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1 2 AULA 6: EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL – 1990-2000 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 MODELO DE ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL ZIGUE-ZAGUE 4 PRIORIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: ENSINO PRIVADO OU PÚBLICO? 6 PERÍODO DO REGIME MILITAR: ÊNFASE AO ENSINO PRIVADO 8 PERÍODO PÓS-REGIME MILITAR: EDUCAÇÃO PÚBLICA X PRIVADA 9 CRESCIMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: INVESTIMENTOS NO ENSINO PRIVADO 10 INVESTIMENTOS NO SETOR PÚBLICO 13 ATIVIDADE PROPOSTA 14 REFERÊNCIAS 15 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16 CHAVES DE RESPOSTA 21 ATIVIDADE PROPOSTA 21 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 21 3 Introdução Nesta aula, trataremos das políticas de incentivo ao Ensino Superior em dois governos brasileiros – o de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o de Lula. Dessa forma, identificaremos o papel exercido por eles, que ora priorizam o crescimento do ensino privado, na tentativa de apagar o ensino público, ora recuperam o investimento neste setor, suprimindo aquele. Essa política é marcada pelo conceito de administração educacional zigue- zague – aquela que caracteriza as tomadas de decisão do Ministério da Educação (MEC). Objetivo: Analisar a configuração da Educação Superior no Brasil com base no modelo de administração do Estado dos governos de FHC e de Lula. 4 Conteúdo Modelo de administração educacional zigue-zague Vamos começar esta aula definindo como se configura a educação marcada pelo conceito de administração zigue-zague 1 . No estudo das políticas educacionais, Cunha (2001) identifica três causas para esse tipo de gestão. São elas: 1ª causa A primeira causa está relacionada à ideia de eleitorismo, ou seja, a procura de políticas capazes de causar impacto nas urnas – aquelas que constituem formas de se eleger um político. 2ª causa A segunda causa corresponde a uma espécie de experimentalismo pedagógico – movimento no qual propostas sem qualquer fundamento científico são anunciadas como eficazes para resolver os problemas educacionais. 3ª causa A terceira causa aponta para um voluntarismo ideológico – certa atitude generosa cujo interesse é acabar com os males da educação que se propagam na sociedade em um curto espaço de tempo. No entanto, era quase impossível realizar essa tarefa no período em que tal administração permanecia no poder. 1 Administração zigue-zague De acordo com Cunha (2001), trata-se de uma administração na qual cada governo, com seu Secretário ou Ministro da Educação, assume determinado plano de carreira em torno de uma política educacional de caráter salvacionista. 5 Em resumo, essa política educativa possui uma natureza variável, o que gera algumas consequências negativas para a área da educação. Vejamos algumas delas... Um dos problemas da administração zigue-zague baseia-se no fato de que se torna quase impraticável avaliar, em tão pouco tempo, as propostas para o campo da educação – a saber, no período de mandato de quem as idealiza. Esta é uma característica específica das políticas educacionais: seus efeitos demoram a se materializar. Por isso, é praticamente impossível verificar seus aspectos positivos. Afinal, logo após sua implementação, tais políticas, geralmente, são interrompidas em função da troca de comando do governo. Em virtude dessas mudanças constantes a cada gestão, os professores ficam descrentes quanto à efetivação de projetos político-educacionais. De um lado, o movimento de resistência por parte dessa classe se constitui como uma reação sadia à aposta em políticas como esta, já que as propostas de governo não se concretizam em caso de mudança na administração. Mas, de outro, tais manifestações contrárias às ações governamentais dificultam a consolidação de novas proposições mais eficazes para a educação. 