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GESTÃO DE RISCOS

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GESTÃO DE RISCOS
- Histórico da Gestão de Riscos
Todas as atividades, nos mais variados ramos, são passiveis de riscos, independente da precaução, do nível de técnica, destreza e Know-How. E de certa forma o resultado pode culminar em lesões, perdas físicas, financeiras de ativos e, inclusive determinar o encerramento de atividades econômicas e financeiras.
Know-How é um termo bastante utilizado em diversas áreas do conhecimento. A tradução mais aplicada é a de saber como ou saber fazer. Sua referencia principal esta relacionada a tríade conhecimento, habilidades e competência, ou seja, quando nos referimos ao conhecimento, podemos elucidar todo o aprendizado teórico adquirido em cursos, seminários e congressos. No que tange as habilidades, podemos citar a própria aptidão que cada um possui para aprender determinados conteúdos.
Por ultimo, temos a competência que é a destreza do individuo em colocar em pratica os conhecimentos aprendidos aliados a aptidão de saber fazer. 
Desde os primórdios, a evolução trouxe consigo fatores inerentes como risco, nesse contexto, tarefas realizadas a titulo de sobrevivência do ser primitivo, eram passiveis de acidentes ocasionando a redução das atividades realizadas e mesmo que de maneira incauta, o homem apresentava necessidade de evolução. Com o passar dos tempos, os metais auxiliaram a rotina dando forma à construção de ferramentas. Ruppenthal ensina que, dessa forma surgiram as primeiras doenças do trabalho, provocadas pelos materiais utilizados para confecção de artefatos e ferramentas.
No que concerne aos registros materiais de cuidados e riscos no trabalho, Ruppenthal assevera que: 
A informação mais antiga sobre a necessidade da segurança no trabalho, alusiva a preservação da vida e da saúde do trabalhador, esta registrada num documento egípcio, o papiro Anastacio V, quando descreve as condições de trabalho de um pedreiro: Se trabalhares sem vestimenta, seus braços se gastam e tu te devoras a ti mesmo, pois não tem outro pão que os seus dedos. Assim o homem evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial, sempre acompanhado de novos e diferentes riscos que afetam sua vida e saúde. 
Para que houvesse um mínimo de segurança, era necessário que se conhecessem os perigos decorrentes de ações e atividades. 
Era importante trilhar caminhos para se buscar uma forma de se controlar os riscos inerentes e suas situações que implicassem em resultados negativos. 
Neste sentido, a utilização de diversas áreas de conhecimento tornava imperioso, que a evolução da humanidade fosse buscada através de praticas já utilizadas em outras áreas: 
A principio a necessidade de proteção dominava as preocupações individuais. So muito lentamente, em termos históricos, a noção de proteção individual foi sendo substituída pela da proteção da tribo, da nação, do país, do grupo étnico ou civilizacional e só muito mais tarde pela proteção da espécie.
Em se tratando de prevenção, temos que este conceito acompanhou os eventos acontecidos na evolução histórica do ser humano. Sendo assim torna-se imprescindível a abordagem da prevenção quando do estudo da gestão de riscos.
O medico italiano Bernardino Ramazzini, chamado de pai da medicina do trabalho, bem como outros nomes importantes na seara da prevenção proporcionara uma evolução muito grande para a literatura que aborda o assunto.
Dentro do estudo a cerca das doenças ocupacionais, destacamos o importante papel do médico Ramazzini cuja importante contribuição à medicina. Seu estudo relacionou os riscos à saúde causados por agentes químicos, poeira, metais e outros agentes químicos.
Sua principal contribuição foi a utilização de um derivado do quinino no tratamento da malária.
Ao falarmos da contribuição histórica para o alargamento do conhecimento acerca de gestão de riscos, Ruppenthal agrega que a Revolução industrial também possui uma cota de participação:
O inicio da revolução industrial em 1780, a invenção da maquina a vapor por James Watt em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, marcaram profundas alterações tecnológicas no mundo. Foi esse avanço tecnológico que permitiu a organização das primeiras fabricas modernas, a extinção das fabricas artesanais e o fim da escravatura, significando uma revolução econômica, social e moral. Os acidentes de trabalho e as doenças eram provocadas por substancias e ambientes inadequados devido as condições em que as atividades fabris se desenvolviam. Grande também, era o numero de doentes e mutilados.
A medida que houve aperfeiçoamento do trabalho e da capacidade de mão de obra, a melhoria das condições e a busca pela diminuição dos acidentes se transformou em realidade. Foram apresentadas técnicas e métodos que culminavam num trabalhador mais experiente e apto a realizar as mais diversas tarefas. 
A proteção ao trabalhador ganhou espaço e repercussão após a 1 guerra mundial. Para Ruppenthal, houve esforços voltados aos estudos das doenças, das condições ambientais, do layout das maquinas, equipamentos e instalações, bem como das proteções necessárias para evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades. 
Neste período, podemos citar o trabalho de Myao acerca dos estudos das condições dos trabalhadores das indústrias. Este trabalho foi denominado experiência de Hawthorne. Esta experiência estudou a fadiga, os acidentes, a rotatividade de pessoal, bem como efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. 
Mayo utilizou esta pesquisa também, com o intuito de apresentar outros fatores encontrado dentro das fabricas, mais precisamente a temática voltada aos conflitos entre empregados e empregadores, a apatia, tédio, alienação, o alcoolismo, dentre outros fatores que tornavam difícil a convivências nas organizações.
Insertos na experiência de Mayo, os estudos pretendiam confirmar a ação de fatores como a iluminação sobre o desempenho dos operários. Contudo por não apresentar resultados concretos, pôde ser descartada a relação entre fatores no ambiente interno de trabalho.
Na sequencia do trabalho de Myao, este foi voltado às condições de supervisão branda (sem temor ao supervisor, que passou a desempenhar o papel de orientador), ambiente amistoso e sem pressões, proporcionando um desenvolvimento social e a integração do grupo. 
Num ultimo entendimento, foi evidenciado a existência de padrões de comportamento dos trabalhadores evidenciando uma cultura informal, isto é, os segmentos de trabalhadores se agrupam de acordo com sua classe e, este tipo de comportamento demonstram o jeito de agir e pensar em comum.
Nos países da américa latina a preocupação com os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais ocorreu mais tardiamente. No Brasil os primeiros passos surgem no inicio da década de 1930 sem grandes resultados. Na década de 1970, o Brasil foi apontado como o campeão em acidentes de trabalho. A segurança do trabalho, para ser entendida como prevenção de acidentes de trabalho da indústria, deve preocupar-se com a preservação da integridade física do trabalhador, mas também precisa ser considerada como fator de produção.
Os resultados negativos em função das mais diversas lesões trabalhistas acarretam graves consequências como: diminuição da mão de obra, déficits de produtividade, perdas dos materiais, aumento dos encargos securitários, gastos extraordinários com acompanhamento médico e psiquiátrico dos trabalhadores, bem como redução da eficiência e eventual readaptação da função laborativa.
Ruppenthal assevera que: 
As cifras correspondentes aos acidentes de trabalho representam um entrave ao plano de desenvolvimento socioeconômico de qualquer país. Pois aparecem como a forma de gastos com assistência médica e reabilitação dos trabalhadores incapacitados, indenizações e pensões pagas aos acidentados ou a suas famílias, prejuízos financeiros decorrentes de paradas na produção, danos materiais aos equipamentos, perdas de materiais, atrasos na entrega de produtos e outros imprevistos que prejudicam o andamentonormal do processo produtivo. 
Estudiosos da matéria, passaram a analisar metodologias e praticas que pudessem assegurar um desempenho melhor aos trabalhadores e que tornassem as atividades mais seguras e menos desgastantes. A fim de aumentar o grau de preservação da integridade física dos trabalhadores e reduzir de maneira sistemática o índice de acidente de trabalho.
Todas essas praticas apresentam o condão, paralelamente, de redução de indenizações, e em contrapartida elevar os gastos com medicina preventiva em ações em prol da saúde do trabalhador.
Dentre os nomes mais reconhecidos daqueles que apresentam colaboração ao estudo de prevenção de acidentes, podemos destacar Herbert Willian Heinrich, cujos trabalhos resultaram no calculo 1:29:300, ou seja, para cada lesão incapacitante acontecem 29 lesões leves e 300 acidentes sem lesões. 
- pirâmide de Heinrich:
	- Lesões impactantes
	- Lesões Leves
	- Acidentes sem lesões 
Frank E. Bird Jr, nascido em Nova Jersey, utilizou o trabalho de Heinrich como base e, diante dos estudos e acidentes relatos em empresas, cujo números de operários abrangidos foi maior que mil setecentos e cinquenta.
Frank obteve a proporção de 1:10:30:600. Isto é, uma lesão incapacitante para casa dez lesões leves, trinta acidentes com danos a propriedades e seiscentos incidentes registrados. Tal estudo determinou que o escopo das ações deviria direcionado à base da pirâmide, isso devido as lesões mais importantes serem, “ eventos raros e, de forma, muitas oportunidades para uma aprendizagem sobre prevenções estão disponíveis em eventos menos graves , principalmente incidentes, primeiros socorros e atos inseguros” (RUPPENTHAL , 2013, p.65).
