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etica profissional

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2 
 
 
 
SUMÁRIO 
SUMÁRIO ________________________________________________________________ 2 
ÉTICA ____________________________________________________________________ 4 
O QUE É ÉTICA? _______________________________________________________________ 5 
CONSIDERAÇÕES GERAIS _______________________________________________________ 6 
A VIDA ______________________________________________________________________________ 6 
A SAÚDE ____________________________________________________________________________ 6 
LEGITIMAÇÃO DOS VALORES E REGRAS MORAIS ____________________________________ 7 
OBJETIVOS DA ÉTICA ___________________________________________________________ 8 
ÉTICA PROFISSIONAL ___________________________________________________________ 8 
A ÉTICA NO CAMPO DA SAÚDE__________________________________________________ 13 
A ÉTICA NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES SOCIAIS ______________________________________ 14 
BIOÉTICA NA ENFERMAGEM ________________________________________________ 16 
NATUREZA DISTINTA __________________________________________________________ 16 
TÓPICOS NA ÉTICA NA ENFERMAGEM ____________________________________________ 17 
ÉTICA PROFISSIONAL E ATIVIDADE VOLUNTÁRIA ___________________________________ 18 
VIRTUDES PROFISSIONAIS _____________________________________________________ 19 
CLASSES PROFISSIONAIS _______________________________________________________ 23 
TRABALHO EM EQUIPE ________________________________________________________ 29 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL ____________________________________________ 33 
ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 ______________________________________ 38 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ___________________________________________________ 40 
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS ___________________________________________________________ 40 
CAPÍTULO II – DOS DEVERES ___________________________________________________________ 43 
CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES ________________________________________________________ 50 
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES ___________________________________________ 56 
CAPÍTULO V – DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES __________________________________________ 60 
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL ________________________ 62 
1- Responsabilidade Profissional: ________________________________________________ 62 
2- Distinção Entre a Norma Jurídica da Moral (Direito X Moral): _______________________ 62 
3- Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem: ________________________________ 63 
4- Responsabilidades Éticas: ____________________________________________________ 63 
5- Dos Direitos: ______________________________________________________________ 63 
6- Dos Deveres: ______________________________________________________________ 64 
7- Responsabilidade Civil e Penal: _______________________________________________ 64 
8- Responsabilidade Civil: ______________________________________________________ 65 
 
 
 
3 
 
 
 
9- Responsabilidade Penal: _____________________________________________________ 65 
10- Imprudência: _____________________________________________________________ 66 
11- Negligência: ______________________________________________________________ 66 
12- Imperícia: ________________________________________________________________ 67 
13- Segredo Profissional: ______________________________________________________ 68 
14- Princípio da Legalidade: ____________________________________________________ 69 
SER RESPONSÁVEL X TER RESPONSABILIDADE __________________________________ 74 
Gabarito ________________________________________________________________ 93 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________________________ 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
ÉTICA 
A humanidade tem assistido a muitas mudanças em 
quase todos os sentidos da vida. O desenvolvimento 
tecnológico está atingindo termos jamais antes imaginados 
ou mesmo concebido pelo ser humano. As mudanças 
decorrentes da evolução e dos acontecimentos históricos 
são muito significativas e representam um exemplo do que 
pode acontecer com os esforços de criação da mente 
humana. 
Nos campos das descobertas da medicina, da indústria, da tecnologia, jamais se assistiu 
tamanho desenvolvimento. Assistimos a um aumento de velocidade de produção de 
informações nunca conhecidos. 
Em face das conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca presente 
nos debates a respeito do comportamento humano e o seu estudo é sempre necessário em 
decorrência da necessidade das pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a 
nova realidade na vida social. 
Assim, a Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar 
seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as 
profissões e para todo ser humano, para que possamos viver relativamente bem em 
sociedade. Com o crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes deixamos 
nos levar pela pressão exercida em busca de produção, pois o mercado de trabalho está cada 
 
 
 
5 
 
 
 
vez mais competitivo e exigente, e as vezes não nos deixa tempo para refletir sobre nossas 
atitudes. 
Temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos outros 
e que nossa liberdade acarreta em responsabilidade. De forma ampla a Ética é definida 
como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum 
e da realização individual. 
 
O QUE É ÉTICA? 
Pode-se dizer que, no cotidiano, a ética aparece por meio de nossas ações e atitudes, 
as quais são classificadas como “boas” ou “ruins” pela sociedade. Isto é, nossas atitudes são 
aprovadas ou reprovadas socialmente, uma vez que são reconhecidas como adequadas ou 
não aos valores morais que norteiam nossa sociedade. 
É preciso observar, no entanto, que há valores morais próprios de outras sociedades 
e que, muitas vezes, esses valores são diferentes dos nossos. 
A intolerância de um povo em relação aos valores de outros povos, frequentemente, 
acaba em luta, briga, ou guerra. 
Se olharmos à nossa volta e se conversarmos com familiares, com pessoas de 
gerações passadas e de diferentes classes sociais, vamos perceber que os valores e as regras 
do bem agir variam de lugar para lugar e se modificam ao longo do tempo. 
 
 
 
 
6 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Entre as criaturas de Deus, apenas os homens são dotados de uma natureza 
espiritual. A alma humana possui inteligência e vontade. Pela inteligência nós percebemos o 
“ser” das coisas e pela vontade escolhemos uma direção, um fim para nossas vidas. 
 
A VIDA 
Desde que é anunciada, a vida, em qualquer circunstância, merece um sublime e 
incomensurável respeito. Para que exista de fato esta atenção pela vida de outrem, é 
necessário que o ser humano ame e reverencie sua própria vida, porque ela é, acima de tudo, 
o instrumento do bem utilizado por todos os homens. 
 O direito a vida é o mais fundamental dos direitos do homem, sendo 
inalienável. Por sua vez, o dever é enaltecido com muito entusiasmo. 
A SAÚDE 
A saúde é o estado de completo bem estar físico, social e mental e não somente a 
ausência de enfermidade (OMS). 
“A saúde não é puramente negativa, como se consiste na simples exclusão da doença 
corporal e das forças físicas, como se a saúde mental, em particular, não exprimisse mais do 
que a ausência de toda alienação ou anomalia. Ela comporta positivamente o bem estar 
físico, espiritual e social da humanidade, como uma das condições da paz universal e da 
segurança comum. Longe de considerar a saúde objeto da ordem exclusivamente biológica, 
sublinhamos a importância das forças religiosas e morais para mantê-la e sempre a 
incluímos no número das condições para a dignidade e o bem estar da humanidade, de seu 
 
 
 
7 
 
 
 
bem corporal e espiritual, temporal e eterno (Escola Técnica de Enfermagem- Catarina 
Labouré. Psicologia aplicada e Ética Profissional, p. 25).” 
 
