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Legislação Básica para Câmara de São Gonçalo-RJ

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Aula 03
Legislação Básica p/ Câmara de São
Gonçalo-RJ - Pós-Edital
Autor:
Aula 03
12 de Fevereiro de 2021
10515338729 - MARIANNA DA ROCHA VIANA SANTOS
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Sumário 
Estatuto Servidores Públicos Municipais de São Gonçalo/RJ ........................................................................... 2 
1 – As Penalidades.......................................................................................................................................... 2 
2 – O Processo Administrativo Disciplinar e sua Revisão ............................................................................. 9 
2.1 – Disposições Gerais ............................................................................................................................. 9 
2.2 – Afastamento Preventivo ................................................................................................................. 10 
3 – O PAD Propriamente Dito ...................................................................................................................... 11 
3.1 – Disposições Gerais ........................................................................................................................... 11 
3.2 – O Inquérito ....................................................................................................................................... 12 
3.3 – O Julgamento ................................................................................................................................... 16 
3.4 – A Revisão do PAD ............................................................................................................................ 19 
4 – Regrinhas Finais ..................................................................................................................................... 21 
5 – Considerações Finais .............................................................................................................................. 22 
Questões Comentadas .................................................................................................................................... 24 
Lista de Questões ............................................................................................................................................ 33 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 38 
Resumo ............................................................................................................................................................ 39 
 
 
 
 
 
 
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ESTATUTO SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SÃO 
GONÇALO/RJ 
1 – As Penalidades 
As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do Município de Sã Gonçalo aos servidores públicos 
municipais estão enumeradas no art. 189 da Lei Municipal nº 50/1991. De acordo com esse 
dispositivo, são penas disciplinares: 
 
 advertência; 
 repreensão; 
 suspensão; 
 multa; 
 destituição de função; 
 demissão; 
 cassação de aposentadoria e disponibilidade. 
 
 
 Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas: 
o a natureza e a gravidade da infração, 
o os danos que dela provierem para o serviço público e os 
o antecedentes funcionais do servidor. 
 
Aqui cabe uma importante reflexão! 
Primeiro de tudo, para a aplicação de qualquer penalidade deve sempre, sem exceção alguma, 
ser assegurado ao servidor o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa (CF, art. 5º, 
LV). 
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Em segundo, a aplicação de sanções disciplinares é, tradicionalmente, apontada pela doutrina 
como hipótese de exercício do poder discricionário. Deve-se atentar que, embora exista alguma 
discricionariedade na graduação das sanções, a margem de liberdade da administração é bastante 
reduzida, especialmente no que concerne à aplicação da penalidade mais grave, a demissão. 
De qualquer forma, concedendo alguma possibilidade de valoração à autoridade competente para 
a aplicação da penalidade, o art. 190 da Lei Municipal nº 50/1991 estabelece que, na sua aplicação, 
sejam consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem 
para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais 
do servidor. 
Embora possa existir alguma discricionariedade na graduação de uma pena disciplinar, ou no 
enquadramento de determinada conduta como infração administrativa "A" ou a infração 
administrativa "B", certo é que nenhuma discricionariedade existe quanto ao dever de punir quem 
comprovadamente tenha praticado uma infração disciplinar. 
Em outras palavras, quando a administração constata que um servidor público, ou um particular 
que com ela possua vinculação jurídica específica, praticou infração administrativa, ela é obrigada 
a puni-lo; não há discricionariedade quanto a punir ou não alguém que comprovadamente tenha 
cometido uma infração disciplinar. O que pode existir é discricionariedade na graduação da pena 
disciplinar, ou mesmo no enquadramento da conduta como infração sujeita a uma ou outra 
penalidade dentre as previstas na lei, mas não há discricionariedade quanto ao dever de punir o 
infrator. 
 
As penas impostas ao funcionário serão registradas em seus assentamentos. 
 
A pena de advertência será aplicada verbalmente em casos de negligência e comunicada ao 
órgão de pessoal. 
A pena de repreensão será aplicada por escrito em casos de desobediência ou falta de 
cumprimento dos deveres, bem como de reincidência específica em transgressão punível com 
pena de advertência. 
 
Havendo dolo ou má fé, a falta de cumprimento dos deveres será punida com 
pena de suspensão. 
 
A pena de suspensão será aplicada nos casos de: 
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 falta grave; 
 desrespeito a proibições que pela sua natureza não ensejarem pena de demissão; 
 reincidência em falta já punida com repreensão. 
 
A pena de suspensão não poderá exceder a 90 dias. 
 
O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo. 
 
 Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por iniciativa do chefe 
imediato do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de 
vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer no serviço 
durante o número de horas de trabalho normal. 
 
A destituição de função dar-se-á quando verificada falta de exação no 
cumprimento do dever. 
 