De acordo com Ruppenthal, (2013, p.98), o fator humano pode influenciar de maneira substancial a confiabilidade de um sistema da seguinte forma:
O erro humano é um desvio anormal em relação a uma norma ou padrão estabelecido. Dessa forma, a caracterização do erro humano não é simples e direta , mas depende de uma definição clara do comportamento ou do resultado esperado. Os processos de percepção e aceitaçõo do risco e de tomada decisão, caracterizam-se como os principais catalisadores do erro humano.
Observe na imagem a seguir os principais erros humanos por ausência de aptidões físicas ou cógnitas.
Erro humano por ausência de aptidões ou cógnitas:
	- Erro de seleção devido a efeitos de condições ambientais.
	- Sobrecarga de trabalho.
	- Perda temporária de aptidão física ou mental devido a problemas emocionais ou financeiros.
	- Pressão de tempo.
Observe na imagem a seguir os principais erros humanos causados por falta de formação , informação, ou até mesmo informações errôneas ou incompletas.
	- Avaliação errada de informações confusas.
	- Erros na comunicações em situações criticas.
	- Avaliação errada de informações confusas.
	- Arquivo técnico desatualizado.
	- Pessoas ausentes ou de férias quando a informação é comunicada.
	- Falhas na comunicação verbal.
Observe na imagem a seguir as principais causas do erro humano por fatores emocionais, motivacionais, especialmente.
	- Motivação incorreta intencional.
	- Valores diferentes.
	- Situações conflitantes.
	- Decisões deliberadas de níveis superiores sem comunicações com a execução.
GESTÃO DE RISCO EM INSTITUIÇOES FINANCEIRAS
Conforme Davanzo, eventos de riscos são aqueles episódios incertos, no sentido de não terem um resultado bem definido: risco refere-se a uma situação, posição ou escolha envolvendo possíveis perdas, pois os resultados são incertos. Neste sentido ele argumenta que risco é em síntese, o custo da incerteza. 
Ainda Davanzo, por sua vez, define risco como sendo qualquer tipo de incerteza que pode levar a perdas. Segundo ele os riscos correntes de hoje são perdas potenciais de amanha: instituições financeiras são verdadeiras maquinas de riscos, pois, os assumem, os transformam e ainda os agregam a vários tipos de produtos e serviços bancários que oferecem a seus inúmeros clientes.
Com as mudanças financeiras dentro do ambiente mundial, tornou-se o ambiente financeiro e seus riscos cada vez mais complexos.
A integração entre os mercados por meio do processo de globalização, o aumento da sofisticação tecnológica e outros fatores influenciaram para que houvesse uma preocupação com a gestão de riscos por parte dos órgãos regulamentares e das instituições financeiras.
Assim, o acordo de Basileia I foi editado em 1975, tendo como fundamento emitir orientações para uma adoção efetiva do controle interno das instituições do comitê do G10.
Acordo de Basileia 1988:
A) Capital Regulatório: montante de capital próprio alocado para a cobertura de riscos, considerando os parâmetros definidos pelo regulador.
B) Fatores de ponderação de riscos dos Ativos: a exposição de riscos de créditos dos ativos (dentro e fora do balanço) é ponderada por diferentes pesos estabelecidos, considerando, principalmente, o perfil do tomador.
C) Índice mínimo de capital para cobertura de credito: quociente entre o capital regulatório e os ativos (dentro e fora do balanço) ponderados pelo risco.
O comitê de Basileia apresentou 25 princípios orientadores que tornariam o sistema bancário mais eficaz. Destes 25, 13 são considerados principais bases para uma adoção mais efetiva de controle de atividade bancaria. 
Davanzo considera que:
Os supervisores bancários devem determinar que os controles internos mantidos pelos bancos sejam adequados para a natureza e para a escala adequada de seus negócios. Os instrumentos de controle devem incluir disposições claras para a delegação de competência e responsabilidade; a separação de funções que envolvem a assunção de compromissos pelo banco, a utilização de seus recursos financeiros e a responsabilidade por seus ativos e passivos; a reconciliação de tais processos; a proteção de seus ativos; e as funções apropriadas de auditoria e de conformidade independentes, internas ou externas, para verificar a adesão de tais controles, assim como as leis e regulamentos aplicáveis.
Mais tarde em 2001, foi elaborado o acordo chamado de Basileia II. Com foco no fortalecimento da estabilidade do sistema financeiro global, este foi arraigado em três grandes pilares, os quais veremos a seguir:
Basileia II – Pilar I – Requerimento mínimo de capital
A premissa do pilar I é o fortalecimento da estrutura de capitais das instituições, o que se dará a partir das exigências mínimas de capital.
Este primeiro pilar estabelece o requisito mínimo de capital que todas as entidades devem manter diante dos riscos de mercado, de credito e operacional.
Basileia II – Pilar II – Processo de supervisão
A premissa do pilar II é o estimulo à adoção das melhores praticas de gestão de riscos, o que se dará a partir de boas praticas de supervisão e governança.
Haverá também avaliação constante acerca da adequação das instituições financeiras frente as necessidades de capital nos riscos incorridos.
Basileia II – Pilar III – Disciplina de mercado
A premissa do pilar III é a redução da assimetria da informação e favorecimento da disciplina de mercado.
Entende-se que, dessa forma, quanto mais for o nível de informação e transparência das informações e praticas de gestão de risco, menor o risco em si.
TEORIA DE RISCO E RETORNO 
As decisões no ambiente das entidades financeiras nem sempre são respaldadas numa esfera de certeza total, haja vista as incertezas das ações no mundo financeiro.
Quase sempre, o desvio padrão é utilizado para mensurar o risco, sendo aquele utilizado como valor médio para se obter um índice estatístico. 
Este conteúdo dedica-se a analise e dimensionamento do risco e retorno de ativos aplicados às decisões tomadas no mercado financeiro. Em particular são estudados com maior ênfase a teoria do portifólio, diversificação de risco, seleção de carteiras mais atraentes pela relação risco-retorno, a teoria da diversificação e o modelo de Markowitz.
Em se tratando da teoria do risco e retorno, o modelo de Markowitz que também é conhecido como teoria moderna do portifólio, determina que os investidoressão adversos ao risco por natureza e, estes podem apresentar seu portifólio para obter mais retorno a partir de um determinado nível de risco de mercado.
A estrutura básica dessa teoria permite evidenciar que há um maior nível de retorno para o nível de risco. Bem como há menor nível de risco para o nível de retorno.
Na hipótese de eficiência, o preço de um ativo qualquer é formado a partir das diversas informações publicamente disponíveis aos investidores, sendo as decisões de compra e venda tomadas a partir de suas interpretações dos fatos relevante.
Um mercado eficiente é entendido como sendo aquele em que os preços refletem as informações disponíveis e apresentam grande sensibilidade a novos dados, ajustando-se rapidamente a outros ambientes.
Mercado eficiente pode ser apresentado como o preço de mercado que apresente uma estimativa isenta de tendência determinada do valor real adotado num investimento qualquer.
Um ponto importante da eficiência do mercado é a necessidade de que os erros constatados nos preços de mercado não apresentem tendências. Sendo assim, estes podem apresentar uma valoração ou diminuição destes preços.
Diante da observação das variáveis envolvidas, as ações podem ser avaliadas através de diferentes pontos de vista (sub ou superavaliados).
Em se tratando de mercado eficiente, ações com menores índices não podem apresentar subvalorização maior do que ações com altos índices. 
Sobre o assunto, Davanzo, coloca ainda que a eficiência de mercado não exige que haja sempre uma coincidência entre o preço de mercado de um ativo e seu valor real. Apresentando igual probabilidade de um ativo encontrar-se sub ou supervalorizado em qualquer momento.
As mais importantes hipóteses básicas do mercado eficiente são aplicadas a seguir:
A) Nenhum participante do mercado tem a capacidade de sozinho influenciar os preços de negociações, alterando-os segundo exclusivamente suas expectativas;
B) O mercado, de uma maneira geral, é constituído de investidores racionais, decidindo sobre alternativas que promovam o maior retorno possível para um determinado nível de risco ou menor risco possível para um certo patamar de retorno.
C) Todas as informações estão disponíveis aos participantes do mercado, de maneira instantânea e gratuita. Nessa hipótese, nenhum investidor apresenta qualquer acesso privilegiado às informações, sendo identicamente disponíveis a todos os agentes.
D) Em principio o mercado eficiente trabalha com a hipótese de inexistência de racionamento de capital, permitindo que todos os agentes tenham acesso equivalente às fontes de crédito.
Segundo Davanzo, a maior eficiência demonstrada pelos mercados de ações é determinada basicamente: 
Pela rapidez com que as ordens de compra e venda são executadas dentro do ambiente organizado desses mercados;
Pelo elevado numero de participantes que se encontram geralmente envolvidos com as ações: investidores individuais e institucionais, corporações, instituições financeiras, etc.
Pela maior disseminação das informações das empresas, muitas vezes analisadas e interpretadas por especialistas, permitindo um ajuste mais rápido dos valores de mercado de ações.
Davanzo afirma que entre os aspectos de imperfeição de mercado que os modelos financeiros precisam ser testados, podem ser citados os seguintes:
Não há uma homogeneidade nas estimativas dos investidores com relação ao comportamento esperado de mercado e de seus diversos instrumentos financeiros. É verificado na realidade pratica, ainda que, as informações muitas vezes não estão dispostas a todos os investidores, conforme preconizado pelo modelo de mercado eficiente, além de não oferecerem acesso instantâneo. 
