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APOSTILA DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA

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1
Curso Técnico em Saúde Bucal
Sumário
1- INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA 2
2- INTRODUÇÃO A ANATOMIA ODONTOLÓGICA 6
3- INTRODUÇÃO A FACE DOS DENTES E TECIDOS ADJACENTES 13
4- LINHAS DE POSICIONAMENTO DA FACE E TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO 18
5- EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS EM RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA 31
6- RADIOGRAFIA PERIAPICAL 34
7- RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL 36
8- RADIOGRAFIA OCLUSAL 37
9- MÉTODOS RADIOGRÁFICOS DE LOCALIZAÇÃO 39
10- APARELHOS DE RAIO-X INTRAORAL 43
11- PRINCIPAIS ERROS EM PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS 45
12- RADIOGRAFIA PANORÂMICA 48
13- NOVAS TECNOLOGIAS EM RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E TOMOGRAFIA CONE-BEAM 52
2
Curso Técnico em Saúde Bucal
1- INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Assim como em outros ramos da radiologia médica os exames odontológicos são
complementares, sendo eles imprescindíveis na avaliação bucal, tendo a finalidade de
demonstrar possíveis traumas ou patologias bucais e de face.
Essa ciência é solicitada por diversas especialidades médicas de acordo com sua
indicação clínica, entre essas especialidades estão: Dentistas, Bucomaxilo, Neuro-Cirurgiões,
Ortopedistas e etc.
Essas são as especialidades que mais solicitam exames da face, mas focaremos na
finalidade odontológica tais como exames do arcabouço ósseo da boca, observando assim
suas patologias, e produzindo imagens para posteriores avaliações dos dentistas.
Os raios-x, na área da saúde, são usados para visualizarmos imagens de nosso corpo,
como ossos, dentes, órgãos, vasos, etc.
A História da Radiologia Odontológica pode ter seu início já em 1895, ano de
descobrimento dos raios X, quando o Dr. Otto Walkhoff fez a primeira radiografia dentária,
da sua própria boca, empregando uma placa fotográfica de vidro envolta em papel preto,
com um tempo de exposição de 25 minutos.
Porém, foi CIESZYNSKI5 (1907), que se destacou com a sua "regra da bissetriz" ou
"regra de CIESZYNSKI", baseada em um antigo teorema geométrico que estabelece que dois
triângulos são iguais quando eles têm dois ângulos iguais e um lado comum. A partir disso,
ele idealizou a sua regra, que diz: "O ângulo formado pelo longo eixo do dente e o longo eixo
do filme resultará em uma bissetriz na qual o feixe de raios X deverá incidir
perpendicularmente".
A partir daí surgiram diversas outras técnicas e tipos de radiografias usadas na
odontologia, e que ainda continuam em evolução atualmente.
Abaixo as radiografias mais utilizadas em odontologia.
3
Curso Técnico em Saúde Bucal
4
Curso Técnico em Saúde Bucal
Quais são os exames radiográficos na rotina odontológica?
O cirurgião-dentista costuma executar os exames intrabucais no seu consultório e
solicita as técnicas extra bucais para serviços especializados. Na atualidade, a maioria das
especialidades utiliza a técnica panorâmica por ser de fácil execução e pelo fato de que,
numa radiografia, visualizam-se as estruturas que compõem o complexo maxilomandibular,
assim como estruturas anexas, como órbitas, seios maxilares, fossa nasal e articulações
temporomandibulares.
Modernamente, o cirurgião-dentista dispõe de uma série de exames nos Serviços de
Radiologia. Tais exames especiais fornecem subsídios em terceira dimensão que facilitam
todos os procedimentos terapêuticos. Dentre eles, podemos citar os métodos de localização
de corpos estranhos, dentes inclusos ou, simplesmente, de lesões que podem ocorrer na
maxila e/ou na mandíbula.
Pelo fato de esses exames darem a noção da terceira dimensão, os procedimentos
cirúrgicos são mais precisos e genericamente menos agressivos. Outro tipo de exame
bastante difundido nos dias atuais é a tomografia das articulações temporomandibulares.
Cefaleias, dores de ouvido, diminuição da audição, zumbidos e dores orofaciais podem estar
associadas aos chamados distúrbios temporomandibulares.
A reabilitação oral sofreu nos últimos anos um processo revolucionário associado à
descoberta e ao desenvolvimento dos chamados implantes osseintegrados. Somente com os
métodos de localização para implantes, executados com tomografias especiais para visualizar
os rebordos alveolares, é possível prever a quantidade de tecido ósseo remanescente, assim
como visualizar a relação com reparos anatômicos considerados nobres. O cirurgião-dentista
moderno só consegue efetuar esses procedimentos cirúrgicos com segurança por meio desse
tipo de exame.
Em relação a radiação, embora tenhamos certo risco radio biológico no uso dos
raios-x, pesquisas científicas comprovaram que o risco associado ao uso das técnicas
radiográficas intrabucais, das panorâmicas e das tomografias odontológicas é menor do que
o risco da radiação de fundo ambiental (radiação cósmica, radiação do solo, raios
ultravioletas) a que estamos expostos, querendo ou não. As doses de radiação das
radiografias usadas na Odontologia, genericamente, são extremamente pequenas. Mesmo
assim, hoje dispomos de tecnologia para amenizar os possíveis danos oriundos das radiações
ionizantes na rotina odontológica. Podemos citar o uso de aventais plumbíferos, filmes
5
Curso Técnico em Saúde Bucal
ultrarrápidos, aparelhos calibrados e processamento automático. De posse desses
conhecimentos, podemos afirmar que os riscos são infinitamente menores que os benefícios
oriundos da Radiologia, ou melhor, da Imagenologia, na prática da Odontologia Moderna.
Utiliza-se a grandeza Sievert (Sv) para quantificar o efeito de radiações ionizantes
sobre o organismo. A seguir, alguns exemplos de doses de radiação em mSv (milisieverts):
A dose máxima permissível para os profissionais que trabalham com radiação X é de
50mSv por ano.
Por ano, em média, uma pessoa é exposta a 2,4mSv por meio de fontes naturais
(radiação de fundo).
A dose de radiação em um vôo de Nova York até Los Angeles é de 0,40mSv.
A dose de radiação de uma Tomografia Computadorizada de Tórax é de 5,8mSv.
A dose de radiação de uma Tomografia Computadorizada Cone Beam da Face
(utilizada em Odontologia), é em média, de 0,034 a 0,652mSv.
A dose de radiação de uma Radiografia Panorâmica é de 0,026 a 0,030mSv.
A dose de radiação de uma Radiografia Periapical é de 0,001 a 0,008mSv.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
2- INTRODUÇÃO A ANATOMIA
ODONTOLÓGICA
Alguns animais possuem uma única dentição (se perderem algum dente não nasce
outro no lugar); outros possuem várias dentições e existem aqueles animais que, como nós,
humanos, possuímos duas dentições. 
Os animais que possuem uma única dentição são denominados monofiodontes (do
grego "mónos", 'único’ + "phýo", 'nascer' + "odonto", 'dente') que, como exemplos,
poder-se-ia citar baleia, tatu e bicho-preguiça.
Os que possuem várias dentições são chamados de polifiodontes (do grego “poli”,
‘muitos’ + "phýo", 'nascer' + "odonto", 'dente'). Entre estes estão, por exemplo, peixes, que
na maioria das espécies apresentam centenas de dentições e os répteis como os crocodilos
que apresentam cerca de 25 dentições.
Os animais que, como nós e os mamíferos domésticos, possuímos duas dentições são
conhecidos como difiodontes (do grego “di”, ‘dois’ + "phýo", 'nascer' + "odonto", 'dente') .
 A primeira dentição, que começa a se formar por volta dos seis meses de idade
completando-se por volta dos três anos, é chamada
dentição primária, decídua, temporária, infantil, de leite, e outros.
Nota: o nome ‘de leite’ se deve à cor fortemente esbranquiçada destes elementos; e
o nome ‘decídua’ é inspirado em certas plantas das florestas temperadas, as quais perdem
suas folhas anualmente, no outono e inverno, renovando-as na primavera e verão (Do
latim "decidùu-", 'que cai; caído'). Nesta dentição existem normalmente 20 dentes (sendo
dez na arcada superior e dez na inferior). 
A segunda dentição, que começa a formar-se por vota dos seis anos completando-se
aproximadamente aos treze anos, é denominada dentição permanente ou secundária. Nesta
dentição existem, normalmente, 32 dentes sendo dezesseis em cada arcada.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Alguns animaispossuem todos os seus dentes morfologicamente semelhantes e são
denominados homodontes (do grego “homos”, ‘semelhante’ + “odonto’, ‘dente’); e outros,
como nós, temos dentes com formatos variados e somos denominados heterodontes (do
grego “hetero”, ‘diferente’ + “odonto’, ‘dente’). 
Os animais homodontes (figura abaixo) apresentam, portanto, todos os dentes da
mesma forma, variando apenas pelo volume. Os dentes, nestes animais, servem para
apreender a presa e depois degluti-la. São exemplos de animais homodontes, a maioria dos
peixes, os crocodilianos, os ofídios e alguns mamíferos da subordem Odontoceti (golfinho e o
cachalote).
Nós humanos, como os mamíferos domésticos (gato, cachorro, etc),
somos heterodontes, apresentamos os dentes morfologicamente diferentes divididos em
grupos com funções diferentes para cada grupo. Trata-se, portanto, de uma adaptação
evolutiva.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
O ato de mastigar é como uma linha de produção. Cada um de nossos dentes, com
suas formas tão variadas e diferentes, têm funções específicas e distintas neste ato. Uns são
responsáveis por cortar em pedaços o alimento; outros são responsáveis por picar estes
pedaços; e, por fim, outros são responsáveis por moer tais pedaços até transformar todo o
alimento em uma pasta, saborosa e rica em energia. A falta de um destes dentes ao
"trabalho" leva, fatalmente, à má formação do produto final (bolo alimentar), permitindo
que parte do alimento seja deglutido na forma de "pedaços", cujas porções internas não
sofrerão a ação das enzimas digestivas, sendo descartados pelo corpo com toda a sua
riqueza energética desprezada, vitaminas e sais minerais tão importantes para a vida.
Daí o prejuízo para a saúde total do indivíduo que representa a perda de um ou mais
destes elementos.
Por isso, costuma-se considerar dentro das funções dos dentes, quatro aspectos
característicos: preensão, incisão, dilaceração e trituração.
Os grupos dentais humanos especializados nas funções acima são
denominados incisivos, caninos, pré-molares e molares. 
Vejamos agora, com desenhos esquemáticos, estes grupos funcionais dentários
especializados.
A incisão dos alimentos, ou ato de cortá-los em partículas menores, é realizado pelas
peças dentárias situadas anteriormente na boca, cujo conjunto é denominado
dentes incisivos. Os incisivos são dentes espatulados e cuneiformes, que possuem uma borda
cortante e situam-se imediatamente atrás dos lábios, os quais funcionam como suporte,
evitando que os incisivos se desloquem para adiante. 
A dilaceração dos alimentos, ou o ato de rasgar e reduzir as substâncias alimentares a
partículas menos compactas, é realizada pelo grupo de quatro dentes: os caninos, que
seguem aos incisivos na seqüência normal dos dentes nas arcadas dentárias. Os caninos
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Curso Técnico em Saúde Bucal
possuem formas aguçadas e são de volume maior que o dos incisivos. Distinguem-se destes
por terem borda cortante dividida em dois segmentos distintos por uma ponta nítida, que
ultrapassa o plano incisal normal dos dentes espatulados. 
Observação: os dentes anteriores, incisivos e caninos, além das suas funções até
agora mencionadas, desempenham função importante na estética buco-facial. A perda de
parte ou de todos os dentes anteriores ocasiona profundas modificações não só no
esqueleto facial como também nas partes moles que o recobrem.
A trituração dos alimentos é feita pelos pré-molares e pelos molares. Se a
simplicidade de forma adaptada à função é uma característica dos dentes anteriores, a
complexidade é que se sobressai nos posteriores.
As arcadas dentárias (superior e inferior) 
As faces de todos os dentes humanos voltadas para a bochecha, lábio ou língua
tem, cada face, uma morfologia curva que lembra a forma de um arco. Quando os dentes
estão em posição na boca eles se colocam lado a lado e o conjunto destes arcos individuais
forma uma curva denominada de arcada dental (o termo “arcada” é usado para lembrar que
tal curva é formada por um conjunto de “arcos”). 
A figura A abaixo mostra o arco dental inferior permanente completo. Diferentemente
do que ocorre em outras espécies animais, no ser humano, o número de dentes em cada
uma das duas arcadas é o mesmo (16 dentes). Como todo indivíduo possui dois arcos dentais
(superior e inferior) o número total de dentes normalmente presente no indivíduo adulto é 2
X 16 = 32 (sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares).
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Curso Técnico em Saúde Bucal
O nome dos dentes permanentes, a partir da linha mediana em direção posterior,
são, para os dois hemi-arcos: incisivo central, incisivo lateral, canino (popularmente chamado
de ‘presa’), primeiro pré-molar, segundo pré-molar, primeiro molar, segundo molar e terceiro
molar (dente do siso ou do juizo). 
A dentição humana decídua completa possui ao todo 20 dentes sendo 10 em cada
arcada e, portanto, 5 em cada hemi-arcada.
Formula dentária
Como vimos, o número total de dentes na dentição humana é, normalmente, 20 na
dentição decídua e 32 na permanente.
Para representar facilmente este número e os tipos de dentes usa-se a fórmula
dentária, isto é, a maneira suscinta de especificar a quantidade de dentes em cada
hemi-arcada.
Na fórmula dentária, a denominação de cada dente está representada pela letra
inicial, sendo minúscula para os decíduos e maiúscula para os permanentes. Estas iniciais são
colocadas em forma de fração que traduzem a separação das arcadas dentárias duperior e
inferior, tendo como numerador o número de dentes da hemi-arcada maxilar (superior) e no
denominador os dentes da hemi-arcada mandibular (inferior).
Assim sendo, a dentição permanente é representada pela seguinte fórmula:
Repare que a fórmula dentária acima nos informa que em cada hemi-arcada
permanente humana completa temos: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares e 3 molares.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
 
