Prévia do material em texto
Bruno Costa Silva Peculiaridades na Farmacologia e Terapêutica dos Felinos 4º maior do mundo em população total de animais de estimação 2º maior do mundo em população de cães e gatos Total de 106,17 milhões de animais de estimação Fonte: IBGE / Elaboração: Abinpet Cães 37,1 milhões Gatos 21,3 milhões Aves 19,1 milhões Peixes ornamentais 26,5 milhões Outros 2,17 milhões Fonte: IBGE / Elaboração: Abinpet O gato não é um “cachorro pequeno”!!! Não são a mesma “coisa”!!! http://2.bp.blogspot.com/_tKBUHd1faNI/TGCzV0FwvoI/AAAAAAAAAgk/6DMuwzUQs6k/s1600/cao+e+gato.jpg “Por que causa, motivo, razão ou circunstância?” Então vamos descobrir.... FARMACOLOGIA • Palavra de origem grega Φαρμακολογίας FARMAKON LOGOS DROGA ESTUDO É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos. Farmacologia Básica Farmacologia FarmacodinâmicaFarmacocinética Farmacologia básica FARMACOCINÉTICA: “O que o corpo faz com o fármaco” FARMACODINÂMICA: “O que o fármaco faz com o corpo” (do grego dýnamis = forças) Estuda os efeitos fisiológicos, bioquímicos e mecanismos de ação dos fármacos e a relação entre concentração do fármaco e efeitos desejados e indesejados. (do grego kinetós = móvel) estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal. Farmacologia Básica FARMACOCINÉTICA Vias de administração Absorção Distribuição Metabolização Eliminação FARMACODINÂMICA Local de ação Mecanismo de ação Efeitos Fármaco Organismo Concentração no local de ação Qual via usar? PARENTERAL - Intramuscular - Endovenoso - Subcutâneo Vias de Administração ABSORÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO (Metabolização) DISTRIBUIÇÃO EXCREÇÃO (Eliminação) FÁRMACO Local de Ação (Receptores) FARMACOCINÉTICA: Fígado Cães e Gatos: Absorção – semelhante entre as duas espécies. Distribuição – pequena diferença, mas... Mesma dose para ambas espécies concentração plasmática do fármaco pode ficar elevada nos gatos Diferenças no volume sanguíneo: Cães: 90 ml/kg Gatos: 70 ml/kg Distribuição se altera quando há desidratação!!! FARMACOCINÉTICA Metabolização – Significativamente diferente entre as espécies. Importância: afeta diretamente a Eliminação do fármaco e/ou seus metabólitos. Função do metabolismo: transformar um composto lipossolúvel em uma forma mais hidrossolúvel e mais polar, com intuito de facilitar a sua excreção pelo organismo. FARMACOCINÉTICA A biotransformção envolve duas fases: Retículo Endoplasmático Liso Hepatócitos (Fase 1) Citocromo P450 (CYP450) NAD (dinucleotídeo nicotinamida adenina) Ferro / Flavoproteína / Oxigênio Reações Oxidativas Microssomais: FARMACOCINÉTICA (Metabolização) FASE 1 Hepatócitos Metabólitos da Fase 1 Inativo Ativo Inalterado Enzimas Sistema Citocromo P450 Oxidação Redução Hidrólise Fármacos (Retículo Endoplasmático Liso) Metabolização: Ex: Febantel Febendazol Pró-droga Ex: Enrofloxacino Ciprooxacino FASE 1 FASE 2 Hepatócitos Metabólitos da Fase 1 Produtos da Conjugação Inativo Ativo Inalterado Inativos Hidrossolúveis Enzimas Sistema Citocromo P450 Oxidação Redução Hidrólise Fármacos (Retículo Endoplasmático Liso) Ác. Glicurônico Grupo acetil Grupo sulfatos Glicina Glutation Metabólitos da Fase 1 =+ Metabolização: FARMACOCINÉTICA Metabolismo Fase 2 Glicuronidação Reação mais importante de biotransformação de fármacos nos mamíferos; É catalisada por uma família de enzimas microssomais (ácido uridina difosfato glucuronico UDP-GA); Fármacos que contém grupos - OH, -COOH, - NH2, - HN e - SH são particularmente susceptíveis à glicuronidação. FARMACOCINÉTICA (Metabolização) Peculiaridades dos felinos no metabolismo de fármacos Por que os felinos têm deficiência na metabolização de alguns fármacos?! Superfamilia Canoidea: Diversos hábitos alimentares Aluridae: herbívoros estritos Ursidae: Onívoros Procyonidae: Onívoros Canidae: Carnívoros oportunistas Mustelidae: Carnívoros Filogenia