Identicamente, o mercado não é composto unicamente de investidores racionais. Há um grande numero de participantes com menor qualificação e habilidade de impetrar mais acuradamente as informações relevantes. Esse grupo, frequentemente, comete erros em suas decisões, refletindo sobre o desempenho de todo o mercado. Como consequência, é possível observar-se, algumas vezes, preços inadequados para muitos ativos negociados, ou seja, um desequilíbrio entre o valor real e o preço praticado pelos agentes.
O mercado não é necessariamente sempre eficiente para valorar seus ativos negociados, sofrendo decisivas influencias de politicas econômicas adotadas pelo governo, oriundas em grande parte de taxações das operações e restrições monetárias adotadas.
Dentre os vários conceitos utilizados, damos destaque ao risco total que pode ser aplicado a qualquer ativo. O risco total apresenta duas partes distintas, sendo parte sistemática e não sistemática.
O risco sistemático pode ser adotado a qualquer tipo de ativo e é representado por eventos variados. Como não há possibilidade de se evitar a ocasião de riscos sistemáticos, faz se necessário a utilização de uma abertura a vários métodos de investimento. O risco definido por não sistemático é identificado nas características do próprio ativo, não se alastrando aos demais ativos da carteira, é um risco intrínseco, próprio de cada investimento realizado, e sua eliminação de uma carteira é possível pela inclusão de ativos que não tenham correlação positiva entre si.
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RISCOS
A identificação de riscos faz parte de um seleto rol de responsabilidades de uma administração. Tomamos por base que vários eventos podem ocasionar desvios nas operações e tornar mais complexa a atividade de uma instituição financeira.
Técnicas de gerenciamento de riscos e controle de perdas:
- reformulação das praticas de gerenciamento de segurança industrial
- revisão de praticas tradicionais e de códigos, padrões e regulamentações obsoletas
- desenvolvimento de técnicas para identificação e quantificação de perigos
- elaboração e implementação de sistema de respostas para emergências
- formulação de critérios de aceitabilidade de riscos
- qualidade e profundidade de informação desejada
- disponibilidade de informações atualizadas
- custo da analise
- disponibilidade de tempo anterior as decisões e as ações que devem ser tomadas
- disponibilidade de pessoal devidamente qualificado para assistir o processo
Segundo pronunciamento de COSO 2007, os fatores externos, com os exemplos de eventos correlatos e suas implicações, incluem o seguinte:
Econômicos – os eventos relacionados comtemplam: oscilações de preços, disponibilidade de capital, ou redução nas barreiras à entrada da concorrência, cujo resultado se traduz em um custo de capital mais elevado ou mais reduzido, e em novos concorrentes;
Meio Ambiente – refere-se aos seguintes eventos: incêndios, inundações ou terremotos, que provocam danos às fábricas ou edificações, restrições quanto ao uso de matérias prima e perda de capital humano;
Políticos – eleição de agentes do governo com novas agendas politicas e novas leis e regulamentos, resultando, por exemplo, na abertura ou restrição de acesso a mercados estrangeiros, ou elevação ou redução da carga tributária;
Sociais- São alterações nas condições demográficas, nos costumes sociais, nas estruturas da família, nas propriedades de trabalho/vida e atividade terrorista, que por sua vez, podem provocar mudanças na demanda de produtos e serviços, novos locais de compras, demandas relacionadas a recursos humanos e paralisações de produção;
Tecnológicos – são novas formas de comercio eletrônico, que podem provocar aumento na disponibilidade de dados, reduções de custos de infraestrutura e aumento da demanda de serviços com base em tecnologia.
As escolhas que a administração seleciona, podem advir dos eventos ocorridos, e para que isto ocorra, tanto as aptidões, como habilidades de gestão da organização irão buscar em exemplos passados as soluções para uma identificação de riscos correta.
Da mesma forma, o COSO 2007, também utiliza os fatores externos para implementarem as praticas de identificação de riscos tais quais os descritos abaixo:
Inventário de eventos: trata-se da relação detalhada de eventos em potencial comuns às organizações de um cenário industrial,ou para um determinado tipo de processo, ou atividade, comum as indústrias. Alguns softwares podem gerar lista de eventos relevantes originarias de uma base geral de potenciais eventos, que servirão como ponto de partida para se identificar eventos. Por exemplo, uma organização envolvida em um projeto de desenvolvimento de software utiliza-se de uma relação detalhada de possíveis eventos referentes a projetos desse tipo.
Análise Interna: Pode ser realizada como parte da rotina do ciclo de planejamento de negócios, tipicamente por meio de reuniões dos responsáveis pela unidade de negócios. A analise interna pode dispor das informações de outras partes interessadas (clientes, fornecedores e outras unidades de negocio) ou da consulta a um especialista no assunto, e de fora da unidade (especialistas funcionais internos ou externos ou pessoal interno de auditoria). Por exemplo, ao considerar o lançamento de um novo produto, uma organização usa sua própria experiência histórica em conjunto com a pesquisa de mercado para identificar eventos que tenha afetado o grau de êxito dos produtos da concorrência.
Esse gatilhos servem para alertar a administração sobre áreas de preocupação pela comparação de transações ou ocorrências atuais com critérios predefinidos. Uma vez acionado o gatilho, um evento poderá necessitar de nova avaliação ou de uma resposta imediata. Por exemplo, a administração de uma organização monitora o volume de vendas nos mercados determinados para receber novos programas de marketing ou publicitários e redireciona seus recursos com base nos resultados. Outra organização pesquisa as estruturas de preços da concorrência e considera a hipótese de alertar os seus próprios preços se um limite específico for atingido.
Análise de fluxo de processos: Essa técnica reúne as entradas, as tarefas, as reponsabilidades e as saídas que se combinam para formar um processo. Considerando-se os fatores internos e externos que afetam as entradas ou as atividades de um processo, a organização identifica os eventos que podem afetar o cumprimento dos objetivos deste. Por exemplo, um laboratório medico mapeia os seus processos de recebimento e a analise de amostras de sangue.
A modelagem de analise de processos proporciona recursos estratégicos às instituições no quesito gestão de riscos. Tal fato de deve a visualização da organização, ou, em específico, de um determinado setor com uma sequencia de eventos/procedimentos que possibilitam aos gestores uma tomada de decisão mais assertiva.
Neste diapasão, evidenciamos que tais praticas podem ser implementadas nos mais variados setores, tal qual o exemplo abaixo do tribunal regional do trabalho da quarta região.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Toda e qualquer organização esta sujeita a fatores que podem interferir os rumos e ate impactar nas ações e nas tomadas de decisões. Tais fatores podem ser considerados internos e externos.
Para avaliar os riscos, a administração utiliza a projeção de cenários futuros, ou seja, eventos em potencial pertinentes a organização e às suas atividades no contexto das questões que dão forma ao perfil de riscos, como tamanho da organização, complexidade das operações e grau de regulamentação de suas atividades.
Outra premissa bastante utilizada é a verificação de situações e hipóteses previstas e imprevistas. Haja vista a atividade de uma organização poder classificar acontecimentos como rotina, a administração também é capaz de mensurar a abrangência do que pode ser afetado pela previsibilidade ou imprevisibilidade. Isto porque, dependendo do impacto na organização, algo previsto pode desencadear ações não previstas e acarretar graves transtornos à organização.
Em razão das características das atividades da organização, esta deve levar em consideração tudo aquilo que é intrinsicamente relacionado com suas atividades, isto é, inerente. E, sendo assim, isolando estes eventos e seus respectivos resultados, a organização acaba se deparando com eventos que ocasionam situações decorrentes daquelas também denominadas residuais e tratadas num segundo plano.
Em se tratando de possibilidades e eventos denominados incertos, a incerteza pode ser revista a partir de duas perspectivas: probabilidade e impacto: a probabilidade representa a possibilidade de que um determinado evento ocorrerá, enquanto o impacto representa o seu efeito.
Ao abordar os conceitos de probabilidade e impacto, as organizações podem recorrer ao PMBOK, conjunto de praticas e ferramentas voltados a analise de projetos e operações, elaborado pelo PMI institute.
Uma grande colaboração do PMBOK como ferramenta de avaliação de riscos, é a matriz de probabilidade e de impacto, cuja a definição vem a seguir:
A matriz de riscos ou matriz de probabilidade e impacto é uma ferramenta de gerenciamento de riscos que permite de forma visual identificar quais são os riscos que devem receber mais atenção. Por se tratar de uma ferramenta para priorização de riscos, ela pode ser aplicada na etapa de avaliação de riscos. Dessa forma, a identificação de riscos é uma etapa que deve ser feita antes da aplicação da ferramenta. O grande diferencial da matriz de riscos é a facilidade que ela proporciona para visualizar informações sobre um determinado conjunto de riscos. Por se tratar de uma ferramenta gráfica, se torna fácil identificar quais riscos irão afetar menos ou mais a organização, possibilitando a tomada de decisões e a realização de medidas preventivas para tratar esses riscos. Além disso, por ser uma ferramenta de fácil entendimento e por dispor de informações de forma clara e precisa, colabora com engajamento da equipe no processo da gestão de riscos. A matriz de riscos, consiste numa matriz (tabela) orientada por duas dimensões: probabilidade e impacto. Por meio dessas duas dimensões, é possível calcular e visualizar a classificação do risco, que consiste na avaliação do impacto versus a probabilidade.
