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Estudo Dirigido de Bioquímica

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Estudo Dirigido de Bioquímica
Professora : Helena
Alunos: Ana Beatriz Siqueira
 Fabiano Neves
 Hadassa Moraes
 Jéssica Saboya
 Jéssica Vieira
 Matheus Simas
 Nathalia Caldas
1- Cite e explique brevemente as doenças relacionadas as vitaminas lipossolúveis
Vitamina A: a deficiência de vitamina A se apresenta como visão noturna anormal ou cegueira noturna. A vitamina A também influencia no crescimento e na diferenciação das células epiteliais; dessa forma, a deficiência produz epitelização anormal e xeroftalmia (queratinização da córnea). A deficiência severa da vitamina A leva à queratinização progressiva a córnea e à cegueira permanente, sendo a causa mundial mais comum de cegueira. A deficiência subclínica da vitamina A pode deixar o indivíduo mais suscetível a infecção. A deficiência ocorre principalmente nos países em desenvolvimento, mas também é bastante comum em pacientes com doença hepática grave ou má absorção lipídica. A vitamina A é toxica em excesso, com sintomas que incluem dor óssea, perda de cabelo, dermatite, hepatoesplenomegalia, náusea, vômito, visão dupla, dor de cabeça e diarréia.
Vitamina D: a deficiência de vitamina D produz raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. O raquitismo é caracterizado por ossos moles e flexíveis causado por uma mineralização defeituosa devido a deficiência de cálcio. Ocorre também o arqueamento característico das pernas e a formação do rosário raquítico em torno das junções costocondrais. No adulto, ocorre a desmineralizacão dos ossos preexistentes, aumentando a suscetibilidade a fraturas. A deficiência de vitamina D é também caracterizada por baixas concentrações circulantes de cálcio e aumento da atividade da fosfatase alcalina no soro. O excesso de vitamina D causa absorção de cálcio aumentada e reabsorção óssea, levando a hipercalcemia e deposição metastática de cálcio. Existe também uma tendência a desenvolver pedras nos rins devido à hipercalciúria secundária à hipercalcemia
Vitamina K: a produção de vitamina K pela flora intestinal garante que a deficiência não ocorrerá no homem. No entanto, deficiências raras podem se desenvolver naqueles com doença hepática ou má absorção de gorduras ou em recém nascidos, e está associada com distúrbios na coagulação sanguínea. Crianças prematuras estão especialmente em risco e podem apresentar a doença hemorrágica do recém nascido.
Vitamina E: a má absorção de gorduras reduz os níveis de vitamina E da gordura corporal. A baixa ingestão de vitamina E durante a gravidez e por recém nascidos pode levar à deficiência vitamínica. A deficiência de vitamina E em prematuros causa anemia hemolítica, trombocitose e edema.
2-Cite e explique 5 patologias ao sistema hemostático
A hemostasia resulta de uma série de interações complexas pelas quais o sangue é mantido fluido no sistema vascular, em que se previnem processos hemorrágicos espontâneos e se contêm sangramentos traumáticos. Depende basicamente da resistência e contratilidade normais dos vasos, da constituição e elasticidade dos tecidos periféricos, da atividade plaquetária normal, de um sistema adequado de coagulação e da estabilidade do coágulo.
 Hemofilia
A Hemofilia é um distúrbio genético marcado por um sangramento prolongado devido à diminuição ou ausência de um dos fatores de coagulação necessários para formação do coágulo sangüíneo. Aproximadamente 1 em cada 8.000 homens sofre da doença. A Hemofilia é causada pela ausência do gene que modifica a habilidade do organismo para produzir fatores suficientes para gerar a coagulação. Nos tipos mais comuns de hemofilia estão ausentes o fator VIII (oito) ou fator IX (nove).
 Púrpura
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença sangüínea adquirida caracterizada pela trombocitopenia (diminuição do número das plaquetas no sangue). Como a maioria dos casos parece estar relacionada ao aparecimento de anticorpos contra as plaquetas, ela também é conhecida como púrpura trombocitopênica imunológica
 
Coagulação Intravascular Disseminada
A coagulação intravascular disseminada ocorre quando os mecanismos de coagulação sangüínea são ativados em todo o corpo ao invés de localizar-se na área da lesão. As plaquetas circulantes formam pequenos coágulos sangüíneos pelo corpo e eventualmente os fatores de coagulação sangüínea se esgotam e não são capazes de formar coágulos na região do tecido lesionado.