O disposto neste artigo não impede a aplicação da pena disciplinar cabível quando o destituído 
for, também, ocupante de cargo efetivo. 
Se tem uma pena que você precisa memorizar a incidência dela, essa é a demissão! 
De acordo com o art. 195 do Estatuto dos Servidores de São Gonçalo/RJ, a demissão será aplicada 
seguintes casos: 
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 falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízoda autoridade competente, 
e se comprovada má fé; 
Art. 169 Ao servidor é proibido: 
I - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e 
atos da administração pública, ou censurá-los, pela imprensa ou qualquer outro órgão de 
divulgação pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los, do ponto de vista 
doutrinário ou da organização do serviço; 
II - retirar, modificar ou substituir livro ou qualquer documento, com o fim de criar direito 
ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso 
com a mesma finalidade; 
III - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade 
da função pública; 
IV - coagir ou aliciar subordinados com objetivo de natureza partidária; 
V - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo de 
empresa ou sociedade: 
a) contratante, permissionária ou concessionária de serviço público; 
b) fornecedora de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie, a qualquer 
órgão municipal; 
c) de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade, para 
órgãos públicos; 
VI - praticar a usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público; 
VII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos municipais, salvo quando 
se tratar de percepção de vencimento, remuneração, provento ou vantagem de parente, 
consanguíneo ou afim, até o segundo grau; 
VIII - exigir, solicitar ou receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer 
espécie em razão do cargo ou função, ou aceitar promessa de tais vantagens; 
IX - revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência em razão do cargo 
ou função salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial, ou 
administrativo; 
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X - cometer a pessoa estranha ao serviço público municipal, salvo nos casos previstos em 
lei, o desempenho de encargo que lhe competir, ou a seus subordinados; 
XI - dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a palestras, leituras ou quaisquer outras 
atividades estranhas ao serviço, inclusive ao trato de interesse de natureza particular; 
XII - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; 
XIII - empregar material ou quaisquer bens do município em serviço particular; 
XIV - retirar objetos de órgãos municipais, salvo quando autorizado por escrito pela 
autoridade competente; 
XV - fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na legislação fiscal e 
financeira; 
XVI - deixar de prestar declaração em processo administrativo disciplinar, quando 
regularmente intimado; 
XVII - exercer cargo ou função pública antes de atendidos os requisitos legais, ou continuar 
a exercê-los sabendo-o indevidamente. 
 incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos; 
 embriaguez habitual ou em serviço; 
 ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa; 
 abandono de cargo; 
 ausência ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente, durante o 
período de 12 meses; 
 insubordinação grave em serviço; 
 ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos de 
sua competência. 
 
Para fins de prova, memorizar as condutas acima como aquelas ensejadoras da pena de demissão 
é mais do que suficiente. Garanto! 
 
Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30 
dias consecutivos. 
 
Entender-se-á por ausência ao serviço com justa causa, a que assim for considerada após a devida 
comprovação em processo administrativo disciplinar, caso em que as faltas serão justificadas 
apenas para fins disciplinares. 
 
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A demissão aplicada nas hipóteses previstas nos incisos I a VIII, quando estas tiverem uma 
configuração penal típica, será cancelada e o funcionário reintegrado administrativamente, se e 
quando o pronunciamento da justiça for favorável ao indiciado, sem prejuízo, porém, da ação 
disciplinar que couber na forma do parágrafo único do art. 194. 
 
Art. 194 A destituição de função dar-se-á quando verificada falta de exação no 
cumprimento do dever. 
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não impede a aplicação da pena disciplinar 
cabível quando o destituído for, também, ocupante de cargo efetivo. 
Art. 195 A pena de demissão será aplicada nos casos de: 
I - falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízo da autoridade 
competente, e se comprovada má fé; 
II - incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos; 
III - embriaguez habitual ou em serviço; 
IV - ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa; 
V - abandono de cargo; 
VI - ausência ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, 
durante o período de 12 (doze) meses; 
VII - insubordinação grave em serviço; 
VIII - ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos 
encargos de sua competência. 
 
 
Será, ainda, demitido o servidor que, nos termos da lei penal, incorrer na pena 
acessória de perda da função pública. 
 
O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade. Conforme a gravidade da falta, a 
demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do serviço público". 
 
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A pena de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade será aplicada se ficar provado, em 
processo administrativo disciplinar, que o aposentado ou disponível: 
 
 praticou, quando ainda no exercício do cargo, falta suscetível de determinar demissão; 
 aceitou, ilegalmente, cargo ou função pública provada a má fé; 
 perdeu a nacionalidade brasileira, ou, se português, for declarada extinta a igualdade de 
direitos e obrigações civis e do gozo de direitos políticos. 
 
São competentes para aplicação de penas disciplinares: 
 
 o Prefeito, em qualquer caso e, privativamente, nos casos de demissão, 
cassação de aposentadoria, ou disponibilidade; 
 os Secretários Municipais, exceto nos casos de competência privativa do 
Prefeito; 
 os dirigentes de unidades administrativas em geral, nos casos de penas de 
advertência e repreensão. 
 
 
A aplicação de pena de destituição de função caberá à autoridade que houver feito a designação 
do funcionário. 
Nos casos dos incisos II e III (os Secretários Municipais, exceto nos casos de competência privativa 
do Prefeito; os dirigentes de unidades administrativas em geral, nos casos de penas de advertência 
e repreensão), sempre que a pena decorrer de processo administrativo disciplinar, a competência 
para decidir e para aplicá-la é do Prefeito. 
 
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O servidor demitido por processo administrativo ou sentença judicial não poderá 
retornar ao serviço público municipal. 
 
A ação disciplinar prescreverá: 
 
 em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa 
ou suspensão; 
 em 5 anos, quanto a falta sujeita: 
 à pena de demissão ou destituição de função, 
 à cassação da aposentadoria, ou disponibilidade. 
 
A falta também prevista como crime na lei penal prescreverá juntamente comeste. O curso da 
prescrição começa a fluir da data do evento punível disciplinarmente, ou do seu conhecimento, e 
interrompe-se pela abertura de processo administrativo disciplinar. 
Bom, é isso! 
Chegou a hora de conhecermos o famoso Processo Administrativo Disciplinar (PAD) 
regulamentado pela Lei Municipal nº 50/1991. Como se trata de muitos detalhezinhos a conhecer, 
as regrinhas a seguir vão exigir de você um pouco mais de concentração. 
Vamos ver agora como se dá o processo de apuração de infração disciplinar, que pode ou não 
culminar na aplicação da respectiva sanção penalidade disciplinar. 
Vamos lá! 
2 – O Processo Administrativo Disciplinar e sua Revisão 
2.1 – Disposições Gerais 
A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço público é obrigada a 
denunciá-la ou promover-lhe a apuração imediata, por meios sumários ou processo 
administrativo. 
 
