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Corticóides - Farmacologia Medicina

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Humberto Azzi
3P - Medicina
FCMS-JF
Antiinflamatórios Esteroidais - Corticóides
Muito importante, antes de iniciar, é observar a imagem acima. Trata-se da Cortisona. Sua 
estrutura é característica dos Esteróides, logo, derivado diretamente do colesterol (precursor 
direto da formação dos Esteróides). Esses esteróides podem exercer diversas funções, como é o 
caso da: Aldosterona fazendo ação mineralocorticóide; Cortisol exercendo efeitos antiinflamatórios 
e imunossupressores; Testosterona e Estradiol promovendo efeitos hormonais relacionados aos 
caracteres sexuais secundários masculinos e femininos. Portanto, a estrutura dos esteróides é 
uma estrutura básica/semelhante. Chamo atenção nisso, pelo fato de que os esteróides são 
excelentes antiinflamatórios, porém trazem muitas reações adversas diretamente relacionado a 
similaridade dessa estrutura química. 
Daremos mais atenção aos efeitos antiinflamatórios do Cortisol:
O cortisol é produzido na porção do córtex da supra renal (localizada acima dos rins). Essa 
glândula recebe a ação estimulatória do ACTH, hormônio produzido pela hipófise. Esse 
hormônio estimula a síntese do cortisol. Por sua vez, a hipófise é controlada pelo hipotálamo. 
Chamamos esse eixo de controle de Feedback Hipotálamo-Hipófise e Adreno-Cortical ou 
Adreno-Suprarenal do eixo de controle da produção do Cortisol.
Humberto Azzi
3P - Medicina
FCMS-JF
Quando falamos sobre Corticóides (Corticosteróides), temos a divisão em 3 grandes 
grupos:
Mineralocorticóides: Aldosterona é o principal representante da classe. Função: Manter o 
equilíbrio hidroeletrolítico do nosso corpo, consequentemente, aumenta a captação de Na+ nos 
Rins. A Aldosterona é um hormônio responsável por aumentar a reabsorção de Sódio e, 
consequentemente Água, nos Túbulos Contorcidos Distais e nos Túbulos Coletores do Néfron. 
Logo, aumentando a captação de sódio haverá maior aumento na captação de água e o 
equilíbrio do corpo é mantido, fisiologicamente falando.
Excesso: Hipocalcemia e Fraqueza Muscular.
Glicocorticóides: Possuem 2 funções principais. Uma função Antiinflamatória e uma função 
Imunossupressora. O principal representante fisiológico é o Cortisol.
Andrógenos: Progesterona, Estradiol e Testosterona 
É possível que um Glicocorticóide possua efeito residual Mineralocorticóide?
Sim, devido as suas similaridades em sua estrutura química. É possível, por exemplo, o Cortisol 
além de exercer seu efeito antiinflamatório ter um efeito residual mineralocorticóide, aumentando a 
captação de sódio e, consequentemente, de água. Isso leva ao paciente que faz uso frequente de 
Corticoides com caráter residual mineralocorticóides desencadear aumento da retenção de Na+, 
aumento da retenção hídrica, Edema, Inchaço e ganho de peso. Quando mais sódio circulando na 
corrente sanguínea e mais água maior a PA, fator colaborativo para Hipertensão. Então, estes são 
efeitos colaterais relacionados a um efeito residual dos glicocorticóides.
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Síntese do Cortisol
O cortisol é derivado diretamente do colesterol. Como dito acima, o colesterol é pré-cursor direto 
do Cortisol e de todos os esteróides sintetizados no nosso corpo. A via de síntese principal do 
colesterol é, lembrando que 80% do colesterol do nosso corpo é produzido pelo fígado e 
transportado pelas lipoproteínas. O LDL é o principal carreador do colesterol produzido no fígado 
para os tecidos, por exemplo, a glândula supra-renal. 20% pode ser adquirido pela alimentação. 
Dentro da Supra-Renal o colesterol, dependendo do seu estímulo, ele pode se transformar em 
Pregnenolona (pré-cursor) para formar o Cortisol e os Andrógenos (nesse caso é o estímulo 
Adreno-Cortical). No estímulo Hipotensivo, o paciente entra em hipotensão, os Rins liberam a 
Renina que convertem o Angitensinogênio em Angitensinogênio I, logo a enzima conversora da 
Angiotensina converte-a em Angiotensina II estimulando o Colesterol a produzir a Supra-Renal a 
produzir Aldosterona, que aumenta a captação de Na+. Esse é um dos controles da PA. Mas, 
vamos voltar a formação do Cortisol. Dependendo do estímulo o Colesterol é convertido em seu 
principal pré-cursor, que é o caso do Cortisol. Obs: Analisar o quadro abaixo.