Doença de von Willebrand
É marcada por sangramento espontâneo das membranas mucosas, sangramento excessivo de feridas, menorragia e tempo de sangramento prolongado na presença de uma contagem normal de plaquetas. Na maior parte dos casos ela é transmitida com um distúrbio autossômico dominante. Em muitos casos as manifestações clínicas são brandas e o diagnóstico requer exames sofisticados
Síndrome de BuddChiari (trombose das veias hepáticas)
Resulta da trombose de duas ou mais veias hepáticas importantes e caracteriza-se por hepatomegalia, ganho de peso, ascite e dor abdominal. A trombose das veias hepáticas está associada a distúrbios mieloproliferativos que incluem a policitemia vera, a gravidez, o estado pós parto, o uso de contraceptivos orais, a hemoglobinúria paroxística noturna e os cânceres intraabdominais, particularmente o carcinoma hepatocelular. Todas essas condições predispõem à trombose ou, no caso dos cânceres hepáticos, produzem fluxo sanguineo lento.
Alguns casos resultam da obstrução mecânica do fluxo de saída –por exemplo, por um abscesso intra-hepático maciço ou por cisto parasítico – ou da obstrução da veia cava inferior na região das veias hepáticas por trombo ou tumor
3-Cite e explique brevemente 3 patologias relacionadas ao sistema digestório e digestão
Apendicite - Inflamação do apêndice, que fica preso no início do intestino grosso
Causa: Bloqueio por objetos, fezes ou tumores. Resulta em inflamação ou até o rompimento, podendo levar ao óbito se não for retirado a tempo.
Principais sintomas:
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre baixa;
- Dor na parte inferior direita do abdômen;
- Calafrios;
- Constipação;
- Tremores;
- Perda de apetite;
- Diarreia;
Tratamento: Retirada do órgão.
Úlcera Péptica - erosão de um dos revestimentos do estômago ou do duodeno
Causas: Mal funcionamento do revestimento protetor do intestino e do estômago, vários ácidos podem acometer a região, provocando a sua inflamação. Uma das causas mais comuns dessa enfermidade é a aglomeração da bactéria Helicobacter pylori (H.pylori).
Principais sintomas:
- Dor abdominal;
- Sensação de vazio;
- Fome sem explicação;
- Náuseas;
- Sensação de inchaço;
- Desconfortos mais intensos durante a noite;
Tratamento: Medicamentos para combater os sintoma, reduzir os níveis de ácido e eliminar a bactéria do organismo.
Gastrite - Inchaço ou inflamação do revestimento do estômago, podendo ela durar por muito ou pouco tempo, de acordo com as condições físicas e hábitos do indivíduo.
Causas - Alto consumo de bebidas alcoólicas, estresse, uso de drogas, refluxo de bile, infecção causada pela bactéria Helicobacter pylori e o uso demasiado de medicamentos.
Principais sintomas - 
- Náuseas;
- Vômitos;
- Perda de apetite;
- Azia;
- Queimação no estômago;
- Dor abdominal;
- Fezes escuras;
- Vômitos com sangue ou com cor marrom;
Tratamento - Mudança dos hábitos alimentares e físicos e, uso de medicamentos.
4- Analisando um aidético com hepatite medicamentosa, mas sem suspensão do tratamento, quantos dos assuntos da bioquímica que você consegue correlacionar e porque
	Pessoas que contraíram o vírus HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, têm como células mais atingidas os linfócitos T CD4+. Alterando o DNA dessa célula, o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Existem dois tipos de pessoas que contraem esse vírus, os aidéticos e os soropositivos.
Os aidéticos são pessoas que contraíram o vírus HIV e desenvolveram a AIDS, que é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é o estágio mais avançado da doença, em que o vírus ataca seu próprio organismo ficando mais sucessível a diversas doenças. Já os soropositivos são pessoas que contraíram o HIV, mas não possuem a doença AIDS. Seu sistema imunológico está normal.