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 O processo administrativo poderá recomendar a aplicação das penas de suspensão por 
mais de 30 dias, de destituição de chefia, de demissão, de cassação de aposentadoria ou 
de disponibilidade, assegurando-se ao acusado ampla defesa; 
 Quando a irregularidade, por sua natureza, ensejar somente punição não excedente às 
penas de advertência, repreensão, suspensão até 30 dias ou multa correspondente, 
proceder-se-á a sua apuração por meio sumário ou sindicância; 
 
Se no curso da apuração ficar evidenciada falta punível com pena excedente às referidas no 
parágrafo anterior, o responsável pela apuração fará imediata comunicação ao Prefeito 
Municipal, para o fim de ser instaurado o necessário processo administrativo. 
A apuração de irregularidade mediante sindicância não terá forma processual definida nem ficará 
adstrita ao rito determinado para o processo administrativo, constituindo-se em simples 
averiguação, que poderá ser procedida por um único servidor. 
O Prefeito é a autoridade competente para determinar a instauração do processo administrativo; 
e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal, para promover ou 
determinar a sindicância referida no artigo anterior. 
Se, de imediato ou no curso do processo administrativo, ficar evidenciado que a irregularidade 
cometida envolve fato punível como crime, o Prefeito comunicará à polícia da jurisdição em que 
ela se verificou, a fim de que seja providenciada a instauração do competente inquérito, 
remetendo-lhe os documentos necessários ou os autos do processo, quando concluído, ficando 
translado na repartição. 
As denúncias sobre irregularidades, quando formuladas por pessoas estranhas ao quadro de 
pessoal da Prefeitura, serão objeto de apuração desde que contenham a identificação e o 
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito. 
 
Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, 
a denúncia será arquivada, por falta de objeto. 
 
E só isso! 
Chegou a hora agora de conhecermos as regras do Processo Administrativo Disciplinar 
propriamente dito, a começar pelas do chamado afastamento preventivo. 
2.2 – Afastamento Preventivo 
Caro aluno, a faculdade de suspender preventiva e temporariamente o servidor investigado está 
prevista no art. 206 do Estatuto dos Servidores Públicos de São Gonçalo e é conferida à 
administração a fim de que se evite que o servidor interfira no andamento do processo, 
prejudicando esse andamento. 
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No art. 206, o Estatuto estabelece que como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha 
a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora no processo disciplinar poderá 
ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem 
prejuízo da remuneração. 
Devemos notar que não se trata de penalidade, e sim de medida de precaução (medida cautelar) 
da administração, para garantir a lisura do processo. O servidor, nessa fase, ainda é apenas um 
acusado e, como tal, não pode estar sujeito ainda à penalidade. Se, após as investigações iniciais, 
verificar-se que o processo deve ser arquivado - não deve ser levado adiante -, o servidor retornará 
às suas regulares funções como se nada tivesse ocorrido. 
 
O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, finco o qual cessarão os 
seus efeitos, ainda que não concluído o processo. 
 
Beleza? Vamos conhecer em definitivo sobre o PAD! 
3 – O PAD Propriamente Dito 
3.1 – Disposições Gerais 
O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições do cargo em que se encontre investido, sendo 
instaurado pelo Prefeito Municipal, mediante portaria em que especifique o seu objetivo. 
O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 servidores estáveis 
designados pela autoridade competente que indicará, entre elas, o seu presidente, que deverá 
ser ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. 
 
A comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente, 
podendo a designação recair em um dos seus membros. 
 
Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou 
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
 
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A Administração poderá instituir Comissões Permanentes de Inquérito se assim 
convier aos seus interesses. 
 
A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, 
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração. 
O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
 
 instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
 inquérito administrativo, que compreende instauração, defesa e relatório; 
 julgamento. 
 
 
O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá de 60 dias, contados da data de 
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando 
as circunstâncias o exigirem. 
 
Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, 
ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. 
 
As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações 
adotadas. 
Conheçamos, portanto, as regras de cada uma dessas fases, a começar pela de inquérito do PAD. 
3.2 – O Inquérito 
O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado a ampla defesa, com a 
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Como você já sabe, os autos da sindicância, 
quando meramente preparatória, integram o inquérito como peça informativa da instrução. 
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Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ILÍCITO 
PENAL, a autoridade competente encaminha cópia dos autos ao Ministério Público, 
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar. 
Na fase do inquérito, a comissão promove a tomada de depoimentos, acareações,investigações 
e diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos 
e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. 
 
O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado ampla 
defesa com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
 
O processo de sindicância integrará o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. 
Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, 
a autoridade competente encaminhará cópia do processo ao Ministério Público, independente 
de imediata instrução do processo disciplinar. 
Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações 
e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e 
peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. 
 
 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por 
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas 
e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial 
 
O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, 
meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 
 
Será indeferido o pedido da prova pericial, quando a comprovação do fato independer de 
conhecimento especial de perito. 
 
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As testemunhas serão intimadas a depor mediante notificação expedida pelo 
presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser 
anexada ao processo. 
 
 
Se a testemunha for servidor público, a expedição da notificação será imediatamente comunicada 
ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e da hora marcados para a inquirição. 
O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-
lo por escrito. 
 
As testemunhas serão inquiridas separadamente. 
 
Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á a acareação entre 
os depoentes. 
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, 
observados os procedimentos previstos nos arts. 222 e 223. 
 
Art. 222 Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será notificado por edital, 
publicado no órgão oficial do município ou em jornal de grande circulação na localidade, 
para apresentar defesa. 
Art. 223 Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente notificado, não apresentar 
defesa no prazo legal. 
 
No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e, sempre que 
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre 
eles, ou deles com as testemunhas. 
O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das 
testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas. Facultando-se, porém, 
reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão. 
Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado a comissão proporá à autoridade 
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos 
um médico psiquiatra. 
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O incidente de sanidade mental será processado em apartado e apensado ao 
processo principal, após a expedição do laudo pericial. 
 
Tipificada a infração disciplinar será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos 
fatos a ele imputados e das respectivas provas. 
Pois bem, e fique atento! 
 