Analogamente, para a arcada decídua, temos a seguinte fórmula:
A figura acima relata que em cada hemi-arcada decídua humana completa temos: 2
incisivos, 1 canino e 2 molares.
 O cirurgião-dentista tem necessidade de anotar todas as alterações que encontra
durante o exame clínico do aparelho dentário. Para tanto utiliza-se de uma ficha onde
assinala aquilo que corresponde ao estado atual dos dentes do seu paciente. Este sistema de
indicar, de maneira sumária e prática, os detalhes anatômicos das arcadas dentárias,
constitui a notação dentária. A compreensão por parte do TSB desta notação o auxiliará a
preencher a ficha clínica.
Dividimos, assim, a boca em quatro quadrantes numerados a partir do superior
direito em sentido horário. Portanto, temos:
a) Quadrante 1: superior direito
b) Quadrante 2: superior esquerdo
c) Quadrante 3: inferior esquerdo
d) Quadrante 4: inferior direito.
Numeramos agora os dentes de cada
hermi-arcada (de 1 a 8) a partir do plano sagital
mediano(conforme figura ao lado). 
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Os dentes poderão ser agora identificados, de acordo com a notação internacional,
por um número de dois dígitos onde o primeiro dígito se refere ao quadrante e o segundo,
ao dente. 
Dessa forma para os dentes da hemi-arcada superior esquerda temos os seguintes
números indicando os respectivos dentes: 
21 – Incisivo central superior esquerdo (quadrante 2, dente 1)
22 – Incisivo lateral superior esquerdo (quadrante 2, dente 2)
23 – Canino superior esquerdo (quadrante 2, dente 3)
24 – Primeiro pré-molar superior esquerdo (quadrante 2, dente 4)
25 – Segundo pré-molar superior esquerdo (quadrante 2, dente 5)
26 – Primeiro molar superior esquerdo (quadrante 2, dente 6)
27 – Segundo molar superior esquerdo (quadrante 2, dente 7)
28 – Terceiro molar suoperior esquerdo (quadrante 2, dente 8) 
Dessa forma os dentes permanentes todos se identificam pelos seguintes números
visto na figura abaixo: 
 