	A hepatite medicamentosa é uma grave inflamação do fígado, causada pelo uso abusivo de remédios, lesionando as células do fígado devido à toxidade dos remédios. Ou a hepatite pode ser provocada pela hipersensibilidade do sujeito a certo medicamento, é como se fosse uma reação alérgica do fígado manifestada em forma de hepatite.
	Um paciente aidético que possui a hepatite medicamentosa, mas não interrompe seu tratamento contra a AIDS, terá diversos problemas que estão relacionados aos seguintes temas: 
Sangue: Como o paciente irá possuir uma degradação das células do fígado, isso irá prejudicar a coagulação sanguínea, pois irá dificultar a síntese da protrombina e do fibrinogênio. A protrombina é uma proteína que é sintetizada no fígado onde a Vitamina K atua como cofator. Esta proteína, sob ação do Ativador de Protrombina transforma-se em trombina, a qual catalisa a reação de transformação do fibrinogênio em fibrina, constituindo-se em elemento fundamental da chamada "cascata de coagulação". O fibrinogênio é uma glicoproteína que se origina no fígado. A deficiência de fibrinogénio pode produzir alterações de vários tipos como: hemorragias de carácter leve a grave, formação de coágulos sanguíneos.
Digestão: O fígado é responsável pela produção da bile, que atua na digestão de gorduras (através da ação da lípase pancreática, uma enzima produzida pelo pâncreas), servindo como um emulsificador. Com o fígado prejudicado, isso prejudica a digestão de gorduras no corpo humano. Também prejudica a síntese do colesterol, que ocorre no fígado.
Vitaminas: No fígado se encontra armazenado as vitaminas A, B12, D, E, K. Com a degradação das células do fígado, o armazenamento dessas vitaminas ficará prejudicado. 
A vitamina A, também chamada de Retinol, possuiu diversas funções , no entanto, a principal está relacionada com a visão. Além disso, participar do desenvolvimento dos ossos, possui ação protetora na pele e mucosa, possui função essencial na capacidade funcional dos órgãos do trato reprodutivo, participa do fortalecimento do sistema imunitário, está relacionada com o desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial, contribui para o desenvolvimento normal dos dentes, para a conservação do esmalte dentário e para a manutenção do bom estado do cabelo. A falta da vitamina A pode acarretar diversos problemas o mais conhecido deles é a cegueira noturna, que é quando o individuo não consegue enxergar com mais precisão em lugares menos iluminados, devido à carência do retinol.
A vitamina B12 é lipossolúvel e ajuda a manter o metabolismo do sistema nervoso e as células vermelhas do sangue saudável. Ela também reduz e previne o risco de danos no DNA e pode ser boa para os músculos. A vitamina B12 pode ser especialmente benéfica para idosos, pois estudos apontam que ela previne o encolhimento do cérebro. O principal problema conhecido da carência da vitamina B12 é a anemia megaloblástica, é caracterizada pelo tamanho anormal e imaturidade das hemácias, além da diminuição de leucócitos e plaquetas. Como a vitamina B12 ajuda na formação, integridade e maturação das hemácias, ela também pode prevenir a anemia megaloblástica.
A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano. Ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. A falta dela aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe e resfriado, e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes tipo 1. Em mulheres grávidas deficiência de vitamina D aumenta o risco de aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances da criança ser autista. 
A vitamina E é uma vitamina lipossolúvel, que é um dos antioxidantes mais importantes dos alimentos e desempenha, além de integridade da pele, paredes celulares contra a oxidação e o envelhecimento. A falta de vitamina E no organismo está relacionada principalmente com problemas neurológicos como perda de reflexos, problemas de equilíbrio, falta de coordenação e dificuldades em andar. 
