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NP2 – Clínica IV Cirurgia parendodôntica Etapas: - Tratamento endodôntico - Retratamento endodôntico - Cirurgia parendodôntico “A cirurgia parendodôntica tem sido utilizada para resolução de problemas criados pelo tratamento endodôntico ou que não foram solucionados por ele.” Indicações da Cirurgia Parendodôntica - Falhas em tratamentos prévios - Complicações anatômicas (ex: raízes com curvatura que dificultam o tratamento endodôntico na porção apical, nesse caso, é tratado endodonticamente até onde for possível, e a região da curvatura da raiz onde não é possível tratar é cortada) - Problemas iatrogênicos - Traumatismos - Persistência da infecção (fístula não regride; canal continua com exsudato) - Dificuldade no acesso ao SCR (sistema de canais radiculares) (ex: canal calcificado > nesse caso, lançar mão do EndoGuide ou realizar cirurgia parendodontica, removendo a porção mais apical da raíz do dente) - Coroas bem adaptadas com tratamento prévio satisfatório radiograficamente - Opção do paciente Cirurgia parendodontica ou Retratamento? Critérios de escolha: - Presença ou não de pino (Quando existe o pino já no local, é possível que seja fraturado se for removido, por isso não se indica o retratamento, optando pela cirurgia parendodontica como tratamento) Indicações para cirurgia parendodontica - Dente com “zona crítica”: raíz com curvatura Contra-indicações para cirurgia parendodontica Geral: definitivas ou temporárias Locais: definitivas ou temporárias Relacionadas ao paciente: Condição sistêmica: - Estado geral de saúde (hipertensão, diabetes, fumante...) > paciente hipertensos e diabéticos podem fazer a cirurgia, desde que seja controlada - Alterações vasculares - Alterações hepáticas - Alterações renais Condições Psicológicas Relacionadas ao dente: - Remanescente com comprimento inadequado (a proporção de raíz e coroa tem que ser 1:1) - Canais deficientemente tratados (precisam primeiramente ser retratados - Perda óssea acentuada - Avançado envolvimento periodontal (se parte da raíz é cortada, parte do suporte periodontal também, por isso, se o paciente já possui envolvimento periodontal, não deve ser agravado) - Trauma oclusal - Ápice próximo a cavidades anatômicas (dificulta a cirurgia parendodontica) - Inacessibilidade cirúrgica - Patologias agudas (ex: drenar o abcesso primeiro para depois conduzir a cirurgia parendodontica) Relacionadas ao profissional Precisa ter: - Conhecimento - Habilidade técnica - Material e instrumental adequado Princípios de cirurgia oral em cirurgia parendodontica (Basicamente as mesmas de uma cirurgia convencional) Anestesia Incisão (sempre incisão relaxante, nunca envelope) Descolamento (descolamento mucoperiosteal, nunca descolamento parcial) Osteotomia (quando necessária) Sutura Mobilidades da Cirurgia Parendodôntica (prof não falou mto) 1. Curetagem periapical 2. Retro-instrumentação + obturação retrógrada 3. Apicectomia 4. Retro-preparo + retro-obturação 5. Obturação simultânea 6. Odontossecção 7. Rizectomia 8. Técnica de Nicholls 9. Reimplante Intencional Tecnologias em Cirurgia parendodontica Microscópio operatório Ultrassom MTA Qual técnica eu vou utilizar? Exame e diagnóstico inicial 1. Idade do paciente 2. Condições sistêmicas do paciente 3. Viabilidade de manutenção do dente 4. Suporte periodontal 5. Qualidade e/ou existência de tratamento endodôntico prévio 6. Presença de retentor intra-radicular (remove ou não?) 7. Lesão apical (tem ou não?) 8. Fístula (tem ou não?) 9. Possibilidade de retratamento convencional 10. Exames complementares 11. CIRURGIA ? Planejamento cirúrgico Qual tipo de reabilitação coronária será feita Exame Clínico Solicitar