LEGITIMAÇÃO DOS VALORES E REGRAS MORAIS 
 Diz-se que uma pessoa possui um valor e legitima as normas decorrentes 
quando, sem controle externo, pauta sua conduta por elas. Por exemplo, alguém que não 
rouba por medo de ser preso não legitima a norma “não roubar”: apenas a segue por medo 
do castigo e, na certeza da impunidade, não a seguirá. Em compensação, diz-se que uma 
pessoa legitima a regra em questão ao segui-la independentemente de ser surpreendida, ou 
seja, se estiver intimamente convicta de que essa regra representa um bem moral. 
Mas o que leva alguém a pautar suas condutas segundo certas regras? Como alguns 
valores tornam-se traduções de um ideal de Bem, gerando deveres? 
Seria mentir por omissão não dizer que falta consenso entre os especialistas a 
respeito de como um indivíduo chega a legitimar determinadas regras e conduzir-se 
coerentemente com elas. 
Para uns, trata-se de simples costume: os hábitos de certas condutas validam-nas. 
Para outros, a equação deveria ser invertida: determinadas condutas são consideradas boas, 
portanto, devem ser praticadas; neste caso, o juízo seria o carro-chefe da legitimação das 
regras. Para outros ainda, processos inconscientes (portanto, ignorados do próprio sujeito, e, 
em geral, constituídos durante a infância) seriam os determinantes da conduta moral. E há 
outras teorias mais. 
 
 
 
8 
 
 
 
OBJETIVOS DA ÉTICA 
A Ética é a ciência que ensina o homem a agir corretamente. O homem não quer 
apenas viver, mas viver bem. Não se deve entender este bem como uma preocupação 
egoísta de conseguir valores materiais, senão como um aperfeiçoamento moral capaz de 
integrar a aspiração de cada um aos interesses de todos. O objetivo da Ética é a aquisição de 
hábitos bons, que contribuam para a formação do caráter nobre, levando o indivíduo a ser e 
agir de maneira íntegra e honrada. 
 A Ética profissional mantém o homem dentro de um padrão de 
comportamento, ditando-lhe aquilo que deve fazer e aquilo que deve evitar a fim de ser um 
bom profissional. Assim, temos a ética médica, a ética dos advogados, dos padres, dos 
enfermeiros, dos odontólogos, etc. 
 A observância dos princípios éticos próprios de cada profissão impõe-se a 
todos aqueles que abraçam como uma necessidade. 
ÉTICA PROFISSIONAL 
 No que diz respeito às profissões liberais, não é honesto distorcer o exercício 
da profissão de sua finalidade de serviço ao cliente para a mera oportunidade de ganhar 
dinheiro. 
 A remuneração pela prestação de serviço é um direito justo do profissional, 
mas o que não é moralmente lícito é oferecer um serviço profissional quando se sabe que ele 
não é efetivamente útil ao cliente, só serve para ganhar dinheiro. Isto equivale a roubo. 
 
 
 
9 
 
 
 
 Na realização do trabalho profissional é preciso ter sempre presente o serviço 
ao cliente, aquilo que ele tem necessidade, realmente. Viver o amor para com ele, ajudar a 
encontrar a sua necessidade real e, consequentemente, adequar a própria atividade 
profissional. 
Ética ou “Ciência da Moral” é o conjunto de princípios morais que regem os direitos 
e deveres de um indivíduo ou de uma organização, dentro de um determinado setor de 
trabalho. Neste último caso, temos a “Ética Profissional”. 
É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas 
três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo 
sobreposições. 
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa 
previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam. 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de 
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma 
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial 
moral comum. 
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área 
geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores 
afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão 
de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de 
conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais 
 
 
 
10 
 
 
 
impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o 
Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas 
discordantes. 
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, 
adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as 
regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois 
não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética. 
A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve 
ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o 
conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, 
escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir 
tornando-se parte daquela categoria que escolheu. 
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades 
referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes 
do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um 
juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde 
formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta 
adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para 
o seu exercício. 
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou 
paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou 
em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade 
 
 
 
11 
 
 
 
assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não 
escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, 
o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da 
responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a 
cumprir. 
Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante 
o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando 
sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual. 
Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres 
assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas 
responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, 
mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo. 
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo 
adequadamente? Realizo corretamente minha atividade? 
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão 
descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que 
uma pessoa pode exercer. 
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a 
atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de 
atividades que dependem do bom desempenho desta. 
 
 
 
12 
 
 
 
Uma postura proativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a 
você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário. 
Sesua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas 
você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo 
futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando 
chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe 
foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais 
disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão 
assim com você, e seu dia será muito melhor. 
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você 
esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja 
qual for sua atividade profissional. E, se não surgir outro trabalho, certamente sua vida será 
mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso 
sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas 
formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, 
pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização 
profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver. 
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de 
ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um 
colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom. 
 