Analogamente, os dentes decíduos são numerados de 1 a 5. Os números dos dentes de leite
são:os incisivos centrais 1, os incisivos laterais 2, os caninos 3, os primeiros molares 4 e
os segundos molares 5. 
A figura abaixo mostra como fica, portanto, a numeração de todos os dentes
decíduos:
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Na figura acima repare que, por exemplo, o dente 73 é o canino inferior esquerdo
decíduo.
3- INTRODUÇÃO A FACE DOS DENTES E
TECIDOS ADJACENTES
Os dentes permanentes possuem uma coroa que pode ser inscrita num sólido
geométrico. Se considerarmos as formas geométricas que mais exatidão tem para
caracterizar as diferentes formas de coroas podemos dizer que os anteriores (incisivos e
caninos) se enquadram mais em sólidos cuneiformes (figura A da imagem abaixo), enquanto
que os pré-molares e molares se enquadram mais nos sólidos rombóides (respectivamente
figuras B e C da imagem abaixo).
As faces dos dentes posteriores (pré-molares e molares), que ocluem com os da
arcada antagônica, é denominada de face oclusal. Nos dentes anteriores (incisivos e caninos)
essa face não é tão evidente e, neste caso, é preferível falar em borda ao invés de face para
essa aresta cortante (que lembra um diedro) que lembra o ápice de uma cunha.
Dessa forma os dentes possuem cinco faces reais a saber: 
14
Curso Técnico em Saúde Bucal
1. Face vestibular (V): voltada para o vestíbulo da boca e que mantém relação com
os lábios e bochechas.
2. Face lingual (L): voltada para a cavidade bucal propriamente dita e que mantém
relação com a língua (nos dentes superiores essas faces são também denominadas face
palatina (P) devido às suas relações com o palato – o ‘céu da boca’).
3. Faces proximais: são as faces de contato entre dois dentes vizinhos na arcada
dentária, sendo:
· Face mesial (M): a mais próxima (ou voltada para) o plano sagital mediano
· Face distal (D): a face oposta à mesial (de ‘trás’).
4. Face oclusal (O): são as faces que entram em contato quando os dentes entram
em oclusão.
Nota: para os dentes anteriores é comum chamar-se as faces oclusais de bordas
incisais ou caninas (conforme referir-se à incisivo ou canino), mas continua-se a
representá-las pela letra O. 
A figura abaixo ilustra as cinco faces acima referidas:
A figura abaixo mostra as cinco faces com o dente em posição na arcada dentária (o
quadrado da direita focaliza, em maior aumento, o mesmo campo do quadrado da
esquerda):
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Curso Técnico em Saúde Bucal
As várias faces das coroas dentais (e as raízes) são divididas em segmentos ou terços,
tornando mais fácil a localização de certos detalhes anatômicos, a descrição de lesões bem
como a comunicação falada e escrita. Os terços são denominados de acordo com a sua
denominação. A figura abaixo, por exemplo, mostra essas divisões em um dente posterior
inferior e um dente anterior superior:
Nota: a região do colo dental é denominada região cervical. 
a) Face oclusal: no sentido mésio-distal: terços mesial, médio e distal; no
sentido vestíbulo-lingual: terços vestibular, médio e lingual.
b) Faces vestibular e lingual: no sentido gêngivo-oclusal: terços
gengival ou cervical, médio e oclusal; no sentido mésio-distal: terços mesial, médio e distal.
c) Faces mesial e distal: no sentido gêngivo-oclusal: terços
gengivalou cervical, médio e lingual; no sentido vestíbulo-lingual: terços
vestibular, médio e lingual.
 d) Raízes: para as raízes só interessa a divisão no sentido vertical, isto é, do longo
eixo do dente: no sentido cérvico-apical: terços cervical, médio e apical.
Do ponto de vista anatômico e descritivo, o dente é formado por três partes
distintas: coroa, colo e raiz (figura seguinte). 
A coroa dentária é a porção visível e funcionante na
mastigação e seu aspecto distingue-se de imediato das
demais partes. Ela é brilhante e permanece acima dos
ossos de suporte e gengiva (é o que a gente vê quando
olhamos nossos dentes no espelho).
 
 
16
Curso Técnico em Saúde Bucal
A fixação do dente no osso se dá através da raiz em cavidades próprias (alvéolos) no
interior do osso. Sua forma de ser implantada, simulando um prego encravado na madeira,
fez com que durante muito tempo fosse chamada de gonfose essa relação dente-alvéolo (do
grego “gonphos” quer dizer ‘prego’). Além de suas funções como elemento fixador,
a raiz dentária suporta o impacto das forças mastigatórias, graças às suas relações com as
paredes do alvéolo dentário através de fibras do desmodonto (tecido conjuntivo fibroso que
une o dente ao alvéolo). A raiz nem sempre é única e a variação no número de raízes pode
ser vista na figura abaixo.
O colo é o segmento imediato entre a coroa e a raiz. É a parte
mais estrangulada do dente (o ‘pescoço’ do dente) e é limitado
por uma linha sinuosa que se interpõe entre as duas outras
partes do dente (figura ao lado).
É importante que se faça distinção entre o colo anatômico e
verdadeiro do dente e o colo cirúrgico.
O primeiro (colo anatômico) representa exatamente os limites
divisórios entre a coroa e a raiz, facilmente perceptível pela
diferença de cor (a coroa é ‘branca’ e a raiz, ‘amarela’) e pela sinuosidade (como na figura ao
lado) que apresenta em todas as faces do dente.
O colo cirúrgico, nada mais é do que a porção inicial ou basal da raiz que fica sempre
acima do alvéolo dentário e que, no indivíduo revestido de suas partes moles, permanece
revestida pela gengiva. A retirada cirúrgica da coroa dental é feita sempre nesta parte basal
da raiz, justificando plenamente o seu nome.
17
Curso Técnico em Saúde Bucal
A figura anterior mostra os alvéolos (cavidades ósseas onde se inserem as raízes) das
arcadas superior (maxilar) e inferior (mandibular).
Quando o dente possuir uma única raiz esta se insere nos alvéolos
denominados unilaculares (seta vermelha 3); quando o dente possuir duas raízes, estas se
inserem nos bilacunares (seta vermelha 1) e se tiver três raízes, estas se inserem
nos trilacunares (seta vermelha 2).
Os alvéolos bi e tri lacunares possuem divisões ósseas internas que são os septos
ósseos que separam a cavidade de cada raiz individualmente (seta verde).
A parte mais alta do alvéolo, próxima ao colo dentário, que contorna a entrada do
alvéolo, chama-se crista óssea alveolar ou simplesmente crista óssea. As setas azuis apontam
para duas destas cristas. 
 Do ponto de vista arquitetural, e estrutural, o dente pode ser descrito com o sendo
formado de quatro partes: esmalte, dentina, cemento e polpa (figura abaixo). 
As três primeiras formações são duras, calcificadas, enquanto que a polpa é o único
tecido mole do dente.
18
Curso Técnico em Saúde Bucal
4- LINHAS DE POSICIONAMENTO DA
FACE E TÉCNICAS DE
POSICIONAMENTO
Plano Sagital
Todos os planos verticais com orientação paralela à sutura sagital do crânio que, na
posição em pé, estendem-se de ventral para dorsal. O plano sagital mediano (= plano
mediano) divide o corpo em duas metades iguais.
Plano Frontal (ou Plano Coronal) 
Todos os planos com trajeto paralelo à testa ou à sutura coronal do crânio que, na
posição em pé, atravessam o corpo.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Plano de Frankfurt (Plano Infra-orbitomeatal)
É um plano horizontal perpendicular aos planos frontal (coronal) e sagital, que vai da
borda inferior das órbitas ao teto dos poros acústicos externos, dividindo a cabeça em partes
superior e inferior.
Plano Biauricular
Plano frontal (coronal) mediano que passa pelos poros acústicos externos dividindo a
cabeça nas partes anterior e posterior.
Plano Orbitomeatal (ou Plano Meatorbitária)
Também denominado plano horizontal americano, é um plano que vai dos poros
acústicos externos às bordas externas das órbitas. Forma um ângulo aproximado de 12º com
o plano infra-orbitomeatal (plano horizontal alemão).
Linhas para o Posicionamento Radiológico do Crânio
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Meato Acústico Externo (MAE)
É a abertura do canal da orelha externa. O ponto central dessa abertura é
denominado ponto auricular.
Linha Glabelomeatal(LGM)
É a linha entre a glabela e o MAE. 
Linha Orbitomeatal (LOM)
É uma linha utilizada frequentemente que se localiza entre a margem orbital
mediolateral e o MAE.
Linha Infraorbitomeatal (LIOM)
É formada pela linha entre a margem infraorbital ao MAE.
Linha Acantomeatal (LAM)
É formada pela conexão do acantio e o MAE.
Linha Mentomeatal (LMM)
É formada pela conexão do ponto mentoniano e o MAE.
Linha Labiomeatal (LLM)
Parte da junção dos lábios até o MAE.
Linha Glaboloalveolar (LGA)
Conecta a glabela a um ponto na face anterior do processo alveolar da maxila.
Pontos Topográficos do Crânio
21
Curso Técnico em Saúde Bucal
Glabela é a área triangular lisa, ligeiramente elevada, situada entre as sobrancelhas.
Násio é a depressão na ponta do nariz. Anatomicamente, o násio é a junção dos dois
ossos nasais e do osso frontal.
Acântion é o ponto da linha média na junção do lábio superior com o septo nasal.
Gônio refere-se ao ângulo posterior inferior de cada lado da mandíbula.
Mento é o ponto médio anterior da área do queixo.
A partir do conhecimento das linhas e planos de posicionamento, podemos então
passar a estudar as técnicas de posicionando do paciente para as diferentes tomadas
radiográficas.
Para cada tipo de radiografia existe um posicionamento especifico, que passaremos a
conhecer a partir de agora.
Técnica Radiográfica da Bissetriz
Essa técnica proporciona um posicionamento relativamente simples, rápido e
confortável para o paciente. È baseada na lei isométrica de Cieszinski: " A imagem projetada
tem o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raios X
central seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo filme e objeto". Ou seja, o raio
central deve incidir perpendicular à bissetriz do ângulo formado entre o eixo do dente e o do
filme radiográfico. 
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Esquema demonstrativo da Técnica de Bissetriz. 
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE- A cabeça do paciente deve ser
posicionada de acordo com o tipo de dente a ser radiografado. Para as radiografias
periapicais pela técnica de bissetriz na maxila, a linha de Camper deve estar paralela ao chão.
Para as radiográfias periapicais pela técnica da bissetriz na mandíbula, a linha trago
comissura labial deve estar paralela ao plano horizontal (chão).
 Posicionamento do filme radiográfico 
O filme radiográfico deve ser posicionado horizontalmente para as radiografias dos
pré- molares, e molares e verticalmente nos casos de incisivos, e caninos, com o picote
sempre voltado para a coroa dental. Deve ser deixado um espaço de 2 a 3mm, sobrando
além da coroa dos dentes (bloco de mordida).
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Esquema da divisão da boca para o exame radiográfico periapical pela técnica de bissetriz.
 