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Abaixo segue um esquema demonstrando a similaridade química de vários esteróides no 
nosso organismo:
O esquema se lê da seguinte forma: O Colesterol formando a Pregnenolona, que é pré-cursor de 
todas as classes dos hormônios. Dependendo do grupo enzimático que vai atuar sobre esse pré-
cursores nós temos a formação dos esteróides, por exemplo, Testosterona. No exemplo não 
mostra, mas a Testosterona pode ser convertido através das Aromatases em Estradiol e, também, 
pode ser convertido diretamente no Cortisol. A Pregnenolona pode se transformar em 
Progesterona, por exemplo, no corpo lúteo ou útero. A Progesterona, por sua vez, pode formar a 
Aldosterona. 
Quando e como isso vai acontecer? Dependendo do local de síntese, da célula de síntese e das 
enzimas envolvidas. Dependendo da especialidade daquela célula que vai converter o colesterol, 
consequentemente a Pregnenolona, no seu ativo-funcional/esteróide-funcional. 
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Abaixo podemos analisar as enzimas envolvidas nessas conversões:
Entendendo o esquema: Dependendo do grupo enzimático convertido eu transformo a 
Pregnenolona em Aldosterona, promovendo efeito Mineralocorticóide. Ou, dependendo do grupo 
de enzimas que eu atuo, vai transformar em Cortisol formando os Glicocorticóides. Se essa rota 
de síntese tiverem enzimas que convertem até o Estradiol, aquela célula vai ser especializada na 
produção de Estradiol, e assim sucessivamente. O nosso foco de estudo hoje é justamente a ação 
do Cortisol, mas é muito importante entender que a estrutura química é a mesma. Pense nesse 
elemento se ligando num receptor, o receptor tem uma estrutura muito semelhante. Ou seja, 
podem haver efeitos residuais de cada um desses grupos completamente distintos, devido a sua 
similaridade química da sua estrutura esteroidal. 
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Exemplo simplificado:
Ação Mineralocorticoides:
Aldosterona: Muito potente, responsável por 90% do efeito mineralocorticóide. 
É o principal representante dessa classe, com efeito muito potente
Desoxicorticosterona: 1/30 da potência da Aldosterona. 
Efeito residual
Corticosterona: Fraca atividade mineralocorticóide (isso não significa que ela não desempenhe a 
função)
Cortisol: Fraca atividade mineralocorticóide, mas secretado em grande quantidade.
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Dependendo da quantidade de cortisol circulante, esse indivíduo pode aumentar a retenção de 
Na+ e H2O.
Cortisona: Sintética, fraca atividade mineralocorticóide
Ação Glicocortcóides:
Cortisol ou Hidrocortisona: Muito potente, responsável por 95% da atividade glicocorticóide.
Corticosterona: 4% de toda atividade glicocorticóide, muito menos potente que o cortisol.
Efeito residual
Cortisona: Sintética, quase tão potente quanto o cortisol.
Efeito residual
Prednisona: Sintética, 4x mais potente que o cortisol.
Metilprednisona: Sintética, 5x mais potente que o cortisol.
Dexametasona: Sintética, 30x mas potente que o cortisol.
obs: tendo em vista a potencial dos fármacos sintéticos descritos, sua potencia é equivalente a 
sua afinidade no receptor.
Hormônios Adrenocorticais se ligam a Proteinas Plasmáticas:
Tem caráter lipofílico, logo, baixa afinidade com h2o. Portanto, para esses hormônios circularem 
na corrente sanguínea, ele tem que estar ligado a uma proteína. No caso, a Globulina Ligador do 
Cortisol. Esta, vai transportar o cortisol até o sítio de ligação na corrente sanguínea.
Hormônios Adrenocorticais são metabolizados no fígado:
Como os corticóides são estruturas extremamente apolares, o fígado ao receber esses 
corticóides, o fígado tem um trabalho intenso para fazer a metabolização dessas drogas/ativos. 
