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Estudo Dirigido Hanseniase

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA – EEAAC
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM MÉDICO-CIRUGICA
DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – DIP
ESTUDO DIRIGIDO – HANSENÍASE – 1º/2019
ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DIRIGIDO:
1- LEIA O BREVE RESUMO EXPLANADO ABAIXO.
2- O ESTUDO DEVE SER REALIZADO DE FORMA MANUSCRITA.
3- DEVEM SER UTILIZADAS AS REFERÊNCIAS RECOMENDADAS INDICADAS NA ÚLTIMA PÁGINA.
4- O ESTUDO DIRIGIDO É UMA TAREFA DE ESTUDO INDEPENDENTE, QUE DEVE SER ENTREGUE NO DIA 24/05/2019, PARA OS MONITORES NA SALA DE AULA ANTES DO INICIO DA PROVA. CASO NÃO SEJA ENTREGUE NESTA DATA, A PONTUAÇÃO NÃO SERÁ A MESMA.
5- DEVE SER REALIZADO, EM DUPLA (preferencialmente) OU EM TRIO.
6- O ESTUDO DIRIGIDO VALE ATÉ 1,0 PONTO, QUE SERÁ ACRESCIDA À 1ª PROVA, DESTA MANEIRA, A PROVA FICA VALENDO 9,0 (nove).
RESUMO HANSENÍASE 
• Definição: Doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que atinge a pele e os nervos periféricos. Conhecida pela designação de Lepra.
Considera-se caso de hanseníase, toda pessoa que apresente uma ou mais de uma das seguintes características: lesão (ões) de pele, com alteração de sensibilidade; acometimento de nervo(s) com espessamento neural; baciloscopia de pele positiva.
• Reservatório: O homem é o único reservatório natural do bacilo.
• Modo de transmissão: via aérea superior e o trato respiratório.
• Período de transmissibilidade:
Paucibacilares - (indeterminados e tuberculóides) - Não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido a baixa carga bacilar ( 1 a 5 lesões de pele).
Multibacilares - (Virchowiana e Dimorfa) - Constituem o grupo contagiante, assim se mantendo enquanto não se iniciar o tratamento específico (acima de 5 lesões de pele).
• Sintomatologia: Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência – se queima ou machuca sem perceber); Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas.
• Manifestações clínicas:
Indeterminada: Manchas esbranquiçadas, únicas ou múltiplas. Manchas brancas na pele, dormentes, podendo ocorrer também o desaparecimento de pêlos no local.
Tuberculóide: Lesões em placas, com bordas eritematosas.
Dimorfa ou boderline: Oscila entre as formas tuberculóides e Virchowiana. Manchas avermelhadas ou de cor castanho, espalhadas pelo corpo. As dormências são comuns.
Virchowiana: Disseminação de lesões de pele que podem ser eritematosas, infiltrativas e de distribuição assimétrica. Caroços nas orelhas e no corpo. Perda de pêlo (cílios e sobrancelhas). As mãos e os pés ficam inchados e o nariz entupido e escorrendo.
• Diagnóstico: Clínico, exame dermatoneurológico, Exame baciloscópico, exame histopatológico.
• Tratamento: rifampicina, dapsona e clofazimina.
Paucibacilar Adulto (Rifampicina + Dapsona) Rifampicina: Cápsula de 300mg (2 comprimidos) + Dapsona: Comprimido de 100mg (28 comprimidos).
Paucibacilar Criança (Rifampicina + Dapsona) Rifampicina: Cápsula de 150mg (1) e cápsula de 300mg (1 comprimidos/mês) + Dapsona: Comprimido de 50mg (28 comprimidos/mês).
Multibacilar Adulto (Rifampicina + Clofazimina + Dapsona) Rifampicina: Cápsula de 300mg (2 comprimidos) + Dapsona: Comprimido de 100mg (28 comprimidos) + Clofazimina: Cápsula de 100mg (3 comprimidos) e cápsula de 50 mg
Multibacilar Criança (Rifampicina + Clofazimina + Dapsona) Rifampicina: Cápsula de 150mg (1 comprimido) e cápsula de 300mg (1 comprimidos) + Dapsona: Comprimido de 50mg (28 comprimidos) + Clofazimina: Cápsula de 50mg (16 comprimidos).
A duração do tratamento PQT/OMS deve obedecer aos prazos estabelecidos: de seis doses mensais supervisionadas de rifampicina, tomadas em até nove meses, para os casos paucibacilares, e de doze doses mensais supervisionadas de rifampicina, tomadas em até 18 meses, para os casos multibacilares.
• Notificação: A hanseníase faz parte da Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória.
• Isolamento: Não há indicação de isolamento por rota de transmissão, apenas precauções padrão.
• Profilaxia com a vacinação BCG (Bacilo de Calmette-Guërin): Pelas normas atuais no MS a prevenção consiste no diagnóstico precoce de casos e na utilização do BCG
ESTUDO DIRIGIDO
1- Considera-se caso de hanseníase, toda pessoa que apresente uma ou mais de quais características?
2- Descreva 6 sinais e sintomas da hanseníase
3- Qual a via de transmissão do M. leprae e o período de incubação da doença?
4- Cite quatro fatores que influenciam no risco de se obter hanseníase.
5- Como são classificadas as formas clínicas da Hanseníase? Disserte sobre as principais características de cada uma dessas formas.