A vitamina K é lipossolúvel e se divide em k1, k2 e k3. A vitamina K1 é encontrada em alimentos de origem vegetal, a k2 é produzida pela nossa flora intestinal e a k3 é produzida em laboratório. Esta última versão é utilizada nos suplementos e é bem absorvida pelo organismo. A vitamina K é essencial para o organismo. Ela ajuda na coagulação sanguínea, contribui para a saúde dos ossos e pode ser utilizada em bebês prematuros. É essencial no processo de coagulação sanguínea. Isto porque ela ajuda as proteínas a se transformarem em substâncias que contribuem para a coagulação correta do sangue. Por isso, esta vitamina também contribui para melhor cicatrização. A vitamina K é importante para a saúde dos ossos porque ajuda na fixação do cálcio nos ossos. No caso de bebês prematuros a suplementação com vitamina K pode ser interessante porque crianças que nascem antes do tempo correm maior risco de ter hemorragia espontânea e a vitamina ajuda a prevenir o problema. É difícil ocorrer a deficiência de vitamina K. Isto porque ela está presente em diversas fontes vegetais e ainda é produzida no próprio organismo. Contudo, caso ocorra, ela normalmente é identificada por meio de um exame de sangue. As principais complicações da deficiência de vitamina K são problemas de coagulação sanguínea e perda da qualidade óssea. Pessoas que mais correm riscos de desenvolver deficiência de vitamina K são aquelas que passaram por uma cirurgia bariátrica e que tomam medicamentos que dificultam a absorção de gordura. 
Minerais: O fígado é responsável pelo armazenamento de alguns minerais como: ferro e cobre. Com o fígado em péssimas condições ira prejudicar o armazenamento desses minerais.
O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo. A carência de ferro é denominada anemia ferropriva ou anemia por carência de ferro. É uma deficiência nutricional grave que afeta grande parcela da população mundial de praticamente todos os estratos sociais. Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes, mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença, muito embora homens, adolescentes, adultos e os idosos também possam ser afetados por ela. A anemia ferropriva está associada a maior mortalidade entre mulheres parturientes e ao aumento do risco de nascimento de crianças prematuras e de crianças de baixo peso ao nascer. Alguns estudos relatam a queda de produtividade dos trabalhadores como estando associada este tipo de anemia. A deficiência de ferro influencia também na resistência dos indivíduos às infecções. Existe uma maior propensão às infecções e maior mortalidade entre crianças com deficiência de ferro. Além disso, alguns estudos revelam atrasos no crescimento associado a este tipo de anemia
O cobre é um ótimo antioxidante (substância que combate os radicais livres, responsáveis pela formação das placas de gordura nas artérias). Este sal mineral é um nutriente que também faz parte de diversas enzimas envolvidas na produção de energia celular, na formação de tecidos conetivos e na produção de melanina. A deficiência de cobre é rara. No entanto, um sinal clínico de deficiência é um tipo de anemia que não se cura com o consumo de ferro, mas é corrigida com suplementação de cobre. Outros indícios das taxas diminutas de cobre são a baixa pigmentação
e a deficiência no crescimento. A deficiência do sistema imunológico é outro sintoma, porque as baixas no mineral levam à diminuição das células de defesa do sangue, aumentando a suscetibilidade para infeções.
Inibidores: Os medicamentos antirretrovirais são inibidores, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da AIDS, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem AIDS. Os antirretrovirais podem ser de diferentes classes:
Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina.
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina.
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir.
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a Enfuvirtida.
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o Raltegravir
Anticorpos: Para o paciente aidético, possui a doença AIDS, ele possuirá uma janela imunológica que é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao HIV e os exames irão detectar a presença dos anticorpos, o que confirmará a infecção pelo vírus.
5-Cite doenças relacionadas a via glicolítica explicando brevemente. Sua análise é de que existem muitas ou poucas patologias relacionadas e porque?
Diabetes Mellitus. É caracterizada pela baixa presença das células B no pâncreas. Essas células são responsáveis pela produção de insulina. A insulina é responsável, no transportador GLUT 4, por iniciar o deslocamento do transportador, dentro de vesículas no citosol, para a membrana plasmática. Os GLUTs são classes de transportadores responsáveis pelo transporte de glicose. Com a presença baixa de células B, a consequência é que essas células não são capazes de liberar insulina suficiente para ocorrer a resposta do deslocamento do GLUT4 para a membrana. Logo, a captação de glicose pelas células que possuem GLUT4 ficam comprometidas, como o músculo esquelético, cardíaco e tecido adiposo. 