6 Veja, agora, de que forma o fenômeno da administração zigue-zague ocorreu nos seguintes governos brasileiros: Fernando Henrique Cardoso (FHC) Durante o mandato de FHC, os Ensinos Médio e Profissional, firmados pela Lei nº 5.692/71 – Lei de Diretrizes e Bases (LDB)2 – foram defendidos, reforçando as hierarquias da sociedade e a dualidade do sistema educacional. Essa dupla natureza da educação contemplava: O ensino propedêutico – caracterizado pela formação em Nível Superior; A formação técnica – voltada para o modelo industrial. Luiz Inácio da Silva (Lula) Durante o mandato de Lula, a pasta do Ministério da Educação (MEC) sugeriu o movimento ondulatório a que nos referimos: até o ano de 2009, três ministros comandaram a área educacional, cada qual com sua prioridade. Prioridade da Educação Superior: ensino privado ou público? Agora que você já entendeu a noção de política educacional zigue-zague, vamos compreender como ocorreu o processo de privatização da Educação Superior no Brasil a partir desse movimento tão complexo. O importante é saber que, nessa proposta oscilante de administração, ora se prioriza o setor público, ora o privado ou, ainda, ambas as vertentes de ensino. 2 Lei de Diretrizes e Bases (LDB) A LDB nº 5.692/71 foi publicada no período do regime militar pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici. 7 Sendo assim, de acordo com Cunha (2007, p. 810), dois polos se encontram com grande força nessa disputa. São eles: Estado O Estado é representado pelos seguintes órgãos públicos: Ministério da Educação; Conselho Nacional ou Federal de Educação; Conselho Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação; Instituições de ensino. Mercado O Mercado é formado pelas instituições privadas de ensino na figura de seus representantes, quais sejam: Associação Brasileira de Entidades Mantenedoras; Associação Nacional das Universidades Particulares; Associação Católica do Brasil; Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino; Associação Nacional de Faculdades e Institutos Superiores. ESTADO + MERCADO Entidades corporativas No cruzamento desses polos, encontram-se as entidades corporativas 3 e os sindicatos que representam suas categorias. 3 Entidades corporativas Entre as entidades corporativas, estão: Ordem dos Advogados do Brasil; Conselho Federal de Engenharia; Conselho Federal de Medicina; Conselho Federal de Agronomia; Conselho Federal de Arquitetura. 8 Essas entidades decidem sobre alguns cursos e, em outros casos, limitam a atuação dos profissionais de Nível Técnico e Superior. Vejamos, a seguir, como tais atores incentivam tanto o ensino público quanto o privado. Atenção A articulação entre Estado, Mercado e entidades corporativas simboliza o jogo político que se movimenta conforme os sujeitos que ocupam esses lugares. Período do regime militar: ênfase ao ensino privado Como vimos na aula anterior, o Ensino Superior privado começou a ganhar relevância no período do regime militar. Os interesses dos agentes do Estado e dos proprietários de instituições particulares combinavam com aqueles relativos aos grupos que defendiam o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN)4, que deu origem à Lei nº 4.024/61 de caráter privatista. Essa Lei atribuía competências de peso aos Conselhos Federais e Estaduais que tinham participação majoritária de indivíduos ligados aosetor privado: os empresários do ensino5. 4 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) Atualmente, a Lei que rege a educação é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) – Lei nº 9.394/96. 5 Empresários do ensino 9 As Constituições, por sua vez, também incentivavam a privatização da educação através de dispositivos que garantiam a isenção tributária, vedando a cobrança de impostos pelo Estado referente aos recursos aplicados para fins educacionais, o que permitiu um acúmulo de capital no setor. Vejamos as contribuições constitucionais nesse sentido: Constituição de 1946 – dispositivo que assegurava a isenção tributária para os particulares; Reforma Constitucional de 1965 – dispositivo que assegurava a ampliação dos benefícios para os particulares, com isenção de impostos para suas rendas; Constituição de 1967 e Emenda Constitucional de 1969 – dispositivos que asseguravam a manutenção desses benefícios. Além disso, o governo evitou criar escolas públicas em locais em que o ensino privado dava conta, de forma satisfatória, da demanda por educação. Período pós-regime militar: educação pública X privada Após o regime militar, outro movimento marcou o período de redemocratização no Brasil. De acordo com Cunha (2007, p. 813), na década de 1980, a transição para a democracia levou à inflexão de distribuição de renda para o setor privado. De acordo com Cunha (2009, p. 812), vários foram os mecanismos pelos quais os empresários do ensino conseguiram o apoio governamental para seus empreendimentos. Entre eles, estão: “[...] a imunidade fiscal e a garantia de pagamento das mensalidades pelos alunos mediante bolsas de estudo distribuídas pelo poder público, que se deteriorava a cada ano justamente pela força das políticas elaboradas e implementadas pelos empresários do ensino e seus prepostos, que ocupavam os postos diretivos dos sistemas de educação – nos níveis federal, estadual e municipal”. 