Esquema do posicionamento do filme radiográfico na técnica de bissetriz
 
Ângulos vertical na Técnica da Bissetriz. 
DENTES MAXILA MANDÍBULA
Molares +20ºa 30º 0º a -5º
Pré-molares +30ºa 40º -5°a-10º
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Caninos +40ºa 50º -10°a-20º
Incisivos +45ºa 55º -15°a-25º
Obs: Esses ângulos verticais na verdade são aproximados, devendo ser usados como
referência. Variações no tipo de anatomia da face ou da posição do dente podem alterar a
sua angulação.
Posicionamentos da cabeça do paciente- cabeçote o aparelho de raios X e do filme
para radiografias periapicais pela técnica de bissetriz na maxila (arcada superior).
 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos incisivos
superiores.
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos caninos
superiores
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos pré-molares
superiores.
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos molares
superiores. 
Posicionamentos da cabeça do paciente- cabeçote o aparelho de raios X e do filme
para radiografias periapicais pela técnica de bissetriz na mandíbula (arcada inferior). 
 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos incisivos
inferiores.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos caninos
inferiores. 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos pré-molares
inferiores. 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica de bissetriz do grupo dos molares
inferiores.
 
Técnica radiográfica do paralelismo
Nessa técnica o filme radiográfico é posicionado paralelamente ao plano do eixo do
dente com a ajuda de um posicionador. O raio central deve incidir perpendicularmente e em
direção ao centro do longo eixo do dente e do plano do filme. Deve ser usado um cilindro
(cone) longo, para evitar a distorção da imagem radiográfica.
27
Curso Técnico em Saúde Bucal
 
Esquema da técnica do paralelismo.
A execução dessa técnica é simples, bastando ajustar o posicionador ao dente a ser
radiografado.
Posicionamentos da cabeça do paciente do cabeçote do aparelho de raios x e do filme
para radiografias periapicais pela técnica do paralelismo na maxila (arcada superior). 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos incisivos
superiores
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Curso Técnico em Saúde Bucal
 
 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos caninos
superiores. 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos pré-molares
superiores.
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos molares
superiores.
 
Posicionamento da cabeça do paciente- do cabeçote do aparelho de raios X e do filme
para radiografias periapicais pela técnica do paralelismo na mandíbula (arcada inferior). 
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos incisivos
inferiores.
 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos caninos
inferiores. 
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos pré-molares
inferiores. 
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Posicionamento do paciente para a radiografia periapical pela técnica do paralelismo do grupo dos molares
inferiores.
 
RADIOGRAFIA OCLUSAL
É uma incidência complementar, realizada com o filme radiográfico posicionado no
plano oclusal. As radiografias oclusais mais realizadas são as totais de maxila e de
mandíbula. 
O filme radiográfico é fixado pelos dentes quando o paciente os possui. Quando for
edêntulo (sem dente) utiliza-se o dedo polegar do paciente para auxiliar na fixação do filme.
 
Posicionamento da cabeça do paciente - A cabeça deve ser posicionada com o plano
sagital mediano perpendicular ao plano horizontal (chão). O plano oclusal deve estar
paralelo ao chão (a linha de Camper paralela ao chão). 
Posicionamento do paciente para a incidência oclusal total de maxila.
 
Posicionamento do filme radiográfico- O filme radiográfico é posicionado na boca do
paciente, com o lado anterior (superfície convexa do picote) voltado para cima (direcionado
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ao tubo de raios x). Deve ser centralizado na boca do paciente com o seu maior eixo no
sentido látero-lateral em adultos e no sentido ântero-posterior em crianças. O paciente deve
ocluir suavemente segurando o filme.
Esquema mostrando o posicionamento do filme radiográfico na boca do paciente na radiografia oclusal
total de maxila.
Radiografia oclusal para mandíbula. 
Posicionamento da cabeça do paciente- A cabeça deve ser posicionada pra trás, com
o plano sagital mediano perpendicularao plano horizontal (chão).
Posicionamento do paciente para a radiografia oclusal total da mandíbula.
 
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5- EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
UTILIZADOS EM RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Aparelhos de raios x odontológicos
Obedece aos mesmos princípios e composição dos aparelhos utilizados em radiologia
médica. De uma maneira geral, são aparelhos pequenos de pouca potência, que
podem ser móveis ou fixo na parede.
 
Filmes radiográfico para radiologia odontológica
Os filmes radiográficos utilizados em radiologia odontológica podem ser divididos
basicamente em dois grupos: intrabucais e extrabucais.
Filmes Radiográficos Intrabucais.
Também denominado filme intra-oral, é utilizado para radiografias em que o filme é
colocado dentro da boca do paciente. È um tipo de filme radiográfico para exposição
direta dos raios X, ou seja, não são usados em conjunto com écrans intensificadores.
Apresenta-se em embalagens individuais, podendo ser simples (mais utilizados), com
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apenas uma película (filme) na embalagem, ou duplos, com duas películas (filme),
para realização de incidências com cópia para arquivo. 
� Tamanhos de filme radiográfico intrabucal (intra-oral)
Existem no mercado basicamente três tamanhos de filmes radiográficos intrabucal
(intra-oral): 22x 35mm, 31x41mm e 57x76mm (Fig.20.9)
Filmes radiográficos para intrabucais (intra-orais).
� Embalagem do filme radiográfico intrabucal (intra-oral)
O filme é embalado da seguinte maneira, de fora para dentro:
Revestimento externo - Um invólucro plástico vedando a entrada de luz e de saliva. O
lado a ser exposto pelos raios X (parte anterior) geralmente possui uma superfície lisa
e branca. O lado oposto (parte posterior), geralmente com duas cores, possui uma
lingueta em "V", que é utilizada para abrir a embalagem para processamento do
filme;
Papel preto- Reveste todo o filme e possui as funções de vedação da luz e proteção
do filme durante o manuseio para o processamento;
Lâmina de chumbo- Uma fina lâmina de chumbo é posicionada na parte posterior do
filme (lado oposto ao da exposição pelos raios x). A função dessa lâmina é absorver a
radiação secundária e se necessário, identificar (através de marcas) o posicionamento
errado do filme para a incidência;
Filme Radiográfico- Encontra-se no interior da embalagem, revestido por um papel
preto.
 
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Partes da embalagem do filme radiográfico intrabucal (intra-oral)
 
� Tamanhos/utilização dos filmes radiográficos intrabucais (intra-orais)
- Tamanho 22x35 mm- Também denominado número 1, é geralmente utilizado para
radiografia periapical e também para radiografia interproximal (bitewing) em paciente
pediátrico;
- Tamanho 31x41mm- Também denominado número 2, é geralmente utilizado para
radiografia periapical e interproximal (bitewing) ;
- Tamanho 57x76mm- Geralmente é utilizada para radiografia oclusal, em áreas
extensas da maxila e da mandíbula.
Filmes radiográficos extrabucais
São utilizados em incidências em que o filme radiográfico fica posicionado fora da
boca do paciente, como na radiografia em perfil do crânio (cefalométrica) e outras.
Esses filmes radiográficos geralmente são usados em associação com écrans
intensificadores. Os tamanhos de filmes radiográficos extrabucais mais utilizados em
radiografia odontológica são 18cm x 24cm; 24cm x 30cm; 12cm x 30cm e 15cm x
30cm. 
 