das Espécies – Ordem: Carnívora Hábitos alimentares Herpestidae: Carnívoros / Insetívoros Hyaenidae: Carnívoros estritos Felidae: Carnívoros estritos Superfamilia Feloidea: Filogenia das Espécies – Ordem: Carnívora Estômago simples Sem ceco Nenhum espaço para fermentação! Carnívora - Táxon ou hábito alimentar? CLASSIFICAÇÃO: Ordem: Carnívora Família: Ursidae Subfamília: Ailurinae Gênero: Ailuropoda Espécie: Panda gigante (Ailuropoda melanoleuca) Paladar (sabor) Paladar (sabor): Humanos e Cães: Amargo Salgado Doce Umami Azedo Paladar (sabor): The receptors and cells for mammalian taste Jayaram Chandrashekar, 2006 Imagem: http://knowingneurons.com Doce Umami Amargo AzedoSalgado Células e Receptores (Paladar) Família T1R (Receptor para sabor Tipo II) T1R1 T1R2 T1R3 UMAMIDOCE Nelson et al., 2001, 2002; Li et al., 2002; Zhao et al., 2003 Heterodímero Amargo Salgado Umami Azedo Peculiaridades dos Felinos: Paladar (sabor): Por que os felinos não sentem o sabor doce?! T1R2 – Psedogene (Gatos) Li et al., 2005 AmargoDoceUmami Azedo T1R2 + T1R3T1R1 + T1R3 T2Rs PKD2L1 The receptors and cells for mammalian taste Jayaram Chandrashekar, 2006 Não pode codificar uma proteína funcional para formar um dímero de sinalização sabor doce. T1R2 – Psedogene (Felinos) T1R1 – Psedogene (Panda) Estritamente Herbívoro Estritamente carnívoros Onívoros e Carnívoros oportunistas T1R2 + T1R3 (Doce) T1R1 + T1R3 (Umami) T1R1 (Pseudogene) T1R2 (Pseudogene) Por que os felinos têm deficiência na metabolização de alguns fármacos?! FARMACOCINÉTICA Metabolismo Gatos: apresentam deficiência relativa na conjugação com o ácido glicurônico - concentrações extremamente baixas de algumas enzimas glicuronil transferases. Nem todos os fármacos conjugados com o ácido glicurônico são tóxicos para gatos domésticos!!! Predispõe felídeos a efeitos tóxicos as drogas do grupo fenol. FARMACOCINÉTICA Metabolismo Fármacos que são metabolizados por esta via apresentam uma meia vida ( t ½ ) prolongada em gatos Conjugação de fármacos com o ácido glicurônico: respostas farmacológicas exacerbadas ou intoxicações FARMACOCINÉTICA Metabolismo (Taylor e Robertson, 2003) Dieta carnívora felinos Deficiência via metabólica Falta de exposição a plantas que contêm fitoalexinas* * Fitoalexinas - grupo de compostos encontrados em plantas crucíferas. Metabolismo Metabolismo Pseudogenização do gene que codifica a UDP- glucuronosiltransferase (UGT) 1A6 (principal enzima de desintoxicação de fenol) Espécies com defeitos na UGT1A6 eram hipercarnívoros (> 70% de matéria animal na dieta). FARMACOCINÉTICA Metabolismo Fármacos podem ser metabolizados por uma via alternativa (sulfatação) Gatos: boa parte dos conjugados formados são sulfatos são altamente polares e rapidamente excretados na urina. Porém... esta via sofre saturação facilmente, o que contribui para a retenção de fármacos no organismo Sulfatação FARMACOCINÉTICA Metabolismo t ½ Dependendo da dose... De uma forma geral... Gatos têm deficiência em conjugar fármacos com glicuronídeos e cães têm deficiência na via do acetato. Para Guardar!!! Felinos: Suscetibilidade dos Eritrócitos à lesão oxidativa Suscetibilidade dos Eritrócitos à lesão oxidativa Hgb Felina 8 a 20 grupos sufidril Hgb 4 grupos sufidril Hgb 2 grupos sufidril Hemoglobina Felina (Maior no de grupo sufidril reativo / Interação comfármacos ou metabólitos) Hemácia Hemoglobina Hgb Felina: + grupos sufidril para serem mantidos em estado reduzido. injúria oxidativa aos eritrócitos Metahemoglobinemia Grupo Heme Suscetibilidade dos Eritrócitos à lesão oxidativa: ... Metahemoglobinemia Ferro em estado reduzido ou ferroso compostos endógenos e fármacos oxidam o ferro ao estado férrico Metahemoglobina é incapaz de transportar oxigênio. Em animais normais... 