 
 
13 
 
 
 
A ÉTICA NO CAMPO DA SAÚDE 
 A saúde é antes de tudo um estado da harmonia e de equilíbrio, e não apenas 
ausência de doenças. Por isso mesmo, o profissional de saúde, seja ele médico, enfermeiro, 
assistente social, técnico em saúde, ou sanitarista, tal como educador, precisa ser um 
exemplo de harmonia. Ora, a verdadeira harmonia resulta justamente da coligação dos 
valores éticos, estéticos e espirituais. 
 Estes por sua vez resultam de uma boa circulação da energia vital através dos 
centros energéticos, permitindo a expressão benéfica das vibrações de amor, alegria e beleza 
e a inspiração constante da sabedoria. Por isso, o profissional de saúde é antes de tudo um 
educador. Neste nível de compreensão, é difícil separar saúde de educação. Mas assim 
mesmo os profissionais da saúde têm questões peculiares de Ética, sobretudo quando lidam 
com doenças. 
 O conflito entre motivações e valores está constantemente presente e desafia 
o profissional da saúde, mais particularmente o médico e o enfermeiro. Atender um 
chamado no meio da noite ou a uma emergência no meio de uma refeição ou da convivência 
com entes queridos coloca em confronto amor altruísta com necessidades pessoais. 
 Tratar e curar exigem dedicação, abnegação, compaixão e amor. Muito mais 
que isso, a presença da energia amorosa é altamente benéfica e curativa. 
 Como cientista, o médico precisa cultivar a verdade, sabendo expressá-la 
com amor e discernimento, pois a verdade, através do poder de sugestão, pode reforçar a 
cura se for positiva ou pode matar se for uma notícia ruim. O efeito placebo da sugestão 
mostra o quanto esse fator é importante. 
 
 
 
14 
 
 
 
 Convém citar também a modéstia como indispensável não só para reconhecer 
os próprios limites e aceitar a colaboração de colegas, como para estimular a cooperação 
ativa do paciente. 
A ÉTICA NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES SOCIAIS 
A Ética no âmbito das relações sociais afirma explicitamente que a pessoa humana é 
e deve ser o princípio, o sujeito e o fim de todas as instituições sociais. (Psicologia aplicada 
e ética profissional, p. 27). A vida social é criação sua, nela se concretiza e se realiza a 
liberdade do homem; a ordem social e o progresso devem ordenar-se incessantemente para o 
bem das pessoas, pois a organização das coisas deve subordinar-se à ordem das pessoas e 
não o contrário. 
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da 
chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para 
colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos 
antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma 
senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que 
não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado 
para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas 
profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não 
saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, 
com as PESSOAS. 
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, 
a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos 
aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do 
 
 
 
15 
 
 
 
profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A 
COISA CERTA. 
 
 
 
 
16 
 
 
 
BIOÉTICA NA ENFERMAGEM 
A ética na enfermagem é o ramo da ética que analisa as atividades da enfermagem. 
Esta divide vários princípios com a ética médica, tais como beneficência, não maleficência e 
respeito à autonomia. Pode ser distinguida pela sua ênfase em relacionamentos, manutenção 
da dignidade e cuidado colaborativo. 
A natureza da enfermagem significa que o ramo da ética de enfermagem tende a 
examinar as éticas de cuidado ao invés da ética da cura, explorando o relacionamento entre 
o enfermeiro e o paciente. Tentativas iniciais para definir ética na enfermagem 
concentraram-se primariamente na ética da virtude que faria um enfermeiro bom, ao invés 
de analisar quais as condutas necessárias para respeitar os direitos humanos da pessoa no 
cuidado do enfermeiro. Porém, na era moderna, a ética da enfermagem tem analisado mais 
as obrigações dos enfermeiros para respeitar estes direitos, isto sendo refletido em códigos 
de ética profissionais de enfermagem. Por exemplo, a importância de respeitar os direitos 
humanos na enfermagem está escrito explicitamente no Conselho Internacional de 
Enfermeiros. 
NATUREZA DISTINTA 
Embora muito da ética de enfermagem apareça similar à ética médica, existem 
fatores que diferenciam a primeira da segunda. O foco da ética da enfermagem é o 
desenvolvimento de uma relação enfermeiro-paciente, isto produzindo algumas diferenças. 
Por exemplo, um princípio bem estabelecido da ética médica tradicional é beneficência. 
Enquanto que a ética médica tradicional permitiria que este conceito fosse expressado via 
paternalismo, o último não é compatível com a ética da enfermagem. Isto porque a teoria da 
enfermagem busca uma relação colaborativa do enfermeiro com o paciente. Tópicos que 
 
 
 
17 
 
 
 
dão ênfase ao respeito para autonomia e a manutenção da dignidade do paciente através da 
advocacia da possibilidade de escolhas por parte do paciente é comum na ética da 
enfermagem. Isto é em contraste com a prática paternalística onde o profissional da saúde 
toma decisões baseado no que ele ou ela acredita ser a melhor decisão para o paciente. 
A distinção pode ser examinada em um ângulo diferente. Apesar do aumento da 
ênfase em tópicos deontológicos por alguns, interesse na ética da virtua ainda existe, bem 
como suporte por uma ética de cuidado. Isto é considerado pelos proponentes da ética da 
enfermagem como colocando maior ênfase em relações do que princípios, e, portanto, 
refletindo o relacionamento enfermeiro-paciente na enfermagem mais precisamente do que 
outras visões éticas. 
TÓPICOS NA ÉTICA NA ENFERMAGEM 
Enfermeiros buscam defender a dignidade dos pacientes. Em termos da teoria ética, 
isto pode ser interpretado como respeito por autonomia. O papel dos enfermeiros é o de 
permitir que pacientes possam tomar decisões sobre seu própriotratamento. Entre outros 
temas, esta advocacia permite que o paciente tome decisões consentidas que o enfermeiro, 
bem como outros profissionais da área da saúde. Embora muito do debate esteja na 
discussão de casos onde pacientes não podem realizar decisões sobre seu próprio tratamento 
devido à incapacitação, por exemplo, por causa de uma doença mental. Um jeito de manter 
autonomia em casos de incapacitação é o uso de uma declaração antecipada de vontade, e 
portanto, evitando paternalismo. 
Outro tópico é confidencialidade, que é um princípio importante em vários códigos 
de enfermagem. Confidencialidade trata de informações do paciente que devem ser apenas 
utilizadas para fins do tratamento do paciente, e entre os profissionais da saúde envolvidos 
 
 
 
18 
 
 
 
no cuidado do paciente. Uma importante exceção é quando a informação deve ser divulgada 
para terceiros, devido à lei (abuso de menores) ou preservar vida. 
Honestidade é um tópico que trata sobre contar a verdade em interações com o 
paciente. Existe uma balança entre o fornecimento de informação para o paciente para que 
estes tomem decisões bem informadas, e evitar estresse por causa da verdade. Geralmente, a 
balança é em favor da verdade, devido ao respeito da autonomia, embora pacientes por 
vezes podem pedir para não serem contados a verdade, ou podem não ter a capacidade de 
compreender as implicações. 
Enfermeiros podem atuar de forma a manter a dignidade do paciente através da 
observação dos princípios acima, embora estes tópicos sejam frequentemente desafiados por 
outros fatores, tais como regras institucionais ou ambientais. 
ÉTICA PROFISSIONAL E ATIVIDADE VOLUNTÁRIA 
Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é 
regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em oposição a 
Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade voluntária não seria 
profissional, e esta é uma conceituação polêmica. 
Em realidade, voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática 
Profissional não remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em 
beneficência, por um período determinado ou não. 
Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, 
na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício 
profissional se este fosse remunerado. 
 