Processamento do filme radiográfico 
O filme radiográfico intrabucal (intra-oral) e extrabucal após a exposição deve ser
processado (revelado). Esse processamento pode ser manual ou automático. No
processamento manual dos filmes radiográficos intra-orais (intrabucais), é necessária
a identificação nas colgaduras, pois não há espaço suficiente no filme para fazê-la. 
Filme radiográfico intrabucal (intra-oral) autoprocessador
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Esse tipo de filme é uma alternativa ao processamento manual, dispensando o uso de
câmara escura para o processamento. É apresentado em uma embalagem especial,
que contém os agentes reveladores e fixadores, além da película do filme, isso
permite o processamento do filme radiográfico logo após a exposição sem a
necessidade do manuseio em câmara escura.
Filme radiográfico intra-oral, (intrabucal) autoprocessado
6- RADIOGRAFIA PERIAPICAL
A radiografia periapical é uma das tomadas radiográficas intrabucais na Radiologia
Odontológica. A imagem da radiografia periapical tem objetivo de visualizar a anatomia
dentária (coroa e raiz) e as estruturas ao redor dos dentes (espaço articular, osso alveolar e
outras estruturas anatômicas).
O estudo pode ser realizado em único dente, onde é realizada uma tomada
radiográfica periapical específica, pode ser realizado o estudo da arcada dentária superior ou
inferior e, pode ser realizado o estudo completo, realizando a radiografia periapical
completa, são realizadas 14 radiografias periapicais.
Indicações para a Radiografia Periapical
• Avaliar coroas e raízes dos dentes permanentes
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• Avaliar ossos alveolares e diagnosticar perdas ósseas
• Diagnosticar lesões periapicais (ao redor da raiz dos dentes)
• Diagnosticar presenças de cáries
• Visualizar presenças de materiais restauradores (obturações)
• Visualizar presenças de tratamentos endodônticos (tratamento de canal)
• Diagnosticar cálculos salivares aderidos aos dentes
• Diagnosticar lesões císticas, neoplásicas e presenças de corpos estranhos
• Visualizar presenças de implantes dentários
• Diagnosticar qualidade óssea
• Diagnosticar trauma oclusal
� Preparação para o exame
Uma radiografia odontológica periapical não requer nenhuma preparação especial.
É um exame que é executado no consultório do dentista em caso de necessidade,
habitualmente, durante a consulta. Este exame não possui quaisquer riscos ou complicações
associadas. Pode ser executado tanto em adultos como em crianças.
� Radiografia periapical na gravidez
A Radiografia periapical na gravidez é também exequível, não apresentando
contraindicações relevantes em caso de necessidade, desde que se tomem os devidos
cuidados.
É de primordial importância que a mulher grávida informe o dentista ou assistente
sobre a gestação mesmo nos casos em que exista apenas suspeita de gravidez, de modo a
não expor o bebê à radiação emitida durante a realização do exame.
No caso da gravidez e como medida de proteção, será colocado um avental de
chumbo, de modo a proteger o resto do corpo da exposição à radiação.
� Execução da radiografia periapical
O exame é totalmente indolor (não provoca dor) e é de execução muito rápida
(duração de 1 a 2 minutos em condições normais). Se necessário, o exame pode ser
executado por forma a estudar várias zonas anatómicas, o que aumentará obviamente o
tempo de execução.
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� Radiografia periapical digital
Atualmente, a radiografia periapical digital possibilita a obtenção de imagens em
formatos digitais, viabilizando o seu arquivo e partilha em todo o género de equipamentos
digitais (computadores, etc.).
As radiografias periapicais digitais, ou seja, produzidas num formato digitalizado, têm
várias vantagens quando comparadas com os formatos analógicos, designadamente, em
termos de facilidade de aquisição, de arquivo ou armazenamento e também na partilha das
radiografias. A radiografia digital possibilita também ao dentista afinar e modificar algumas
características das imagens (contraste, brilho, etc.), por forma a permitir uma melhor
observação de determinadas estruturas e tecidos.
Todavia, até há bem pouco tempo atrás, as imagens de raios-x eram exibidas apenas
em grandes folhas de película (semelhantes ao negativo fotográfico). Atualmente, a maioria
das imagens são geradas e arquivadas em formato digital, pese embora a radiografia
periapical convencional, ou seja, em película, seja ainda utilizada com relativa frequência,
mas tende a ficar em desuso, dadasas vantagens associadas à radiografia digital.
7- RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL
A radiografia interproximal ou RX bite wing é um exame usado em medicina dentária
e que serve essencialmente para observar as coroas dos dentes superiores e inferiores numa
só imagem. Normalmente, essa imagem consegue abranger a coroa completa de 2 a 3
dentes de cada maxilar.
O termo “bite wing” significa, numa tradução à letra, “asa de mordida”, e refere-se à
forma como o paciente segura o dispositivo que contém a película ou o receptor do feixe de
Rx, ou seja, o paciente segura esse dispositivo na boca, entre as suas duas arcadas, através
da mordida de um tipo de asa que se salienta desse receptor.
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Esta “técnica interproximal” usada na radiografia dentária permite-nos avaliar,
sobretudo, os dentes posteriores (“dentes da trás”) e as cristas ósseas vizinhas aos dentes
(topo do osso localizado entre os dentes, correspondente à zona das papilas).
A radiografia bite wing é frequentemente realizada no diagnóstico de cáries
interproximais, ou seja, cáries que se situam entre os dentes, sendo estas habitualmente as
cáries mais difíceis de diagnosticar durante o exame clínico dentário. No entanto, a
radiografia pode ser usada para outros fins, nomeadamente para avaliação da eficácia de
alguns tratamentos.
8- RADIOGRAFIA OCLUSAL
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A radiografia oclusal ou RX oclusal é um tipo de radiografia intraoral (dentro da boca)
usado pelos dentistas e que serve para avaliar a posição de raízes residuais (restos de raízes),
dentes inclusos (dentes do siso, habitualmente) e dentes supranumerários (excedentários),
entre outros, como veremos adiante com maior detalhe.
Neste exame, a película radiográfica é colocada entre os dentes da maxila superior e
os dentes do maxilar inferior. Ou seja, a película é disposta entre os dentes das duas arcadas
dentárias (superior e inferior), como se o doente estivesse a “morder” a película.
Posteriormente, é realizada uma incidência de raios X, obedecendo a uma angulação
específica relativamente à posição da película. Desta forma, é obtida a imagem radiográfica
que será posteriormente analisada pelo dentista.
Na atualidade, a radiografia oclusal digital permite a obtenção de imagens em
formatos digitais. A radiografia digital possui inúmeras vantagens em relação à radiografia
convencional (em película). Dentre essas vantagens, destacamos a facilidade de arquivo em
suportes digitais, a possibilidade de ajustar ou manipular a imagem (brilho, contraste, zoom,
etc.), a partilha ou envio à distância das imagens, entre outras vantagens. As radiografias
digitais podem ser visualizadas em qualquer tipo de equipamento digital, como
computadores, tablets, etc. desde que possuam as capacidades necessárias para o efeito.
As radiografias oclusais digitais apresentam-se como o formato preferencial, nos dias
de hoje, pelos motivos apresentados anteriormente. No entanto, a radiografia oclusal em
formato convencional (película) é ainda utilizada com relativa frequência, contudo, tende a
cair rapidamente em desuso, face às vantagens oferecidas pelo formato digital.
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Entre outras, a radiografia oclusal possui indicação no diagnóstico e avaliação de
determinadas patologias, conforme enumeramos de seguida:
● Localização de raízes ou fragmentos dentários retidos;
● Localização de dentes inclusos;
● Verificação de dentes supranumerários;
● Estudos de determinadas anomalias (avaliar extensão de lesões ósseas, por exemplo);
● Etc.
A radiografia odontológica oclusal não requer qualquer preparação especial.
Nos casos em que o dentista necessite de recorrer ao exame, este pode ser
executado, de uma forma simples, durante a consulta. A radiografia oclusal não possui
nenhum risco ou complicação digna de relevo.
O exame pode ser executado em adultos e crianças de qualquer idade.
A radiografia oclusal pode ser realizada durante a gravidez. Ou seja, a gestação não
constitui uma contraindicação significativa na realização do RX, desde que sejam respeitadas
as devidas precauções.
É de fundamental importância que a grávida informe o dentista ou assistente sobre a
gestação ou eventual suspeita de gravidez, por forma a evitar que o bebê não seja exposto à
radiação emitida durante a realização do exame.
Em caso de gravidez e como medida de proteção, a paciente será coberta com um
avental específico. Este avental é fabricado com um revestimento de chumbo, material este,
que permite proteger o bebê e resto do corpo da exposição à radiação.
A radiografia oclusal pode ser efetuada no consultório com todo o conforto para o
doente. Para a sua realização são colocados previamente, na boca do paciente, detetores ou
sensores, que serão seguidamente sujeitos à emissão de um feixe de raios-x, possibilitando
desse modo a obtenção da imagem radiográfica da região a estudar, através da captação
desse feixe ionizante num formato digital ou em película.
O exame é indolor (não provoca qualquer tipo de dor).
A radiografia oclusal é de execução bastante rápida (duração média de um a dois
minutos).
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9- METODOS RADIOGRÁFICOS DE
LOCALIZAÇÃO
