizada de forma indiscriminada, deve ser recomendada, assim como outros suplementos nutricionais, por um profissional da área de nutrição esportiva capacitado e qualificado, todos os benefícios da creatina só serão aproveitados se ela for recomendada e prescrita de forma correta, para que não haja o uso precipitado da suplementação, o profissional nutricionista esportivo também irá orientar quanto aos ricos da suplementação de creatina, e verá se é viável seu uso ou não. 4 REFERÊNCIAS BARROS, A.P.P.; XAVIER, F.B.; Suplementação de creatina para o treinamento de força. Revista UNINGÁ, v. 56, n. 1, p. 91-97, 2019. CRUZ, E.G.J. et al. Perfil dos usuários de creatina frequentadores de academias de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 76, Suplementar 2, p.980-984, 2018. ISSN 1981-9927. FONTE, W.E.S.; MOURA, P.C.; Percepção de eficiência da creatina enquanto suplementoergogênico no organismo de praticante de exercício resistido de força: Estudo de caso. Revista Brasileira de Ciências da Vida, v. 5, n. 4, p. 19, 2017. Disponível em: <http://jornal.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/331>. Acesso em: 23 mai. 2019. FRADE, R.E. et al. Avaliação do Consumo de Suplementos Nutricionais por Frequentadores de Uma Academia da Cidade de São Paulo-SP. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n. 55, p. 50-58, 2016. FRANCATTO, E.C. et al. A utilização de creatina por praticantes de musculação em academias na cidade de Mogi Mirim – SP. Revista Ciencia & Inovação, v. 3, p. 34-39, http://jornal.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/331 2016. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/308948479> Acesso em: 23 mai. 2019. LEITE, M.S.R. et al. Creatina: estratégia ergogênica no meio esportivo. Uma breve revisão. Revista de Atenção à Saúde, v. 13, n. 43, p. 52-60, 2015. LIMA, L.R.B. et al. Efeitos do uso da suplementação com creatina em praticantes de atividades de resistência: Revisão Bibliográfica. Revista Saber Científico, p. 1-7, 2017. MELO, A.L. et al. Efeito da suplementação de creatina no treinamento neuromuscular e composição corporal em jovens e idosos. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10, n.55, p. 79-86, 2016. OLIVEIRA, L.M. et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre a composição corporal de praticantes de exercícios físicos. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 11, n. 61, p.10-15, 2017. ISSN 1981-9927. PANTA, R.; SILVA FILHO J.N.S.; Efeitos da suplementação de creatina na força muscular de praticantes de musculação: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 9, n. 54, p.518-524, 2015. ISSN 1981-9927. SERGUES, D.S. Efeitos do uso de creatina em praticantes confirmados de musculação. 2016. 33 f. Monografia (Curso de Graduação em Educação Física) – UniversidadeSanta Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2016. Disponível em: <https://repositorio.unisc.br/jspui/handle/11624/1414>. Acesso em: 23 mai. 2019. SILVA, K.A. et al. Suplementação de creatina e treinamento resistido sobre a composição corporal de idosos: uma revisão sistemática. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 16, n. 1, p. 247-257, 2018. 2525-359X. Disponível em: <e- revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/17887>. Acesso em: 23 maio. 2019. https://repositorio.unisc.br/jspui/handle/11624/1414 http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/17887 http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/17887 VIEIRA, T.H.M. et al. Pode a suplementação da creatina melhorar o desempenho no exercício resistido? Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10,n. 55, p.3-10, 2016. ISSN 1981-9927.
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