Com a incapacidade de captar glicose, os tecidos afetados utilizam as reservas de ácidos graxos que geram o produto de Acetil-CoA. A acetil-CoA é convertida em “corpos cetônicos” no fígado, e esses irão ser usados como combustível alternativo. O problema é que a utilização de “corpos cetônicos” não gera efeitos no cérebro, pois possui a barreira hematoencefálica que exclui os ácidos graxos e, seu acúmulo no sangue, devido a superprodução, pode levar a redução do PH sanguíneo, gerando à cetoacidose.
 
Acidose láctica: O exercício intenso de um músculo esquelético pode gerar a falta de oxigênio. Para Utilizar o NADH reduzido na glicólise, o corpo utiliza a via da fermentação láctica. Essa via produz 2 ATPs, 2 NAD+ oxidadas e ácido láctico. O acúmulo de ácido láctico por muito tempo é indicativo de hipóxia, que é a falta da O2. O ácido láctico pode atingir a corrente sanguínea levando a diminuição do seu PH e pode ser letal.
Infarto cardíaco: Quando o coração interrompe o fluxo sanguíneo para os tecidos, ele também interrompe o transporte de glicose e oxigênio para esses tecidos. A falta de glicose não gera energia e nem a via glicolítica, e, na falta de oxigênio, o organismo assume a respiração anaeróbica, levando a uma superprodução de ácido láctico e a consequente acidose e dor nos tecidos.
	Na verdade, nenhuma dessas patologias está relacionada com a via glicolítica. A diabete mellitus é uma falha na captação de glicose, em que a via continua funcionando, porém, como não recebe glicose, não funciona porque não existe o substrato da via.
	Na Acidose Láctica, o exercício intenso e a falta de oxigênio fazem que a produção de ácido láctico aumento consideravelmente até causar uma acidose. Ou seja, a via lipolítica funciona perfeitamente, a única coisa que acontece é que seu produto, o piruvato, é utilizado na respiração anaeróbica e não no ciclo da ácido citríco.
	A conclusão é que há poucas doenças relacionadas especificamente a via glicolítica, porque essa via não depende exclusivamente da glicose, sendo a frutose um outro substrato da hexocinase e a quebra do glicogênio em glicose-1-fosfato que é convertida em glicose-6-fosfato pela fosfoglicomutase, o que leva a fosfofrutocinase sem mesmo ter passado pela hexocinase. Um outro fator é que a via glicolítica é reversível, ou seja, qualquer erro em uma enzima da via, o produto gerada até aquele momento pode ser revertido no anterior para ser usado em outra via ou modular negativamente para que não ocorra a glicólise, e consequentemente, não haja um acúmulo desse substrato intermediário.
6-Que correlação você consegue estabelecer entre a diabetes mellitus do tipo I e:
A) SANGUE: A Diabetes Mellitus Tipo I, é provocada pela destruição auto-imune das células β das Ilhotas de Langerhans, responsáveis pela produção de Insulina (hormônio que transporta glicose para o interior das células, necessárias ao metabolismo celular). Auto-anticorpos contras as células β, contra insulina, contra os tecidos glutâmico descarboxilase e contra tirosina fosfatase. O individuo não tem produção de insulina, a glicose não entra nas células e o nível de glicose no sangue fica aumentado. Caracteriza-se por deficiência absoluta de produção de insulina no pâncreas; causando assim dificuldades ao fígado de compor e manter os depósitos de glicogênio que é vital para o organismo, com isso acumulando no sangue açúcar, levando a hiperglicemia quer dizer, alto nível de glicose no sangue. Assim a eficiência das células fica reduzida para absorver aminoácidos e outros nutrientes necessários, necessitando do uso exógeno do hormônio de forma definitiva.