Alguns dentes estão anatomicamente dispostos de tal forma que, numa tomada
radiográfica ortorradial, a imagem resultante acaba apresentando sobreposição de raízes e
canais. Isso, em si, já inviabiliza a interpretação radiográfica.
O método de Clark visa resolver esse e outros problemas. Charles A. Clark em 1910
usou um princípio físico chamado paralaxe para solucionar o problema da sobreposição
em tomadas radiográficas. É mais ou menos o seguinte: quando se olha alguma coisa, o que
você enxerga depende do ângulo pelo qual você está olhando. Em imagens radiográficas é a
mesma coisa: a imagem obtida depende do ângulo de incidência do feixe de Raios X sobre o
filme. Clark observou o seguinte:
1. Quando 2 objetos, A e B, estão alinhados em relação ao observador, o objeto mais
próximo vai encobrir o mais distante.
2. Se o observador se desloca para qualquer lado:
a) O objeto mais próximo se desloca para o lado contrário ao do observador.
b) O objeto mais distante se desloca para o mesmo lado do observador.
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Entenda os objetos como dentes (ou canais) e o observador como você mesmo,
e voilà. O resultado da técnica é a obtenção de 2 radiografias com incidências diferentes que,
se comparadas, dissipam a dúvida que havia. A primeira radiografia é tomada de forma
convencional, em incidência ortorradial (o feixe central de Raios X incide paralelamente às
faces proximais dos dentes) e, a segunda radiografia, é feita alterando-se o ângulo horizontal
de incidência para mesiorradial ou distorradial.
Método de Clark (molar inferior): dissociação de canais
(*) Na dissociação dos canais de pré-molares superiores, pode ser muito útil alterar, também, o ângulo
vertical de incidência do feixe de Raios X. Isso causará um encurtamento da imagem, sendo que a raiz palatina,
por estar mais próxima do filme, sofrerá um menor encurtamento que a raiz vestibular, evidenciando melhor
seu terço apical.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
Método de Clark: localização de dentes inclusos
● Método de Miller & Winter
Criado em 1914 pelo Dr. Fred Miller e posteriormente divulgado por Winter.
Também conhecido como técnica do ângulo reto ou da dupla incidência.
É indicado para a localização de dentes inclusos, corpos estranhos e processos
patológicos em mandíbula.
A técnica consiste em: uma radiografia periapical e uma radiografia oclusal (com
filme periapical) cujas incidências são perpendiculares entre si, daí o nome técnica do ângulo
reto. Na periapical o ideal é que faça-a com a técnica do paralelismo, já na oclusal o paciente
morde levemente a película e inclina a cabeça para trás.
Vantagem: dependendo da posição do elemento a ser radiografado esta técnica
permite boa visualização.
Desvantagens:São necessárias duas radiografias; pacientes com náuseas, trismo,
hiperativo.
● Método de Donovan
Quando a técnica de Miller & Winter não registra inteiramente o terceiro molar
incluso. Geralmente quando estão na horizontal ou inclinas fica difícil, pois o ramo da
mandíbula dificulta o posicionamento do filme para a radiografia oclusal. Esta técnica é
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indicada sempre que a radiografia oclusal da técnica Miller & Winter não mostrar,
inteiramente, as raízes do 3° molar inferior.
A técnica consiste em: posicionar o filme inclinado sobre o ramo da mandíbula; pedir
ao paciente para segurar o filme com o dedo indicador do lado oposto na região
mésio-oclusal do 2° molar; o paciente inclina a cabeça para trás e para o lado oposto; a
incidência do feixe deve ser no sentido ângulo da mandíbula-ápice do nariz.
Vantagens: utilização de uma película apenas, praticidade da técnica.
Desvantagens: paciente impossibilitado de usar as mãos, com trismo, com náusea.
● Método Parma
Esta técnica é indicada para mandíbula quando a radiografia periapical convencional
não registra inteiramente o terceiro molar inferior incluso.
A técnica consiste em: inclinar o filme deixando a sua borda disto-inferior próxima ao
assoalho bucal (se causar desconforto pode dobrar essa borda para lingual)
● Método de Le Master
Técnica indicada para maxila quando ocorrer sobreposição das imagens do processo
zigomático da maxila e das raízes dos molares superiores.
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A técnica consiste em: colocar um rolete de algodão preso com fita crepe na metade
inferior do filme; isso diminui a angulação vertical eliminando-se a sobreposição de imagens.
10- APARELHOS DE RAIO-X INTRAORAL
O aparelho de raios-X deve ser designado para que possa ser operado de maneira
simples pelos profissionais. Para a obtenção dos elementos fundamentais para a produção
de Rx, são necessários:
� Gerador de elétrons;
� Acelerador de elétrons;
� Alvo ou anteparo.
Basicamente, estes elementos estão contidos em duas partes:
� Tubo de Rx ou âmpola: contém o filamento (cátodo- parte negativa), área
focal (ânodo- pólo positivo), este último possui elevado ponto de fusão e é bom condutor de
calor.
� Circuito elétrico, com os transformadores: Aquece o filamento e aplica a
elevada quilovoltagem. 
PARTES DO APARELHO DE RAIO-X ODONTOLÓGICO 
a)Base: Fixa ou móvel – pode estar presa à parede ou ao próprio equipo odontológico.
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b)Corpo: Partes elétricas gerais:
Autotransformador
Estabilizador de corrente
Regulador de miliamperagem
Marcador de tempo
Voltímetro
Seletores de quilovoltagem e miliamperagem
c)Braço Articulador: Permite movimentos do cabeçote nos planos vertical e horizontal.
d)Cabeçote: Continente blindado para o tubo de Raios-X e:
Transformador de alta tensão
Transformador de baixa tensão
Filtro adicional de alumínio
Diafragma de chumbo – Colimadores metálicos
Localizadores
Aparelho fixo na parede e aparelho móvel.
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Cabeçote
11- PRINCIPAIS ERROS EM
PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS
O exame radiográfico é um recurso importante na obtenção do diagnóstico de lesões
do complexo maxilomandibular. Para que proporcione a informação necessária, é essencial
que apresente uma imagem de qualidade, caso contrário o diagnóstico poderá ser
prejudicado. Ainda, a qualidade da imagem radiográfica é fundamental para a conservação
em arquivo, sendo de grande valor nas questões legais.
A qualidade da imagem radiográfica é considerada um juízo subjetivo pelos
profissionais, sendo o resultado da combinação de características de densidade, contraste,
nitidez ou detalhe, distorção, somando a isso o enquadramento da região de interesse. Para
isso, é necessário que todos os passos na obtenção da radiografia sejam considerados, desde
o filme radiográfico, posição da cabeça do paciente, incidência do feixe de raios X, tempo de
exposição correto e, finalmente, as etapas do processamento radiográfico
Os erros cometidos durante qualquer fase do processo para obtenção do exame
radiográfico, acarretará em prejuízos para o profissional. Inicialmente devido ao tempo
despendido para identificação do erro e sua correção, depois pelo gasto com repetições
desnecessárias e exposições adicionais para o paciente.
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Curso Técnico em Saúde Bucal
É importante o cuidado em todas as fases do processo de confecção do exame,
muitos dos erros são cometidos pelo não cumprimento das etapas durante a aplicação da
técnica radiográfica, pela pressa ou desatenção ao executar o exame radiográfico.
O incômodo apresentado pelo paciente em determinadas regiões, a ansiedade, enjôo
ou variações anatômicas não devem ser motivos para uma radiografia com qualidade
diagnóstica insatisfatória, pois além de interferir na interpretação das imagens, podem
influenciar o diagnóstico e o plano de tratamento.
Outro fator que deve ser levado em consideração em relação aos erros nas
radiografias, é que os exames radiográficos desempenham um importante papel em
processos legais.
Devido à importância na identificação do tipo de erro cometido pelo profissional e
para exata correção, os erros foram divididos em três grupos:
1) Erros no Armazenamento
� Filme vencido
Devemos tomar cuidados especiais no armazenamento dos filmes radiográficos,
como: - Manter em local fresco. Após a abertura da caixa, dê preferência a
conservação do produto dentro de geladeira.
- Umidade Relativa do Ar - 40 - 60%.
- Longe de Radiações Ionizantes.
- Isolamento Elétrico de Prateleiras Metálicas.
- Sem pressões sobre os filmes.
- Os mais velhos por cima
� Filme submetido a altas temperaturas
Este erro, ao contrário do filme vencido, provoca uma imagem radiográfica de
manchas escuras pelo filme, devido as altas temperaturas que o mesmo é submetido
durante:
- O Transporte (da fábrica até a distribuição)
- A Estocagem
2) Erros na Tomada das Radiografias
� Radiografar o paciente com próteses, oclos, brincos etc.
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� Projeção do dedo entre o tubo e o filme
� Colocação errada do filme
� Angulação do tubo
� Superexposição
� Subexposição
� Dupla exposição
� Radiografia tremida
� Aparelho desligado
3) Erros no Processamento
� Filme arranhado
� Pressão excessiva da unha
� Impressão digital
� Eletricidade estática
� Colgadura suja
� Velamento
� Nível do revelador
� Tempo de revelação
� Tempo no fixador
� Filme colado em outro
� Filme colado em papel
Torna-se imperioso que exista pelos profissionais que executam tomadas
radiográficos cuidados técnicos nas tomadas das radiografias, no armazenamento dos filmes
radiográficos e no processamento destes exames, pois a falha ocorrida na execução de uma
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destas fases pode dificultar a interpretação, levando a conclusões errônea, provocando
exposições desnecessárias aos pacientes e aumentando a necessidade de repetições, devido