 
 
19 
 
 
 
Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em 
outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de 
matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais 
importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele! 
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado 
que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida. 
É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as 
mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos 
legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos 
conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência. 
Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, 
confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, 
afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, 
responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você... 
Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis! 
VIRTUDES PROFISSIONAIS 
Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser 
levadas em conta as qualidades pessoais que concorrem para o enriquecimento de sua 
atuação profissional, facilitando o exercício da profissão. 
 
 
 
20 
 
 
 
Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, 
aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade, consegue 
incorporá-las à sua personalidade, tentando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais. 
Só pessoas que tenham autoestima e sentimento de poder próprio são capazes de 
assumir responsabilidade, pois elas sentem um sentido na vida, alcançando metas sobre as 
quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade real, de maneira 
consciente. 
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a 
iniciativa, capaz de colocá-las em movimento e, assim, tomar a iniciativa de fazer algo no 
interesse da organização significa demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto 
de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse 
da organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua 
complementação. 
Dentre as qualidades que consideramos mais importantes no exercício de uma 
profissão, está a honestidade que se relaciona com a confiança que nos é depositada, com a 
responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil 
encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, pelo 
enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança coletiva de 
uma coletividade. 
Os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão são muitos. Um 
psicanalista, abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está 
sendo desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, retém os 
 
 
 
21 
 
 
 
livros de um comerciante, está sendo desonesto. A honestidade é a primeira virtude no 
campo profissional. É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações 
circunstanciais. 
O Sigilo também é uma das qualidades consideradas de maior importância, senão o 
maior deles dentro de uma profissão. O respeito aos segredos das pessoas, deve ser 
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. 
Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é 
obrigatória. Hábitos pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e sua revelação 
pode representar sérios problemas para a empresa ou para os clientes do profissional. 
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de 
forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre, como 
afirma Aristóteles, p.24: "a função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é 
tocá-la bem". 
É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de 
atuação. Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada 
tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a 
devida capacitação para executá-lo. Pacientes que morrem ou ficam aleijados por 
incompetência médica, causas que são perdidas pela incompetência de advogados, prédios 
que desabam por erros de cálculo em engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto se 
deve investir na busca da competência. 
A prudência é uma das qualidades que faz com que o profissional analise situações 
complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui 
 
 
 
22 
 
 
 
para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A prudência é 
indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e 
as lutas ou discussões inúteis. 
A coragem é uma das qualidades mais exigidas a todos os profissionais. Todo 
profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa 
alguma, torna-se um covarde" (Aristóteles, p.37). A coragem nos ajuda a reagir às críticas, 
quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de nossodever. 
Ajuda-nos também a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando 
estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. 
A perseverança é uma qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo 
trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, 
prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É 
louvável a perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do 
subdesenvolvimento. 
Compreensão é uma qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito 
pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão 
importante no relacionamento profissional. Porém, não podemos confundir compreensão 
com fraqueza, para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem 
sempre, válidas para eficiência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros 
objetivos a serem alcançados pela profissão. 
 
 
 
23 
 
 
 
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A 
compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em 
benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada. 
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da 
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de 
pessoas. A humildade representa a autoanálise que todo profissional deve praticar em 
função de sua atividade profissional, para reconhecer melhor suas limitações, buscando a 
colaboração de outros profissionais mais capazes, quando tiver esta necessidade, numa 
busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor 
interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com subserviência ou 
dependência e, quase sempre, lhe é atribuído um sentido depreciativo. 
Imparcialidade é uma qualidade tão importante que assume as características do 
dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os 
verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas 
situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça 
depende muito da imparcialidade. 
Otimismo em face das perspectivas das sociedades modernas é uma das qualidades 
em que o profissional precisa mais estar dedicado, pois é imperativo que o profissional seja 
otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do 
desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor. 
 
CLASSES PROFISSIONAIS 
 
 
 
24 
 
 
 
Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, 
pela natureza do conhecimento exigido para tal execução e pela identidade de habilitação 
para o exercício da mesma. A classe profissional é um grupo dentro da sociedade, 
específico, definido por sua especialidade de desempenho de tarefa. 
A divisão do trabalho é antiga e está ligada à vocação de cada um para determinadas 
tarefas e às circunstâncias que obrigam, muitas vezes, a assumir esse ou aquele trabalho; 
ficou prático para o homem, em comunidade, transferir tarefas e executar a sua. A união dos 
que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha não só regulada por 
lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe, como os códigos de ética. 
O termo, Ética refere-se aos padrões de conduta moral, isto é, padrões de 
comportamento relativos ao paciente, ao patrão e aos colegas de trabalho. Ter boa 
capacidade de discernimento significa saber o que é certo e o que é errado, e como agir para 
chegar ao equilíbrio. 
Os pontos de ética enumerados foram compilados por diferentes autores. A lista 
pode não ser completa, mas contém os pontos mais importantes e mais tarde, quando você 
se familiarizar com o programa de enfermagem poderá acrescentar algo na lista. 
Respeite todas as confidencias que seus pacientes lhe fizerem durante o serviço. 
Jamais comente em público durante as horas de folga, qualquer incidente ocorrido no 
hospital nem de informações sobre seu doente. Qualquer pergunta que lhe for feita sobre os 
cuidados que ele recebe, bem como de suas condições atuais e prognosticas, por seus 
familiares, deverá ser relatada ao supervisor. 
 
