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PRIMEIROS SOCORROS PARTE 2

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PRIMEIROS SOCORROS
VIAS AÉREAS
A – VIAS AÉREAS
A vítima encontrada inconsciente e irresponsiva deverá ser posicionada em decúbito dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana, com os membros superiores estendidos ao longo do corpo. A cabeça da vítima não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral. Nas vítimas de trauma com suspeita de lesão na coluna cervical, o movimento deve ser cuidadoso para evitar danos à medula espinhal.
A – VIAS AÉREAS
A ventilação pulmonar (respiração artificial) só poderá ser executada com sucesso caso as vias aéreas da vítima estejam abertas, desobstruídas. Nas vítimas inconscientes, a principal causa de obstrução é a queda da língua sobre a parede posterior da faringe. Como a língua está presa à mandíbula, as manobras que tracionam a mandíbula para frente também elevam a língua. A manobra de abertura das vias aéreas pode ser suficiente para restabelecer a respiração e prevenir a parada cardíaca.
A – VIAS AÉREAS
As principais manobras utilizadas para desobstruir as vias aéreas são: inclinação da cabeça com elevação do queixo e manobra de elevação da mandíbula. Pode ser utilizada também uma cânula orofaríngea (do tipo Guedel) para manter a permeabilidade das vias aéreas.
Inclinação da cabeça e elevação do queixo: manobra mais utilizada, fácil e efetiva. Com uma das mãos, pressionar a testa da vítima, inclinando a cabeça levemente para trás (hiperextensão do pescoço). Posicione os dedos da outra mão sobre o queixo, deslocando a mandíbula para cima. Não utilizar o polegar e não aplicar pressão excessiva nas partes moles sob o queixo, que poderão obstruir as vias aéreas. Manter a boca da vítima aberta.
A – VIAS AÉREAS
Elevação do ângulo da mandíbula: é a manobra de escolha nas vítimas com suspeita de traumatismos na coluna cervical, pois pode ser realizada sem estender o pescoço. Segurar com as duas mãos os ângulos das mandíbulas, uma de cada lado, e deslocar anteriormente, mantendo a cabeça fixa. Com os polegares, afaste os lábios inferiores. Essa técnica deverá ser adotada apenas por profissionais de saúde treinados. 
Observação– socorristas leigos não devem realizar essa manobra, e sim a elevação do queixo.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
Se um corpo estranho for visualizado e estiver acessível após a manobra de abertura das vias aéreas, remova-o com o dedo indicador “em gancho”. No caso de líquidos, tente removê-los com os dedos indicador e médio envolvidos por gaze. Somente tente remover o material que está causando a obstrução se ele estiver bem visível e de fácil acesso. 
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
Embora a perda de consciência seja a causa mais frequente de obstrução das vias aéreas (pela queda da língua), a obstrução por corpos estranhos pode provocar a perda de consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos estranhos obstruindo as vias aéreas ocorre mais frequentemente durante as refeições, mas outras causas de obstrução incluem próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, sangue, secreções (saliva, vômito), balas etc. Em lactentes ou crianças, as causas mais frequentes são aspiração de pequenos objetos ou leite regurgitado.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
A obstrução total das vias aéreas (engasgo real) é geralmente reconhecida quando a vítima está se alimentando e, repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode demonstrar sinais de asfixia, agarrando o pescoço (sinal clássico, universal), apresentando esforço respiratório exagerado e cianose. O movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável. A vítima não consegue falar ou tossir com eficácia. O pronto atendimento é urgente, preferencialmente enquanto a vítima ainda está consciente. Caso não seja instituído tratamento, a vítima evolui rapidamente para inconsciência, PCR e óbito.
Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH
Essa técnica tem como objetivo expulsar o corpo estranho por intermédio da eliminação do ar residual dos pulmões, criando uma espécie de “tosse artificial”
• Verifique se é um engasgo real. Pergunte à vítima: “Você está engasgado (a)?”
• Posicione-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome. Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e posicionar uma perna entre as pernas da vítima (para evitar que ela caia, caso venha perder a consciência).
Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH
• Localizar o umbigo.
• Colocar a mão fechada 1 dedo acima do umbigo. A mão do socorrista em contato com o abdome da vítima está com o punho fechado e o polegar voltado para dentro. A outra mão é colocada sobre a primeira.