ao exame radiográfico não possuir imagens em condições de diagnóstico.
Segundo Freitas (2000), uma radiografia deve ser considerada tecnicamente boa
quando apresenta um máximo de detalhe e um grau médio de densidade e contraste.
• Detalhe - a imagem radiográfica deve visualizar com minúcias suas estruturas,
apresentando contornos precisos, sem distorção.
• Densidade - é o grau de escurecimento ou enegrecimento da radiografia (aparência
mais clara ou mais escura de uma radiografia).
• Contraste - é a diferença de densidade de áreas contíguas na mesma radiografia.
12- RADIOGRAFIA PANORÂMICA
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A radiografia panorâmica é, por definição, uma técnica que permite a reprodução da
maxila e mandíbula em um filme, com única exposição aos Raios X. Apesar de ter princípios
de técnica que remontam quase 100 anos, ela possui um espectro de indicações e vantagens
tão amplo que a tornam o exame complementar mais utilizado em Odontologia até os dias
atuais.
A radiologia Médicae Odontológica evoluiu muito até alcançar o patamar dos dias
atuais.
Tão logo ocorreu a descoberta dos Raios X, no ano de 1895, apenas cinco meses
depois foi feita a primeira radiografia dental.
Os primeiros estudos e métodos relacionados à radiografia panorâmica datam da
década de 1920 e. desde então, a técnica aperfeiçoou-se para se tornar o que conhecemos
hoje.
A imagem a seguir mostra a capa do terceiro número da revista da American Dental
Association, do ano de 1920, com o tema “Raios X na Prática Dental”.
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Fonte: www.ada.org/centennial
Em alguns métodos antigos, a fonte emissora de Raios X era colocada dentro da
cavidade bucal e o filme era mantido pelo próprio paciente, que o pressionava na face. Este
método possuía um alto risco, pois, ao aquecer-se pela produção de Raios X, rotineiramente
a ampola estourava dentro da boca do paciente.
Fonte: Radiologia Odontológica, Panella J. 2007 Guanabara Kogan, São Paulo – SP
Antigo aparelho de radiografia panorâmica – nota-se o posicionamento da ampola (intrabucal) e os filmes
mantidos pelo próprio paciente.
Com o tempo, a melhora obtida na qualidade da imagem veio por meio dos avanços
das marcas comerciais dos aparelhos. Saiu de cena o antigo filme analógico (convencional) e
entraram os filmes dry (digitais, portanto, ecologicamente corretos). Os obsoletos sais de
halogeneto de prata da composição dos filmes convencionais deram lugar aos pixels, que são
os pequenos pontos que formam a imagem digital.
Os líquidos processadores (revelador e fixador) não fazem mais parte da obtenção
das imagens digitais. O sensor digital reproduz instantaneamente a imagem logo após a sua
aquisição.
A imagem digital só trouxe benefícios: melhor nitidez e fidedignidade, menor dose de
exposição, descartando o processo de revelação da radiografia, o que favorece o meio
ambiente. Além do que, a imagem digital pode ser armazenada, visualizada e enviada
facilmente, de forma eletrônica, por meio de computadores.
Como já descrito, é possível mencionar uma vasta quantidade de itens que destacam
as indicações da radiografia panorâmica.
A sua principal vantagem é a possibilidade de observação simultânea dos arcos
dentais em uma película. Desta forma, pode-se ter uma vista global do status radiográfico da
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saúde bucal de um indivíduo, o que facilita o diagnóstico, planejamento e acompanhamento
de cada caso. As especificações da radiografia panorâmica são muito abrangentes,
envolvendo as especialidades cirúrgicas como a periodontia, implantodontia, cirurgia e
traumatologia maxilo facial, além das especialidades que restauram a funcionalidade e
estética oral, como a ortodontia, prótese e dentística. Por fim, mas não menos importante, o
estudo das diversas patologias maxilomandibulares, podem se manifestar de forma
silenciosa, sendo encontradas como que de forma acidental.
Ante a uma radiografia panorâmica, pode-se observar o grau de relação dos
elementos presentes com o canal da mandíbula, com os seios maxilares e com a cavidade
nasal. A Articulação Temporomandibular também pode ser inicialmente avaliada, apesar de
não ser a técnica indicada para esta região anatômica.
A radiografia panorâmica também tem indicação na avaliação inicial de novos
pacientes, de forma a documentar o status radiográfico: pré, trans e pós-tratamento.
Constitui parte importante, não apenas no resguardo legal do profissional, mas também para
registrar a evolução do paciente de acordo com os procedimentos adotados desde os
momentos iniciais da relação paciente/profissional até a conclusão do tratamento.
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13- NOVAS TECNOLOGIAS EM
RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E
TOMOGRAFIA CONE-BEAM
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A radiologia atravessa hoje seu mais importante processo de transformação desde
sua descoberta pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen, em 1895. De lá para cá surgiram
diversos equipamentos de representação analógica e inúmeras técnicas de avaliação e
geração de laudos que simplesmente revolucionaram o mercado da saúde. E ao contrário da
velocidade desse processo inicial, considerada lenta, a evolução dos últimos anos bateu
recordes. Aí surgiram a representação tridimensional digitalizada, a computação em nuvem
e o cruzamento de dados por meio de soluções em Big Data Analytics, por exemplo, que
abriram os olhos dos profissionais de radiologia e possibilitaram a realização de diagnósticos
precoces, assertivos e mais ágeis. Fato é que a tecnologia em radiologia está reconfigurando
a forma de pensar da medicina diagnóstica.
Em meio a essa transição da área, cabe ao técnico em radiologia se aprofundar nos
conhecimentos a respeito das novas ferramentas em diagnóstico por imagem, redesenhando
a forma de usar a medicina diagnóstica no processo curativo. 
Dentre as tecnologias que vieram para revolucionar a área, sem dúvida a tomografia
cone-beam é a que recebe mais destaque nos últimos anos.
A Tomografia Computadorizada (TC) é um exame de diagnóstico por imagem que
utiliza os Raios-X, atravessando o corpo do paciente, para formar imagens na tela de um
computador.
O primeiro tomógrafo era bem simples, porém, o exame era demorado e com doses
altas de radiação. Com o passar do tempo o equipamento foi aprimorado, diminuindo assim
o tempo de varredura e a dose de radiação e melhorando a qualidade das imagens.
Atualmente, os equipamentos mais modernos de Tomografia são chamados de nova
geração, onde é possível acomodar corpo inteiro do paciente e realizada toda a varredura do
corpo em poucos segundos, com níveis menores de radiação.
A Tomografia Cone Beam tem sido muito utilizada na odontologia, por disponibilizar
imagens tridimensionais, sendo indicada principalmente na implantodontia.
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O aparelho de Tomografia Cone Beam é semelhante ao aparelho de Raios-X
panorâmico, o paciente pode ser posicionado sentado, em pé ou em decúbito dorsal
(dependendo do aparelho). Na imagem abaixo, você pode conferir um Tomógrafo Kodak
9000 3D. Este tomógrafo cone beam produz imagens panorâmicas de alta qualidade digital e
imagens tomográficas com baixa dose de radiação. 
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O tomógrafo cone beam tem dois componentes principais que são localizados em
polos diferentes do aparelho. São eles: a fonte de Raios-X, que emitem a radiação em forma
de cone e o detector de Raios-X.
É realizado apenas um giro de 360° em torno da cabeça do paciente fazendo a
aquisição das imagens a cada 1° grau, após a aquisição das imagens, toda a informação é
enviada para um computador. No computador é instalado um software que permite a
realização de reconstruções em 2D ou 3D e a retirada de estruturas indesejadas (como a
coluna cervical) na imagem, por exemplo. O tempo de exame varia de 10 a 70 segundos e o
tempo de exposição vai de 6 a 7 segundos, é um tempo de exposição bem curto. 
Existem 2 tipos de sensores para a tecnologia cone beam: Intensificador de Imagem
e o Flat Panel. A primeira geração de tomógrafos cone beam utilizava o sistema intensificador
de imagem de 8bits. Com a evolução dos aparelhos, o sensor Flat Panel passou a ser mais
utilizado pelas vantagens que oferece, pois produz imagens livres de distorções e com menor
ruído, não são sensíveis a campos magnéticos e não precisam de calibração freqüente.
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Atualmente os sensores flat panel possuem 12 a 16 bits. Quanto maior a quantidade de bits,
maior a quantidade de tons de cinza.
O braço contendo o sensor e o tubo de raios X gira em torno do paciente,
adquirindo múltiplas imagens bidimensionais em diferentes projeções. O número de
projeções varia entre 250 a 600 imagens adquiridas dentro um giro de 180 a 360 graus. O
tempo de execução do exame geralmente ocorre entre 8 a 40 segundos, mas como o raio X é
pulsátil, o tempo de exposição é bem menor. O sistema cone beam é muito sensível a
movimentoda cabeça do paciente, portanto, o mesmo deve ficar imóvel, durante a aquisição
de imagem. Aparelhos com sistema de contenção adequado favorecem a imobilidade do
paciente.
As imagens obtidas das múltiplas exposições geram um volume cilíndrico e o
computador realiza a reconstrução primária. Depois, para trabalho, executam-se
reconstruções secundárias da imagem de acordo com as necessidades e com os protocolos
de atendimento. Além dos cortes, pode-se gerar a partir da tomografia cone beam, imagens
planas ou tridimensionais da radiografia panorâmica em tamanho real de 1:1, imagem da
teleradiografia lateral, frontal, e muitos outros exames com uma nitidez muito maior do que
os exames convencionais.
Reconstrução tridimensional de imagens em norma lateral, frontal e panorâmica.
