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Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Opióides Morfina Oxicodona Metadona Codeína Tramadol Os analgésicos opióides atuam no controle da dor, são também chamados de analgésicos narcóticos ou de hipoanalgésicos. O estímulo surge na periferia e é transferido através de transmissores sensoriais no SNC até o Córtex. A tradução de estímulos nocivos externos e intensos despolarizam as terminações nervosas periféricas de neurônios sensoriais primários de “Alto Limiar”. Podem ser classificados como: Agonistas exógenos e Agonistas Endógenos Relevantes na regulação da dor e sua modulação é feita através dos opióides endógenos, que são as Dinorfinas, Endorfinas e Encefalinas Por que há restrição de alguns analgésicos opióides? a restrição dos analgésicos opióides reside no fato de serem agonistas exógenos dos receptores opióides. Dessa forma, são relevantes apenas na regulação da sensação da dor e a sua modulação é realizada pelos opióides endógenos (dinorfinas, endorfinas e as encefalinas). Famílias Endorfinas (Pré-pro-ópio-melanocortina) Encefalina (Pré-pro-ópio-encefalina Dinorfinas (Pré-pro-dinorfina) ———> Papoula Opióide ———> Dor: Neurogênica Neuroceptiva ———> Analgesia: Substância Cinzenta Periaqueducal (mesencéfalo) Núcleo da Rate (bulbo) Lócus Cerúneos (bulbo) Medula (NOR e 5-HT) ———> Receptor (RAPGi): Mi Kapa Delta Sigma ❌ Diminui o AMPc - Diminui a entrada de Cálcio - Aumenta a s saída de K+ (Hiperpolarização) Algesia Sinônimo da dor Neuroceptiva Neurogênica Receptores Mi Delta -> Todos acoplados a Proteína G Kapa Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Antagonistas de Receptores Opióides Usados em caso de intoxicação Exemplos: Naloxona e Naltrexona Opiáceos São opióides totalmente sintéticos Exemplo: Imosec, Metadona Opiáceos são drogas imunossupressoras, portanto deve-se ter atenção em pacientes com câncer. Os opióides podem causar dependência pela presença de receptores opióides na Área Tegumentar Ventral Mecanismo de Ação Os opióides atuam a nível celular ligando-se aos receptores opióides presentes em todo sistema nervoso central (SNC), especialmente no núcleo do trato solitário, área cinzenta periaquedutal, córtex cerebral, tálamo e substância gelatinosa da medula espinhal. Receptores opióides podem também estar presentes em terminações nervosas aferentes periféricas e em diversos outros órgãos. A eficácia de opióides administrados diretamente ao compartimento central é evidente, porém em caso de administração periférica em situações de pós-trauma ou estado inflamatório sua eficácia não é tão confiável. Os receptores opióides são ligados às proteínas G inibitórias. A ativação dessa proteína desencadeia uma cascata de eventos: fechamento de canais de cálcio voltagem dependentes, redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao efluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular. Assim, o efeito final é a redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos. Agonistas opióides puros (morfina, diamorfina, petidina, fentanil) apresentam alta afinidade com os receptores opióides e elevada atividade intrínseca a nível celular. Agonistas parciais (buprenorfina, pentazocina) ao ligarem-se aos receptores opióides produzem efeito submáximo quando comparados aos agonistas puros. Antagonistas opióides (naloxone, naltrexone) possuem afinidade com os receptores, porém nenhuma atividade intrínseca.’' Morfina Altas doses: Rigidez muscular capaz de comprometer a respiração em altas doses durante anestesia v. g. Fentanil. Miose Morfina e outros Diagnóstico patognomônico Mediado por Ach. Convulsões Provavelmente por inibir liberação de GABA obs: OPIÓIDE —(—)—> GABA —(—)—> (+) (ESTÍMULO) Cuidado com altas doses, principalmente em crianças Naxolona antagoniza convulsões Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Respiração Doses terapêuticas: inibem freqüência, volume-minuto e trocas correntes, raramente de significação clínica, mas é a principal causa de morte durante tratamento opiáceos 2 a 4 horas antes do parto podem levar a depressão respiratória do neonato por passagem transplacentária Êmese Estimulação da zona quimiorreceptor gatilho, área do bulbo. Variação pessoal