 
 
25 
 
 
 
Evite maledicências- jamais critique seu supervisor ou seus colegas de trabalho na 
presença de outros funcionários ou dos enfermos. 
Respeite sempre a intimidade de seus pacientes. Bata de leve á porta antes de entrar 
no quarto. Cubra-o antes de executar qualquer posição. Cuide para que haja sempre lençóis 
disponíveis para exames e posições terapêuticas. 
A ficha do paciente contém informação privada e deve ser guardada. Apenas as 
pessoas diretamente envolvidas no seu atendimento podem ter acesso a ela. 
Demonstre respeito por seus colegas de trabalho em qualquer ocasião. Seja leal a 
seus chefes. Trate-os assim como a seus pacientes, pelo sobrenome, em sinal de respeito. 
Nunca recorra a apelidos, doenças ou número de quarto para se referir aos doentes. 
Aceite suas responsabilidades de bom grado. Antecipe-se ao chamado do paciente; 
procurando adivinhar-lhe as necessidades. É importante que você não exceda suas 
responsabilidades nem sua habilidade. Conheça bem seu trabalho. 
Tenha cuidado com os objetos ao paciente, para prevenir posteriores complicações, 
tanto para você quanto para o hospital. Guarde os objetos pessoais do doente, isto é, 
dinheiro, jóias, como se fossem seus. Cuide para que os objetos de valor sejam guardados 
no cofre do hospital. 
Assuma a responsabilidade de seus erros e falhas de julgamento, levando-se logo ao 
conhecimento do supervisor, do contrario, você poderá colocar em risco sua própria pessoa, 
o paciente e o hospital. 
 
 
 
26 
 
 
 
O bom atendimento ao enfermo não permitir que haja preconceitos de raça, religião 
ou cor. Dispense a todos a mesma consideração e o mesmo respeito, e dê-lhes o melhor de 
si. 
Recorra á igreja da qual faz parte do paciente sempre que necessário. Nunca se 
coloque na posição de conselheiro espiritual, mas esteja ciente de sua obrigação, em 
providenciar este tipo de apoio sempre que necessário. Comunique ao supervisor quando o 
paciente exigir um apoio religioso especial. 
Não comente sua vida nem seus problemas pessoais ou familiares com seus doentes 
a não ser em termos gerais. 
Falar alto e fazer muito barulho é um comportamento impróprio que incomoda ao 
paciente e a seus familiares. Ande não corra, mesmo em situações de emergência. 
Ter boas maneiras é uma obrigação. Os visitantes são convidados dentro do hospital. 
Se você os tratar com respeito e cortesia, eles confiarão mais em você e no hospital. 
Gratificações, como dinheiro, presentes e gorjetas por parte dos pacientes, devem ser 
recusadas. 
Não faça refeições no quarto do enfermo nem no local onde é preparada sua comida. 
Não é permitido comer restos deixados pelo doente e nem servir-se da comida que lhe é 
destinada. 
Use com moderação o material fornecido pelo hospital. Tenha cuidado com os 
equipamentos. Levar para casa objetos de propriedades do hospital, como termômetros, 
canetas e loção para as mãos é roubo. 
 
 
 
27 
 
 
 
Durante a carreira de enfermagem você encontrará certos tipos especiais de 
pacientes, como viciados em drogas, alcoólicos, criminosos, suicidas e pervertidos sexuais. 
Não deixe que sua simpatia e antipatia pessoal interfiram no atendimento a essa espécie de 
doente. Não permita, tampouco, que a condição social ou econômica do paciente modifique 
a qualidade do atendimento que você dispensa. 
Tirar medicamentos da reserva do hospital ou do paciente é roubo. Não se aproveite 
da presença do médico para lhe pedir que prescreva medicação para você ou seus familiares. 
Nunca faça diagnósticonem medicação para os pacientes, para seus familiares e 
amigos, porque isso constitui exercício ilegal da Medicina. 
Não deixe que se estabeleçam laços pessoais entre você e seu paciente. 
Delicadamente desencoraje-o quando ele fizer tentativas neste sentido. 
Você poderá ser despedido (a) se for encontrado (a) sobre efeito de álcool ou de 
outras drogas, o fato deverá ser levado imediatamente ao conhecimento do seu supervisor. 
Permaneça no seu setor de trabalho, só saindo quando lhe for permitido, como nos 
intervalos para almoço e descanso. 
Responda logo a qualquer chamado do paciente. Atenda a suas solicitações, sempre 
que possível. Quando estiver em dúvida ou não for capaz de fazê-lo, chame o supervisor. 
Normalmente é a enfermeira chefe quem atende as chamadas telefônicas. Caso você 
tenha de fazê-lo seja educado (a) e cortês. Encaminhe qualquer chamada telefônica á 
autoridade competente. As ordens médicas dadas por telefone só devem ser recebidas pela 
 
 
 
28 
 
 
 
enfermeira chefe. O telefone da enfermeira só deve ser usado para chamadas internas do 
hospital e nunca para chamadas pessoais. 
 
 
 
29 
 
 
 
 
TRABALHO EM EQUIPE 
 
E o trabalho de equipe? 
O trabalho em saúde é, sempre, um trabalho 
de equipe e exige, sempre, respeito entre os membros 
do grupo. 
Cada um dos membros de uma equipe que trabalha com saúde, reconhece que o 
trabalho que cada profissional realiza é importante e contribui para o conjunto e por isso 
todos precisam se encontrar para refletir sobre sua atuação. 
No entanto, embora haja consenso sobre essa necessidade, no cotidiano, os encontros 
não se verificam. Queremos, no entanto, estimular essa discussão por entender que a 
responsabilidade ética de que tanto falamos, passa pela existência de uma relação com 
outras pessoas, também profissionais de saúde que, como nós, têm um compromisso com a 
defesa da vida. 
O trabalho de equipe precisa ser entendido como um trabalho de parcerias. Numa 
equipe, todos têm uma função importante que será realizada da melhor forma possível, na 
medida em que os profissionais estejam integrados. 
Mas... Como fazer para que a integração aconteça? 
 