 O indiciado será citado por notificação expedida pelo presidente da comissão para 
apresentar defesa escrita no prazo de 10 dias, assegurando-se lhe vista do processo na 
repartição. 
 Havendo dois ou mais indiciados, o prazo a que se refere o parágrafo anterior será comum 
e de 20 dias. 
 
O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências reputadas 
indispensáveis. 
 
No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da notificação, o prazo para defesa 
contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da comissão que fez a notificação, 
com a assinatura de 2 testemunhas. 
 
O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar 
onde poderá ser encontrado. 
 
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será notificado por edital, publicado no 
órgão oficial do município ou em jornal de grande circulação na localidade, para apresentar 
defesa. 
 
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Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 10 (dez) dias a partir da 
última publicação de edital. 
 
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente notificado, não apresentar defesa no prazo 
legal. 
 
A revelia será declarada por termo no processo e devolverá o prazo para a defesa. 
 
Para defender o indiciado revel a autoridade instauradora do processo designará um servidor 
como defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. 
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais 
do processo e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. 
 
O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do 
servidor. 
 
Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou 
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
 
O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade 
que determinar a sua instauração, para julgamento. 
 
E é sobre o julgamento que trata o próximo tópico! 
3.3 – O Julgamento 
Já inicio essa fase com duas primeiras e importantíssimas informações: 
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 No prazo de 20 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora 
proferirá a sua decisão. 
 Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, 
este será encaminhado à autoridade competente que decidirá em igual prazo. 
 
Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à 
autoridade competente para a imposição de pena mais grave. 
 
E não esqueça! 
 
 Se penalidade prevista for a demissão, cassação de aposentadoria, ou disponibilidade, o 
julgamento caberá ao Prefeito. 
 
 
O julgamento se baseará no relatório da comissão, salvo quando contrário às 
provas do processo. 
 
Quando o relatório da comissão contrariar as provas do processo, a autoridade julgadora poderá, 
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de 
responsabilidade. 
Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou 
parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para instauração de novo 
processo. 
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O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo. 
 
A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o § 2º do art. 201, será 
responsabilizada na forma desta Lei. 
 
Art. 201 A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 2 (dois) anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou 
suspensão; 
II - em 5 (cinco) anos, quanto a falta sujeita:III - à pena de demissão ou destituição de função, 
IV - à cassação da aposentadoria, ou disponibilidade. 
§ 1º A falta também prevista como crime na lei penal prescreverá juntamente com este. 
§ 2º O curso da prescrição começa a fluir da data do evento punível disciplinarmente, ou 
do seu conhecimento, e interrompe-se pela abertura de processo administrativo disciplinar. 
 
Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos 
assentamentos individuais do servidor. 
 
Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será 
remetido ao Ministério Público para instauração de ação penal, ficando um 
translado na repartição. 
 
O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado 
voluntariamente após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade acaso aplicada. 
Ocorrida a exoneração de que trata o art. 36, parágrafo único, inciso I, o ato será convertido em 
demissão, se for a caso. 
 
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Art. 36 A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou ex-offício. 
Parágrafo Único - A exoneração ex-offício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não assumir o exercício do cargo estabelecido. 
 
Serão assegurados transportes e diárias: 
 
 ao servidor convocado para prestar depoimento fora do município na condição de 
testemunha, denunciado ou indiciado; 
 aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem do local dos 
trabalhos para a realização de missão essencial para esclarecimento dos fatos. 
 
Beleza? 
Pronto. E para fecharmos o assunto, as regras sobre a revisão do PAD! 
3.4 – A Revisão do PAD 
A revisão do Processo Administrativo Disciplinar está regida nos arts. 233 a 241 da Lei Municipal 
nº 50/1991. 
Conforme vimos nos tópicos anteriores, o PAD ocorre em instância única. Não há uma segunda 
instância à qual o servidor possa, automaticamente, recorrer sempre que inconformado com a 
decisão. Aliás, um recurso hierárquico, em grande parte das situações, nem mesmo seria possível. 
Mas, professor, a revisão não funciona como uma segunda instância recursal?! 
Não, não! 
A possibilidade de revisão do PAD não pode ser considerada uma segunda instância desse 
processo administrativo! A bem da verdade, só se pode falar em revisão depois que o processo a 
ser revisto está concluído, terminado, encerrado. 
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Segundo o que dispõe o art. 233 do Estatuto, o processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer 
tempo, a pedido ou ex-offício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que 
justificarem a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. 
Dizer que a revisão pode acontecer a qualquer tempo, significa dizer, a possibilidade de revisão 
do PAD não é alcançada por prazo extintivo de espécie alguma. Entendido? 
Saiba ainda que no processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente e que a simples 
alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão, que requer elementos 
novos, ainda não apreciados no processo originário. 
Pois bem, em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da 
família poderá requerer a revisão do processo. 
 
No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão requerida pelo respectivo 
curador. 
 
 
O requerimento da revisão de processo será encaminhado ao dirigente de órgão ou entidade 
onde se originou o processo disciplinar. 
Deferida a petição, o dirigente do órgão providenciará a constituição de comissão, na forma 
prevista do art. 208 desta Lei. 
 
Art. 208 O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) 
servidores estáveis designados pela autoridade competente que indicará, entre elas, o seu 
presidente, que deverá ser ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado 
 
A revisão correrá em apenso ao processo originário. 
 
Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das 
testemunhas que arrolar. 
A comissão revisora terá até 60 dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, 
quando as circunstâncias o exigirem. 
 
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Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e 
procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. 
 
O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade. O prazo para julgamento será de até 
60 dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá 
determinar diligência. 
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-
se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que será 
convertida em exoneração. 
 
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. 
 