Pois toda estrutura apolar émais difícil de elimina-la pelo sistema renal, logo, o fígado entende o 
seguinte: “preciso fazer muitas reações oxidativas com suas enzimas do grupo Citocromo P450, 
para tornar essa estrutura apolar em uma estrutura polar. As vezes é preciso até conjugar com 
outras estruturas muito polares, como Ácido Glicurônico e os Sulfatos, para tornar esse grupo 
muito hidrossolúvel. Consequentemente, o Rim vai eliminar facilmente na urina. Então, 
precisamos lembrar que os corticóides são extensamente metabolizados no fígado, principalmente 
por sua estrutura química ser muito apolar. Portanto, pacientes com doenças hepáticas reduzem o 
metabolismo do corticóides, assim como doenças renais reduzem a excreção dos conjugados 
inativos. 
obs: A via de excreção principal é a Urina, porém 25% podem ser excretados diretamente na Bile.
Função Mineralocorticoides:
Principal representante é a Aldosterona, resposável pela reabsorção de Na+ e secreção de K+. 
Ademais, aumentam o volume do líquido extracelular e a PA podendo gerar Edema. O Excesso 
desse hormônio provoca hipocalcemia e fraqueza muscular.
Humberto Azzi
3P - Medicina
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Função Glicocorticóides:
Estimula a Gliconeogênese Hepática, formando glicose a partir de AA (cerca de 10x a fisiológica). 
Isso mostra que os glicocorticóides aumentam o nível de glicose na corrente sanguínea. Logo, 
podemos falar que eles são hiperglicemiantes. Para um paciente diabético um Glicocorticóide 
seria uma boa opção? Obviamente que não mas, caso o paciente deva fazer a utilização, os 
níveis de açúcar deverão ser monitorados. 
Por que os Glicocorticóides provocam Mialgia?
Como dito acima, a glicose é formada através de AA, esses AA são proteínas que estão presentes 
nos músculos. Quando há uma grande retirada desses AA dos músculos o músculo reage com 
dor, por isso os glicocorticóides provocam mialgia que significa dor muscular. 
Redução da utilização celular de glicose -> Lembra que o cortisol é o hormônio do estresse? 
Então, ele forma muita glicose para o cérebro e o coração terem energia para funcionar e reagir a 
aquela função de estresse, em contra partida, diminui o funcionamento de outros tecidos. Isso 
acontece justamente para prover essa glicose ao cérebro e ao coração.
Redução da síntese de proteínas nas células, exceto no fígado, pois o fígado produz proteínas 
voltadas para o estresse.
Aumenta a mobilização de lipídeos para o sangue (Triglicerídeos e Colesterol). 
Consequentemente, esse pacientes podem apresentar altas taxas de triglicerídeos e colesterol.
Importancia na resistencia ao estresse e a inflamação -> os corticóides resolvem a inflamação.
Glicocorticóides Inflamação:
O cortisol estabiliza a membrana dos lisossomos da células inflamatórias, isso faz com que haja 
uma redução do conteúdo lisossomal, proteínas ácidas, enzimas digestivas que vão degradar e 
decompor a matriz extracelular.
Reduz a permeabilidade dos capilares, diminuindo a migração das células de defesa para o sítio 
inflamatório.
Reduz a migração de leucócitos para a área inflamada e a fagocitose das células lesadas, logo, 
se eu tenho menos células sendo recrutadas para o local da inflamação eu tenho menor 
amplificação e progressão do processo inflamatório.
Suprime o sistema imune, reduzindo acentuadamente a reprodução de linfócitos t
Atenua a febre, reduz a liberação de IL-1 (interleucina 1), que está ligada diretamente a ativação 
de outras células e ao recrutamento de células do sistema inflamatório para o sítio da 
inflamação.
Reduz a formação de PG e LeucoTrienos por inibir a Fosfolipase A2, por aumentar a expressão 
da lipomodulina (agente inibidor)
O cortisol promove a resolução da inflamação
Humberto Azzi
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Esquema:
Explicando o esquema: Vai mostrar como os corticóides impedem a migração das células de 
defesa. No leito vascular, o neutrófilo começa o processo de rolamento promovendo a ligação com 
as proteínas de adesão, denominadas ICAM-1, fazendo a diapedese chegando no sítio de ligação. 
Os cortocóides bloqueiam a expressão dessas proteínas de ligação, diminuindo o rolamento e 
consequentemente a migração dos neutrófilos para o sítio da infecção. Ademais, também diminui 
a liberação de citocinas inflamatórias atraindo menos células de defesa para o sítio de ligação.
Outra coisa que os corticóides fazem muito é diminuir a produção de linfócitos T. Ou seja, os 
córtióides bloqueiam a proliferação de células de defesa, bloqueiam a ativação dessas células de 
defesa através da inibição da formação das interleucinas do tipo 2, tipo 4 (IL-2 ou IL-4) e TNF-
ALFA. Consequentemente, diminui a atuação do sistema de defesa do sistema inflamatório e, por 
essa razão, que os corticites recebem o nome de Imunossupressores, pois diminuem a efetividade 
do sistema imune como numa doença inflamatória auto imune, por exemplo, Artrite Reumatóide. 