• Aplicar 5 compressões abdominais sucessivas, direcionadas para cima.
• Conferir se a vítima voltou a respirar expelindo o objeto.
• Se necessário, reposicionar e repetir os ciclos de 5 compressões, até que o objeto desobstrua as vias aéreas, ou a vítima perca a consciência. 
Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH
Se a vítima ficou inconsciente, apoiá-la cuidadosamente até o solo e iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar (30 compressões torácicas e 2 ventilações. Reavaliar a cada 2 minutos (5 ciclos) ou se a vítima mostrar sinais de desobstrução, respiração espontânea e circulação).
Atenção! A manobra de Heimlich é perigosa e poderá provocar lesões internas graves. As principais complicações são lesões de vísceras abdominais como o fígado e o baço e a regurgitação de material do estômago com broncoaspiração. 
Sempre encaminhe a vítima ao médico após a aplicação da Manobra de Heimlich
Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH
Observação– Segundo a American Heart Association, a manobra de Heimlich com compressões abdominais é recomendada apenas para crianças maiores de 1 ano e adultos.
Dica– para a desobstrução de vias aéreas em bebês, mulheres grávidas e pessoas obesas, realizar compressões torácicas, e não compressões abdominais.
Nos bebês (lactentes), intercalar 5 tapotagens com as 5 compressões torácicas, até que o objeto seja expulso ou o bebê perca a consciência. Caso isso ocorra, considerar a criança em parada cardiorrespiratória e iniciar imediatamente manobras de RCP. 
B – BOA VENTILAÇÃO
Após a desobstrução da via aérea por corpo estranho deve-se observar se a vítima tem respiração normal ou gasping.
O procedimento de verificação da respiração não deve levar mais do que 3 a 5 segundos.
Respiração difícil, ruidosa e com esforço respiratório pode indicar obstrução de vias aéreas, ou respiração agônica que antecede a parada cardíaca. O socorrista deve estar atento.
Ao constatar que a vítima não está respirando, iniciar imediatamente a ventilação artificial (“sopro da vida” ou 2 ventilações de resgate).
B – BOA VENTILAÇÃO
Abrir a via aérea com manobra de inclinação da cabeça ou elevação da mandíbula; pinçar as narinas da vítima com a mesma mão que inclina a cabeça; aplicar sua boca sobre a da vítima, vedando-a completamente. Efetuar duas ventilações, com duração de 1 a 2 segundos (cada sopro), observando o movimento do peito e sentindo o ar expirado da vítima (ventilações mais rápidas causam distensão do estômago); manter um sopro a cada 5 ou 6 segundos (no adulto, frequência de aproximadamente 12 respirações/min) 
B – BOA VENTILAÇÃO
Observação – Se a vítima estiver inconsciente, mas apresentar respiração espontânea, deverá ser mantida em Posição de Recuperação (decúbito lateral esquerdo). Essa posição é particularmente importante, pois permite que seja reduzido o risco de aspiração para os pulmões, em caso de vômito ou excesso de sangue nas vias aéreas. A posição lateral de segurança (posição de recuperação) é utilizada nos momentos em que a vítima deverá ser lateralizada para desobstrução das vias respiratórias ou quando seu estado exigir descanso.
 C – CIRCULAÇÃO
Após as duas ventilações iniciais, o prestador de socorro deve verificar o pulso da vítima. O procedimento de verificação do pulso não deve demorar maisque 5 a 10 segundos.
A parada cardiorrespiratória é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias de vítimas inconscientes. Nos adultos e nas crianças maiores de 1 ano a artéria utilizada é a carótida. Essa artéria pode ser palpada facilmente no pescoço (nos dois lados). Em lactentes, a artéria de escolha para verificar a presença de pulso é a braquial. 
Atenção!
Verificar o pulso nas carótidas, por 5 a 10 segundos de cada lado. No entanto, não verificar o pulso nos dois lados ao mesmo tempo, pois poderá induzir a vítima a uma bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), por compressão dos barorreceptores localizados próximos do ponto correto de verificação.
C – CIRCULAÇÃO
Caso o pulso presente, mas a vítima estiver em parada respiratória, a ventilação artificial deverá ser mantida. 
Lembrete– Vítima que respira não está em parada cardíaca! A realização de compressões torácicas em pacientes adultos com pulso presente pode causar complicações sérias. Se confirmada a ausência de pulso nas grandes artérias (carótida ou femoral), iniciar imediatamente as compressões torácicas.