Pronto! Sobre o PAD é o que a Lei Municipal nº 50/1991 tem a nos ensinar! 
E para fechar de vez o conteúdo teórico da aula (e o estudo completo do Estatuto), falta apenas 
citarmos aqui umas regrinhas finais básicas que podem ser lembradas pela banca em sua prova. 
Tudo para não dizer que não falei de flores, ok? 
4 – Regrinhas Finais 
Os instrumentos de procuração utilizados para recebimento de direitos ou vantagens de 
servidores municipais terão validade por 12 meses, devendo ser renovadas após findo esse prazo. 
Para todos os efeitos previstos nesta e em leis do município, os exames de sanidade física e mental 
serão obrigatoriamente realizados por médicos da Prefeitura ou, na sua falta, por médico 
credenciado pelo Município. 
Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade, a autoridade municipal poderá 
designar junta médica para proceder ao exame, dela fazendo parte, obrigatoriamente o médico 
do município ou o médico credenciado pela autoridade municipal. 
 
Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos nesta Lei. 
 
Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se para o primeiro dia útil o vencimento 
que incidir em sábado, domingo ou feriado. 
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É vedado exigir atestado de ideologia como condição de posse ou exercício em 
cargo público. 
 
A presente lei aplicar-se-á servidores da Câmara Municipal, cabendo ao Presidente desta as 
atribuições reservadas ao Prefeito Municipal, quando for o caso. O dia 28 de outubro será 
consagrado ao servidor público municipal. 
 
A jornada de trabalho nas repartições municipais será fixada por ato do Poder 
Executivo. 
 
O Prefeito Municipal baixará, por decreto, os regulamentos e atos necessários à execução da 
presente Lei. 
A Lei Municipal estabelecerá critérios para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao 
disposto nesta Lei e à reforma administrativa dela decorrente. 
 
A Lei Municipal fixará as diretrizes dos planos de carreira para a administração 
direta. 
 