10 O ensino público ganhou atenção do governo nessa época, impedindo que os recursos financeiros fossem transferidos para as escolas privadas. Uma vez reduzidos tais recursos para a educação básica e, mais especificamente, para o Ensino Fundamental, os proprietários de escolas começaram a investir no Ensino Superior com mais força. Como vimos na aula anterior, essa atitude foi-se intensificando a partir da década de 1960, em função do lento crescimento da educação pública. Desse modo, o Ensino Superior passou a se destacar a partir das escolas particulares. Os ginásios começaram a abrigar faculdades e surgiram as federações – que, posteriormente, foram transformadas em universidades. Crescimento da Educação Superior: investimentos no ensino privado Conforme aponta Cunha (2009, p. 816), os investimentos do governo nas Instituições de Ensino Superior (IES) foram possibilitados a partir de “isenções fiscais, de empréstimos a juros negativos, quando não de fundo perdido”. Através do movimento da política zigue-zague, o ensino privado também recebeu incentivos financeiros seguidos de retenções de recursos por parte do Estado. Mas foi na segunda metade da década de 1990 que os privilégios concedidos ao Ensino Superior começaram a ser revistos, diferenciando entidades com e sem fins lucrativos. 11 O objetivo do momento era enquadrá-las em outro modelo administrativo, que, de acordo com as instituições privadas, caracterizava-se por uma demasiada interferência do governo. Sendo assim, por meio da promulgação do Decreto nº 2.306/97, o Ensino Superior privado reconquistou alguns de seus direitos – como, por exemplo, a suspensão, por liminar da Justiça Federal, dos efeitos fiscais que incidiam sobre ele. Com a entrada de Lula na presidência do Brasil, o objetivo da área educacional passou a se resumir da seguinte maneira: elevar a escolarização de 18 a 24 anos. Dessa forma, o governo concedeu isenção de impostos às IES com ou sem fins lucrativos através do Programa Universidade para Todos (PROUNI). De acordo com Cunha (2007, p. 818), essas instituições distribuiriam bolsas de estudos em nível de Graduação para os estudantes que tivessem cursado o Ensino Médio em escolas públicas e que fossem: De famílias de baixa renda; Negros; Indígenas; Pardos; Deficientes físicos; Professores das redes públicas de ensino – nesse caso, independente de sua situação financeira e racial. Nesse período, as entidades filantrópicas de Nível Superior se transformaram em instituições privadas de ensino. A partir dessa classificação, tais 12 estabelecimentos podiam-se declarar como empresas lucrativas, amortizando seus impostos por meio do PROUNI. Atenção Na medida em que distribuíam as bolsas do PROUNI, as IES ficavam isentas de seus encargos, e seus débitos com a Receita Federal (RF) eram amortizados. No contexto desse programa oferecido pelo governo brasileiro, tal benefício não era reversível para as instituições públicas e federais de Ensino Superior. Afinal, os recursos provenientes de impostos não tinham destinação específica para esse nível da educação. Nas palavras de Cunha (2007, p. 821): “[...] os recursos que iriam para o Ensino Superior público, caso não houvesse renúncia de impostos, obedeceriam ao tratamento definido pelos orçamentos governamentais, sendo, portanto, indeterminado o montante que reforçaria os orçamentos das IES públicas”. Nesse sentido, não se tratava de uma transferência de verba pública para o setor privado. 