B) HEMOSTASIA: Muitas das alterações metabólicas que acontecem no diabetes, incluindo hiperglicemia, excesso de ácidos graxos livres e resistência à insulina, comprometem a função endotelial afetando a síntese ou degradação do NO. Esta disfunção endotelial estaria envolvida nas lesões vasculares ateroscleroticas e predisporia os vasos sangüíneos a várias alterações como vaso-espasmo e trombose. A diminuição do NO, derivado do endotélio vascular, permitiria o aumento da atividade de fator de transcrição nuclear pró-inflamatório kappa Beta (NF-kB), resultando na expressão de quimiocinas e citocinas inflamatórias e moléculas de adesão leucocitária, migração de células musculares vasculares da média arterial para dentro da íntima vascular, e formação posterior de células espumosas macrofágicas que caracteriza o início morfológico da aterosclerose. Nos estados de resistência à insulina e nas hiperglicemias há estímulo da síntese de fatores endoteliais que estimulam a proliferação de células musculares lisas, como o fator derivado de plaquetas (PDGF) e fator -1 de crescimento insulina-símile (IGF). A hiperinsulinemia, além de diminuir a produção de prostaciclina, substância vasodilatadora e antiagregante, estimula a síntese endotelial de endotelina 1, potente hormônio vasoconstritor, e aumenta as taxas de dimetil L-arginina, antagonista competitiva de NOS.
C) VIA GLICOLÍTICA: No diabetes tipo 1, pode observar-se mais comumente
o início abrupto da doença com quadro clinico exuberante. Estes indivíduos em geral são magros ou de peso normal é bastante instáveis, sendo difícil o controle metabólico da doença, podendo ocorrer quadros de cetoacidose diabética. A cetoacidose diabética ocorre quase exclusivamente no diabete tipo 1 e é o resultado de deficiência acentuada de insulina associada a aumento absolutos ou relativos do glucagon. A deficiência de insulina causa degradação excessiva das reservas adiposas, resultando em aumento dos níveis de ácidos graxos livres. A insulina é produzida em maior quantidade quando uma alta carga de glicose encontra-se na corrente sanguínea. Sendo assim, esse hormônio diminui a produção hepática de glicose, inibindo a glicogenólise e a gliconeogênese; e aumenta a captação de glicose pelos tecidos periféricos, em especial fibras musculares esqueléticas e adipócitos. Quando a insulina está em níveis baixos, as células α das ilhotas de Langerhans são estimuladas a produzir glucagon, hormônio de efeitos contrários aos efeitos da insulina. Quando existe deficiência ou resistência à insulina, ocorrerá hiperglicemia em função do aumento direto dos níveis séricos de glicose, além de gliconeogênese hepática e renal e glicogénolise. Há contribuição com o aumento dos níveis séricos de glucagon. A deficiente secreção de insulina aumenta a gliconeogênese, glicogenólise e diminui a utilização periférica de glicose. A gliconeogênese hepática e renal compreende o mecanismo de maior importância na patogênese dos quadros hiperglicêmicos. O funcionamento deste mecanismo envolve o aumento da atividade de algumas enzimas, incluindo PEPCK, frutose-1,6 bifosfatase, piruvato-carboxilase, e glicose-6-fosfatase. Alanina e glutamina são liberados ao organismo pelo aumento da proteólise e diminuição da síntese protéica. Além desses precursores à gliconeogênese, lactato é liberado pela glicogenólise muscular e glicerol pelo aumento da lipólise. 
7-Elastina e colágeno são proteínas estruturais muito importantes na manutenção do tecido conjuntivo, a produção alterada dessas moléculas pode levar à morte como observado na Idade Média e também nas regiões de extrema pobreza. Explique qual a participação do ácido ascórbico e do ferro na síntese dessas proteínas
O colágeno é uma proteína fibrosa, que confere força estrutural às células e tecidos. Sintetizado como pró-colágeno (forma inativa) que depende de enzima co-fatoras para suas ativação. Consiste de três fibras (Tropocolágeno), que contém cerca de 1000 aminoácidos organizados em conformação única, o colágeno de tripla hélice. Uma fibra colágena madura forma uma haste alongada. Três fitas polipeptídicas, torcidas para a esquerda, se enrolam uma sobre a outra para formar a tripla hélice de colágeno. A maneira como essas fitas de polipeptídeos se orientam para formar a "super-hélice", tornam o colágeno altamente resistente ao desenrolamento. O colágeno é formado principalmente por glicina (constituinte dos grupos R de suas fitas polipeptídicas), prolina e hidroxiprolina e sua tripla hélice é estabilizada por ligações de hidrogênio entre resíduos em diferentes cadeias polipeptídicas. Grupos hidroxila dos resíduos hidroxiprolil participam dessa ligação, como também resíduos lisil modificados. 