6- O tratamento específico da pessoa com hanseníase, indicado pelo Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia (PQT) padronizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Sendo assim, o esquema quimioterápico padronizado para adulto multibacilar inclui quais medicamentos? Quais as dosagens diárias e o tempo de tratamento?
7- A Hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae, sendo endêmica na região Norte do Brasil, causando um grande estigma relacionado a essa doença. Descreva o tratamento para a hanseníase paucibacilar, citando os medicamentos utilizados, dosagens e tempo de tratamento.
8- Como é realizado o diagnóstico da hanseníase? E quais os principais exames realizados para obtenção do mesmo? Disserte sobre os tipos de teste de sensibilidade.
9- O que são os estados reacionais em hanseníase? Cite-os e descreva-os.
10- Cite 4 cuidados de enfermagem para o paciente com Hanseníase.
11- Quais são os critérios para a aplicação da vacina BCG nos contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase?
12- Cite duas medidas de controle em relação a hanseníase e disserte sobre.
13- Quais são as atividades realizadas com o paciente portador da hanseníase em uma unidade de atenção básica? E quais as atribuições do enfermeiro na unidade básica?
14- Quais são os cuidados prestados ao paciente portador da hanseníase internado em um Hospital?
15- O que é a quimioprofilaxia de contatos doentes de hanseníase? Quais são os critérios para se realizar? E Qual o protocolo de tratamento da quimioprofilaxia, apontando medicamentos utilizados e posologia?
16- Assinale a opção que corresponde a um cuidados de enfermagem visando a promoção do auto cuidado frente a hanseníase.
a) Caso o nervo dos pés estejam afetados evitar andar muito, fazendo somente o necessário.
b) Caso os olhos estejam afetados orientar a limpar cuidadosamente com água boricada para umedecer os olhos.
c) Orientar o paciente a examinar dentro do nariz, limpando com soro fisiológico, inspirando e expirando o soro, e retirar casquinhas. Para prevenir ulcerações.
d) Orientar o paciente a evitar carregar objetos pesado, estando os movimentos repetidos liberados, em caso do nervo das mãos e braços estar afetados.
17- Assinale a opção eu NÃO corresponde a um cuidado de enfermagem caso o paciente apresente, pele das mãos muito secas, fracas e sem força.
a) Orientar hidratar e lubrificar, massagear as mãos, indo da palma das mãos a ponta dos dedos, sempre devagar.
b) Orientar os tipos de óleos que o paciente pode usar, para evitar o ressecamento.
c) Demonstrar como fazer exercícios para as, mãos (fracas), devendo ser feito de forma rápida e forte.
d) Orientar a movimentar os dedos como se estivesse contando.
18- Considere o caso hipotético: Senhor Carlos, 40 anos, portador de Hanseníase, em tratamento há pouco mais de uma semana. Na realização da busca ativa dos comunicantes foi encontrada a seguinte situação: A esposa, dona Lúcia, 32 anos, sem cicatriz vacinal; uma criança de quatro (4) anos com uma cicatriz vacinal; um recém-nascido de 45 dias apresentando na inserção inferior do músculo deltoide uma úlcera com 8mm de diâmetro, característico da vacina BCG. Nenhum dos comunicantes apresenta sinais ou sintomas da doença. Qual a conduta adequada?
a) Administrar uma
dose da vacina em Dona Lúcia e administrar a 2ª dose na criança de quatro anos e aprazar a revacinação para o recém-nascido, após os seis meses.
b) Administrar uma dose da vacina em todos os comunicantes da casa.
c) Realizar orientações para o controle de contatos e para o tratamento preventivo da Hanseníase, sem necessidade de revacinação ou vacinação, visto que as crianças já se encontram imunizadas com uma dose.
d) Realizar exame de HIV e administrar um reforço da vacina BCG em todos os comunicantes.
e) Administrar uma dose da vacina em Dona Lúcia e administrar a 2ª dose na criança de quatro anos. 
19- Nas orientações ao cliente com hanseníase, o enfermeiro deve:
a) Orientá-lo, no momento da cura, sobre a possibilidade do surgimento de episódios reacionais. 
b) Restringir as respostas às perguntas sobre o tratamento e delegar ao psicólogo e assistente social os demais questionamentos sobre o autocuidado.
c) Restringir as explicações sobre a doença para os casos em que existe risco de vida ao cliente.
d) Dar uma informação que tranquilize o cliente, mesmo que não corresponda à verdade.
e) Evitar informar ao cliente sobre o seu diagnóstico e prognóstico devido ao estigma da doença.
20- Consideram-se como recidiva na hanseníase todos os casos da doença, tratados regularmente com esquemas oficiais padronizados e corretamente indicados, que receberam alta por cura. São características da recidiva:
a) surgimento súbito, ausência de descamação e poucos nervos com alterações sensitivo-motoras.
b) surgimento súbito, ausência de descamação e excelente resposta medicamentosa.
c) surgimento súbito, ulcerações raras e lesões antigas, geralmente imperceptíveis.
d) surgimento lento, poucas lesões recentes e resposta medicamentosa não pronunciada.
e) surgimento lento, ulcerações raras e excelente resposta medicamentosa.
REFERÊNCIAS RECOMENDADAS
1. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cab_n21_vigilancia_saude_2ed_p1.pdf
2. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
3. http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf
4. https://uffdip.wixsite.com/uffdip/manual-dip-enf-uff
5. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf
6. http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2015/Relatorio_Quimioprofilaxia_Hanseniase_final.pdf

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