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Laís Kemelly – M14 FEBRE P1 Intermediária Introdução Os fármacos antimicrobianos são seletivamente tóxicos. O que isso significa? • Têm capacidade de lesar ou matar os microrganismos invasores sem prejudicar as células do hospedeiro Na maioria das situações, a toxicidade seletiva é relativa, exigindo que a concentração do fármaco seja cuidadosamente controlada para atingir o microrganismo enquanto ainda está sendo tolerado pelo hospedeiro. (se superdosar não tem jeito, vai lesar a pessoa junto) Escolha do Antimicrobiano Apesar de alguns pacientes precisarem de tratamento empírico, ou seja, administração imediata dos fármacos (ex. bebê < 3m com febre > 38º C), existem alguns critérios para realizar a seleção adequada do fármaco. A escolha do ATB mais apropriado requer o conhecimento: 1. Da identificação do microrganismo (qual o bicho?) 2. Da suscetibilidade do organismo com relação a um fármaco particular (ele é mais sensível a qual fármaco? qual tem melhor atuação?) 3. Do local da infecção 4. De fatores do paciente 5. Da segurança do fármaco 6. Do custo do tratamento Identificação do microrganismo infectante É essencial obter uma amostra do microrganismo para cultura antes de iniciar o tratamento. Pode ser feita através de: • Coloração de Gram • Identificação definitiva Tratamento empírico antes da identificação do microrganismo No paciente criticamente doente, aguardar a identificação do microrganismo para iniciar o tratamento pode ser fatal. Quando começar o tratamento? • Pacientes com infecção grave de origem desconhecida • Paciente neutropênico (predisposto à infecção devido a ↓ leucócitos) • Paciente com meningite Como escolher o fármaco? Na ausência de informações sobre suscetibilidade, a escolha é baseada em: • Anamnese o Infecções prévias, idade, relato de viagem recente, tratamento antimicrobiano recente, infecção de origem comunitária ou hospitalar • Local da infecção o LCR de RN → provável Streptococus agalactiae, sensíveis a Benzilpenicilina o LCR de > 40a → provável S. pneumoniae, resistente à benzinpenicilina, sensível a cefalosporinas de 3º geração Não precisa decorar isso aí não, foi só pra exemplificar. É importante que a anamnese seja bem feita e correlacionar com a epidemiologia daquela faixa etária. Masss, de um modo geral damos preferência a começar com ATBs de amplo espectro, assim que Princípios da Antibioticoterapia Laís Kemelly – M14 FEBRE P1 Intermediária sair o resultado do laboratório podemos mudar a abordagem farmacológica se necessário. Determinação da suscetibilidade antimicrobiana de microrganismos infectados A suscetibilidade serve de orientação para a escolha de fármacos específicos. Os antimicrobianos podem ser classificados em fármacos bacteriostáticos ou bactericidas. • Fármacos bacteriostáticos Pense aí, o que é estática? Estar parado, né? Pois bem, os fármacos bacteriostáticos inibem o crescimento e a multiplicação da bactéria no soro, limitando que a infecção se agrave. (bloqueou o crescimento, dali não vai pra frente). E aí as bactérias vão ficar circulando lá, plenas? Claro que não. Quem vai eliminar os patógenos é a própria resposta imune do paciente. Sendo assim, se o fármaco é removido antes que o sistema imune tenha eliminado os microrganismos, o paciente pode ter um segundo ciclo de infecção. (os que restaram vão se proliferar, já que acabou o bloqueio) • Fármacos bactericidas São a escolha no paciente imunocomprometido e grave, já que matam a bactéria nas concentrações séricas do fármaco alcançadas pelos pacientes. O medicamento por si só já reduz os microrganismos viáveis. Espectro Terapêutico Antimicrobianos de espectro estreito São aqueles que atuam somente em um grupo ou limitado de microrganismos. Ex. isoniazida. Antimicrobianos de espectro estendido São modificados para serem eficazes contra microrganismos gram-positivos e contra um número significativo de bactérias gram-negativas. Ex. ampicilina Antimicrobianos de amplo espectro Afetam uma grande variedade de espécies microbianas. Sua administração pode alterar drasticamente a natureza da flora bacteriana normal e causar superinfecção. Laís Kemelly – M14 FEBRE P1 Intermediária
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