Componente vestibular Sistema Cardiovascular Doses terapêuticas: Vasodilatacao, diminuição RVP, diminuição reflexos barorreceptores (hipotensao ortostática) Papel importante de liberação de histamina Diminuição de pré carga, diminuição de inotropismo, diminuição de cronotropismo Intestino Diminuem secreções Tônus aumentado Ondas não propulsavas Aumento do tônus de esfíncteres Outros Pele: Rubor, urticárias, prurido (histamina e neurônios do como dorsal) Sistema imune: Globalmente imunossupressores Euforia: Inibição da via Gabaérgica no núcleo accubens ativa a via dopaminérgica de gratificação Endócrino: Inibem alguns hormônios da hipófises Tolerância e Dependencia Desensibilização (min - horas): fosforilação e/ou down-regulation Tolerancia (dias - semanas): Perda de efeito e necessidade de doses maiores para obter a mesma resposta. Há tolerância cruzada e é reversivael; específica para cada tecido e velocidade diferentes Dependencia: Concomitante à tolerancia e gera Síndrome de Abstinencia Vício/Drogadição: Padrão de comportamento caracterizado pelo uso compulsivo de um formado e pelo incoercível em sua busca e uso. Efeito rebote Analgésicos Opióides A dor está relacionada a algum evento no qual é captado pelos receptores nocirecptores e exportados até o SNC, que logo o SNC processa isso como dor. Os nocireceptores estão presentes em todos os nossos órgãos e são sensíveis determinadas substancias periféricas, por exemplo, as prostaglandinas. Esse elemento é o alvo dos anti-inflamatórios não-opióides, que atuam na diminuição da prostaglandina, tendo em vista que a prostaglandina aumenta a sensibilidade dos nocirecptores, logo, o indivíduo sente mais dor. Portanto, diminuindo essa produção você consegue diminuir o estímulo da dor. Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P A dor é uma experiencia sensorial emocional desagradável relacionada a uma lesão tecidual real ou potencial. Dano. O tratamento da dor não está relacionado a eliminar essa sensação dolorosa, mas sim, dar alívio ao paciente que apresenta a dor e investigar a causa dessa dor propriamente dita. Por exemplo: É uma inflamação? É um processo degenerativo? É um agente externo infeccioso? Nocicepção é a percepção dos estímulos nocivos pelo SNC. Existem 2 vias de nocicepção, uma via rápida no neurônio mielinizado que indica dor aguda e localizada em uma determinada região e o tipo de dor lenta, formação crônica, indistinta (queimação, ardência) que pode ser irradiada. Essa dor rápida pode ser aguda, pontada, elétrica, calor. E a dor lenta pode ser do tipo queimação, dor surda, dor pulsátil, dor nauseosa, dor crônica. Dor aguda: Estímulo nocivo excessivo originando sensação intensa e desagradável. Isso está relacionado à um estímulo tremendo do sistema nervoso. Logo, o analgésico opióideo é uma boa alternativa tendo em vista em inibir essa via de sinalização. Dor Crônica: Dor que dura mais tempo que a lesão tecidual desencadeante. Por exemplo: Dor inflamatória (produção de prostaglandinas). Nesse caso os analgésicos não opíoides é uma boa alternativa. Hiperalgesia ou Inflamatória: Maior intensidadede dor associado ao estímulo nocivo leve. Envolve tanto a sensibilização de terminações nervosas nociceptivas periféricas (Prostaglandinas e Bradicinina) quanto a facilitação central da transmissão do estímulo Central. Dor Neuropática: Dor crônica provocada por lesão aos neurônios nociceptivos (Derrame, Esclerose múltipla), com fraca resposta a analgésicos opióides. Nesse caso usa-se medicamentos Off-Label: antidepressivos, relaxantes musculares em prol de melhorar a dor neuropatia. Receptores da Dor: Amplamente espalhados em todos os tecidos, com a exceção do tecido nervoso. Temos as terminações nervosas livres que identificam tipos diferentes de dor: como dor térmica, dor mecânica e dor química. As fibras que transportam essa informação a medula ao sistema nervoso são do tipo A-Delta (Mielinizadas), responsáveis por transmitir a dor rápida. As fibras do Tipo-C transmitem a dor lenta, Nociceptores Aferentes primários, que são responsáveis por transmitir a dor lenta e crônica. Caracterização da Dor: Temporal —> Aguda/Crônica; Topográfica —> Localizada/ Generalizada; Fisiopatológica —> Orgânica/Psicogênica; Intensidade —> Leve/Moderada/ Severa obs: A dor fisiopatológica é dependente de um distúrbio orgânico patológico ou dor psicológica. É muito importante para os indivíduos, principalmente as dependências causadas pelos analgésicos tanto opióides quanto não-opióides. Elas estão mais relacionadas a dores psicogênicas (distúrbio psicológico do indivíduo) do que uma dor orgânica (Lesão ou alguma doença). Medidas para o controle da dor: Medicamentosas ou Não medicamentosas Medicamentosas: Neurolíticos, Anestésicos, Analgésicos (Opióides e Não-Opióides), Coadjuvantes, Ansiolíticos, Antidepressivos, Relaxantes Musculares, Agentes específicos Não medicamentosas: Psicólogos, Fisiotérapicas, Neurocirurgias. Manejo Sequencial da Dor 1- Identificar qual o tipo de dor. Se é aguda, localizada, generalizada. 2- Normalmente a entrada são com analgésicos não-opióides (pode ser anti-inflamatórios, analgésicos gerais como anti-inflamatórios não esteroidais), dependendo da intensidade pode-se associar com opióides de curta ação ou opióides menos poderosos e, por fim, analgésicos opióides exclusivamente hipotentes. A maioria do opióides são extraídos da Papoula, mas isso não quer dizer que os opióides são ativos apenas extraídos da Papoula. Mas sim, qualquer molécula que atue nos receptores do tipo opióide. Então Opiáceos e Opióides, de uma maneira geral, não tem que ter ligação próxima com o Ópio, mas sim com o receptor do tipo Opióide. Definição de Opióide: É qualquer composto, independente de sua estrutura, que possua as propriedades funcionais e farmacológicas de um Opiáceo. Ou seja, de se ligar ao receptor do Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P opiáceo e promover a dessensibilização do neurônio, impedindo a transmissão do impulso no Nociceptivo. Pode ser produzido pelo nosso próprio corpo (Beta-Endorfinas, Pro-Ópio-Melano- Cortina) ou com medicamento (Morfina, Codeína, Tebaína ,Tramadol, Ptidina,). Nosso organismo produz as B-Endorfinas, que agem nesses receptores diminuindo as nossas dores internas e ele é obtido através da Pro-Ópio-Melano-Cortina (polipeptídeo que pode originar outros hormônios como o MSH, ACTH, Gama-Lilopotropina e as próprias endorfinas que atuam nos recptores opióides). Receptores de Opióides: Mi, Kapa, Delta Os receptores Mi são responsáveis por: Bloqueio da dor, Analgesia espinhal, Euforia, baixo potencial de abuso, diminuição da FC, Hipotermia, Retenção urinária. É onde vão agir a maioria dos opióides. Em especial, o receptor Delta, pouquíssimas drogas agem nele, mas é nele o receptor da heroína, responsável por causar alta dependência física. Os opióides também podem ser classificados como fracos ou fortes. Fracos: Tramadol, Codeína, Desxtropropoxifeno, Dihidrocodeína, Tilidato. Fortes: Hidromorfina, Fentanilo, Metadona, Petidina, Oxicodona, Morfina, Piritramida, Buprenorfina. Podem ser, também, classificados como sua ação em cada receptor: Agonista Parcial; Agonista Puro (que faz um efeito potente no receptor); Agonistas/Antagonistas (moléculas que em um receptor atuam como agonista e outro antagonista); Antagonista Puro (utilizados em casos de intoxicação por opióides). Tolerancia Administração prolongada de um agonista opióide (dias ou semana) resulta na perda progressiva do efeito do fármaco. Este episódio retrata o indivíduo que faz uso a longo prazo aumentando consequentemente a dose para poder atingir o mesmo efeito terapêutico. Esses receptores são capazes de desenvolverem tolerância. Com a remoção do agonista, a tolerância desaparece depois de várias semanas Efeito Agudo: Reduz AMPc. Isso faz com que o núcleo produza mais AMPc, aumentando a dose exigida para fornecer a mesma analgesia. Efeito crônico: Redução do AMPc, diminui fosforilação de fatores específicos, aumenta a expressão gênica para AMPc. Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Dependencia O termo dependencia descreve um estado de adaptação evidenciada pela síndrome de abstinência específica para a classe de receptor/fármaco, que é produzida pela interrupção a substância. Receptores responsáveis: Mi Efeitos reforçadores da Euforia Raramente ocorre em pacientes (mais em pacientes que abusam de analgésicos opióides) Fatores sócio-econômicos e psicológicos envolvidos MUITO CUIDADO COM ANALGÉSICOS OPIÓIDES, POIS ESTES CAUSAM DEPENDENCIA 60 mil mortes são atribuídos aos analgésicos opióides Síndrome de Abstinência Retirada abrupta desse medicamento, logo, o paciente sente falta Irritabilidade, perda de peso, febre, midríase, nauseas, diarréias, insônia, convulsões Máximo em 2 dias, após 8 dias o indivíduo volta ao normal Se utilizar Antagonistas como Naloxona e Naltrexona aumentam mais esse risco Logo, a retirada gradativa e redução progressiva da dose é a melhor conduta para a desintoxicação Farmacocinética Absorção oral é irregular, de baixa biodisponibilidade. Exceto a codeína Sofrem efeito de primeira passagem. Conjugação glicurônica e produzem metanolitos ativos (isso é importante na morfina, pelo fato de que o metabólito da morfina é mais ativo do que a própria droga. Logo a meia-vida do metabólito é maior do que a própria morfina). Indivíduos que fazem o uso sucessivos correm o risco de intoxicação muito mais grave, pois o metabólito que deveria ser excretado tem uma ação mais potente do que a própria droga. Meia-vida média de 3 a 6 horas. Excreção renal Via parenteral muito utilizada (principalmente quando se trata de dores agudas) Contra-Indicações Hipersensibilidade aos hipnóticos Diarréias causadas por intoxicação (Todos os Agonistas Opióides diminuem o transito intestinal. Tem um efeito direto no intestino diminuindo a motilidade. Se o indivíduo faz uma diarréia por uma intoxicação, tomando opióide esse intestino literalmente para e, assim, o indivíduo pode se intoxicar). Depressão respiratória aguda (Uma das causas de morte de indivíduos que abusam de analgésicos opióides, pois eles são depressores do sistema nervoso, logo, deprimem o sistema respiratório). Gravidez e Lactação Crianças com menos de 2 anos Precauções Devem ser usados sob restrita vigilância médica (retencao de receita) Doses recomendada não devem ser ultrapassadas (para que o indivíduo não entre em situação de euforia e utilize o medicamento como abuso recreativo) O tratamento deve ser limitado (contendo o numero correto de capsulas), isso é denominado tratamento preconizado. Caso o indivíduo necessite usar mais a medicação o paciente deve comparecer a uma nova consulta para avaliação Durante o tratamento deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas (pois são depressoras do sistema nervoso) e medicamentos calmantes (também depressores do sistema nervoso) Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Evitar dirigir veículos e máquinas Efeitos Adversos Depressão respiratoria Alteração de humor Nausea, vomito e constipação Hipotensão ortostáticaica (pois os analgésicos opióidesestimulam a liberação de histamina, que é um vasodilatador periférico) Retenção urinaria aguda (isso agrava o caso de intoxicação, pois os metabólitos são ativos e você não consegue eliminar esse metabólitos) Prurido, sedacao, confusão, convulsão, hepatotoxicidade, miose, espasmos do trato biliar Sonolencia, turvação dos processos sensoriais, dores corporais, febre, coriza Tremor, fadiga, insonia, síndrome de abstinencia Obs: É um medicamento que deve ser usado pelo menor tempo possível Interações Medicamentosas Dois ou mais hipoanalgésicos —> Risco de hipotensão, depressão respiratória, efeitos depressores do SNC aditivos Podem potencializar os efeitos hipotensores de Anti-Hipertensivos Podem interagir com inibidores da MAO (Cuidado nos pacientes que são portadores de Parkinson e fazer tratamento com Selegilina) Podem antagonizar os efeitos da Metoclopramida (Antiemético) Álcool —> Potencializa os efeitos depressores do SNC e Respiratórios Anticolinérgicos —> Risco de constipação grave, retenção urinaria Antidiarréicos antiperistálticos podem causar risco de constipação grave (Cuidado nesses indivíduos pois os opióiodes paralisam/diminuem muito o transito intestinal) Bloqueadores neuromuscular —> efeitos aditivos no bloqueio Hidroxizine pode aumentar os efeitos de analgesia (efeito positivo) Naloxona (antagonista) antagoniza os efeitos analgésicos, depressores respiratórios e sobre o SNC (ex: se o indivíduo faz a utilização de um opióide e faz uso de um antagonista a dor volta a aparecer) Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P • obs: Neste quadro a potencia está