1 a 2% de metahemoglobina no sangue é reduzida a hemoglobina (sistema enzimático metahemoglobina redutase) NADPH Suscetibilidade dos Eritrócitos à lesão oxidativa Hemólise Anemia hemolítica Dificuldade respiratória Depressão, Fraqueza, Palidez de mucosas Cianose Edema facial Hipotermia Icterícia Metahemoglobinemia (processo reversível) Corpúsculos de Heinz (processo irreversível) Insuficiência no transporte de O2 Muitos fármacos também podem provocar desnaturação oxidativa da hemoglobina, resultando em Corpúsculos de Heinz. ... Agregados de moléculas de hemoblobina desnaturadas que se aglomeram (precipitação) Felinos: Fármacos Potencialmente Tóxicos Paracetamol ( Acetaminofeno) Analgésico e antipirético mais utilizado no mundo (Medicina Humana) Sem ação antiinflamatória Encontrado em dezenas de produtos isolados ou em associação - Tylenol, Tylex, Tandrilax, Dorilax, Mioflex.... Um dos medicamentos mais comuns relacionados a intoxicação (Venda Livre). Absorção o Gastrointestinal rápida e quase completa o Biodisponibilidade oral: 88% Metabolização o Hepática Eliminação o Urina o T ½ : 1 a 4h em dose terapêutica (Humanos) Paracetamol ( Acetaminofeno) CONTRA-INDICADOS em felinos (qualquer dosagem) Acetaminofeno 5% inalterado 60% Glicuronidação 30% Sulfatação Formas atóxica (90%) 5% oxidada por enzimas do complexo P450 N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) = composto hepatotóxico Conjugado rapidamente com glutationa em Ác. Mercaptúrico e Cisteína (Atóxicos) Dose terapêutica (Humanos) Excreção Rins 60% Glicuronidação (Conjugação com o Ác. Glicurônico) Metabolização do Paracetamol pela UDP-Glicuroniltransferase. 30% Sulfatação (Conjugação com um grupo sulfônico) Metabolização do Paracetamol pela Sulfotransferase. Paracetamol ( Acetaminofeno): Fígado Acetaminofeno 5% inalterado N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) = composto hepatotóxico Qualquer Dose Excreção Rins (Conjugação Saturada) Glicuronidação (Felinos são deficientes) 30% Sulfatação Citocromo P450 Depleção de glutatuiona Paracetamol ( Acetaminofeno): ... N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) Reage diretamente com macromoléculas hepáticas (proteínas tiólicas (PSH) Oxidação de PSH e tióis não protéicos Peroxidação lipídica e distúrbios da homeostase de cálcio intracelular Necrose Hepática Aguda Excede a capacidade de conjugação com Glutationa (GSH) Paracetamol ( Acetaminofeno): Eliminação Formação de Metahemoglobina e Corpúsculos de Heinz nas Hemáceas (impedindo o aportede O2 às células) Hipóxia Morte ... Paracetamol ( Acetaminofeno): Depressão; Hipotermia; Êmese; Edema facial e membros; Cianose; Icterícia; Morte Imagem: Melissa ORR Intoxicação Paracetamol TRATAMENTO: Possível para doses pequenas, mas deve ser extremamente rápido o Lavagem gástrica o Carvão ativado (em até 60 min) o Acetilcisteína - Dose: 140 mg/kg VO ou EV, seguida por 70 mg/kg, a cada 6 horas, durante 36 horas - Paracetamol: absorção completa em até 2hs rapidamente hidrolisada a cisteína, necessária para a síntese de glutation. Paracetamol ( Acetaminofeno) TRATAMENTO: o Ácido ascórbico (Vit C) Converter a metahemoglobina em hemoglobina reduzida Dose: 125mg/kg VO ou 30mg/kg IV a cada 6 h o Cimetidina (inibidor das enzimas microssomais) Diminuir a produção de intermediários tóxicos Dose: 10mg/kg seguida de 5mg/kg IV a cada 6h nas primeiras 24 horas o Transfusão – hematócrito abaixo de 12% Paracetamol ( Acetaminofeno) Outras drogas que promovem oxidação Antissépticos das vias urinárias: Azul de metileno (Sepurin®) e Fenazopiridona (Pyridium®) Benzocaína - Corpúsculos de Heinz e hemólise Cebola e alho - Formação de Metahemoglobina (após administração tópica) É um anestésico local Tratamento inclui oxigenioterapia, administração de N-acetilcisteína e transfusão sanguínea Propriedades analgésicas, antiinflamatórias, antitérmicas e inibidor da agregação plaquetária. Mecanismo de Ação: Inativação irreversível da enzima cicloxigenase (COX) Inibição