Outras funções dos Glicocorticóides:
Bloqueia a resposta inflamatória a reações alérgicas. 
Humberto Azzi
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Então, em processos alergênicos, os corticóides são muito utilizados, principalmente mediado 
pelas histamina e pelos leucotrienos.
Diminui a produção de células do sistema imune, em grandes doses atrofia o tecido linfóide, que 
reduz a proliferação de células T e anticorpos. 
Por isso corticóides são utilizados em doenças auto imunes, em que o organismo (células de 
defesa), produzem anticorpos contra o nosso próprio sistema
Mecanismo de Ação Celular dos Glicocorticóides:
O mecanismo de ação celular é muito diferente do mecanismo de ação dos antiinflamatórios 
não-esteroidais. Os corticóides são hormônios. Logo, irão se ligar a receptores do glicocorticóide 
na membrana nuclear, vão inibir a formação de fatores da inflamação da NFkB (NF kapa B), que 
é um fator de transcrição de proteínas inflamatórias. Além disso, bloqueiam proteínas com 
efeitos proliferativos no sistema imune como a IL-4 e IL-5 e GM-CSF. Por isso os corticóides são 
bons para a inflamação/imunossupressores. 
Efeito Imunossupressor:
Restrigem a proliferação cloral das células Th através da diminuição da transcrição do gene para 
IL-2.
Também diminuem a transcrição de genes para: TNF-alfa, IFN-gama, IL-1 -> tanto na fase de 
indução quanto na fase efetora.
A síntese e liberação de proteínas anti-inflamatórias também aumenta com a anexina-1, 
inibidores de proteases e proteinases. 
Esses efeitos são mediados através da inibição da ação de fatores de transcrição: proteína 
ativadora-1 e NFkB.
Absorção:
Boa absorção por via oral
Injetáveis podem estar disponibilizados em curta e longa duração. 
Isso vai depender da forma farmacêutica veiculada
Podem ser administrados por via dérmica que possui ótima absorção devido a sua característica 
apolar.
A extensa absorção pode levar a efeitos sistêmicos (via tópica)
Transporte:
O transporte na corrente sanguínea é feito através de proteínas plasmáticas, como a globulina 
transportadora de corticóides. Podem se acumular no tecido adiposo devido a alta lipofilicidade.
Há competição sobre o sítio de ligação
Metabolismo e Excreção:
Humberto Azzi
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O seu metabolismo e excreção dá-se por Via de Regra e sofre reações oxidavas e conjugação. 
Pode ocorrer tanto no fígado quanto fora dele, por exemplo nos Enterócitos.
A eliminação é previamente biliar e renal.
Risco de Toxicidade:
Está relacionado a dose e ao tempo de tratamento.
Os corticóides promovem a supressão do eixo HHSR (Hipotálamo Hipofisário da Supra Renal), 
por isso a retirada tem que ser lenta e gradativa, pois os corticóides podem bloquear esse eixo 
de controle hipófisário. Quando a retirada é feita de maneira abrupta, a Supra Renal demora a 
produzir o cortisol fisiológico e isso pode levar o paciente a desenvolver diversos efeitos 
adversos.
Pacientes que fazem o uso contínuo, que pode vir a ser necessário, por exemplo em pacientes 
que utilizam essa droga como imunossupressor ocorrem a supressão do eixo HHSR. Isso pode 
desencadear anormalidades hidroeletrolíticas,hipertensão, hiperglicemia, pré disposições a 
infecção, osteoporose, miopatia, transtornos comportamentais, cataratas, parada no 
crescimento e estrias na pele. Alguns desses sintomas não tem como tratar, como catarata e 
estrias na pele. Mas, por exemplo no caso da hipertensão, o paciente desenvolve a enfermidade 
devido a terapia com corticóide, então deve-se associar um anti-hipertensivo nessa terapia.
Humberto Azzi
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Humberto Azzi
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Precauções na prescrição de glicocorticóides:
Podem ativar a amebíase latente e giardíase.
Tratar a parasitose antes de iniciar o tratamento
Durante o tratamento os pacientes não devem tomar vacina contra varíola e outras que contém 
o vírus atenuado, pois os corticóides são drogas imunossupressoras e você necessita do seu 
sistema imunológico ativo.