O resultado da classificação de risco indica em qual célula da matriz o risco encaixa. Como pode ser visto na figura abaixo, há cores diferenciadas entre as células e essas cores indicam o quão alta é a classificação do risco, ou seja, o quão critico um determinado risco é. Por exemplo os riscos que resultaram em uma classificação alta (cor vermelha na matriz) devem receber maior atenção do que os riscos classificados como moderados ou médios (cor amarela na matriz) e, consequentemente, os riscos classificados como baixo (cor verde na matriz) podem ter menor atenção que os moderados e os altos.
Conforme entendimento de COSO, no que tange a periodicidade da analise de cenários, a administração deve atuar da seguinte forma:
Levar em conta os cenários de prazos mais longos para não ignorar os riscos que possam estar mais adiante. Por exemplo, uma companhia que atua na Califórnia poderá considerar o risco de que um terremoto possa paralisar as suas operações comerciais. Sem um horizonte de tempo especificado para a avaliação de riscos, sera elevada a probabilidade de um terremoto cuja intensidade na escala Richter seja superior a 6.0, talvez essa probabilidade esteja praticamente certa. Por outro lado, a probabilidade de que esse tipo de terremoto ocorra dentro de dois anos é, substancialmente, mais baixa. Ao estabelecer um horizonte de tempo, a organização adquire mais informação em relação a importância relativa do risco e uma maior habilidade para comparar diversos riscos.
Quando se utiliza a metodologia de probabilidade e avaliação de grau de impacto de riscos, podemos também, agregar informações obtidas através de registros de situações ocorridas. 
A utilização destes dados fornece uma gama de informações mais precisas em relação a perspectivas de cenários criados através de projeções. Quando usufruímos das informações geradas internamente e embasadas em fatos ocorridos anteriormente, podemos proporcionar resultados mais fidedignos que os indicadores externos.
A analise de perspectivas pode auxiliar a avaliação de riscos através de constatações feitas juntas aos administradores de corporações,e diante desta pesquisa, os resultados mostraram que alguns daqueles não adotaram o reconhecimento do quesito incerteza que é capaz de afetar drasticamente o processo de tomada de decisão. 
De acordo com COSO:
Os gestores sempre fazem julgamentos subjetivos sobre a incerteza e ao julgar devem reconhecer as limitações inerentes. Estudos demonstram um notável viés de confiança excessiva, que leva a intervalos indevidamente estreitos para os impactos e as probabilidades estimadas, por exemplo, as metodologias de valor em risco. Essa tendência ao excesso de confiança ao estimar a incerteza pode ser minimizada pela utilização eficaz de dados empíricos obtidos externa ou internamente. Na falta desses dados, uma consciência aguçada da penetrabilidade do viés poderá ajudar a mitigar esses efeitos. As tendências humanas relacionadas ao ato de decidir são apresentadas de outra forma, da qual não é incomum que as pessoas façam escolhas diferentes ao buscar ganhos a fim de evitar perdas. Ao reconhecer essas tendências humanas, o gestor pode destacar as informações para reforçar o apetite e o comportamento perante risco em toda organização. A forma pela qual as informações são apresentadas ou estruturadas podem afetar significativamente a sua interpretação e a forma pela qual os riscos associados ou as oportunidades são vistos.
As técnicas qualitativas e quantitativas também são utilizadas na avaliação de riscos de uma instituição. A metodologia qualitativa é comumente mais utilizada em detrimento da quantitativa, haja vista a impossibilidade de quantificação pelos motivos de: ausência de dados fidedignos, riscos classificados com menor prejudicialidade, entre outros.
As técnicas quantitativas dependem sobremaneira da qualidade dos dados e das premissas adotadas e são mais relevantes para exposições que apresentem um histórico conhecido, uma frequência de sua variabilidade e permitam uma previsão confiável.
Destarte, o benchmarking é, indubitavelmente, uma das melhores ferramentas de avaliação de riscos, pois este enfoca ações ou operações específicas, bem como pode ser utilizado para comparações de medições e analises de metas e objetivos.
O benchmarking é uma referencia de uma ferramenta a ser utilizada como condicionante de melhoria de eficiência. Sua utilização é baseada em medições e analogias que possam retratar através de pesquisas cujos gestores consideram diferenciais para atuação no seu ramo. O benchmarking pode ser utilizado tanto na analise de comportamento, cultura organizacional, produtos e serviços e ate a sistemática de trabalho de uma organização como um todo.
Tipos de benchmarking:
Benchmarking interno: utilizado na comparação de setores internos de uma organização, podendo ser compreendido entre praticas adotadas na matriz e repassada as filiais.
Benchmarking competitivo: Utilizado em ramos similares e que venham trazer diferenciais na atuação dentro de um mesmo mercado, pode ocasionar buscas por profissionais que se destaquem no setor.
Benchmarking funcional: pode ser utilizado em empresas de ramos diferentes e tem o intuito principal na adoção de boas praticas de gestão, podendo ser utilizado em organizações de segmentos diferentes.
Benchmarking de cooperação: bastante utilizado em organizações de atuações similares, onde são compartilhadas experiências, boas praticas e, inclusive, profissionais que se habilitam a treinar e capacitar outras equipes.
Dentre as inúmeras técnicas de avaliação, podemos destacar, também, a utilização de modelos probalísticos e não probalísticos.
Veja a seguir:
Probalísticos:
Os modelos probalísticos associam a uma gama de eventos e seu respectivo impacto, a probabilidade de ocorrências sobre determinadas premissas. A probabilidade e o impacto são avaliados com base em dados históricos ou resultados simulados que refletem hipóteses de comportamento futuro.
Os exemplos de modelo probabilístico incluem valor em risco (value at risk), fluxo de caixa em risco, receitas em disco e distribuições de prejuízo operacional e de crédito. Os modelos probabilísticos podem ser utilizados com diferentes horizontes de tempo para estimar os seus resultados, como a faixa de prazo dos instrumentos disponíveis.
Não probabilístico:
Os modelos não probabilísticos empregam critérios subjetivos para estimar o impacto de eventos, sem quantificar uma probabilidade associada. A avaliação de impacto de eventos baseia-se em dados históricos ou simulados a partir de hipóteses sobre o comportamento futuro.
Os exemplos de modelos não probabilísticos incluem medições de sensibilidade, testes de estresse e analise de cenários. 
MERCADO DE CAPITAIS
Conforme a comissão de valores mobiliários (CVM), o mercado financeiro é aquele que permite e viabiliza a transferência de recursos financeiros entre os agentes econômicos poupadores, que dispõem de recursos, e aqueles que deles necessitam, os tomadores de recursos. Essa transferência pode envolver uma intermediação financeira ou não.
A relação do intermediário financeiro com o poupador e o tomador se baseia como credor do tomador e devedor do poupador. Assim sendo, a instituição passa a trabalhar com a remuneração dos ativos e, em seguida, negocia os valores com o intuito de buscar rendimentos com a diferença do capital investido.
Em se tratando de mercado de capitais, as instituições atuam ou não como prestação de serviços necessários ao tramite entre o poupador e o tomador.
Quando da etapa de captação de recursos, o tomador pode utilizar o capital próprio ou o capital de terceiros. Para uma melhor elucidação, a CVM adota os seguintes conceitos:
Na primeira categoria, o aumento de capital se da por meio da emissão de títulos de participação que reforçam o capital da empresa e o tornam os investidores sócios do empreendimento. Em contrapartida do capital aplicado e dos riscos assumidos, esses investidores podem participar dos resultados positivos e a eles são assegurados uma serie de direitos de informação, de fiscalização e de participação nas decisões. A emissão de novas ações de uma sociedade por ações é o exemplo principal. Na segunda categoria, cria-se uma relação de credito entre as partes tomadora e poupadora, mediante a emissão de títulos da divida (capital de terceiros), com condições pré-pactuadas, como é a emissão de debentures e notas comerciais.
A Lei nº 6385/76 traz em seu art. 2º que debentures, bônus de subscrição, cotas de fundos de investimentos, notas comerciais e derivativos também podem ser considerados como valores mobiliários.
Criada em 1976, a CVM é uma autarquia do Ministério da fazenda e quem tem a finalidade de regular o mercado de valores mobiliários.
Atribuições da CVM:
- Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários
- promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações em ações do capital social de companhias abertas;
- assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e balcão;
- assegurar a observância, nos mercado, das condições de utilização de credito fixadas pelo conselho monetário nacional;
- Assegurar o acesso do publico a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenha emitido;
- Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinada a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado.
Para que haja movimentação financeira e, consequentemente, geração de dividendos, faz-se necessário a captação de recursos e, neste sentido, temos que a fonte destes recursos podem ser consideradas internas e externas.
Fontes Internas:
- Lucros retidos: podem ser considerados como uma emissão inteiramente subscrita pelos próprios acionistas que tenham direitos aos dividendos. O impacto sobre o valor da empresa na distribuição de lucros é tema controverso. Basicamente, há duas correntes teóricas: uma afirma que a politica de dividendos é irrelevante ( o que importa é que a empresa tenha projetos rentáveis) e a outra que da importânciaa distribuição de dividendos ( alguns investidores preferem receber dividendos face às incertezas futuras).
- Rotatividade de créditos: uma empresa pode autofinanciar seu crescimento melhorando a relação entre o tempo de uso do capital próprio e o de terceiros. Isso pode ser feito, por exemplo, reduzindo o período pelo qual o caixa da empresa esta bloqueado em estoques e outros ativos correntes, antes de ter novas receitas pelos produtos e serviços produzidos ou encurtando os prazos de recebimento e aumentando os de pagamento.