sendo sempre comparada com a Morfina. Morfina Extraída naturalmente da Papoula Referência entre os Opióides (É um Opióide Forte) Todos os derivados sintéticos se formam a partir da estrutura básica da Morfina Atua como Agonista dos receptores Mi Atravessa a barreira placentária Indicado: Dores intensas, alívio das dores agudas, medicação pré-anestésica, analgesia equilibrada, tratamento sintomático da diarréia, tosse dolorosa Meia vida relativamente curta O metabólito ativo morfina-6-glicuronico (M6G) é ativo tanto quanto a morfina e apresenta meia- vida mais longa. Logo, o indivíduo que faz doses sucessivas de Morfina corre o risco de intoxicar pois tanto a Morfina quanto a M6G são ativas e a meia-vida da M6G é mais longa, portanto, o risco de intoxicação nesses indivíduos é grande) Doses Morfina Via oral: 20 a 25 mg a cada 4 horas IM: 10mg/70kg EV: 2,5 a 15 mg a cada 4 horas Epidural: 5mg Retal: 10 a 20 mg a cada 4 horas Codeína 1/10 da potencia da Morfina Extraído do ópio No fígado é metabolizado e convertido em Morfina Doses de 30 mg a cada 4 horas Menos efeitos adversos do que a morfina A CYP2D6 catalisa conversão da Codeína em Morfina Ineficaz como analgésico em 10% da população Muito utilizado como Antitussígeno obs: É o melhor opióide para se inicializar um tratamento, pelo fato deste se mais fraco e apresentar menor efeito adverso e causar menor dependência. O problema é que este fármaco é metabolizado pela CYP2D6 e alguns indivíduos apresentam uma deficiência nessa enzima ou uma concentração muito baixa. Para ela se transformar na Morfina ela precisa ser metabolizada por essa enzima, portanto 10% da população não sofre analgesia pela carência desta. Tramadol 1/5 da potencia da Morfina Analgésico tipo agonista parcial de ação central (não tem seu efeito 100% no receptor) Difere dos demais hipoanalgésicos por acarretar efeitos cardiovasculares e depressão respiratória mínimos com doses habituais. Logo, o mais seguro. Na verdade, é o medicamento de escolha para analgésico opióide fraco Seu potencial de produzir dependencia física e psíquica é extremamente baixo Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Antagonista Neutro: Liga-se ao receptor e não promove efeito Antagonista Parcial: Promove um efeito mediano Antagonista Total: Promove o efeito total Agonista Inverso: Promove o efeito contrário. Ex: Morfina é um Agonista Total, promovendo o efeito analgésico. O Agonista inverso promove “mais dor”, resumindo, promove o efeito contrário de um Agonista Total Metadona Produz Analgesia Intensa e sedação Meia vida longa de 12 a 18 horas (Maior risco de intoxicação) 2,5mg a 10mg a cada 8 horas Alto risco de depressão respiratória Petidina 1/8 da potencia da Morfina (Via Enteral) Propriedades farmacológicas muito semelhantes a Morfina Não exerce efeitos sobre a tosse e não produz constipação Adjuvante na anestesia Reações fatais com associação com inibidores da MAO (Lembrar da Selegilina no tratamento de Parkinson) Oxicodona Extremamente potente, alto risco de dependência Derivado sintético da morfina, agonista puro dos receptores Mi Deprime o centro respiratório Biodisponibilidade de 100% Disponível em liberação controlada Promove analgesia moderada a intensa Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P Fentanol Super potente e indutor de anestesias Antagonistas Opióides Liga-se competitivamente a um ou mais receptores opióides Antagonizam fortemente os agonistas desses receptores Naloxana e Naltrexona Quando usar: Paciente em situações de intoxicação com analgésicos entrando em quadro de depressão respiratória. Quando o indivíduo está a 1 semana sem ir ao banheiro, entra-se com um antagonista, e aí volta a motilidade gástrica e diminui a depressão respiratório e o indivíduo volta ao normal e depois a dose do analgésico é readaptada. Tratamento de overdoses de opióides, constipação, tratamento de síndrome de uso abusivo Adjuvante no tratamento do emagrecimento Quando os sistemas opióides endógenos não estão ativados, o perfil farmacológico dos efeitos dos antagonistas opióides depende da presença ou da ausência do agonistas e do grau de dependência física do paciente Humberto Azzi FCMS/JF Medicina - 3P
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