 
 
30 
 
 
 
É evidente que a instituição onde estamos trabalhando, precisa reconhecer a 
importância do trabalho do grupo, a fim de que os profissionais tenham espaço para se 
reconhecer como tal. 
Uma equipe de saúde trabalha bem, quando integra os papéis de seus membros. A 
integração é sempre muito proveitosa e não pode ser confundida com a sujeição de um 
membro da equipe por outro. 
Isso não quer dizer que os trabalhos nas equipes dispensem uma hierarquia, 
principalmente se são atividades relacionadas à realização de tratamentos ou de 
procedimentos curativos. 
É importante que cada um reconheça seus limites e os limites da atuação profissional 
dos membros de uma equipe, a fim de se aperfeiçoar, cada vez mais, naquilo que sabe e que 
foi preparado para realizar. 
O nosso enfoque diz respeito, basicamente, às relações interpessoais nos grupos. 
Portanto, relaciona-se a todos os seus membros. 
Queremos afirmar a necessidade de diálogo e de respeito entre as pessoas que 
trabalham juntas. Consideramos que é dever de todos nós contribuirmos para que nosso 
ambiente de trabalho seja agradável, para que cada um de nós também se sinta acolhido em 
nosso espaço de trabalho, seja ele o hospital, os consultórios e ambulatórios, ou os espaços 
onde discutimos as ações que vamos realizar nas casas das pessoas. 
Na verdade, é difícil dedicarmos algum momento da nossa jornada de trabalho, para 
pensarmos e conversarmos sobre o quanto esta ou aquela situação mexeu conosco. Quantas 
 
 
 
31 
 
 
 
vezes ficamos com um nó na garganta diante de uma situação (e são muitas!) de morte, ou 
diante da dor de alguém que recebe a notícia de que vai ficar com alguma deficiência? 
Quantas vezes nos fazem perguntas cujas respostas desconhecemos ou conhecemos, 
mas não podemos ou nos falta preparo para fornecer (como quando sabemos de um 
diagnóstico ou de um prognóstico ruim)! Situações assim geram em nós reações que não 
controlamos, como tremores, suores, frio na barriga, dor de cabeça. 
Quantas vezes somos obrigados a estar em contato com situações que nos causam 
aborrecimento e vergonha, como é o caso de doentes ou acompanhantes que fazem 
insinuações grosseiras apelando para temas que têm a ver com a sexualidade! Quantos já 
não presenciaram pacientes se masturbando? 
E quando estamos diante de situações que fogem ao controle do paciente, mas que 
somos obrigados a vivenciar diante de outros profissionais, como é o caso de estar cuidando 
do asseio de um doente no leito, e ocorrer uma ereção do pênis? 
E quando nos aborrecemos com outros colegas de trabalho? Você não acha que seria 
bom poder falar desses sentimentos com outras pessoas que também passam pelas mesmas 
situações? Que seria bom que encontrássemos, entre nossos pares, aquele olhar de 
compreensão diante de uma impossibilidade nossa? Que pudéssemos contar com a crítica 
construtiva das pessoas com as quais trabalhamos? Que não precisássemos ter medo de 
demonstrar nossa fragilidade em relação a determinadas situações? 
Então, é preciso que nos olhemos mais e nos escutemos mais. Principalmente porque 
o que nos une é estar lidando tão de perto com o sofrimento humano. É preciso parceria, 
seja para entender melhor do trabalho que vamos realizar, seja para reafirmar uma 
 
 
 
32 
 
 
 
cumplicidade solidária, diante das situações de tensão, de tristezas e de alegrias, 
experimentadas no dia a dia de nosso trabalho. 
A cumplicidade solidária pode nos aliviar, fazer com que percebamos que nossa 
experiência guarda semelhanças com a experiência de outros colegas. Permite que nosso 
sentimento seja de inclusão num espaço que é coletivo, mas entendendo que temos 
necessidades individuais. Cria o conhecimento através da experiência coletiva. 
Nós, profissionais de saúde, somos seres humanos que realizam as ações de saúde, 
nos nossos espaços de trabalho. Fora desse espaço, temos uma série de outros afazeres na 
vida. Divertimo-nos, aborrecemo-nos, estudamos, enganamo-nos, adoecemos, temos 
responsabilidade com outras pessoas de quem também cuidamos. Além disso, somos 
também usuários dos serviços de saúde. 
É preciso reafirmar que a humanização dos serviços de saúde ou a humanização da 
assistência à saúde se faz através de pessoas. Faz-se através de nós. 
Espera-se que tenha ficado claro que não é possível falar em ética 
pessoal/profissional, sem falar em humanização. E que não existe 
humanização sem emoção. 
Porque os serviços de saúde acontecem por meio das pessoas 
que ali trabalham. É através do repensar sobre a nossa prática e a forma 
como nos relacionamos com os outros, que vamos poder dar respostas às nossas 
inquietações ou - quem sabe? - apaziguar nossas ansiedades. 
 
 
 
33 
 
 
 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Sempre, quando se fala em virtudes profissionais, é preciso mencionar a existência 
dos códigos de ética profissional. 
As relações de valor que existem entre o ideal moral traçado e os diversos campos da 
conduta humana podem ser reunidas em um instrumento regulador. Assim, o código de 
ética é uma espécie de contrato de classe em que os órgãos de fiscalização do exercício da 
profissão passam a controlar a execução de tal peça magna. Tudo deriva, pois, de critérios 
de condutas de um indivíduo perante seu grupo e o todo social. 
Tem como base as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no exercício da 
profissão, abrangendo o relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e 
sociedade. O interesse no cumprimento do referido código deve ser de todos. O exercício de 
uma virtude obrigatória torna-se exigível de cada profissional, como se uma lei fosse, uma 
vez que toda comunidade possui elementos qualificados e alguns que transgridema prática 
das virtudes; seria utópico admitir uniformidade de conduta. 
A disciplina, entretanto, é um contrato de atitudes, de deveres, de estados de 
consciência, e que deve formar um código de ética, tem sido a solução, notadamente nas 
classes profissionais que são egressas de cursos universitários (contadores, médicos, 
advogados, psicólogos, etc.). 
Uma ordem deve existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente 
evitar que se macule o bom nome e o conceito social de uma categoria. 
 