 	Em contraste com o colágeno, que forma fibras de alta resistência à tensão, a elastina é uma proteína de tecido conjuntivo com propriedade semelhantes às da borracha. Fibras elásticas compostas de microfibrilas de elastina e de glicoproteínas, a elastina é um polímero proteico insolúvel, sintetizado a partir de um precursor, a tropoelastina, a qual é um polipeptídeo linear composto por cerca de 700 aminoácidos, a maioria deles pequenos e apolares. A elastina é também rica em prolina e lisina, mas contém pouca hidroxiprolina e hidroxilisina. A tropoelastina é secretada pela célula no espaço extracelular.
	 O ácido L-ascórbico é vital para o funcionamento das células, e isso é particularmente evidente no tecido conjuntivo, durante a formação do colágeno e elastina. O Ácido ascórbico é co-fator para duas enzimas essenciais na biossíntese do colágeno. A lisil e a prolil hidroxilases, que catalisam a hidroxilação dos resíduos prolil e lisil nos polipeptídeos colágenos, e essas modificações pós-translacionais permitem a formação e estabilização do colágeno de tripla hélice, e sua subsequente secreção no espaço extracelular como pró-colágeno. O pró-colágeno, forma pela qual a enzima é iniciacialmente sintetizada, é então transformado em tropocolágeno, e finalmente fibras colágenas são formadas por um rearranjo espacial espontâneo das moléculas tropocolágenas. 	Consequentemente, a hidroxilação é uma fase crítica na biossíntese de colágeno, uma vez que regula a formação da tripla hélice e da excreção do procolágeno. A lisil e a prolil hidroxilase são enzimas férricas. A vitamina C, como co-fator, previne a oxidação do ferro e, portanto, protege as enzimas contra a auto-inativação. Dessa forma, promove a síntese de uma trama colágena madura e normal por meio da perfeita manutenção da atividade das enzimas lisil e propil hidroxilases.
8- A reação de amadori indica que grande parte da hemoglobina encontra-se na forma glicolisada. explique porque isto acontece baseando-se nas características estruturais da hemoglobina e qual a importância da Hb glicolisada ou glicada no controle do diabetes
Hemoglobina é uma proteína tetramérica dos eritrócitos (glóbulos vermelhos), transporta O2 para os tecidos e retorna com o CO2 para os pulmões. A estrutura tetramérica da hemoglobina permite interações cooperativas que são fundamentais para o seu funcionamento. As propriedades das hemoglobinas individuais são consequências inerentes às suas estruturas quartenárias, bem como suas estruturas secundárias e terciárias. A estrutura quartenária da hemoglobina confere a essa molécula propriedades adicionais surpreendentes que adaptam-na às suas funções biológicas singulares.
Quando a glicose do sangue entra nos eritrócitos, ela glicosila, ou seja, é adicionado glicose no grupo E-aminonácido dos residos da lisina e os amino terminais da hemoglobina. A hemoglobina glicosilada é proporcional à concentração de glicose no sangue. A meia vida de um eritrócito é tipicamente 60 dias, o nível de hemoglobina glicosilada reflete a média da concentração de glicose sanguínea nas 6-8 semanas precedentes. A medida da hemoglobina glicosilada (HbA 1c) fornece informações importantes para o monitoramente do diabetes mellitus. 
	O diabetes mellitus (tipo 1, ou diabetes mellitus insulino-dependente; IDDM) caracteriza-se pela diminuição da tolerância à glicose ocasionada pela diminuição da secreção da insulina em resposta a uma dose de glicose. A insulina é um hormônio produzido pelas células β das ilhotas de Langerhans do pâncreas, como uma resposta direta a hiperglicemia. A concentração de insulina no sangue acompnha a concentração de glicose. Esse hormônio diminui imediatamente a glicose sanguínea aumentando o transporte de glicose para dentro do tecido adiposo e muscular por meio de recrutamento de transportadores de insulina (GLUT 4) do interior da célula para a membrana plasmática.