Fica aberto crédito suplementar no orçamento vigente para atender às despesas decorrentes da 
implantação deste Estatuto. 
Com isso, encerramos a teoria pertinente à Lei Municipal nº 50/1991. 
5 – Considerações Finais 
Chegamos ao final do nosso estudo! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum 
no Curso, por e-mail e nas minhas redes sociais. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
Paulo Guimarãese Marcos Girão 
E-mail: professorpauloguimaraes@gmail.com 
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Instagram: @profpauloguimaraes e @profmarcosgirao 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
1. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo a Lei Municipal nº 050/1991, são penas 
disciplinares, EXCETO: 
a) destituição de cargo em comissão. 
b) advertência 
c) repreensão. 
d) suspensão. 
e) multa. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. destituição de função (Art. 189, IV). 
A alternativa B está correta. advertência (Art. 189, I). 
A alternativa C está correta. repreensão (Art. 189, II). 
A alternativa D está correta. suspensão (Art. 189, III). 
A alternativa E está correta. multa (Art. 189, IV). 
2. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme descrito na Lei Municipal nº 050/1991, 
a pena de suspensão não poderá exceder a: 
a) 60 dias 
b) 30 dias 
c) 90 dias. 
d) 120 dias. 
e) 50 dias. 
Comentários 
A resposta está no art. 193, parágrafo 1º: 
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cargo de livre nomeação e exoneração
philco
Realce
philco
Realce
philco
Realce
philco
Realce
philco
Realce
philco
Realce
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§ 1º A pena de suspensão não poderá exceder a 90 (noventa) dias. 
3. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Nos termos da Lei Municipal nº 050/1991, 
quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por iniciativa do chefe 
imediato do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de: 
a) 30% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
b) 40% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
c) 50% por dia de vencimento, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer no serviço 
durante o número de horas de trabalho normal. 
d) 50% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
e) 60% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
Comentários 
A resposta está no art. 193, parágrafo 3º: 
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por iniciativa do 
chefe imediato do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta 
por cento) por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, 
a permanecer no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
4. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Com base na da Lei Municipal nº 050/1991, a 
pena de demissão será aplicada nos casos de, SALVO: 
a) ausência ao serviço, sem causa justificada, por 30 dias, interpoladamente, durante o período de 
12 meses. 
b) falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízo da autoridade competente, e 
se comprovada má fé. 
c) incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos. 
d) embriaguez habitual ou em serviço. 
e) ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. ausência ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, 
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses (Art. 195, VI). 
A alternativa B está correta. falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízo da 
autoridade competente, e se comprovada má fé (Art. 195, I). 
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A alternativa C está correta. incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos 
(Art. 195, II). 
A alternativa D está correta. embriaguez habitual ou em serviço (Art. 195, III). 
A alternativa E está correta. ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em 
legítima defesa (Art. 195, IV). 
5. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme o Estatuto dos Servidores Públicos 
do Município de São Gonçalo, a ação disciplinar prescreverá, entre outros, em: 
a) em 3 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
b) em 4 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
c) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência ou suspensão. 
d) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
e) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, apenas. 
Comentários: 
A resposta está no art. 201, inciso I: 
Art. 201 A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 2 (dois) anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou 
suspensão; 
II - em 5 (cinco) anos, quanto a falta sujeita: 
III - à pena de demissão ou destituição de função, 
IV - à cassação da aposentadoria, ou disponibilidade. 
6. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Em relação Processo Administrativo Disciplinar, 
de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, é 
incorreto afirmar que: 
a) A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço público é obrigada a 
denunciá-la ou promover-lhe a apuração imediata, por meios sumários ou processo administrativo. 
b) O processo administrativo poderá recomendar a aplicação das penas de suspensão por mais 
de 60 dias, de destituição de chefia, de demissão, de cassação de aposentadoria ou de 
disponibilidade, assegurando-se ao acusado ampla defesa. 
c) Quando a irregularidade, por sua natureza, ensejar somente punição não excedente às penas 
de advertência, repreensão, suspensão até 30 dias ou multa correspondente, proceder-se-á a sua 
apuração por meio sumário ou sindicância. 
d) A apuração de irregularidade mediante sindicância não terá forma processual definida nem 
ficará adstrita ao rito determinado para o processo administrativo, constituindo-se em simples 
averiguação, que poderá ser procedida por um único servidor. 
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e) O Prefeito é a autoridade competente para determinar a instauração do processo 
administrativo; e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal, para 
promover ou determinar a sindicância referida no artigo anterior. 
Comentários 
A alternativa A está correta. A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço 
público é obrigada a denunciá-la ou promover-lhe a apuração imediata, por meios sumários ou 
processo administrativo (Art. 202). 
A alternativa B está incorreta. O processo administrativo poderá recomendar a aplicação das 
penas de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de destituição de chefia, de demissão, de 
cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, assegurando-se ao acusado ampla defesa (Art. 
202, § 1º). 
A alternativa C está correta. Quando a irregularidade, por sua natureza, ensejar somente punição 
não excedente às penas de advertência, repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias oumulta 
correspondente, proceder-se-á a sua apuração por meio sumário ou sindicância (Art. 202, § 2º). 
A alternativa D está correta. A apuração de irregularidade mediante sindicância não terá forma 
processual definida nem ficará adstrita ao rito determinado para o processo administrativo, 
constituindo-se em simples averiguação, que poderá ser procedida por um único servidor (Art. 
203). 
A alternativa E está correta. O Prefeito é a autoridade competente para determinar a instauração 
do processo administrativo; e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito 
Municipal, para promover ou determinar a sindicância referida no artigo anterior (Art. 204). 
7. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos do 
Município de São Gonçalo, como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a 
influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora no processo disciplinar 
poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até: 
a) 30 dias, sem prejuízo da remuneração. 
b) 50 dias, sem prejuízo da remuneração. 
c) 60 dias, sem prejuízo da remuneração. 
d) 60 dias, sem remuneração. 
e) 20 dias, sem prejuízo da remuneração. 
Comentários 
A resposta está no art. 206: 
Art. 206 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração 
da irregularidade, a autoridade instauradora no processo disciplinar poderá ordenar o seu 
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da 
remuneração. 
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8. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Analise as assertivas abaixo sobre o processo 
disciplinar, de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo: 
I. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições do cargo em que se encontre investido, sendo 
instaurado pelo Prefeito Municipal, mediante portaria em que especifique o seu objetivo. 
II. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 2 servidores estáveis 
designados pela autoridade competente que indicará, entre elas, o seu presidente, que deverá 
ser ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. 
III. A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, 
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração. 
IV. O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá de 30 dias, contados da data de 
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando 
as circunstâncias o exigirem. 
Marque a alternativa correta. 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
e) I e III. 
Comentários 
As assertivas I e III estão corretas. Confira: 
Art. 207 O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do 
servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições do cargo em que se 
encontre investido, sendo instaurado pelo Prefeito Municipal, mediante portaria em que 
especifique o seu objetivo. 
Art. 209 A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e 
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da Administração. 
As assertivas II e IV estão em desacordo com a norma: 
Art. 208 O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) 
servidores estáveis designados pela autoridade competente que indicará, entre elas, o seu 
presidente, que deverá ser ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. 
Art. 211 O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá de 60 (sessenta) 
dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua 
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
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9. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Quanto ao inquérito, conforme o Estatuto dos 
Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, está incorreta a seguinte alternativa: 
a) O indiciado será citado por notificação expedida pelo presidente da comissão para apresentar 
defesa escrita no prazo de 05 dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição. 
b) O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado ampla defesa com a 
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
c) O processo de sindicância integrará o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. 
d) Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito 
penal, a autoridade competente encaminhará cópia do processo ao Ministério Público, 
independente de imediata instrução do processo disciplinar. 
e) Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando 
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. O indiciado será citado por notificação expedida pelo presidente 
da comissão para apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista 
do processo na repartição (Art. 220, § 1º). 
A alternativa B está correta. O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado 
ampla defesa com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito (Art. 212). 
A alternativa C está correta. O processo de sindicância integrará o processo disciplinar, como 
peça informativa da instrução (Art. 213). 
A alternativa D está correta. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está 
capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia do processo ao 
Ministério Público, independente de imediata instrução do processo disciplinar (Art. 213, 
parágrafo único). 
A alternativa E está correta. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de 
depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, 
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação 
dos fatos (Art. 214). 
10. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos do 
Município de São Gonçalo, no caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da 
notificação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo 
membro da comissão que fez a notificação, com a assinatura de: 
a) 3 testemunhas. 
b) 4 testemunhas. 
c) 5 testemunhas. 
d) 2 testemunhas. 
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e) 6 testemunhas. 
Comentários 
A resposta está no art. 220, parágrafo 4º: 
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da notificação, o prazo para 
defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da comissão que fez 
a notificação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas. 
11. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Acerca do julgamento do PAD, nos termos do 
Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, marque a alternativa 
incorreta: 
a) Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade 
competente para a imposição de pena mais grave. 
b) O julgamento se baseará no relatório da comissão, salvo quando contrário às provas do 
processo. 
c) No prazo de 30 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a 
sua decisão. 
d) Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou 
parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para instauração de novo 
processo. 
e) Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato 
nos assentamentos individuais do servidor. 
Comentários 
A alternativa A está correta. Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o 
julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave (Art. 226, § 2º). 
A alternativa B está correta. O julgamento se baseará no relatório da comissão, salvo quando 
contrário às provas do processo (Art. 227). 
A alternativa C está incorreta. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, 
a autoridade julgadora proferirá a sua decisão (Art. 226). 
A alternativa D está correta. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora 
declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para 
instauração de novo processo (Art. 228). 
A alternativa E está correta. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora 
determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor (Art. 229). 
 