Fontes Externas
- Recursos de terceiros: o capital de terceiros inclui qualquer fundo obtido via empréstimo com ou sem concessão de garantias reais. Dentre eles estão:
· Debentures: são títulos emitidos por sociedades anônimas. Caracterizam-se por ter prazo superior a um ano e pela flexibilidade em relação a amortização e garantias. Somente as companhias abertas, com registro na CVM, podem efetuar emissões publicas de debentures;
· Commercial Pappers: são notas de curto prazo emitidas por instituições não financeiras. Ao contrário dos debentures, os comercial pappers podem ser emitidos por uma sociedade anônima, sem capital aberto. Geralmente, apenas grandes empresas, de sólida capacidade financeira, têm condições de emitir com sucesso estes títulos de curto prazo;
· Créditos: são fontes de financiamento de curto prazo fundamentais na estrutura de capital da empresa para financiar boa parte do ativo circulante, tais como caixas, títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques, todos garantindo a operação. A forma mais típica de financiamento de curto prazo não garantido é a carteira de duplicatas a pagar, que se origina na operação da empresa.
· Capital de não residentes: as empresas tem a opção de se financiarem com a obtenção de recursos vindo do exterior. Incluem-se nesta modalidade, os créditos comerciais (como as export-notes – títulos emitidos por empresas exportadoras com os quais levantam recursos para financiar a produção exportada). Além disso, cabe mencionar que, com o lançamento de valores mobiliários, as empresas realizam a captação de recursos, mediante investimento de instituições nacionais e estrangeiras.
Para a CVM, as ações são valores mobiliários emitidos por sociedades anônimas. Representam a fração mínima do capital da empresas. Ao comprar uma ação, os investidores se tornam coproprietários do empreendimento, tendo direito a participação em seu resultado.
No mercado primário temos a disponibilização de ações ou outros títulos que financias as atividades das empresas ou a expansão destas, bem como a complementação de recursos a serem utilizados pela empresa.
No que tange ao mercado segundario, este disponibiliza a negociação dos títulos captados no mercado primário, sendo que nesta etapa não há geração de novos recursos, restando apenas a negociação.
De acordo com a CVM, as definições de ações podem ser:
- Escriturais: ações que não são representadas por certificados, não necessitando da emissão de cautelas para sua transferência. São escrituradas por um banco, o qual deposita as ações da empresa e realiza os lançamentos a débito ou a crédito dos acionistas, não existindo movimentação física dos documentos.
- Ordinárias: ações que, além de proporcionarem participação dos resultados da empresa aos seus titulares, conferem direito a voto em assembleias gerais.
- Preferenciais: ações que garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído as ações ordinárias) e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. Em geral não conferem direito a voto em assembleia.
Ainda a cerca das definições, a BMF & Bovespa apresenta o seguinte rol de divisão dos rendimentos aos acionistas:
- Proventos – os quais podem ser classificados em:
· Dividendos: parcela dos lucros paga aos acionistas em dinheiro, estabelecida no estatuto da empresa (no mínimo iguais a 25% dos lucros anuais da empresa);
· Juros sobre capital próprio: além da distribuição de dividendos, a empresa pode remunerar seus acionistas por meio do pagamento dos juros sobre o capital próprio baseado em reservas patrimoniais de lucros retidos em exercícios anteriores. Esse procedimento segue regulamentação específica.
· Bonificações em ações: distribuição gratuita de ações aos acionistas de forma proporcional às parcelas que os mesmos possuem. Resulta do aumento de capital, por incorporação de reservas ou lucros em suspenso. A bonificação representa a atualização da cota de participação do acionista no capital da empresa.
· Bonificação em dinheiro: além de distribuir dividendos aos seus acionistas, as empresas poderão, em alguns casos, conceder uma participação adicional nos lucros, realizando assim, uma bonificação em dinheiro.
Ao ser autorizada a emissão de ações ou debentures, as empresas realizam uma oferta publica de ações denominada de underwriting, através dela os títulos são ofertados no mercado primário e em seguida, instituições passam a adquirir estes títulos e os revendem no mercado secundário. 
A pratica de underwriting ou subscrição ocorre quando as ações ou obrigações são colocadas no mercado financeiro através de um intermediário financeiro contratado pela empresa que tenha esta intenção. Estas operações também são consideradas como oferta publica de títulos e de títulos de credito representativo de empréstimo, em particular.
Apenas instituições autorizadas pelo BACEN podem realizar esse tipo de intermediação.
Continuando a falar sobre underwriting, vamos falar sobre os tipos de subscrições:
· Underwriting firme ou puro: ocorre quando a intermediadora revende no mercado somente após esta subscrever e integralizar em sua totalidade.
· Stand by underwriting ou compromisso firme de subscrição: ocorre quando a instituição financeira intermediadora não assume um compromisso de integralizar as ações lançadas.
· Best-efforts underwriting ou melhor esforço: ocorre quando a entidade intermediadora assume o compromisso de colocar no mercado o máximo de ações. No final, a empresa devolve as ações não comercializadas.
Quando as empresas, através de uma dispersão de ações, chegam ao patamar da totalidade das ações serem emitidas, esta se transforma em sociedade anônima de capital fechado. 
De acordo com a CVM e a Lei das Sociedades Anonimas, as OPAS podem apresentar as seguintes características:
· OPA para cancelamento de registro: realizada obrigatoriamente como condição de cancelamento do registro da companhia aberta;
· OPA por aumento de participação: realizada obrigatoriamente em consequência de aumento da participação do acionista controlador no capital social de companhia aberta;
· OPA por alienação de controle: realizada obrigatoriamente como condição de eficácia de negocio jurídico de alienação de controle de companhia aberta.
· OPA voluntária: visa a aquisição de ações de emissão de companhia aberta, que não deve ser realizada segundo os procedimentos específicos estabelecidos nesta instituição para qualquer OPA obrigatória referida nos três casos anteriores;
· OPA para aquisição de controle de companhia aberta: é a OPA voluntaria;
· OPA concorrente: é formulada por um terceiro que não o ofertante ou pessoa a ele vinculada, e que tenha por objeto as ações abrangidas por OPA já apresentada para registro perante a CVM, ou por OPA não sujeita a registro que esteja em curso.
Características das OPAS:
- ser sempre dirigida indistintamente aos titulares de ações da mesma espécie e classe daquelas que sejam objeto de OPA
- ser previamente registrada na CVM, quando corresponder e segundo a modalidade adequada
- ser intermediada por sociedade corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários ou instituição financeira com carteira de investimento
- ser instruída com laudo de avaliação da companhia objeto sempre que se tratar de OPA formulada pela própria companhia, por acionista controlador ou por pessoa a ele vinculada.
- ser efetivada em leilão em bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado, salvose, tratando-se de OPA voluntaria ou para aquisição de controle, que não estejam sujeitas a registro, a adoção de procedimentos diverso deve ser expressamente autorizado pela CVM.
DEFINIÇÕES DE TIPOS DE RISCOS
Segundo o PMbok, os riscos podem ser classificados de acordo com a sua natureza, podendo ser divididos em:
· Riscos de projeto: podem causar sérios prejuízos se resultarem impactos nos custos e no cronograma de execução dos projetos. Apresentam características operacionais, organizacionais e relacionadas ao contrato em si, assumem a classificação de humanos, tempo e organizacional, haja vista o foco de sua utilização de recursos;
· Riscos de processos: são localizados no planejamento do projeto, na aquisição de recursos humanos ao longo do projeto, no controle e no acompanhamento e na segurança da qualidade.
· Riscos técnicos: estes tem conexão direta com o processo tecnológico que esta sendo implementado no projeto. Por se tratarem da qualidade do projeto, uma falha no acompanhamento destes riscos afeta severamente a produtividade final.
· Riscos de negócio: considerado crucial para a consecução do projeto, os riscos de negocio são considerados essências ao projeto, pois estes podem acarretar na perda total do projeto caso esteja terminado ou, interromper o andamento durantes as fases de planejamento e execução.
Ainda sobre os tipos de riscos, Bertolo adota as seguintes definições: 
· O risco de fluxo de caixa: é o risco que os fluxos de caixa de um investimento não se materializarão como esperado. Para muitos investimentos, o risco de que os fluxos de caixa não poderem ser como o esperado – no momento (timing), na quantidade ou ambos – esta relacionado ao risco do negocio do investimento.
· O risco financeiro: é o risco associado a como a companhia financia suas operações. Se uma companhia financia com divida, ela é obrigada legalmente a pagar as quantias compreendidas de suas dividas quando elas vencerem. Se uma companhia financia seu negocio com capital próprio, ou gerado das operações (lucros retidos) ou da emissão de novas ações, ela não incorre em obrigações fixas. Quanto mais obrigações de custo fixo (dividas) forem incorridas pela empresa, maior é seu risco financeiro.
· Risco financeiro operacional e grau de alavancagem operacional: dá-nos uma ideia de sensibilidade dos fluxos de caixa operacionais contra as variações nas vendas. E o grau de alavancagem financeira dá-nos uma ideia de sensibilidade de fluxo de caixa aos proprietários contras as variações no fluxo de caixa operacional. Mas frequentemente, estamos concentrados acerca do efeito combinado de ambos, a alavancagem operacional e a alavancagem financeira.