tomografia computadorizada Conceitos básicos de cirurgia parendodôntica Curetagem apical Apicectomia Retro-preparo Obturação retrógrada Curetagem apical O objetivo é fazer a remoção de toda a lesão periapical, tecido de granulação e cápsula cística. Apicectomia Objetivos: 1. Remover o delta apical 2. Melhorar o acesso ao ápice 3. Criação de uma área adequada para o preparo retrógrado 4. Facilitar o reparo tecidual periapical (pois as bactérias são removidas) 5. Observação da presença de fraturas longitudinais 6. Remoção de biofilme apical Extensão da apicectomia: - Recomenda-se que durante a apicectomia devem ser removidos de 2 a 3mm da proção apical (que é quando se consegue a máxima remoção de ramificações e canais laterais) - A angulação do corte da apicectomia deve ser de 90º em relação ao longo eixo do dente Importância do micro-espelho A partir de 12mm Importantes paraq visualizar a área apical após a apicectomia Retro-preparos Criar uma cavidade classe I na região apical, que é feita através de retro-pontas ultra- sônicas Vantagens da técnica cirúrgica: 1. Menor acesso ósseo 2. Melhora da visibilidade ao sítio cirúrgico e ao acesso do canal radicular 3. Canais estreitos do istmo, os canais em forma de “C”, as raízes fusionadas com canais confluentes e os canais linguais inacessíveis podem ser agora limpos e modelados corretamente Obturação retrógrada 1. Remoção de irritantes durante o retro-preparo 2. Prevenção da penetração de microrganismos e de seus produtos para o canal radicular e região periapical 3. Obtenção de condições favoráveis para a regeneração do tecido periapical Materiais de preenchimento retrógrado Material ideal: Biocompatível Insolução Boa radiopacidade Estabilidade dimensional (não pode sofrer contração) Facilidade de preparo e inserção Não sofrer alterações na presença de fluidos orgânicos Boa capacidade seladora Materiais de preenchiemento MTA (Agregado Trioxido Mineral) Desenvolvido por Mahmoud Torabinejad – Universidade de Loma Linda – USA Composto: óxidos minerais, íons de cálcio (silicato tricálcio, alumina tricálcio), fosfato. Componentes dos tecidos dentais. (os materiais a base de silicato de cálcio são considerados biocerâmicos, porque apresenta bioatividade, que é quando se forma hidroxapatita durante a reação de presa) > Material bioativo Boa capacidade seladora deve-se a sua expansão em presença de umidade pH 10,2 sendo que três horas após a mistura o pH aumenta para 12,5 induzindo a formação de tecido duro no processo de reparação Propriedades do MTA (padrão ouro) Hidrofílico Pode sofrer contaminação pelo sangue pH alcalino Bactericidae bacteriostático Indutor de mineralização Biocompatível Radiopaco Bom tempo de presa Excelente vedamento marginal E aí? Vamos operar ou não? Perguntas à considerar: - Precisa reintervir mesmo? - Consegue acessar e tratar os canais convencionalmente? - Qual a qualidade do tratamento prévio? - Secreção ou fístula persistente? Avaliar a porção coronária e o tratamento prévio Com falhas visíveis: - Acesso coronário aos canais - Canais com falhas na obturação - Dificuldades de remover completamente a guta percha - Canal com umidade (exsudato) - Acidentes durante a instrumentação Técnica da obturação simultânea Sem falhas visíveis: - Sem cáries - Com restaurações adequadas - Coroas bem adaptadas e com pinos intra-radiculares - Pinos intra-radiculares de difícil remoção - Canais bem tratados Técnica do retro-preparo + obturação retrógrada (casos clínicos no final da aula) A cirurgia parendodôntica é uma alternativa viável para a manutenção dos dentes na boca com saúde, desde que o planejamento e a execução sejam bem conduzidos!
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