13 Investimentos no setor público Com o crescimento do Ensino Superior, o setor público também foi alvo de reorganização. Em 2008, foi criado o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Conforme apontam Nomeriano, Moura e Davanço (2012, p. 7), seus objetivos são: Reduzir o custo por educando; Reestruturar a administração acadêmica e pedagógica; Combater a evasão de estudantes das instituições; Ampliar a oferta de vagas nas universidades; Incentivar a relação entre professor e aluno; Elevar a mobilidade estudantil; Estender as cotas e ações afirmativas para alunos negros e carentes; Aproveitar a estrutura física e de recursos humanos já existentes nos estabelecimentos de ensino; Financiar, de forma condicionada, as metas e os resultados apontados no sistema de avaliação da Educação Superior. Mas esse programa foi bem criticado na época de sua criação. Para Cunha (2009), esse julgamento baseia-se no fato de que tal proposta desconsidera as características particulares das universidades federais, embora possibilite o aumento do número de vagas nesses espaços e, consequentemente, a quantidade de alunos no Ensino Superior. Como você pôde perceber, todo o movimento oscilante da política educacional zigue-zague sobre a qual discutimos ao longo desta aula foi caracterizado pela relação entre Estado e sociedade, que, por vezes, provocou – e ainda provoca – uma (con)fusão nas ações que incidem sobre os setores público e privado de ensino. 14 Atividade proposta Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Observe, a seguir, uma propaganda da Estácio: “O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduaçãona educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas”. Disponível em: <http://sisfiesportal.mec.gov.br/fies.html>. Acesso em: 31 mar. 2014. Grifo nosso. Recriado em 1999 – período do governo de FHC –, esse programa oferece a oportunidade de os alunos cursarem a graduação em instituições privadas de renome, que não possuem sobras de vagas originadas do PROUNI, uma vez que a concorrência é alta devido à qualidade dos cursos oferecidos. 15 Com base no que estudamos, teça considerações a respeito da política zigue- zague que caracteriza o modelo administrativo atual, enfatizando a influência que exerce nos setores público e privado de ensino. Referências CUNHA, L. A. Educação, estado e democracia no Brasil. 4. ed. São Paulo: Cortez; Niterói: Universidade Federal Fluminense; Brasília: FLACSO do Brasil, 2001. ______. A universidade temporã: o Ensino Superior, da Colônia à Era Vargas. 3. ed. São Paulo: UNESP, 2007. ______. As políticas educacionais entre o presidencialismo imperial e o presidencialismo de coalizão. In: ______. Crise da escola e políticas educativas. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. NOMERIANO, A. S.; MOURA, S. M. L. de; DAVANÇO, S. R. Expansão do Ensino Superior no governo Lula da Silva: ProUni, REUNI e Interiorização das IFES. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL “EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE”, VI, 2012, São Cristóvão. Anais eletrônicos. São Cristóvão: UFS, set. 2012. 16 Exercícios de fixação Questão 1 Elaborado por Cunha (2001), o conceito de política zigue-zague caracteriza: I. O movimento de administração em que cada governo cria sua própria política educacional. II. A salvação para a educação no Brasil. III. A dinâmica oscilante das políticas educacionais brasileiras na perspectiva de um eleitorismo. IV. A possibilidade de propor soluções para os problemas da educação em um curto espaço de tempo. V. A articulação entre o Ensino Superior privado e público. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) I, II e III c) Apenas III d) I, III e IV e) Apenas V 17 Questão 2 Os setores público e privado de ensino recebem incentivos por meio da proposta oscilante de administração zigue-zague. De acordo com Cunha (2007, p. 810), dois polos se encontram com grande força nessa disputa: o Estado e o Mercado. Sobre eles, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) O Estado é representado pelo Ministério da Educação. ( ) O Estado é representado pelo Conselho Nacional ou Federal de Educação. ( ) O Mercado é representado pela Associação Nacional das Universidades Particulares. ( ) O Mercado é representado pela Associação Brasileira de Entidades Mantenedoras e pela Associação Nacional de Faculdades e Institutos Superiores. ( ) O Mercado é representado pela Associação Católica do Brasil e pelo Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino. 18 Questão 3 Observe a propaganda a seguir: Por meio do PROUNI, a Estácio contempla a demanda por acesso ao Ensino Superior gratuito – não beneficiada pelo ensino público. De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, essa política: a) É fruto da incompetência do Ensino Superior público. b) Incentiva a parceria entre os setores público e privado. c) Amplia, demasiadamente, a matrícula no ensino público. d) É