C – CIRCULAÇÃO
• A vítima deve estar em decúbito dorsal (de costas) em uma superfície dura, tomando-se o cuidado para que a cabeça não esteja elevada acima do nível do coração. O socorrista se mantém ajoelhado, ao lado do tórax da vítima. 
• A identificação correta da metade inferior do esterno é muito importante.
 • Com a mão, localizar a margem inferior do rebordo costal da vítima.
• Percorrer o rebordo costal até identificar o apêndice xifóide.
• Colocar dois dedos acima do apêndice xifóide sobre o esterno. Atualmente é preconizado encontrar um ponto entre os mamilos sobre o esterno.
• Apoiar a palma de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno.
C – CIRCULAÇÃO
• Colocar a outra mão sobre a primeira, de forma que ambas fiquem paralelas. Pode entrelaçar os dedos ou mantê-los estendidos, mas não apoiá-los sobre a caixa torácica. O objetivo é impedir que a força de compressão seja efetuada sobre as costelas, podendo fraturá-las.
• Alinhar os ombros sobre o esterno da vítima, mantendo os cotovelos estendidos. A força de compressão deve ser provida pelo peso do tronco do socorrista e não pela força de seus braços. 
C – CIRCULAÇÃO
• Exercer pressão vertical, comprimindo a parte inferior do esterno com profundidade de 5cm (adultos e crianças). As compressões devem ser regulares e ininterruptas, seguidas de relaxamento com o mesmo tempo de duração de cada compressão. O ideal é verificar se a compressão efetuada é suficiente para gerar um pulso carotídeo palpável.
• A compressão deve ser aliviada completamente (fase de relaxamento), sem que o prestador de socorro retire suas mãos do tórax da vítima, para que não seja perdida a posição correta das mãos.
C – CIRCULAÇÃO
 • Após 5 ciclos (2 min) de compressão e ventilação (30:2), a vítima deve ser reavaliada.
–Pulso ausente: reiniciar RCP pelas compressões torácicas.
–Pulso presente: verificar respiração; se a vítima estiver respirando – monitorizar os sinais vitais e colocá-la em posição de recuperação.
–Respiração ausente: manter ventilação artificial (1 sopro a cada 5 ou 6 segundos) e monitorizar o pulso.
Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
1.Iniciar a RCP com as compressões torácicas e minimizar as interrupções, otimizando a função cardiopulmonar e perfusão dos órgãos. 
2.Comprimir o tórax a uma frequência de 100 compressões por minuto, para todas as vítimas.
3.A proporção de compressão/ventilação para qualquer faixa etária (exceto recém-nascido) é de 30:2 (30 compressões para 2 ventilações), com 1 socorrista.
Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
4.Em lactentes e crianças, na presença de 2 socorristas, efetuar 15 compressões para 2 ventilações.
5.Na RCP realizada por 2 socorristas, assim que uma via aérea avançada estiver em posição (intubação orotraqueal), os socorristas não devem mais aplicar ciclos de compressão com pausas para ventilação. Um socorrista realiza compressões ininterruptamente e o outro socorrista aplica as ventilações, em uma frequência de 8 a 10 ventilações por minuto (1 ventilação a cada 6 a 8 segundos).
6.Comprimir com força, rápido e sem parar.
Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
7.Permitir que o tórax retorne totalmente após cada compressão (retorne à posição normal) e utilizar aproximadamente o mesmo tempo para compressão e relaxamento.
8.Cada ventilação de resgate deve ter a duração de 1 segundo e produzir elevação visível do tórax. 
9.Evitar aplicar um número excessivo de ventilações, ou ventilações muito longas e forçadas.
10.Desfibrilar com choque único, seguido de RCP imediata.
Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
11.Reiniciar imediatamente, após a desfibrilação, as manobras de compressão, sem checar o pulso. O pulso somente será reavaliado após 2 minutos (ou realização de 5 ciclos de RCP).
12.Alternar os reanimadores a cada 2 minutos, para evitar a fadiga e manter a qualidade das manobras de RCP. 
13.Abrir as vias aéreas é uma prioridade, mesmo na vítima de trauma com possível lesão cervical. Caso a elevação da mandíbula sem a extensão do pescoço não abra a via aérea, os profissionais de saúde devem utilizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo. 
Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
14.Aplicar se a vítima não estiver respirando, mas tiver pulso, 10 a 12 ventilações de resgate por minuto, para uma vítima adulta (1 ventilação a cada 5 ou 6 segundos). Para lactentes ou crianças, ampliar de 12 a 20 ventilações por minuto (aproximadamente 1 ventilação a cada 3 a 5 seg.).
15.Iniciar as compressões torácicas, se a frequência cardíaca do lactente ou da criança for inferior a 60bat/min, com sinais de perfusão sistêmica inadequada.
16.Usar 1 ou 2 mãos para aplicar as compressões torácicas em crianças. Comprimir sobre o esterno na linha dos mamilos. Para lactentes, pressionar sobre o esterno, imediatamente abaixo da linha dos mamilos.
principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA).
17.Na RCP de lactentes realizada por 2 socorristas, utilizar a técnica dos dois polegares para realizar as compressões torácicas.
18.Usar o DEA para crianças acima de 1 ano de idade (abaixo de um ano utilizar o desfibrilador manual).
19.O soco precordial foi abolido em atendimentos pré-hospitalares.
Urgências e Emergências Neurológicas
A vertigem é uma falsa sensação de movimento ou de rotação ou a impressão de que os objetos se movem ou rodam. 
Geralmente, ela é acompanhada por náusea e perda do equilíbrio. Somente a tontura verdadeira – a que os médicos denominam vertigem – causa uma sensação de movimento ou de rotação. A vertigem pode durar apenas alguns instantes ou pode persistir por horas ou mesmo dias.
Urgências e Emergências Neurológicas
A vertigem deverá ser vista como um aviso de que o organismo da vítima está debilitado. Os sintomas podem ser: alterações da visão, dificuldade de andar, debilidade passageira nas pernas, desorientação no espaço, alterações do equilíbrio até a inconsciência completa. Essas alterações poderão estar associadas a hipoglicemia, hipotensão, entre outros problemas de saúde.
Como proceder?
Sentar a vítima, colocar sua cabeça entre as pernas, com os braços caídos na lateral do corpo. Pedir a ele que empurre a cabeça para cima, enquanto o socorrista a força para baixo. Essa manobraaumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando o quadro do paciente. Levar a vítima a procurar atendimento médico ou orientá-la para isso.
Síncope (Desmaio)
A síncope, popularmente conhecida como desmaio, é uma perda súbita e transitória da consciência. É um sinal de aporte inadequado do oxigênio e de outros nutrientes ao cérebro, que geralmente é provocado por uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo.
Atenção!
a síncope que ocorre subitamente com perda da consciência e se repete com frequência é sugestiva de arritmias cardíacas ou alterações neurológicas (tipo pequeno mal epilético).
Sinais e sintomas
A síncope pode ser precedida de alguns sinais e sintomas, antes do desmaio propriamente dito (perda da consciência), como por exemplo: fraqueza, tontura, relaxamento muscular, escurecimento da vista, palidez e sudorese, pele fria, náuseas, pulso rápido e fraco.
Como proceder?
Impedir que o vítima caia, para que não se machuque; deitá-la em decúbito dorsal, elevando os membros inferiores cerca de 30 cm do chão, monitorar os sinais vitais, afastar os curiosos, ventilar o ambiente e afrouxar as suas roupas, se necessário; não dar tapas no rosto da vítima nem fazê-la cheirar amônia ou álcool. Se ela não acordar em alguns minutos, chamar socorro. A síncope não é uma doença, mas um sinal de que algo não está bem no organismo da pessoa. 
Portanto, mesmo que ela recobre a consciência espontaneamente, oriente-a a procurar um serviço médico. 
Como proceder?
Uma convulsão é a resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro. O termo crise convulsiva descreve várias experiências e comportamentos e não é o mesmo que uma crise epilética, embora os termos sejam às vezes utilizados como sinônimos. Qualquer coisa que irrite o cérebro pode produzir uma crise convulsiva. Dois terços dos indivíduos que apresentam uma crise convulsiva jamais a apresentam novamente. Um terço dos indivíduos continuarão a apresentar crises convulsivas recorrentes (transtorno neurológico denominado epilepsia). 
Como proceder?