	O objetivo do controle do diabetes é manter os níveis de glicose no sangue o mais próximo possível do normal. Isto ajuda a minimizar as complicações causadas por elevações crônicas da glicemia, como lesões progressivas de rins, olhos, vasos e nervos. O resultado da hemoglobina glicada e da glicose média estimada expressam a quantidade média de glicose no sangue durante os 2 a 3 últimos meses. 
	Para monitorar o controle do diabetes, a hemoglobina glicada (HbA 1c) é relatada como uma percentagem, e o objetivo recomendado do tratamento é mantê-la abaixo de 7,0%.
9-Explique porque as curvas de saturação da Hemoglobina e da Mioglobina não são iguais, e qual a importância do efeito de cooperatividade nas trocas gasosas 
As proteínas globulares, compactas, da mioglobina e da hemoglobina funcionam no armazenamento
e transporte do O2, respectivamente. A mioglobina é monomérica e a hemoglobina é tetramérica, constituidos de pares de 2 subunidades de polipeptídeos diferentes. O grupo prostético heme da mioglobina e hemoglobina é um anel tetrapirrólico, essencialmente plano, ligeiramente dobrado, com um átomo de ferro ferroso (Fe2+) central. O heme e o Fe2+ conferem a capacidade de armazenar e transportar o oxigênio. 
As curvas de saturação ilustram a incorporação e libertação de O2. A curva para mioglobina é hiperbólica, enquanto que para hemoglobina é sigmóide. A curva sigmóide de saturação da hemoglobina revela uma adaptação molecular para a sua função de transporte nos eritrócitos, assegurando a ligação e a liberação do oxigênio nos tecidos apropriados. A mioglobina, portanto, carrega-se de O2 prontamente em nível de Po2 dos capitales pulmonares. A mioglobina libera apenas uma pequena fração de O2 a ela ligado, no valor de Po2, tipicamente encontrado no músculo ativo ou em outros tecidos. A curva de saturação descreve a percentagem de moléculas carregando O2 à medida que se aumenta a Po2. As propriedades especiais da molécula de hemoglobina que a transforma em um transportador tão eficiente podem ser entendidas pela comparação das curvas de ligação do oxigênio, ou curvas de saturação do O2 da hemoglobina e mioglobina. Essas curvas mostram os graus de saturação de oxigênio quando mioglobina e hemoglobina estão no sangue venoso e arterial. A mioglobina tem maior afinidade pelo oxigênio que a hemoglobina. 
A curva de dissociação do oxigênio da hemoglobina tem forma sigmoidal, indicando que as subunidades cooperam na ligação do oxigênio. As hemoglobinas ligam quatro moléculas de O2 por tetrâmero (uma para cada heme). A ligação cooperativa do oxigênio as quatro subunidades da hemoglobina significa que a ligação de uma molécula de oxigênio a um dos grupos heme aumenta a afinidade pelo oxigênio dos grupos heme restantes na mesma molécula de hemoglobina. A ligação cooperativa permite que a hemoglobina maximize tanto a quantidade de O2 transportada sob a Po2 dos pulmões quanto a quantidade de O2 liberada sob Po2 típica dos tecidos periféricos
10-Traga 1 caso clínico envolvendo algum tema da Bioquimica que já foi visto para apresentar
Referências Bibliograficas
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 THOMAS M. DEVLIN Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas Ed. Edgar Blucher LTDA, 2007
KAMOUN, PIERRE - LAVOINNE, ALAIN - VERNEUIL, HUBERT DE Bioquímica e Biologia Molecular
 Ed. Guanabara Koogan, 2007
http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Hematologia&ps=hemostasiaCoagulacaoTrombose acesso em 27/10/14 
KUMAR V.,  ABBAS A.K., FAUSTO N.; MITCHELL R.N. Robbins patologia básica. 8. ed. Elsevier, 2005. 1028p.
NELSON, D.L.;MCOX, M.M. Princípios da Bioquimica de Lehninger.5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

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