um benefício não reversível para as instituições públicas e federais de Ensino Superior. e) N.R.A. 19 Questão 4 Leia um trecho da crítica Reuni: expansão ou escolão?. Esse fragmento de texto evidencia os seguintes objetivos propostos pelo REUNI: I. A redução de custo por educando. II. A reestruturação acadêmica e pedagógica. III. O combate à evasão de estudantes das instituições. IV. A elevação da mobilidade estudantil. V. A ampliação da oferta de vagas nas universidades. VI. O aumento da relação entre professor e aluno. VII. A extensão das cotas e ações afirmativas para alunos negros e carentes. VIII. O aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos já existentes nos estabelecimentos de ensino. IX. O financiamento condicionado às metas e aos resultados apontados no sistema de avaliação da Educação Superior. Entre os itens anteriores, está(ão) INCORRETO(S): a) I, II, VI, VII e VIII b) I, II, V e VI c) I, III e V d) I, III, IV e V e) Apenas IV 20 Questão 5 Leia, a seguir, o trecho de uma reportagem: “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que 2005 seja o ano da educação. Lula prometeu uma verba de R$ 1,7 bilhão a mais para o setor e a contratação de 6.000 novos professores”. Fonte PERIN. Para Lula, 2005 será da educação. Revista Veja, 2004. Com base nesse fragmento de texto e na leitura do conteúdo desta aula, é possível afirmar que esse incentivo ocorreu por meio da seguinte política educacional: a) Programa Universidade para Todos (PROUNI) b) Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) c) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) d) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e) N.R.A. 21 Atividade proposta O movimento oscilante da política zigue-zague determina a administração do governo no Brasil, incentivando as políticas educacionais ora no setor público, ora no privado ou, ainda, em ambos os setores de ensino. Algumas causas e consequências desse movimento foram estudadas ao longo deste conteúdo. Quanto aos exemplos do PROUNI e do Fies, observamos, nos governos de FHC e de Lula, o interesse de se ampliar a oferta de vagas no Nível Superior por meio da rede privada de ensino. Exercícios de fixação Questão 1 – D Justificativa: A ideia de administração zigue-zague mostra como o movimento de política educacional brasileira é oscilante. Esse modelo assume a dimensão prática de um eleitorismo, ou seja, de uma proposta que se define pela procura de políticas capazes de causar impacto nas urnas – aquelas que constituem formas de se eleger um político. Além disso, esse tipo de administração enfatiza a crença ilusória de que é possível solucionar os problemas da educação que se propagam na sociedade em um curto espaço de tempo. Questão 2 – V, V, V, V, V, V Justificativa: O Estado é representado pelos seguintes órgãos públicos – Ministério da Educação, Conselho Nacional ou Federal de Educação, Conselho Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e instituições de ensino. Já o Mercado é formado pelas instituições privadas de ensino na figura de seus representantes – Associação Brasileira de Entidades Mantenedoras, Associação Nacional das Universidades Particulares, Associação Católica do Brasil, 22 Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino, e Associação Nacional de Faculdades e Institutos Superiores. Questão 3 – D Justificativa: Os benefícios financeiros do PROUNI não são reversíveis para as instituições públicas e federais de Ensino Superior. Afinal, os recursos provenientes de impostos não têm destinação específica para esse nível da educação. Questão 4 – B Justificativa: No trecho em questão, é possível verificar uma crítica quanto à ampliação da oferta de vagas nas universidades e a redução decusto por educando, quando se menciona o crescimento das matrículas sem investimento. Além disso, julga-se o aumento da relação entre professor e aluno, com base na queda do número de contratações de profissionais da educação. Por fim, a reestruturação acadêmica e pedagógica também é avaliada de modo reflexivo. Afinal, de acordo com o texto, os cursos de graduação são estruturados muito rapidamente. Questão 5 – B Justificativa: O investimento financeiro proposto por Lula para a área da educação foi aplicado nas universidades brasileiras por meio do REUNI – programa implementado em 2008. Atualizado: 31 mar. 14
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