O que ocorre exatamente durante uma convulsão depende da parte do cérebro que é afetada pela descarga elétrica anormal. A descarga elétrica pode envolver uma área mínima do cérebro, fazendo apenas com que o indivíduo perceba um odor ou sabor estranho e tenha crises de ausência (crise convulsiva de “pequeno mal”), ou pode envolver grandes áreas, acarretando uma convulsão (abalos e espasmos musculares generalizados e descoordenados – convulsão de “grande mal”). 
Como proceder?
Proteger a vítima para que não se machuque, evitando sua queda ou protegendo principalmente sua cabeça; afastar os curiosos e objetos que possam causar lesões, não segurá-la e permitir que a crise ocorra. Em caso de vômito, lateralizar a sua cabeça; desobstruir suas vias aéreas com gaze ou pano limpo, não colocar nada na boca da vítima durante o ataque, não “puxar a língua” nem jogar água no seu rosto. Cessada a crise, ela poderá encontrar-se sonolenta e desorientada. 
Mantenha-a em repouso, em um ambiente calmo, silencioso e em observação constante até a recuperação completa, monitorando os sinais vitais. Encaminhe-a ao hospital ou aguarde o serviço de emergência. 
Urgências e Emergências Obstétricas
Médicos e enfermeiros devem estar preparados para prestar assistência a uma paciente em processo de gestação, parto e puerpério, reconhecendo os sinais da gestação de alto risco, encaminhando para atendimento especializado quando necessário e prestando orientações quanto à saúde reprodutiva, planejamento familiar e assistência pré-natal, além de um atendimento humanizado e de qualidade ao parto.
Assistência ao parto normal
Primeiramente, é preciso realizar uma anamnese e exame físico obstétrico, buscando informações sobre a gestação atual, realização do pré-natal, paridade (número de partos), intercorrências em gestações anteriores, problemas de saúde etc.
Assistência ao parto normal
O início do trabalho de parto é desencadeado por fatores maternos, fetais e placentários, que se interagem. O socorrista poderá identificar o trabalho de parto pela presença de sinais como: discreto sangramento vaginal, perda de tampão mucoso, eliminação de líquido amniótico (em condições normais, apresenta-se claro, translúcido e com pequenos grumos semelhantes a pedaços de leite coalhado); contrações uterinas inicialmente regulares, de pequena intensidade, com duração variável de 20 a 40 segundos, podendo chegar a duas ou mais em dez minutos; desconforto lombar; alterações da cérvice (colo uterino) com amolecimento e dilatação progressiva (o exame cervical deve ser realizado por médico ou enfermeiro obstetra).
Assistência ao parto normal
O controle dos batimentos fetais deve ser realizado a cada hora do trabalho de parto, durante e após a contração uterina. Dessa forma, na avaliação da dinâmica uterina, sempre deve ser feita a ausculta do coração do feto. Na presença de complicações (acelerações, desacelerações ou mecônio), a ausculta necessita ser verificada a cada 5, 10 ou 15 minutos, dependendo da situação.
O parto é dividido em quatro períodos clínicos, a saber.
1.Dilatação: O período definido clinicamente de primeiro estágio, período de dilatação, tem início com a instalação das contrações regulares que induzem duas importantes mudanças na cérvice (colo uterino):
	
• apagamento completo do canal cervical, que consiste na incorporação dele ao segmento inferior do corpo uterino, ocorrendo gradualmente durante o período de dilatação;
• dilatação total da cérvice.
2.Expulsão fetal: 
O período de expulsão inicia-se com a completa dilatação do colo uterino e termina com o nascimento completo do bebê. (Em outras palavras: a total dilatação da cérvice caracteriza o início do segundo período do parto – expulsão – que termina com o nascimento da criança).
Ao final do primeiro período do trabalho de parto, o sangramento aumenta com a laceração dos capilares no colo uterino. 
2.Expulsão fetal: 
O cordão umbilical só deve ser pinçado e laqueado quando o recém-nascido estiver respirando. (O cordão umbilical é pinçado em dois lugares e seccionado entre as pinças, para evitar o sangramento em qualquer uma das extremidades). 
2.Expulsão fetal: 
É importante manter o recém-nascido aquecido, cobrindo-o com um lençol/campo – o que previne a ocorrência de hipotermia. A mulher deve ser incentivada a iniciar a amamentação nos primeiros minutos após o parto, pois isso facilita a saída da placenta e estimula a involução do útero, diminuindo o sangramento pós-parto, além de promover vínculo precoce com o bebê.