As imagens digitais são formadas por pequenos pontos, a menor unidade destas, que
são pequenos quadrados com medidas laterais idênticas, largura (x) e altura (y), sendo
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chamado de pixel. Como a tomografia é um volume tridimensional, um novo plano é
adicionado, a profundidade (z), constituindo então não mais um quadrado e sim um cubo,
chamado de voxel. A tomografia cone beam possui voxel isométrico 10 (voxel com altura,
largura e profundidade de iguais dimensões) e voxel isomorfo, aumentado a capacidade de
reproduzir detalhes dos tecidos duros com maior nitidez e clareza do que as tomografias
médicas (que não possuem voxels isométricos), especialmente de estruturas delicadas, como
por exemplo, lâmina dura. Teoricamente quanto menor o tamanho do voxel, mais nítida
tende ser a imagem, mas outros fatores como a qualidade do sensor, projeto do aparelho,
estabilidade do paciente e software interferem na nitidez final.
Representação esquemática da formatação dos voxels a partir do volume adquirido.
No sistema de TC médica o processamento do exame é realizado em um computador
servidor específico, de alto custo. Na tomografia cone beam é utilizado um computador
convencional, com alto desempenho, aspecto beneficiado pelos avanços dos processadores
atuais com núcleo duplo, barateamento da memória Ram e preço mais accessível de Hard
Disc (HD) de grande capacidade de armazenamento.
Assim como na tomografia médica tradicional, no sistema cone beam pode-se
exportar as imagens em arquivo Dicom (Digital Imaging and Communications in Medicine). O
arquivo Dicom foi desenvolvido especialmente para a área médica com a finalidade de
integrar e visualizar diversas modalidades de imagens em um único sistema de arquivamento
digital. O sistema Dicom pode armazenar dados técnicos da aquisição do exame, data,
informações clínicas do paciente, etc. As imagens Dicom podem ser abertas em softwares
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específicos. Estes arquivos podem então ser convertidos para o formato STL para a realização
de modelos tridimensionais.
Os aparelhos de tomografia cone beam possuem características próprias e diferem
quanto ao tipo de sensor, tamanho do campo de imagem (Field of View – FOV), resolução e
software. Essas diferenças fazem com que certos aparelhos sejam mais indicados para
determinadas especialidades, como a endodontia na qual uma imagem em alta resolução se
faz necessário, diferindo da ortodontia que necessita de uma área mais abrangente de
grande volume.
Pode-se classificar os tomógrafos cone beam pelo tamanho de seu campo de
imagem.
1. aparelhos de pequeno volume; 2. aparelhos de grande volume; 3. aparelhos de
grande e pequeno volume.
● Aparelhos de pequeno volume:
Os tomógrafos de pequeno volume (Figura 5) possuem um FOV de até 8×8 cm. A
vantagem desta aquisição é poder avaliar apenas as regiões de interesse, em alta resolução,
sem expor o paciente à radiação em áreas sem interesse, de forma desnecessária. Na
eventual necessidade de um campo maior de imagem, dois ou mais volumes podem ser
adquiridos para complementar o exame. Em odontologia, a grande maioria das necessidades
de exames tomográficos se limita a áreas especificas da boca. É um exame altamente
adequado para avaliação de estruturas dentárias e dos tecidos ósseos adjacentes. O
pequeno volume é a escolha adequada nos casos em que a alta resolução se faz necessária
como a endodontia, reabsorções, implantes de alguns elementos, ATM e patologias.
● Aparelhos de grande volume:
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Os aparelhos de grande volume (Figura 6) adquirem um volume de imagem maior
que 8×8 cm, geralmente 12x12cm a 18x22cm. Eles possuem maior dose de radiação e
qualidade de imagem inferior aos de pequeno volume. Vale ressaltar que a dose de radiação
é superior a de pequeno volume, porém muito inferior a tomografia médica. As tomografias
de grande volume podem gerar reconstruções multiplanares com visões tridimensionais e
bidimensionais, como tele radiografias lateral, frontal, axial, radiografias panorâmicas
virtualmente sem distorções. Estes aspectos auxiliam especialidades em que uma grande
área precisa ser analisada, como implantes múltiplos, grandes patologias, ortodontia e
traumatologia.
● Aparelhos de grande e pequeno volume:
Novas gerações de tomógrafos estão sendo desenvolvidas com o intuito de unificar
grande e pequeno volume. A dose de radiação de um exame cone beam dependerá da
marca e do modelo do aparelho, configurações de quilovoltagem (KV), miliamperagem (MA),
tempo de exposição e abrangência do volume do exame. A dose de um exame de tomografia
cone beam dos principais modelos comercializados no Brasil equivale, na média, a
aproximadamente um exame periapical boca toda com filme, de 4 a 15 panorâmicas e
apenas de 1,3% a 6,4% da exposição de uma tomografia médica de face
Aplicações da Tomografia Cone Beam na Odontologia
Existem diversas aplicações do exame na odontologia, a aplicação mais comum é na
implantodontia. Veja outras indicações:
- Localizar elementos dentais inclusos
- Avaliar o grau de reabsorção radicular de dentes adjacentes a caninos retidos
- Avaliar a relação de dentes inclusos com acidentes anatômicos
- Localizar pequenas trincas e fraturas dento-alveolares
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- Avaliar fraturas radiculares Avaliar fraturas radiculares
- Visualizar tamanho, forma e número de canais radiculares
- Determinar quantidade, qualidade e inclinação do rebordo ósseo alveolar
- Observar anomalias da Articulação Temporomandibular
- Auxiliar no diagnóstico e delimitação das lesões patológicas
- Avaliação de patologias Avaliação de patologias
- Avaliar os seis maxilares
- Avaliação de patologias (frontal) Avaliação de patologias (lateral)
- Avaliação de patologias (horizontal)
- Observar pacientes portadores de fenda palatina
- Determinar quantidade de osso para tracionamento ortodôntico
- Avaliar relação entre diâmetro das raízes e as tábuas ósseas vestibulares e linguais
- Realizar planejamento cirúrgico virtual
A Tomografia Cone Beam possui uma importância muito grande no planejamento do
implante porque com as imagens é possível cortes precisos do osso alveolar remanescente,
medir altura e espessura, medidas específicas entre o osso e as estruturas vitais, como
nervos, seio maxilar e fossa nasal. 
Através da Tomografia Cone Beam é possível simular a cirurgia de implante antes de
realizá-la.
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IDENTIFICAÇÃO DE AUTORIA
José Almir Feitosa de Lima. Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades
Integradas de Patos (FIP - 2010). Bacharel em Odontologia pela Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG – 2016). Especialista em saúde coletiva e comunitária pela
Universidade Cândido Mendes (UCAM – 2017).
Possui atuação na área clínica e docente, é professor do curso técnico em saúde bucal
do instituto tecnológico da paraíba desde 2016, onde também atuou como supervisor
técnico pedagógico.
Qualificações e atividades complementares
� Aperfeiçoamento em odontologia legal. 100h. 2016.
� Estagio extra-curricular como cirurgião-dentista na secretaria de saúde do
municípiode equador-RN. 63h. 2016.
� Membro do colegiado do curso de odontologia da Universidade Federal de
Campina Grande. 2016.
� Monitor da disciplina de elaboração do projeto do trabalho de conclusão de
curso. Universidade Federal de Campina Grande. 2016.
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Artigos publicados e trabalhos apresentados
LIMA, José Almir Feitosa de. Avaliação do Conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas
Sobre a Importância do Prontuário Odontológico Para Fins Forenses. Revista Uningá,
v. 53, p. 33-38, 2017.
LIMA, José Almir Feitosa de. Relação de risco entre obesidade e a doença periodontal:
revisão de literatura. REVISTA COOPEX, v. 7, p. 1, 2016.
LIMA, José Almir Feitosa de. Conhecimento sobre a importância do prontuário
odontológico para fins forenses. 2017. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
LIMA, José Almir Feitosa de. Avaliação do Conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas
Sobre a Importância do Prontuário Odontológico Para Fins Forenses. 2017. (Apresentação de
Trabalho/Congresso).
LIMA, José Almir Feitosa de. Avaliação de Conhecimento da Importância do
Prontuário Odontológico Para Fins Forenses. 2016. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
Contatos:
Tel.: (83) 999146965
E-mail: dr.almirfeitosa@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/5788773086235500
FONTES CONSULTADAS
Alvares ML, Tavano O. Curso de Radiologia Odontológica. 4ª Ed.Santos, Livraria e Editora;
1998.
DENARDI, CAS. Estudo sobre os métodos de localização radiográfica. Piracicaba – SP – 2002.
Disponível em < http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=000767553>
Freitas A, Rosa JE, e Souza IF. Radiologia Odontológica. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas;
2004.
Haring JI, Lind LJ. Dental Radiography – Principles and Techniques. W.B. Saunders Company,
1996
Mattaldi RAG. Radiologia Odontológica.2ª Ed., Buenos Aires,Mundi,1975.
Panella, J. Radiologia Odontológica e Imaginologia. 1ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
Papaiz EG, Capella LRC, Oliveira RJ. Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico
para o Cirurgião-Dentista. 1ª ed. São Paulo: Santos; 2011.
Pasler FA. Radiology: Color Atlas of Dental Medicine. Georg Thieme Verlag Sttuttgart. New
York, 2006.
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mailto:dr.almirfeitosa@gmail.com
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Whaites E. Princípios de Radiologia Odontológica.3ª Ed.Artmed. Porto Alegre, 2003
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