· Risco default: quando você investe num titulo, você espera juros a serem pagos (em geral, semestralmente) e o principal a serem pagos na data do vencimento. Mas nem todo pagamento de juros e do principal podem ser feitos na quantia ou na data esperada: os juros ou o principal pode ser mais tarde ou o principal pode não ser pago completamente. Quanto mais uma empresa dificultar sua divida – os juros exigidos e os pagamentos do principal – mais provavelmente ela poder ser incapaz de fazer os pagamentos prometidos aos detentores dos títulos e mais provavelmente não poderá sobrar nada para os proprietários.
Hipóteses que ocasionam o DEFAULT:
- Fracasso para fazer um pagamento de juros quando vencer (ou dentro de um período específico);
- Fracasso para fazer o pagamento do principal quando vencer;
- fracasso para fazer pagamento de fundos para o saldo de dividas (sinking fund), isto é, a quantia deixada de lado para pagar as obrigações se estes pagamentos forem exigidos;
- fracasso para cumprir qualquer outra condição do pagamento;
- falência;
- porque eles investem seus fundos empresariais em títulos de dividas de outras empresas e eles querem saber quanto de risco default esta escondido naqueles investimentos.
TIPOS DE ANÁLISES DE INVESTIMENTOS
Segundo a CVM, a analise fundamentalista de investimentos pode ser utilizada para diferentes fins. Contudo existem duas principais estratégias de analises de investimentos para a escolha do melhor ativo – a visão Top Dow e a outra Bottom Up. Na realidade elas são complementares e a maioria dos analistas usam-nas de forma complementar.
Na estratégia do Tod dow (de cima pra baixo), iniciamos a analise do ponto mais alto, isto é, abordamos a macroeconomia, sendo necessária a adoção da visão como um todo. Utiliza-se também uma segmentação local e, na sequencia , voltamos à segmentação por setor, haja vista a decisão de a escolha recair sobre aqueles que estão em evidência. Por fim, é feito um rol das empresas que apresentam as perspectivas mais promissoras.
Esta analise utiliza inúmeros indicadores econômicos. Sendo assim, em razão da sua complexidade, ela carece tanto dos indicadores com impactos indiretos como os diretos. A estratégia Botton Up é muitas vezes, preferida por analistas e gestores fundamentalistas, ou seja, tal metodologia procura a melhor empresa ou ativo para se investir fazendo analises minuciosas sobre os demonstrativos financeiros da companhia, fazendo projeções, comparando-as com as de seus concorrentes e outras empresas listadas em bolsa.
Quando utilizamos a analise Botton up, adotamos indicadores como força de marca, alinhamento dos executivos e riscos tidos como extra balanço (legal, reputacional, ambiental, social, etc), chamados de subjetivos.
Além disso, são adotados também, indicadores objetivos como: fluxo de caixa, indicadores de balanços e de resultados. O principal objetivo buscado pela analise de investimento é a mensuração do valor da empresa, para tanto há utilização do Bottom up e do Top dow, invariavelmente, a soma destes dois métodos.
Após a obtenção de informações concisas e seguras, o investidor pode chegar a dois tipos de conclusões sobre os valores encontrados:
- Valor Justo: é calculado em função do comportamento e das expectativas do fluxo de caixa, considerando-se o horizonte temporal da analise, o comportamento da alavancagem, a taxa de desconto formado pelo calculo da taxa de juros livre de risco e do risco que a companhia oferece. Ela é baseada principalmente em valores contábeis, isto é, fatos quantitativos do desempenho da empresa.
- Valor na Perpetuidade: representa o valor que a empresa pode agregar em função do valor potencial esperado após o período projetado. O valor da empresa na perpetuidade costuma representar uma parcela significativa do calculo de valor, sendo por isso tão importante quanto o calculo dos fluxo de caixa no período inicial projetado. 
A influencia dos indicadores econômicos sobre cada empresa apresenta, de maneira fatídica, como ela realmente se estrutura para interagir com os mais diversos tipos de fatores, tais como: sociais, ambientais e macroeconômicos.
Para a CVM, a forma mais rápida de entender é conhecer os demonstrativos de resultados e o balanço das companhias, que vão mostrar como as empresas ganham dinheiro (a composição de seu faturamento e as estratégias de marketing) e alguns pontos importantes do balanço, como o endividamento.
Através da analise do PIB, se consegue projetar cenários futuros para a situação das empresas selecionadas.
O PIB é definido pela soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma país, estado ou cidade, no período de um ano. O PIB é apresentado de acordo com as respectivas moedas de cada país. Sua principal característica é a de indicador de uma economia, auxiliando na compreensão dos índices de distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde.
Analise de performance do PIB:
- permite traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
- permite fazer comparações internacionais sobre o tamanho da economia de diversos países;
- analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo numero de habitantes), que mede quanto do PIB caberia a cada individuo de um pais, se todos recebessem partes iguais, entre outros estudos.
Para a CVM, a utilização do método Top Down faz com que a projeção decenários acerca do PIB forneça subsídios para uma analise mais detalhista sobre o comportamento do mercado. Principalmente, sobre a atuação de fatores externos que possam influenciar na situação das empresas.
Sobre a temática de fatores externos, a CVM os define da seguinte forma:
Para os atuais investidores, a analise da situação macroeconômica necessita de mais informações para que os relatórios apresentem com fidedignidade, a resposta das empresas à ações dos fatores externos.
De acordo com a CVM, as tendências globais de maior longevidade, menor taxa de infertilidade, de inserção da mulher no mercado de trabalho, de mudanças no processo de urbanização e de problemas ambientais que exigem politicas climáticas impactam nos resultados socioeconômicos das empresas 
Outra contribuição da ferramenta de analise Top Down em simetria com a analise Bottom up é a setorialização do foco de analises. Haja vista a necessidade de abordagem contextual macroeconômica. Para tanto, comumente a ferramenta denominada SWOT usada de modo a contribuir sobremaneira para a eficácia das analises top-down e botton up. 
A matriz SWOT apresenta elementos divididos em ambientes internos e externos, cuja divisão é feita em interno: forças, onde os pontos de destaque são as vantagens da organização em comparação as outras. As fraquezas demonstram os pontos que carecem de aprimoramento e desenvolvimento.
No que tange ao ambiente externo, podemos evidenciar as oportunidades, onde todas as perspectivas positivas podem ser consideradas, principalmente quando a perspectiva interna favorecer as ações da organização. Em se tratando de ameaças, tudo aquilo que for prejudicial e oferecer embaraços a organização devera receber um tratamento diferenciado e cauteloso.
Corroborando com a analise SWOT, utiliza-se a analise setorial, cuja sistemática é comparar setores com o intuito de se efetuar uma comparação de investimentos, riscos e as adversidades da rentabilidade, abaixo veremos as premissas que utilizam esta analise:
- Premissas utilizadas na analise setorial:
- Atual momento do setor: em crescimento ou maduro;
- Tendências para o setor: ciclos ou sazonais
- identificar melhores e piores empresas dentro do setor;
- Obter as melhores oportunidades dentro do setor;
- Avaliar políticas ambientais, sociais e de governança;
- Conhecer clientes e fornecedores
Quando se efetua a decomposição de indicadores isolados de rentabilidade pelos indicadores que acarretam na rentabilidade da empresa, chegamos a análise Dupont.
Segundo a CVM, o método Dupont expressado em sua formula original apresenta a taxa de retornos sobre ativos (ROA) decomposta em função da margem liquida e do giro do ativo total.
O lucro liquido do negocio é obtido através desta equação e, que, de maneira análoga, no mesmo intervalo de tempo, também demonstra a capacidade de giro da entidade.
Para a CVM, a formula Dupont modificada refere-se a taxa de retorno sobre o patrimônio liquido (ROE) decomposta em função (ROA) e do grau de alavancagem da empresa.
Ao utilizar o método alterado, torna-se possível o levantamento das informações sobre o patrimônio liquido frente o comprometimento dos ativos para assunção das obrigações da entidade. Tais analises proporcionam as orientações a serem descritas nos cenários de perspectiva no que tange a capacidade de honrar os compromissos, repartição de dividendos e às politicas de investimentos.
CALCULO DE RISCO E RETORNO
Dentre os cálculos utilizados para o risco e o retorno, Lemes Junior assevera que o rol mais importante é determinado pelas fórmulas abaixo: 
Exemplo: O retorno da empresa A foi de R$750,00, e da empresa B foi de R$800,00. No entanto, a taxa de retorno da empresa A foi maior que a da B, o que indica que a empresa A é mais rentável que a empresa B. isso ocorreu porque apesar de os investimentos iniciais serem de valores muito próximos, o investimento inicial da empresa B foi superior ao investimento da empresa A.
Segunda Lemes Junior, certo cidadão investiu recursos durante dez meses, e verificou que por 2 meses a taxa de rentabilidade foi e 7%aa, por 3 meses foi de 8%aa, por 4 meses a taxa foi de 6,5aa e por 1 mês a taxa foi de 9%aa. Que retorno médio obteve o cidadão na sua aplicação.
KJ= são as taxas de retorno de7%, 8%, 6,5 e 9% aa.
FJ= numero de meses em que ocorreu a respectiva taxa
Ainda de acordo com Lemes Junior, risco é a variabilidade dos retornos de certo ativo e que pode ser calculado pelo desvio padrão e pela amplitude, que são medidas estatísticas. Assim sendo, calculo de risco pela amplitude sera a diferença entre o menor e o maior valor da serie de retornos.