Devem ser usados com cautela em pacientes com herpes vírus.
A suspensão bruca após uso prolongado com corticóides, pode resultar em síndrome de 
abstinência corticosteróide, com febre, mialgia, artralgia e mal-estar (MUITO IMPORTANTE). 
Por isso o desmame tem que ser gradual.
A redução da dose deve ser gradual, para evitar o aparecimento de insuficiência adrenocortical 
secundaria induzida pelos corticóides.
Interações Medicamentosas Glicocorticóides:
Podem aumentar os requisitos de ácido fólico com tratamento prolongado
Podem diminuir ou aumentar os efeitos dos Antiagulantes Orais
Podem intensificar os efeitos dos relaxantes musculares periféricos
Podem diminuir os efeitos dos diuréticos
Podem aumentar a transformação hepática da Isoniazida
Podem aumentar a excreção de Salicilatos
Álcool e AINEs podem aumentar o risco de sangramento gástrico
Androgenios e Anabolizantes Sintéticos podem aumentar o risco de Edema e, também, 
promover o desenvolvimento de acne grave
Antiácidos podem diminuir seus efeitos
Efedrina, Fenitoína, Fenobarbital ou Rifampicina podem aumentar a depuração dos corticóides
Eritromicina pode inibir a biotransformação da metil-predinisolona
Glicósidos digitálicos (como a Digoxina) podem aumentar a possibilidade de arritmias ou 
toxicidade digitálica associada com hipopotassemia
Agentes que induzem enzimas hepáticas podem diminuir seu efeito
Medicamentos ou alimentos que contenham sódio podem aumentar o edema e a hipertensão
Humberto Azzi
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Glicocorticóides Disponíveis:
É importante salientar que todos possuem uma similaridade em sua estrutura química, como na 
imagem representada neste arquivo referente a sua estrutura propriamente dita. A mudança dá-se 
pela variação de radicais específicos.
O Fluor aumenta a duração do efeito. Ou seja, Triancinolona, Fluorcortisona, Betametasona, 
Dexametasona, são corticóides fluorados. A presença desse átomo de flúor aumenta o tempo de 
ligação no receptor dos glicocorticóides.
Predinisolona e Predinisona diferem-se por um radical hidroxila e um radical cetona, 
respectivamente. A Predinisona é um pré-cursor direto da Predinisolona. Ou seja, A Predinisona 
irá se converter em Predinisolona quando for metabolizada no fígado.
Beclometasona
Oral
Aplicação topica
Emprego maior como antiasmático
Fluorado
35x mais potente que a Hidrocortisona
Usado de forma livre ou sais de ésteres
Utilizado por via sistemica, topica, oftálmico e otológica
Início de ação rápido, alta ligação a proteínas plasmáticas
Meia vida: 36 a 54 horas
Clobetazol
Fluorado
Anti-Inflamatório tópico (utilizado por dermatologistas)
Alto grau de atividade Glicocorticóide e baixa afinidade Mineralocorticóide
Pode ser absorvido pela pele intacta, e exercer efeitos sistêmicos. Está principalmente 
relacionado a extensão da área de aplicação do Clobetazol
Risco de estrias atróficas
Deflazacorte
Usado na forma de comprimidos
Doses iniciais de 3 a 6 mg por dia
Anti-Reumático 
Desonida
Usado na forma Tópica
Doses: 0,05 % a 0,10 %
Não fluorado
Menor índice de estriamento
Propriedades semelhantes ao Clobetazol
Dexametasona
30x mais potente que a hidrocortisona
Disponibilizada em comprimidos, elixir, solução nasal, oftálmica, otológica, injetável e tópico
Início de ação rápido
Humberto Azzi
3P - Medicina
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A duração do efeito depende da via e do éster (sal) utilizadas
Excretado pelo leite
Doses: de acordo com a FF: 0,25 mg a 4 mg
Fluocinolona
Na forma de Acetato
Uso tópico a 0,1 %
Fluorado - Potente
Hidrocortisona
Bioidentica
Via oral e tópica
Oral: 4mg (na forma base) tópica 1 %
Baixa potencia
Metilpredinisolona
Usado por via sistêmica
IM, EV, oral e tópica
Mais potente que a predinisolona
Predinisolona
Muito usado por via oral
Dose: 5 a 60 mg/dia
Indicações clássicas dos corticóides
Média potencia
Média duração
Predinisona
Convertido no fígado em Predinisolona
Doses: 5 a 20 mg/dia mas pode chegar até a 60 mg

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