de Pg’s e Tx’s Ácido acetilsalicílico (AAS) Indicação: tratamento de CID / trombose São eliminados como conjugados glicuronatos Felinos t ½ plasmática e eliminação são prolongadas: o Gatos t ½ plasmática: 38h o Cães t ½ plasmática: 9h Uso em gatos: diminuição da dose e aumento do intervalo de administração Ex.: 10 a 20 mg/kg a cada 48 horas Ácido acetilsalicílico (AAS) Sinais de intoxicação: Anorexia Depressão Vômito Doses altas: Febre Acidose metabólica Gastroenterite hemorrágica Anemia Ácido acetilsalicílico (AAS) Evitar uso Diclofenaco Potássico / Diclofenaco Sódico: o Potente analgésico e anti-inflamatório; o Inibidor da COX não seletivo; o Provocam gastroenterite hemorrágica em cães/gatos Outros AINES... Outros AINES... Fenilbutazona anorexia, perda de peso, vômito, melena, desidratação, lesões renais e hepáticas. Ibuprofeno alterações gastrointestinais como vômito, anorexia, diarreia, melena, hematemese e ulcerações; azotemia, hematúria e insuficiência renal, anemia e trombocitopenia. Felinos: optar por AINEs mais seletivos para COX-2 (Cetoprofeno e Meloxicam) Aminoglicosídeos Estreptomicina / Di-hidroestreptomicina: o Doses terapêuticas: náusea, salivação, vômito, ataxia e bloqueio neuromuscular o Doses elevadas: Lesão VIII nervo craniano – desequilíbrio Surdez Gentamicina e Amicacina: o Doses altas: ototóxicas / Nefrotóxica Não administrar em animais desidratados! Antibióticos Cloranfenicol Antibiótico de amplo espectro de ação Chlamydophilas, Mycoplasmas e Ricketsias T ½ de eliminação semelhante em cães e gatos Metabolização: Conjugação com ác. glicurônico Cães: apenas 5 a 10% é excretado de forma inalterada na urina. Gatos: mais de 25% é excretada inalterada na urina. - Boa penetração líquor, SNC e olho. Antibióticos Cloranfenicol é o mais tóxico de todos os antibióticos!!! Uso longos períodos (7 a 10 dias) / altas doses Depressão da medula óssea (Hipoplasia) Anemia, leucopenia, trombocitopenia Inapetência / perda de peso Estomatite e diarréias Antibióticos Enrofloxacina Fluorquinolona de segunda geração, bactericida, predominantemente contra bactérias gram-negativas Toxicidade Animais jovens: Lesão em condrócitos Artropatias Inibem a síntese de proteoglicanos Antibióticos Toxicidade Olhos: - Gatos: Degeneração retiniana - Cegueira aguda Fatores de risco predisponentes: 1) altas doses ou concentração plasmática da droga; 2) infusão rápida do antibiótico por via intravenosa; 3) tratamento prolongado; 4) idade do animal (Wiebe e Hamilton, 2002) Antibióticos - Enrofloxacina Antibióticos - Enrofloxacina Toxicidade - Foi administrado doses de enrofloxacina de 6 a 54 mg/kg em 17 gatos observou-se distúrbios visuais em 2 dias. - Foi relatado em menos de 10 dias, 7 animais com alterações visuais. - A maioria dos gatos ficaram permanentemente cegos. Antibióticos - Enrofloxacina Toxicidade Gene ABCG2: restringir a distribuição de fluoroquinolonas para a retina barreira hemato-ocular Alterações de aminoácidos específicos+ defeito funcional da proteína de transporte Fluoroquinolonas são fotorreativas Formação de espécies reativas de oxigênio geradas pela exposição à luz Degeneração da retina e cegueira Sulfonamidas São quimioterápicos bacteriostáticos, de amplo espectro e protozoostáticos Podem ocorrer também discrasias sanguíneas, com depressão da medula óssea, agranulocitose e anemia. Antibióticos Geralmente associadas ao Trimetoprim / Ormetoprim Não usar em fêmeas gestantes (teratogênese) ou lactantes Tetraciclinas Antibiótico de amplo espectro, utilizado principalmente contra bactérias gram-negativas Micoplasma (antiga Haemobartonella) Doxiciclina: lesões esofágicas e estenose do esôfago Uso por VO: indicado administrar 6 ml de água após a ingestão do comprimido para evitar a esofagite. Antibióticos Para Guardar!!! Felinos: dois terços distais apresenta músculo liso Tetraciclinas (exceto