O cordão umbilical que se estende do umbigo à superfície fetal da placenta, tem em média 55cm e um diâmetro que oscila entre 1 e 2,5cm. É uma estrutura que liga o feto à placenta, sendo vital ao feto.
3.Dequitação: 
Também chamado de secundamento ou delivramento, esse período tem início após a expulsão do feto e termina com a saída da placenta e seus anexos (membranas – córion e âmnio). 
Nesse momento, a parturiente experimenta um período de bem-estar e alegria, devido ao repouso fisiológico do útero pelo término das contrações uterinas.
Como já foi visto, a aproximação precoce entre a mãe e o recém-nascido fortalece o vínculo afetivo e a maternidade. 
3.Dequitação:
Após os sinais positivos de descolamento placentário (sangramento aumentado), o profissional que assiste ao parto deve realizar a manobra de rotação no sentido horário para a retirada da placenta, denominada manobra de 
Jacobs, levando, as membranas a se descolarem e a se desprenderem.
Após a dequitação, examina-se o canal vaginal, o colo uterino e a região perineal, para a identificação de rupturas e lacerações; caso tenha sido realizada episiotomia (corte no períneo), proceder à sutura.
3.Dequitação:
A placenta deverá ser cuidadosamente examinada com relação à sua integridade (deve estar completa), tipo de vascularização e local de inserção do cordão, bem como verificação do número de vasos dele (2 artérias e 1 veia), presença de nós e tumorações.O profissional deve ficar atento para as perdas sanguíneas, que não podem ser superiores a 500 ml, e as condições gerais da paciente. Deve, também, registrar o horário de saída da placenta. Posteriormente, a placenta deverá ser pesada e ter o registro do seu peso devidamente anotado.
4.Período de Greenberg: 
Definido como a primeira hora após a saída da placenta, quando podem acontecer as grandes hemorragias e complicações que solicitem habilidade e conhecimento da equipe de saúde. A assistência ativa nesse período e a vigilância ao lado da paciente surpreendem e corrigem oportunamente quaisquer desvios do mecanismo fisiológico.
4.Período de Greenberg: 
Nessa fase, o profissional de saúde deve observar rigorosamente os lóquios (sangramento pós-parto) e avaliar a involução e contração uterina, estando preparado para intervir em qualquer anormalidade. Os sinais vitais devem ser verificados com atenção, especialmente a pressão arterial e frequência cardíaca, que se manifestam alteradas em quadros hemorrágicos.
São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais:
• sangramento anormal durante a gestação ou trabalho de parto podem indicar uma placenta prévia (placenta baixa) ou descolamento prematuro da placenta (DPP). Nessa última patologia, a hemorragia é acompanhada de dor súbita e enrijecimento da parede abdominal. A gestante deverá ser encaminhada com urgência ao hospital para avaliação e conduta;
• pré-eclâmpsia–paciente com elevação da pressão arterial, presença de edema e proteinúria.
São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais:
Monitorar atentamente a pressão arterial e batimentos cardíacos fetais. A gestante deverá ser mantida em decúbito lateral esquerdo e encaminhada para acompanhamento em serviço de gestação de alto risco. Na eclâmpsia ocorrem crises convulsivas, além dos sinais descritos na pré-eclâmpsia;
	
• vômitos excessivos (hiperemese gravídica) 
• excesso de líquido amniótico (polidrâmnio).
• redução do líquido amniótico (oligodrâmnio).
São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais:
• presença de líquido amniótico com mecônio.
• prolapso de cordão umbilical– a parturiente deverá ser colocada em posição genupeitoral e o cordão envolvido com uma compressa estéril umidificada com soro fisiológico. O cordão umbilical não deverá ser colocado para dentro do canal vaginal, e a cesárea é indicada imediatamente;
São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais:
Uma assistência pré-natal de qualidade pode prevenir grande parte das complicações surgidas no ciclo gravídico-puerperal, reduzindo significativamente a morbimortalidade materna e/ou fetal.
A equipe de saúde deve trabalhar conjuntamente e de forma humanizada para promover a saúde do binômio mãe – filho e estar apta a lidar com as intercorrências e dificuldades do processo gestacional.
OBRIGADO!!

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