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AD1 - IZBE 2020 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCÂNTARA GOMES 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
CONSÓRCIO CEDERJ-UAB-UERJ 
Instrumentação para o Ensino de Zoologia, Botânica e Ecologia 
AD1 IZBE - 2020.2
Coordenadora: Profª Drª Patrícia Domingos 
Tutoras à Distância: Profª Dra. Isabela Gonçalves e Profª Dra. Lucia Pangaio 
NOME 1: Drielle Rocha Leite POLO: Nova Friburgo
NOME 2: Leandro Ivan Debossan POLO: Nova Friburgo
 Leia o texto abaixo: 
EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E NOVAS PANDEMIAS 
 O momento de pandemia de COVID 19, causada pelo Coronavírus (SARS-COV-2) levou ao isolamento social, ou deveria levar, milhões de pessoas no planeta e disparou um alerta, já há muito anunciado por pesquisadores: As alterações antrópicas em diversos habitats irão trazer novas doenças para o convívio humano. O PNUMA já havia apresentado uma lista de seis ações mais danosas e associadas ao aumento de incidência de zoonoses emergentes, dentre elas a COVID-19 (<https://bit.ly/3boLV8Z>). 
 Alguns setores econômicos vêm intensificando ações que geram a destruição da biodiversidade, criando condições para o surgimento de novos vírus e doenças. (<https://sciam.uol.com.br/destruicao-dehabitats-cria-condicoes-ideais-para-o-surgimento-do-coronavirus/>). Em outras palavras, o crescimento de zoonoses no mundo está diretamente associado à destruição ambiental. A destruição de florestas primárias para a extração de madeira, a mineração, a construção de estradas e urbanização, são os casos mais frequentes. No Brasil podemos acrescentar o recente movimento de expansão do agronegócio na Floresta Amazônica como mais uma ação potencial para o surgimento de novas doenças (https://www.ecodebate.com.br/2020/05/14/serao-as-proximas-pandemias-gestadas-na-amazoniaanalise-de-luiz-marques-ifchunicamp/). 
 Uma nova ameaça surge como decorrência das mudanças climáticas que vem sendo chamada de “Emergência Climática” a fim de deixar claro a urgência de seu enfrentamento. Este processo é muito mais grave do que a atual pandemia, porque é gerador de pandemias (<https://www.ecodebate.com.br/2020/04/20/o-aquecimento-global-atual-e-10-vezes-mais-rapido-do-queos-eventos-anteriores-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/>). O cenário que se aproxima é o degelo do permafrost. 
 O permafrost é o solo de gelo permanente que ocupa cerca 25% da superfície terrestre do Hemisfério Norte, principalmente Rússia, Alasca e Canadá. Para alguns cientistas o processo de degelo do permafrost, em função da elevação das temperaturas, deve se acelerar. Gases de efeito estufa estão presos no permafrost, que contém quase o dobro do Carbono da atmosfera. Isso quer dizer que seu degelo causa mais efeito estufa, o que acarreta ainda mais derretimento. Já houve registro na Sibéria de contaminação e morte de rebanhos de renas por bactéria descongelada do permafrost. O evento que ganhou notoriedade registrou o descongelamento da bactéria causadora do antraz com a morte de uma criança. Não havia ocorrência da doença há mais de 75 anos na região (https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-39905298). O bacilo causador do antraz produz formas de resistência (esporos) que permaneceram viáveis por pelo menos 100 anos, cabe comentar que a estratégia de produção de formas de resistência e dormência é frequente na vida microscópica. 
 Não se trata de um caso isolado porque a temperatura no ártico vem aumentando de 2,5 a 3 vezes mais rápido do que no resto do mundo, chegando a alcançar impressionantes 35º C no verão de 2016 (http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/derretimento-de-solo-congelado-expoe-ameaca-devirus-e-bacterias.html). O evento foi acompanhado de incêndios que, no verão dos anos de 2019 e 2020, atingiram florestas na Sibéria (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2020/07/16/incendios-nasiberia-aumentam-aquecimento-global-e-poderiam-trazer-de-volta-virus-desconhecidos.htm). Esses fatos causam mais derretimento, levando à preocupação com o ressurgimento de vírus enterrados no permafrost como o da peste negra, varíola, antraz ou gripe espanhola, a partir do degelo. 
 Além disso, podemos pensar nos vírus que sequer conhecemos e que se encontram congelados neste solo. Legendre et al. (2015) (https://www.pnas.org/content/112/38/E5327) em seu estudo, encontraram no permafrost um vírus de 30.000 anos que conservou sua capacidade infecciosa. Pesquisadores da NASA (https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-39905298) ressuscitaram bactérias que haviam ficado "guardadas" em um lago congelado no Alasca por 32 mil anos e outros estudiosos conseguiram ressuscitar bactérias de 8 milhões de anos (https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth39905298), adormecidas no gelo da Antártica. 
 Igualmente, podemos considerar que a elevação de temperaturas cria condições para algumas espécies passarem a ocupar nova áreas, como, por exemplo, mosquitos que podem expandir a área de transmissão de vírus como o Zika, febre amarela, Dengue e vírus chikungunha (https://www.nature.com/articles/s41564-019-0376-y). 
Questão 1: Para a compreensão da dinâmica da vida na terra e sua conservação, reconhece-se a necessidade de integrar conteúdos que, frequentemente aparecem no currículo da biologia na escola, de forma fragmentada. Por exemplo, ao tratar com o aluno do ensino fundamental e médio sobre o tema MUDANÇAS CLIMÁTICAS, quais conteúdos da biologia, e mesmo fora dela, você entende que precisam ser considerados? Detalhe a importância de um dos conteúdos que selecionou. (Valor: 2,0 pontos). 
Questão 2: Procure pesquisar porque o permafrost tem elevação de temperatura maior que a média global. (Valor: 1,0 ponto). 
O fato do permafrost ter uma elevação de temperatura maior do que o resto do mundo é por causa de um ciclo vicioso que se configura através do aumento da temperatura que ocasiona o derretimento do gelo, favorecendo a geração de incêndios por causa da baixa umidade da superfície terrestre. Ou seja, com o derretimento do gelo, a superfície é mais facilmente destruída pelos incêndios, que aumenta a temperatura ambiente acelerando o derretimento do gelo e gerando mais incêndios. 
Questão 3: De que forma as mudanças climáticas podem tornar-se um gerador de novas zoonoses? Aponte os principais processos (Valor: 2,0 pontos). 
A mudanças climáticas se transformam em geradores de novas zoonoses através da destruição do equilíbrio evolutivo entre as espécies, que provém do desmatamento, do aquecimento global, da domesticação e criação de animais em escala industrial, da destruição dos habitats selvagens, entre outros. 
Questão 4: Que riscos podem ser esperados a partir do contato da humanidade com vírus do degelo com o qual nunca tivemos contato? (Valor: 1,0 ponto). 
Os riscos vão depender do tipo de patógeno encontrado no permafrost, podem ser bactérias resistentes, curáveis ou até mesmo vírus. Como nunca tivemos contato com tal patógeno, as consequências podem ser grandes, já que nosso sistema imunológico não está preparado para ele.
Questão 5: Há alguma medida possível para prevenção à contaminação dos vírus do degelo do permafrost? (Valor: 2,0 pontos).

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