Sejam os retornos de 5,6,7, 9 e 10%, o risco sera a amplitude, ou seja, 10% - 5% = 5%.
Desvio padrão é uma formula muito utilizada em estatística, que por sua vez apresenta o grau de variação de um conjunto de elementos.
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADES E RETORNO
Acerca da distribuição de probabilidades, temos a opção de diferir, isto é, uma opção que delimita o momento mais ideal para um investimento que possa gerar mais lucros. 
Se analisarmos um investimento de forma tradicional, esta analise poderá definir uma politica não muito interessante para os investidores. Contudo, ao adotarmos um intervalo de espera, este período poderá proporcionar mais interesses aos investidores. 
Existem as seguintes premissas abordadas sobre as opções de abandono de investimento, são elas:
· Opção de abandono: se as condições futuras se tornam desfavoráveis ao projeto, pode-se abandonar o negocio e vender os ativos a um valor de salvamento preestabelecido. Esta opção é modelada analogamente a uma opção de venda (put) financeira. Para estimar o valor desta opção assuma-se que VPt é o valor do projeto no período t, e A é o valor de abandono ou de salvamento do projeto naquele mesmo período (que viria a ser o preço do exercício). Se o valor do projeto for maior que seu valor de abandono, o projeto deve ser continuado, no caso contrario a opção devera ser exercida. Assim, o valor da opção seria: 0, se VPt > A, ou, (A – VPt), se VPt < A. empregando a função Maximo, a opção de abandono se representaria: Max (A – VPt= 0).
· Opção de contratação: esta opção da o direito de reduzir uma parte da capacidade do investimento. O valor futuro do ativo se reduz, mas em troca se consegue poupar uma quantidade em dinheiro em perdas que o projeto original estaria gerando no momento em que se opta pela contratação. A sua modelagem desta opção é semelhante a uma opção de venda (put) financeira, com valor do ativo subjacente igual ao valor da redução feita no projeto (este foi contraído por um fator de contratação c 0,1, e com preço de exercício igual a poupança obtida B. assim, seja VPt o valor total do projeto no período t, o valor da opção de contratação seria: Max (c*VPt+B – VPt = 0) = Max (B – (1-c)*VPt=0).
· Opção de Expansão: se o projeto resultou ser melhor do que o esperado, esta opção da o direito de ampliar a capacidade do projeto original. Assim o valor do ativo subjacente se incrementa, mas é necessário fazer previamente um investimento adicional ao realizado no inicio do projeto. A sua modelagem é semelhante a uma opção de compra (call) financeira, tendo como valor do ativo subjacente o valor adicional ganho no projeto pela expansão (o projeto foi ampliado por um fator de expansão e > 1) e preço de exercício é igual ao investimento Y realizado para conseguir esta expansão. Assim, seja VPt o valor total do projeto no período t, o valor da opção de expansão seria: Max (e*Vpt-Y – VPT = 0) = Max ((e-1)*Vpt – Y,0).
· Opções compostas: As opções compostas constituem uma combinação de opções simples que podem ser realizadas simultaneamente ou em forma sequencial. Por exemplo, uma firma que investe em pesquisa e desenvolvimento pode precisar um tempo inicial para obter resultados de provas preliminares antes de realizar o projeto em si; logo pode decidir por expandir, contrair ou abandonar o projeto, em função da informação obtida pela espera. É muito provável, na praticaencontrar sempre mais do que uma so opção por exercer.
· Opções Switching: As opções do tipo switching fornecem ao possuidor o direito de mudar entre distintos tipos de recursos, ativos ou tecnologia. Também permitem iniciar e encerrar opções, ou entrar e sair de um determinado ramo de atividade. Esta alta flexibilidade no transcorrer do projeto acrescenta valor a ele, no caso que o valor de algumas das escolhas e se torne mais rentável no futuro.
· Opções de aprendizagem: nas opções que se tem descrito anteriormente, considera-se que a medida que passa o tempo, as incertezas em relação ao valor do ativo e a possibilidade de exercer ou não a opção, vao se revelando. No entanto, em muitas situações a incerteza não se resolve por si só.
Outra ferramenta bastante utilizada no teste de viabilidade de investimentos é o Indice de Sharpe (IS). Mesmo tendo sido formulado em 1996 por Willian Sharpe, este índice ainda contribui sobremaneira para métodos e estudos do mercado de investimentos.
O IS é estruturado na técnica de seleção de carteiras e é definido pela seguinte equação: 
Onde rf é a taxa de juros sem risco, e, E[rp] e oP representam o retorno esperado e o desvio padrão da carteira. 
Utiliza-se o índice de Sortino para definir o conceito de Downside Risk, que, em outras palavras, apura tão somente a variância das perdas financeiras.
Ao elaborar esta equação, Sortino constatou que a importância deveria ser dada ao risco de não se atingir o ganho esperado em relação à meta estipulada. Sendo assim, ao se efetuar uma comparação entre a carteira total e o ativo analisado, utiliza-se o retorno mínimo aceitável (RMA) na composição do calculo: 
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS DE CAPITAL
No processo de tomada de decisão em relação a negociação de papeis no mercado, há extrema necessidade de se verificar a eficiência dos mesmos em comparação com a perspectiva de potencialização de lucros acerca do valor agregado. Bem como analisar as premissas que acabam determinando as decisões sobre os investimentos mais corretos a serem executados.
Para Fellet, apud Sharp, Lintner e Mossin, o Capital Asset Pricing Model (CAPM) ou modelo de precificação de ativos de capital conseguem proporcionar a determinação do preço em função do relacionamento entre o retorno esperado e o risco para qualquer ativo financeiro, partindo do pressuposto de um mercado em equilíbrio.
Fellet afirma que:
O CAPM esta embasado na teoria do portifólio de Harry Markowitz, desenvolvida entre os anos de 1952 e 1959, sendo que o desenvolvimento de tal modelo permitiu que as ideias de Markowitz fossem simplificadas.
O CAPM em sua forma tradicional foi desenvolvido conceitualmente por Sharpe, Lintner e Mossin. Ele descreve determinadas hipóteses restritivas , no sentido de proporcionar uma teoria sobre o premio de risco de mercado. Lintner descreve as premissas nas quais o CAPM se baseia, como a aversão ao risco por parte dos investidores, que tem a alternativa de investimento em títulos sem risco que oferecem um retorno positivo (ou tomar emprestado à mesma taxa de juros), podendo vende-los se assim o desejarem.
Pressupostos básicos do CAPM:
- Todos os investidores tem expectativas homogêneas
- Os investidores podem tomar emprestado e investir na taxa livre de risco
- Não há custos de transação
- Os investidores tem aversão ao risco
- Os investidores tem o mesmo horizonte de tempo
Fellet apud Brown e Walter apresentam diversas pesquisas empíricas que demonstram que o CAPM continua sendo de grande relevância, seja para as firmas em seus orçamentos de capital, para as agencias regulatórias na fixação de preços ou para os acadêmicos que continuam a estimar o premio pelo risco de mercado e a usar o CAPM no ensaio de finanças corporativas.
Guimarães ainda infere que o risco de mercado pode ser definido como a possibilidade de um investidor experimentar perdas em seus investimentos por conta de fatores que afetam a performance de mercado através do qual ele realiza investimentos. O risco de mercado, também conhecido como risco sistemático, não pode ser reduzido ou eliminado através da diversificação. Porem em alguns casos, tal risco pode ser compensado em operações de Hedge.
A busca de Hedge, ou proteção contra oscilações inesperadas nos preços, é uma pratica antiga. Ela começou em meados do século XIX no mercado de commodities agrícolas de chicago. Agricultores e pecuaristas que traziam seu produto a cidade para vender queriam reduzir o risco de quedas súbitas nas cotações. Se muita gente levasse sua produção ao mercado no mesmo dia, a oferta seria muito superior a demanda e os preços desabariam. Para evitar esse risco, compradores e vendedores passaram a negociar os preços antes da entrega. Essa foi a origem das operações a termo. Posteriormente essas operações foram aperfeiçoadas e deram origem aos modernos derivativos, hoje comuns no mercado financeiro. 
Os derivativos financeiros mais usados são as opções de compra (call), as opções de venda (puts) e os contratos futuros. A combinação destes instrumentos permite a montagem de diversas operações de hedge. 
Uma das principais características do CAPM, é a de que os ativos de risco variável podem receber a distribuição de probabilidade do retorno futuro. Tal pratica permite que os agentes visualizem o equilíbrio demonstrado no retorno livre de risco.
Desta forma, o premio pelo risco de mercado, abordado pelo CAPM, apresenta o retorno excessivo de qualquer instituição.
Componentes do CAPM:
- Retorno do ativo livre de risco
- O Beta como medida de risco do ativo em relação a uma carteira de referência
- O premio relativo ao risco de mercado
Dentro do CAPM, os papeis dos investidores x mercado traz grande destaque, haja vista serem os principais atores nas operações financeiras.
Sendo assim, as características de cada um podem interferir nas operações em detrimento das particularidades de cada um, conforme abaixo:
- Investidores:
· maximizam o retorno ajustado ao risco ou índice de Sharpe. 