 
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12. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Sobre a revisão do PAD, marque a alternativa 
que está em desacordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo: 
a) O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou ex-offício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que justificarem a inocência do punido ou a 
inadequação da penalidade aplicada. 
b) A comissão revisora terá até 30 dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual 
prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
c) Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família 
poderá requerer a revisão do processo. 
d) No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão requerida pelo respectivo curador. 
e) No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. 
Comentários 
A alternativa A está correta. O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido 
ou ex-offício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que justificarem a 
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada (Art. 233). 
A alternativa B está incorreta. A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão 
dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem (Art. 238). 
A alternativa C está correta. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, 
qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo (Art. 233, § 1º). 
A alternativa D está correta. No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão requerida 
pelo respectivo curador (Art. 233, § 2º). 
A alternativa E está correta. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente (Art. 
234). 
13. (CEPERJ – FISCAL DE OBRAS – PREFEITURA DE SÃO GONÇALO/RJ – 2011) Segundo o 
artigo 195 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, em caso de 
ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos de 
sua competência, será aplicada ao servidor a pena de: 
a) repreensão. 
b) suspensão. 
c) multa. 
d) demissão. 
e) advertência. 
Comentários 
A resposta está na letra D, conforme o art. 195: 
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Art. 195 A pena de demissão será aplicada nos casos de: 
I - falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízo da autoridade 
competente, e se comprovada má fé; 
II - incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos; 
III - embriaguez habitual ou em serviço; 
IV - ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa; 
V - abandono de cargo; 
VI - ausência ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, 
durante o período de 12 (doze) meses; 
VII - insubordinação grave em serviço; 
VIII - ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos 
encargos de sua competência. 
 
14. (CEPERJ – FISCAL DE OBRAS – PREFEITURA DE SÃO GONÇALO/RJ – 2011) A pena de 
demissão será aplicada ao servidor, dentre outros casos, quando verificado abandono de 
cargo. Segundo o artigo 195 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo, considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, pelo 
período de: 
a) 10 (dez) dias durante o período de 3 (três) meses. 
b) 15 (quinze) dias consecutivos. 
c) 20 (vinte) dias durante o período de 6 (seis) meses. 
d) 30 (trinta) dias consecutivos. 
e) 40 (quarenta) dias durante o período de 12 (doze) meses. 
Comentários 
A resposta está na letra D: 
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30 (trinta) 
dias consecutivos. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo a Lei Municipal nº 050/1991, são penas 
disciplinares, EXCETO: 
a) destituição de cargo em comissão. 
b) advertência 
c) repreensão. 
d) suspensão. 
e) multa. 
 
2. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme descrito na Lei Municipal nº 050/1991, 
a pena de suspensão não poderá exceder a: 
a) 60 dias 
b) 30 dias 
c) 90 dias. 
d) 120 dias. 
e) 50 dias. 
 
3. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Nos termos da Lei Municipalnº 050/1991, 
quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por iniciativa do chefe 
imediato do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de: 
a) 30% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
b) 40% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
c) 50% por dia de vencimento, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer no serviço 
durante o número de horas de trabalho normal. 
d) 50% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
e) 60% por dia de vencimento ou remuneração, obrigado, nesse caso, o funcionário, a permanecer 
no serviço durante o número de horas de trabalho normal. 
 
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4. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Com base na da Lei Municipal nº 050/1991, a 
pena de demissão será aplicada nos casos de, SALVO: 
a) ausência ao serviço, sem causa justificada, por 30 dias, interpoladamente, durante o período de 
12 meses. 
b) falta relacionada no art. 169, quando de natureza grave, a juízo da autoridade competente, e 
se comprovada má fé. 
c) incontinência pública e escandalosa ou prática de jogos proibidos. 
d) embriaguez habitual ou em serviço. 
e) ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa. 
 
5. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme o Estatuto dos Servidores Públicos 
do Município de São Gonçalo, a ação disciplinar prescreverá, entre outros, em: 
a) em 3 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
b) em 4 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
c) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência ou suspensão. 
d) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa ou suspensão. 
e) em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, apenas. 
 
6. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Em relação Processo Administrativo Disciplinar, 
de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, é 
incorreto afirmar que: 
a) A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço público é obrigada a 
denunciá-la ou promover-lhe a apuração imediata, por meios sumários ou processo administrativo. 
b) O processo administrativo poderá recomendar a aplicação das penas de suspensão por mais 
de 60 dias, de destituição de chefia, de demissão, de cassação de aposentadoria ou de 
disponibilidade, assegurando-se ao acusado ampla defesa. 
c) Quando a irregularidade, por sua natureza, ensejar somente punição não excedente às penas 
de advertência, repreensão, suspensão até 30 dias ou multa correspondente, proceder-se-á a sua 
apuração por meio sumário ou sindicância. 
d) A apuração de irregularidade mediante sindicância não terá forma processual definida nem 
ficará adstrita ao rito determinado para o processo administrativo, constituindo-se em simples 
averiguação, que poderá ser procedida por um único servidor. 
e) O Prefeito é a autoridade competente para determinar a instauração do processo 
administrativo; e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal, para 
promover ou determinar a sindicância referida no artigo anterior. 
 
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7. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos do 
Município de São Gonçalo, como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a 
influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora no processo disciplinar 
poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até: 
a) 30 dias, sem prejuízo da remuneração. 
b) 50 dias, sem prejuízo da remuneração. 
c) 60 dias, sem prejuízo da remuneração. 
d) 60 dias, sem remuneração. 
e) 20 dias, sem prejuízo da remuneração. 
 
8. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Analise as assertivas abaixo sobre o processo 
disciplinar, de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo: 
I. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições do cargo em que se encontre investido, sendo 
instaurado pelo Prefeito Municipal, mediante portaria em que especifique o seu objetivo. 
II. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 2 servidores estáveis 
designados pela autoridade competente que indicará, entre elas, o seu presidente, que deverá 
ser ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. 
III. A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, 
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração. 
IV. O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá de 30 dias, contados da data de 
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando 
as circunstâncias o exigirem. 
Marque a alternativa correta. 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
e) I e III. 
 
9. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Quanto ao inquérito, conforme o Estatuto dos 
Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, está incorreta a seguinte alternativa: 
a) O indiciado será citado por notificação expedida pelo presidente da comissão para apresentar 
defesa escrita no prazo de 05 dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição. 
b) O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado ampla defesa com a 
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
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c) O processo de sindicância integrará o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. 
d) Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito 
penal, a autoridade competente encaminhará cópia do processo ao Ministério Público, 
independente de imediata instrução do processo disciplinar. 
e) Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando 
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. 
 
10. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos do 
Município de São Gonçalo, no caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da 
notificação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo 
membro da comissão que fez a notificação, com a assinatura de: 
a) 3 testemunhas. 
b) 4 testemunhas. 
c) 5 testemunhas. 
d) 2 testemunhas. 
e) 6 testemunhas. 
 
11. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Acerca do julgamento do PAD, nos termos do 
Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, marque a alternativa 
incorreta: 
a) Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade 
competente para a imposição de pena mais grave. 
b) O julgamento se baseará no relatório da comissão, salvo quando contrário às provas do 
processo. 
c) No prazo de 30 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a 
sua decisão. 
d) Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou 
parcial do processo e ordenará a constituição de outracomissão para instauração de novo 
processo. 
e) Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato 
nos assentamentos individuais do servidor. 
 
12. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Sobre a revisão do PAD, marque a alternativa 
que está em desacordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo: 
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a) O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou ex-offício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis que justificarem a inocência do punido ou a 
inadequação da penalidade aplicada. 
b) A comissão revisora terá até 30 dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual 
prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
c) Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família 
poderá requerer a revisão do processo. 
d) No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão requerida pelo respectivo curador. 
e) No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. 
 
13. (CEPERJ – FISCAL DE OBRAS – PREFEITURA DE SÃO GONÇALO/RJ – 2011) Segundo o 
artigo 195 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, em caso de 
ineficiência comprovada, com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos de 
sua competência, será aplicada ao servidor a pena de: 
a) repreensão. 
b) suspensão. 
c) multa. 
d) demissão. 
e) advertência. 
 
14. (CEPERJ – FISCAL DE OBRAS – PREFEITURA DE SÃO GONÇALO/RJ – 2011) A pena de 
demissão será aplicada ao servidor, dentre outros casos, quando verificado abandono de 
cargo. Segundo o artigo 195 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São 
Gonçalo, considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, pelo 
período de: 
a) 10 (dez) dias durante o período de 3 (três) meses. 
b) 15 (quinze) dias consecutivos. 
c) 20 (vinte) dias durante o período de 6 (seis) meses. 
d) 30 (trinta) dias consecutivos. 
e) 40 (quarenta) dias durante o período de 12 (doze) meses. 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. A 
2. C 
3. D 
4. A 
5. D 
6. B 
7. C 
8. E 
9. A 
10. D 
11. C 
12. B 
13. D 
14. D 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do Município de Sã Gonçalo aos servidores públicos 
municipais estão enumeradas no art. 189 da Lei Municipal nº 50/1991. De acordo com esse 
dispositivo, são penas disciplinares: 
 advertência; 
 repreensão; 
 suspensão; 
 multa; 
 destituição de função; 
 demissão; 
 cassação de aposentadoria e disponibilidade. 
 
 Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas: 
o a natureza e a gravidade da infração, 
o os danos que dela provierem para o serviço público e os 
o antecedentes funcionais do servidor. 
A pena de suspensão será aplicada nos casos de: 
 falta grave; 
 desrespeito a proibições que pela sua natureza não ensejarem pena de demissão; 
 reincidência em falta já punida com repreensão. 
A pena de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade será aplicada se ficar provado, em 
processo administrativo disciplinar, que o aposentado ou disponível: 
 praticou, quando ainda no exercício do cargo, falta suscetível de determinar demissão; 
 aceitou, ilegalmente, cargo ou função pública provada a má fé; 
 perdeu a nacionalidade brasileira, ou, se português, for declarada extinta a igualdade de 
direitos e obrigações civis e do gozo de direitos políticos. 
A ação disciplinar prescreverá: 
 em 2 anos quanto a falta sujeita às penas de advertência, repreensão, multa 
ou suspensão; 
 em 5 anos, quanto a falta sujeita: 
 à pena de demissão ou destituição de função, 
 à cassação da aposentadoria, ou disponibilidade. 
 O processo administrativo poderá recomendar a aplicação das penas de suspensão por 
mais de 30 dias, de destituição de chefia, de demissão, de cassação de aposentadoria ou 
de disponibilidade, assegurando-se ao acusado ampla defesa; 
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40 
 
 Quando a irregularidade, por sua natureza, ensejar somente punição não excedente às 
penas de advertência, repreensão, suspensão até 30 dias ou multa correspondente, 
proceder-se-á a sua apuração por meio sumário ou sindicância; 
O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
 instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
 inquérito administrativo, que compreende instauração, defesa e relatório; 
 julgamento. 
 
O inquérito administrativo será contraditório, assegurado ao acusado ampla 
defesa com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por 
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas 
e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial 
As testemunhas serão inquiridas separadamente. 
 O indiciado será citado por notificação expedida pelo presidente da comissão para 
apresentar defesa escrita no prazo de 10 dias, assegurando-se lhe vista do processo na 
repartição. 
 Havendo dois ou mais indiciados, o prazo a que se refere o parágrafo anterior será comum 
e de 20 dias. 
O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade 
que determinar a sua instauração, para julgamento. 
 No prazo de 20 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora 
proferirá a sua decisão. 
 Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, 
este será encaminhado à autoridade competente que decidirá em igual prazo. 
Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à 
autoridade competente para a imposição de pena mais grave. 
 Se penalidade prevista for a demissão, cassação de aposentadoria, ou disponibilidade, o 
julgamento caberá ao Prefeito. 
Serão assegurados transportes e diárias: 
 ao servidor convocado para prestar depoimento fora do município na condição de 
testemunha, denunciado ou indiciado; 
 aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem do local dos 
trabalhos para a realização de missão essencial para esclarecimento dos fatos. 
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Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. 
 
 
 
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