 
 
34 
 
 
 
O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das atribuições que lhe são 
conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, 
aprovado pela Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro de 2012, e 
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de 
julho de 1973, compete ao Cofen elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e 
alterá-lo, quando necessário, ouvidos os Conselhos Regionais; 
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Enfermagem deve submeter-se 
aos dispositivos constitucionais vigentes; 
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada 
pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra 
(1949), cujos postulados estão contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de 
Enfermeiras (1953, revisado em 2012); 
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos 
(2005); 
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal 
de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, 
reformulado em 2000 e 2007), as normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho 
Nacional de Saúde – CNS nº 196/1996), revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as normas 
internacionais sobre pesquisa envolvendo seres humanos; 
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de Ética dos 
Profissionais de Enfermagem, consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na 
 
 
 
35 
 
 
 
Enfermagem – 1ª CONEENF, ocorrida no período de 07 a 09 de junho de 2017, em Brasília 
– DF, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem e Coordenada pela Comissão 
Nacional de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, instituída 
pela Portaria Cofen nº 1.351/2016; 
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) 
que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 
2003, que estabelece a notificação compulsória, no território nacional, nos casos de 
violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos e privados; 
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o 
Estatuto da Criança e do Adolescente; 
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o 
Estatuto do Idoso; 
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a 
proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental; 
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes; 
 
 
 
36 
 
 
 
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia Extraordinária de 
Presidentes dos Conselhos Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em 
Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e 
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem 
em sua 491ª Reunião Ordinária, 
 
 
RESOLVE: 
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme 
o anexo desta Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que 
poderá ser consultado através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br). 
Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares 
de Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem. 
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem. 
Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por 
proposta de 2/3 dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 
dos Conselhos Regionais. 
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a 
categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho 
 
 
 
37 
 
 
 
Federal de Enfermagem, em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências 
Regionais. 
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da 
data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em 
contrário, em especial a Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007. 
Brasília, 6 de novembro de 2017. 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 
PREÂMBULO 
 O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Profissionais 
de Enfermagem – CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que representam 
imperativos para a conduta profissional e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte 
e uma prática social, indispensável à organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; 
tem como responsabilidades a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e 
doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família e à coletividade; 
organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com outros 
profissionais da área; tem direito a remuneração justa e a condições adequadas de trabalho, 
que possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses 
princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao 
exercício da profissão, o que inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à 
igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade e a ser tratada sem distinção de 
classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura, incapacidade, deficiência, doença, 
identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção política, raça ou condição 
social. 
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enfermagem, no 
uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de 
julho de 1973, aprova e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de 
Enfermagem à sua fiel observância e cumprimento. 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos 
diferentes contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, 
família e coletividade. 
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os 
preceitos éticos e legais, técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com 
competência para promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os 
Princípios da Ética e da Bioética, e participa como integrante da equipe de Enfermagem e de 
saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas políticas de saúde que garantam a 
universalidade de acesso, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da 
autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização 
político-administrativa dos serviços de saúde. 
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e 
nas ciências humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social 
e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar e pesquisar. 
 CAPÍTULO I – DOS DIREITOS 
 Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e 
ambiental, autonomia, e sertratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os 
princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. 
 
 
 
41 
 
 
 
 Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências 
física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção 
dos direitos dos profissionais de enfermagem. 
Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, 
do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, 
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente. 
 Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com 
responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da 
profissão. 
 Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e 
Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais. 
 Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, 
socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional. 
 Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletividade, 
necessárias ao exercício profissional. 
 Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, 
medidas cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no 
exercício profissional ou que atinja a profissão. 
 Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, 
quando impedido de cumprir o presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e as 
 
 
 
42 
 
 
 
Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos 
Regionais de Enfermagem. 
 Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas, 
normativas e protocolos institucionais, bem como participar de sua elaboração. 
 Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de Enfermagem, bem como de 
comissões interdisciplinares da instituição em que trabalha. 
 Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento 
em razão de seu exercício profissional. 
 Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de 
trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a 
legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo formalizar 
imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao 
Conselho Regional de Enfermagem. 
 Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para 
planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade. 
 Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de 
qualquer área direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem. 
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam pessoas 
e/ou local de trabalho sob sua responsabilidade profissional. 
 
 
 
43 
 
 
 
Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, 
respeitando a legislação vigente. 
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e 
produção técnico-científica. 
Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos 
para conceder entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua 
competência e/ou divulgar eventos com finalidade educativa e de interesse social. 
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e 
competências técnico-científicas e legais. 
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o 
desempenho de suas atividades profissionais. 
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, 
científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e 
à coletividade. 
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação 
profissional/usuários quando houver risco à sua integridade física e moral, comunicando ao 
Coren e assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem. 
CAPÍTULO II – DOS DEVERES 
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, 
dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. 
 
 
 
44 
 
 
 
Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na 
solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. 
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem e demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. 
Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no 
desempenho de atividades em organizações da categoria. 
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos 
competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o 
exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, família e coletividade. 
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que 
envolvam recusa e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do 
profissional em cumprir o presente Código e a legislação do exercício profissional. 
Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, citações, 
convocações e intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. 
Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício profissional e prestar 
informações fidedignas, permitindo o acesso a documentos e a área física institucional. 
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na 
área onde ocorrer o exercício profissional. 
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de 
Enfermagem de sua jurisdição. 
 
 
 
45 
 
 
 
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao Conselho Regional 
de Enfermagem de sua jurisdição. 
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria 
de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, 
quando no exercício profissional. 
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e categoria de 
inscrição no Coren, devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional. 
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, 
conforme legislação vigente. 
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e 
indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa 
e sem rasuras. 
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em 
consonância com sua competência legal. 
Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, 
necessárias à continuidade da assistência e segurança do paciente. 
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, 
benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem. 
 
 
 
46 
 
 
 
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências 
decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa 
ou de seu representante legal. 
Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza. 
Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu 
representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, 
tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações necessárias, de acordo com os princípios 
éticos e legais. 
Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que concerne às 
decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não receberno momento em que 
estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, suas vontades. 
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo 
vital e nas situações de morte e pós-morte. 
Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, 
mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos 
reivindicatórios da categoria. 
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos 
reivindicatórios da categoria, deverão ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma 
assistência segura, conforme a complexidade do paciente. 
Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, 
negligência ou imprudência. 
 
 
 
47 
 
 
 
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não 
constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de 
urgência e emergência. 
§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de 
Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, 
devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário. 
§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à 
distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução 
vigente. 
Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações e 
procedimentos de membros da equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes 
de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando a proteção da pessoa, família e 
coletividade. 
Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a qualidade de vida à pessoa 
e família no processo do nascer, viver, morrer e luto. 
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e terminais com risco 
iminente de morte, em consonância com a equipe multiprofissional, oferecer todos os 
cuidados paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico, psíquico, social e espiritual, 
respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal. 
 