doxiciclina): potencialmente nefrotóxicas! - Evitar em pacientes com função renal comprometida Hepatopatias / nefropatias: Prazo de validade vencido!!! Tetraciclinas são muito sensíveis a luz e umidade. Antibióticos Tetraciclinas – Efeitos adversos Aplicação IM é dolorida (causa edema e necrose) Evitar o uso em animais no terço inicial da gestação, lactantes ou em crescimento. Antibióticos Todas tetraciclinas: tropismo em áreas ricas em cálcio (ossos, dentes, casca de ovo). Impregnação (animais jovens): Ossos e dentes: retarda crescimento e interfere na reparação óssea Tetraciclinas – Efeitos adversos Cetoconazol Itraconazol Griseofulvina Contraindicado em gestantes no primeiro terço. Pode causar efeitos teratogênicos: fenda palatina e anormalidades no crânio. Sinais: anorexia, vômito, perda de peso, depressão, icterícia, aumento das enzimas hepáticas. Fármacos Hepatotóxicos Antifúngicos: Diazepam: Pode ocorrer necrose hepática aguda - exames: antes do tt e 3 a 5 dias após a introdução do fármaco Interromper o tt: em caso de vômito, letargia e diminuição apetite. Fármacos Hepatotóxicos OxazepamDiazepam Metabolização hepática: Anticonvulsivante - Analgesia leve a moderada / fraca ação antiinflamatória Efeitos adversos: Hipotermia = temp abaixo 37,7º C Hipotensão = pa sistólica abaixo 100mmHg Choque e morte Dose: 25mg/kg cada12 a 24h - Difícil conjugação com ác. glicurônico Compostos Fenólicos Dipirona: grupo hidroxila (-OH) ligado diretamente ao anel benzênico É um anestésico injetável de curta duração do grupo dos alquil-fenóis Recuperação pode ser mais prolongada; Pode induzir a lesões oxidativas nos eritrócitos quando administrado durante vários dias consecutivos. Compostos Fenólicos Propofol: Felinos: Humanos: 60% da dose é eliminada pela UGT1A9 40% pela CYP2B6 Compostos Fenólicos Propofol: Felinos: não expressam UGT1A9 Metabolização por vias alternativas ??? (oxidação / sulfatação) Compostos Fenólicos Propofol: ÓPIO látex de cápsulas imaturas de Papaver somniferum OPIÓIDES São os analgésicos eficazes no controle da dor de modo geral (aguda ou crônica) Friedrich Wilhelm Sertürner (1783-1841) Farmacêutico alemão MORFEU deus grego dos sonhos Morfina: Pode causar liberação de histamina e hipotensão (choque) por via EV – usar via SC ou IM Felinos: Causa excitação, medo, espasmos tônicos, ataxia e morte em doses elevadas induz a liberação de dopamina no SNC estimulando receptores dopaminérgicos para produzir a resposta excitatória Opióides Meperidina: Opióides em geral causam depressão respiratória Causa liberação de histamina e hipotensão (choque) por via EV – usar via IM Opióides Organofosforados e Carbamatos Organofosforados: fention, malation, clorpirifós, diazinon, diclorvós, fosmet e propetanfós Carbamatos: fenoxicarb, metomil, bendiocarb, aldicarb, carbaril, carbofurano e propoxur Inibem a acetilcolinesterase (Ache) resultando no excesso de acetilcolina e prolongada despolarização da membrana pós-sináptica. São compostos muito utilizados como inseticidas, carrapaticidas, produtos contra pulgas, piolhos, baratas e formigas. Mecanismo de ação: Gatos são mais sensíveis e suscetíveis aos efeitos tóxicos dos organofosforados e carbamatos do que as outras espécies Intoxicação ocorre, especialmente, com o emprego de coleiras contra pulgas à base de diclorvós Sinais: miose, sialorréia, fasciculação muscular Tratamento: Sulfato de Atropina Organofosforados e Carbamatos Considerações Finais Conhecer a farmacocinética dos fármacos; Conhecer fisiologia dos felinos; Estar atento ao estado de saúde do animal; Atenção a idade: filhote x adulto x idoso; Não sabe!!! Procure alguém que entende.... FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!! OBRIGADO!!! brunobiopsy@yahoo.com.br “Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Todas as coisas foram feitos pelo poder da Sua Palavra.” Colossenses 1:16