· Podem ter dotações de riquezas diferentes 
· Podem emprestar e tomar emprestado quantias ilimitadas a taxa livre de risco
- Mercado:
· Todos os investimentos ocorrem em ativos financeiros negociados publicamente
· Existência de uma taxa livre de risco (conhecida e não-estocastica)
Para que o modelo de precificação de ativos de capital seja utilizado de maneira efetiva e eficaz, o ambiente de negociações deve propiciar um cenário com perspectivas favoráveis ao desenvolvimento do CAPM, neste sentido, diante das analises prévias dos investidores, estes deverão determinar as hipóteses que possam identificar os fatores que colaboraram para a utilização do modelo de precificação de ativos.
Hipóteses para o desenvolvimento do CAPM:
- Os ativos possuem o comportamento de uma distribuição normal
- Os investidores são avessos ao risco 
- Não há impostas, taxas, custos de transações ou qualquer restrição para os investimentos no mercado
- Todos os investidores formam carteiras com base em expectativas idênticas
A media variância também pode ser utilizada no CAPM no intuito de auxiliar a analise de retorno, fazendo com que os investidores as utilizem de modo a alocar os recursos usufruídos , assim sendo:
Investimentos com riscos iguais = maior retorno
Investimentos de retornos iguais menor risco
Fellet, assevera que a principal ideia subjacente ao CAPM é a combinação de um ativo livre de risco com um nível de retorno mínimo a uma carteira formada por ativos com riscos. Esse modelo determina a relação linear existente entre o retorno do capital e o risco do ativo. O CAPM tem sido aplicado para se encontrar o custo de capital das empresas e para precificar ativos.
O CAPM é representado pela seguinte equação: 
O retorno aumenta de modo linear em função do risco sistemático ou não diversificável, risco este inerente ao mercado.
O risco não sistemático não é remunerado, pois ele pode ser eliminado por meio da diversificação de portifólio.
O premio relativo ao risco de mercado é a diferença entre a taxa projetada de retorno sobrea carteira de mercado e a taxa livre de risco.
O premio de risco é o premio oferecido pelo mercado por se assumir uma quantidade media de risco sistemático além do tempo de espera do dinheiro, que seria taxa livre de risco. (Rm – Rf).
Desta forma, o premio é definido como a diferença entre os retornos médios sobre as ações e os retornos médios sobre os títulos de riscos zero para um longo período histórico. 
Ao abordarmos o conceito de ativo livre de risco, trazemos a premissa de que o retorno esperado sempre será o retorno real. O CAPM ao incluir este conceito na teoria de Markowtiz apresentou uma grande evolução na teoria de analises de carteiras.
Fellet apud Perlin e Cereta buscam explicitar que um dos principiais motivos da exclusão de outros parâmetros estatísticos deve-se a assertiva de dentro do CAPM de que os rendimentos de mercado possuem, sobretudo, distribuição normal, o que levaria a caracterização das ações apenas com base nos desvios padrões e nas medias de rendimentos. Contudo para estes pesquisadores, essa simplificação não corresponde ao comportamento estatístico do mercado acionário, uma vez que o mercado não segue distribuições normais, apresentando, na grande maioria dos casos, valores significativos de curtose e assimetria.
Inserto na analise de variância, a curtose é considerada, dentro da distribuição da curva de frequência, como o menor ou maior grau de achatamento, considerando sua comparação com a curva normal.
A expressão da curtose é dada pela seguinte formula: 
Para esta analise temos três resultados possíveis:
Mesocúrtica: Se o valor de K for igual a 0,263, o seu grau de achatamento será igual ao da curva normal.
Platicúrtica: se o valor de K for maior que 0,263 o seu grau for mais achatado do que a curva normal.
Leptocurtica: Se o valor de K for menor do que 0,263 o seu grau será menos achatado que a curva normal 
DOWNSIDE E O MODELO DE PRECIFICAÇÃO
Para Paiva, o modelo de mensuração dos ativos financeiros CAPM, foi criado na década de 1960 e, desde então, vem sendo protagonista de fervorosos embates teóricos em todo o mundo. Um dos questionamentos mais usuais é se a medida de risco beta é a ferramenta mais apropriada para mensurar o risco.
O CAPM proporciona analises para que os investidores aumentem a função utilidade. No entanto, este processo depende de dois quesitos: média e variância, ambas apresentadas no retorno portifólio. Contudo, existem questionamentos sobre a validação do CAPM não utilizar o risco beta como parâmetro, mas relativizá-lo ao sustento teórico do beta.
A definição sobre qual medida de dispersão adotar na analise de portifólio dependera do formato da distribuição do retorno das ações 
Medida de risco baseada na variância e semi-variância:
- Os ativos possuem o mesmo grau de desvio variância como medida de risco
- os ativos possuem grau de dispersão diferentes semi-variância como medida de risco
Para Paiva, apud Markowitz:
A escolha entre variância e semi-variância como medida de dispersão em uma analise de portifólio, dependera além da avaliação do formato da distribuição, de algumas outras variáveis. Essas variáveis podem ser custo, conveniência e familiaridade.
Analisando-se as medidas por essas condições, pode-se concluir que a variância é superior em todos os quesitos. Contudo essa superioridade da variância sobre o custo, conveniência e familiaridade não se impede que se utilize a semi-variância uma vez que as analises baseadas na semi-variância tendem a produzir melhores portifolios, pois a variância considera retornos extremamente altos e extremamente baixos igualmente indesejáveis.
Uma analise focada na variância busca eliminar ambos os extremos. A analise baseada na semi-variância, por outro lado, concentra seus esforços na redução de perdas.
Paiva apud Lopez e Garcia consideram a semi-variância e o semi desvio padrão como medidas de dispersão ideais. Desta feita, a média sempre será igual quando acontece a simetria da rentabilidade dos ativos em função da medição do risco através do desvio-padrão e pela variância.
Contudo, Paiva assevera que, se a distribuição é assimétrica, como ocorre normalmente nos mercados emergentes, o desvio-padrão e a variância deixam então de ser medidas eficazes de risco, pois a probabilidade de se obter um rendimento acima da média é diferente da probabilidade de se atingir um rendimento abaixo da média (ou vice-versa). Nestes casos, adotam-se a semi-variância e o semi desvio-padrão como medidas de dispersão ideais. 
A formula do risco semi-variância é apresentada desta forma: 
A MEDIDA OMEGA
A medida ômega tem o intuito de apresentar uma determinação menos restritiva em relação às determinações de eficiência de mercado e da media e variância abordadas no modelo tradicional do CAPM.
Para Vasconcelos, a vantagem da medida Ômega advém do fato de toda informação da distribuição de retornos serem consideradas, ou seja, todos os momentos superiores são levados em conta em conjunto sem a necessidade de calculá-los. Funções utilidades também não são necessárias, é preciso assumir apenas que os indivíduos são avessos ao risco e não saciáveis. Além disso, as características de risco e recompensa podem ser descritas em torno de qualquer nível de retorno e não apenas da média.
A medida Ômega deve apresentar um ponto de retorno mínimo que sera determinado pelo investidor, este ponto será L.
Ao utilizar a medida ômega, a interpretação das regiões sera da seguinte forma:
REGIÃO DE GANHOS X>L
REGIÃO DE PERDAS X<L
Vasconcelos apud Markowitz destacam que: 
A medida Ômega utiliza o ExpectedShortfall como medida de risco, respeitando todos os axiomas das medidas coerentes de risco e considerando com risco apenas a parte referente as perdas da distribuição dos retornos dos ativos.
De modo a justificar a escolha da medida Ômega para seleção de ativos de risco, é importante levar em conta a seguinte questão: será que no mundo real, os agentes levam em consideração os momentos superiores das distribuições de retorno para tomar suas decisões de investimento? A resposta mais provável a essa pergunta é não. Entretanto, é razoável acreditar que no mundo real, agentes não-saciáveis desejam o maior ganho possível ao investir, ao mesmo tempo que exigem um premio pelo risco de perda.
Essa intuição esta presente nos modelos financeiros desde Markowitz, que tentou considerar as dimensões recompensas e risco ao maximizar a razão entre a média (recompensa) e variância (risco).
Na medida ômega, o Expectshortafall (ES) demonstra a media da perda caso esta ocorra. Do mesmo modo, o Expected Chance (EC) demonstra a media do ganho caso esta ocorra.
Linha de mercado de capitais (CML)
Diante da CML, o retorno abaixo de L são tidos como perda, enquanto retorno acima de L serão tratados como ganhos. Vasconcelos apud Keating e Shadwick determinam que, a partir deste ponto, o retorno limite L, escolhido pelo investidor representativo, sera tratado como um custo de oportunidade desse investidor e, que somente haverá lucro econômico caso existam ganhos superiores a este custo. Isto é, se o custo de oportunidade do investidor representativo é L, então se pressupõe que exista alguma forma deste investidor ter um retorno certo que seja exatamente L.
Os valores de EC e ES desta oportunidade que rende L, serão: 
Para que haja compatibilidade entre a CML Ômega e a CML original, torna-se necessário a exibição de um portifólio que apresente uma carteira da fronteira eficiente Ômega, bem como um ativo sem risco.
Vasconcelos seja a>0 a proporção da renda investida na carteira de mercado, m, então: 
No entanto, para que exista uma só CML, é preciso pressupor que os investidores tenham expectativas homogêneas com relação a EC e ES, que são funções de L. o custo de oportunidade dos investidores também deve ser homogêneo para que exista um único conjunto de oportunidades. Esse conjunto único poderia ser assumido se todos os investidores reconhecessem a taxa básica de juros de uma economia (rf) como seu custo mínimo de oportunidade (L).
LINHA DE SEGURANÇA

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