 
 
48 
 
 
 
Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à coletividade em casos de 
emergência, epidemia, catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando 
convocado. 
Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante consentimento prévio do paciente, 
representante ou responsável legal, ou decisão judicial. 
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não haja capacidade de 
decisão por parte da pessoa, ou na ausência do representante ou responsável legal. 
Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, 
independentemente de ter sido praticada individual ou em equipe, por imperícia, 
imprudência ou negligência, desde que tenha participação e/ou conhecimento prévio do fato. 
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a responsabilidade será 
atribuída na medida do(s) ato(s) praticado(s) individualmente. 
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade 
profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com 
o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante ou responsável legal. 
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em 
caso de falecimento da pessoa envolvida. 
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, 
na defesa própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da 
assistência. 
 
 
 
49 
 
 
 
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer 
perante a autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do sigilo 
profissional. 
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização 
criminal, independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e 
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento. 
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos 
de violência doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, 
independentemente de autorização, em caso de risco à comunidade ou à vítima, a juízo do 
profissional e com conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável. 
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e 
imagem veiculados nos diferentes meios de comunicação e publicidade. 
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico-científico, 
ético-político, socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua 
supervisão e coordenação. 
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, 
socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do 
desenvolvimento da profissão. 
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de atividades de 
ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovados nas instâncias deliberativas. 
Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres humanos. 
 
 
 
50 
 
 
 
Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de pesquisa, 
em todas as etapas. 
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica 
e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem. 
Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente relativa à 
preservação do meio ambiente no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 
 CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES 
Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à legislação 
que disciplina o exercício da Enfermagem. 
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, 
ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à 
coletividade. 
Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que 
desrespeitem a legislação e princípios que disciplinam o exercício profissional de 
Enfermagem. 
Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma ou 
tipo de violência contra a pessoa, família e coletividade, quando no exercício da profissão. 
Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que 
envolvam recusa ou demissão motivada pela necessidade do profissional em cumprir o 
presente código e a legislação do exercício profissional; bem como pleitear cargo, função ou 
emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência desleal. 
 
 
 
51 
 
 
 
Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer instituição 
ou estabelecimento congênere, quando, nestas, não exercer funções de enfermagem 
estabelecidas na legislação. 
Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, 
além do que lhe é devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada 
ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem. 
Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de mecanismos de coação, 
omissão ou suborno, com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de 
vantagem. 
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou induzir 
ordens, opiniões, ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que 
atentem contra a dignidade da pessoa humana, bem como dificultar o exercício profissional. 
Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipificados 
como crime ou contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto 
naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja os postulados éticos e legais. 
Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pessoa e 
família, membros das equipes de Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce sua atividade profissional. 
Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro 
ato que infrinja postulados éticos e legais, no exercício profissional. 
 
 
 
52 
 
 
 
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, 
exceto nos casos permitidos pela legislação vigente. 
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir 
de acordo com a sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a 
continuidade da assistência. 
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa. 
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naquelas 
expressamente autorizadas na legislação, desde que possua competência técnica-científica 
necessária. 
Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência, 
epidemia, desastre e catástrofe, desde que não ofereça risco a integridade física do 
profissional. 
Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência à saúde sem o 
consentimento formal da pessoa ou de seu representante ou responsável legal, exceto em 
iminente risco de morte. 
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de 
administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional. 
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de 
saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de 
emergência. 
 
 
 
53 
 
 
 
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que 
comprometam a segurança da pessoa. 
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto 
em caso de emergência, ou que estiverem expressamente autorizados na legislação vigente. 
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde ou 
áreas vinculadas, no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, 
tecidos, esterilização humana, reprodução assistida ou manipulação genética. 
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissional, 
assédio moral, sexual ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou 
qualquer membro da equipe de saúde, seja por meio de atos ou expressões que tenham por 
consequência atingir a dignidade ou criar condições humilhantes e constrangedoras. 
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa 
comprovar. 
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das 
organizações da categoria. 
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso 
sobre assunto de sua área profissional. 
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que 
possam identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de 
comunicação. 
 
 
 
54 
 
 
 
Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a 
assistência de Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade. 
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como 
permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. 
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não 
estão diretamente envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto 
quando autorizado pelo paciente, representante legal ou responsável legal, por determinação 
judicial. 
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício 
profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de 
Ética de Enfermagem. 
Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe 
de Enfermagem, exceto nos casos de emergência. 
 Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da 
equipe de saúde. 
Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de enfermagem, previstas na 
legislação, para acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente. 
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção 
domiciliar para o autocuidado apoiado. 
 
 
 
55 
 
 
 
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pacientes sob 
seus cuidados realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação. 
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular, 
que esteja sob sua responsabilidade em razão do cargo ou do exercício profissional, bem 
como desviá-lo em proveito próprio ou de outrem. 
Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em que 
os direitos inalienáveis da pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou ofereçam 
quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos envolvidos. 
Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família e 
coletividade. 
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins 
diferentes dos objetivos previamente estabelecidos. 
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo 
e/ou instituição envolvida, sem a autorização prévia. 
Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou 
instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de 
coautores e colaboradores. 
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem 
referência do autor ou sem a sua autorização. 
 
 
 
56 
 
 
 
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha ou 
não participado como autor, sem concordância ou concessão dos demais partícipes. 
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como 
autor ou coautor em obra técnico-científica. 
 CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES 
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a aplicação 
das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas 
em outros dispositivos legais. 
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que 
implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos 
Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância das normas do Sistema 
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. 
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou 
disciplinar, que cometer ou contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, 
dela(s) obtiver benefício. 
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do(s) fato(s), 
do(s) ato(s) praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s). 
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do 
Código de Processo Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de 
Enfermagem. 
 
 
 
57 
 
 
 
Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais 
de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 
1973, são as seguintes: 
I – Advertência verbal; 
II – Multa; 
III – Censura; 
IV – Suspensão do Exercício Profissional; 
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional. 
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, 
que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas. 
§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes 
o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do 
pagamento. 
§ 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais 
do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação. 
§ 4º A suspensão consiste

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