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KATARINA ALMEIDA Sepses Neonatal ETIOLOGIA FISOPATOLOGIA MANIFESTAÇÔES CLINICAS TRATAMENTO DEFINIÇÃO: Infecção sistêmica que ocorre no recém-nascido (RN), ou seja, nos primeiros 28 dias de vida. A sepse neonatal pode ser classificada • precoce (SNNP), quando ocorre nas primeiras 48 horas de vida • tardia (SNNT), quando acomete recém nascidos após as primeiras 48 horas do nascimento FATORES DE RISCOS: FATORES DE RISCO SNNP FATORES DE RISCOS SNNT • Prematuridade, Uso de antibiótico amplo espectro, longa permanecia hospitalar, Duração prologada de ventilação mecânica, Nutrição parental prolongada ETIOLOGIA Devemos pensar a etiologia de forma diferencial entre a sepse neonatal precoce e a sepse neonatal tardia. Para a SNNP, a infecção está relacionada tanto a fatores gestacionais como fatores peri-parto, acontecendo intra-útero ou pela passagem do RN no As alterações fisiopatológicas na sepse não dependem exclusivamente da presença de bactérias na corrente sanguínea, mas também da resposta do hospedeiro às toxinas liberadas pelos microrganismos na circulação. Nas infecções por bactérias gramnegativas, a endoxina é constituída pela cápsula bacteriana (lipopolissacarídeo) estimula o hospedeiro a produzir mediadores tumorais (citocinas), como o fator de necrose tumoral (TNF) e a interleucina 1 (IL-1), produzidos pelos macrófagos e monócitos ativados e também por outras células, como os astrócitos e as células gliais. A liberação de TNF desencadeia a ativação dos mecanismos de coagulação. No endotélio, há bloqueio da ação da trombomodulina, que é essencial para a ativação da proteína C. Na ausência de proteína C, os fatores de coagulação ativados Va e VIIa não são neutralizados, além disso, a produção de fator tecidual ativador do plasminogênio é inibida, ficando prejudicados os mecanismos anticoagulantes. O TNF age também estimulando a produção de fatores pró-coagulantes, como o fator inibidor do plasminogênio ativado, fator tecidual e fator de Manifestações clínicas da SNNP: A SNNP pode ter diversos sinais clínicos completamente inespecíficos, dos quais iremos listar os mais prevalentes Pode ocorrer uma instabilidade térmica, seja ela uma hipotermia (< 36,5°C) ou hipertermia (>37,5°C), sendo importante ressaltar que o RN prematuro cursa mais com hipotermia que o RN termo. Sinais de desconforto respiratório podem ser observados, como gemência, batimento da asa do nariz, tiragem e retrações intercostais, apneia ou taquipneia, cianose e outros sinais de dificuldade respiratória. alterações neurológicas, como hipotonia ou convulsões, irritabilidade ou letargia manifestações do sistema gastrointestinal, como recusa alimentar, vômitos, distensão abdominal. A icterícia idiopática pode ocorrer como uma causa de SNNP, cursando com um aumento expressivo de bilirrubina às custas de bilirrubina direta, o que é menos comum em RN’s. palidez cutânea ou sinais de sangramento, como petéquias ou púrpuras, podem também ser sinais clínicos de SNNP MANIFESTAÇÕES CLINICAS SNNT TRATAMENTO SNNP • Penicilina cristalina – 200.000 a 500.000 UI/K/dia dividido de 12/12 horas OU/ • Ampicilina – 75 mg/Kg/dose de 8/8 horas OU/ • Cefazolina – RN < 07 dias: 40 mg/Kg/dia 12/12 horas E/ Tratamento da SNNT: O tratamento dessa entidade será direcionado para o perfil de resistência das bactérias hospitalares, de acordo com cada instituição, de forma a cobrir tanto os germes Gram positivos como os Gram negativos, e em alguns casos os fungos. • Caso o Hospital possua S. aureus meticilinorresistente (MRSA), deve-se utilizar a Vancomicina, em detrimento da Oxacilina (utilizado em casos de MSSA – S. aureus meticilinossensível). • Para os Gram negativos, que também devem ser cobertos na SNNT, usualmente utilizados uma Cefalosporina de amplo espectro, como a Cefotaxima e Cefepime. • Além disso, também devem ser coberto os fungos, possíveis agentes etiológicos na SNNT. canal de parto. Os agentes etiológicos mais envolvidos são, portanto, os microrganismos presentes no trato genital materno, principalmente germes Gram negativos, tendo como principais representantes o Streptococcus agalactiae (Streptococcus do Grupo B - SGB), Escherichia coli e Listeria monocytogenes. Para a SNNT, por outro lado, temos como principais fatores associados a infecção hospitalar e os procedimentos invasivos realizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), como infecção de cânula traqueal, de cateter de longa permanência, de punções venosas realizadas em procedimentos na UTI. Nesse caso, as bactérias envolvidas em geral são germes Gram positivos, principalmente o Staphylococcus aureus (Eventualmente alguns Staphylococcus coagulase negativos), Enterococcus e Fungos (Candida sp.) ativação plaquetário. Paralelamente, há ativação dos polimorfonucleares, com aumento da quimiotaxia e aderência às células endoteliais, levando a lesão tecidual, exposição ao fator tecidual e liberação do fator inibidor do plasminogênio ativado. Em consequência, deflagra-se o processo de coagulação intravascular disseminada. A IL-1, também denominada pirogênio endógeno, é responsável pela indução da febre, alterações na contagem dos leucócitos e síntese de reagentes da fase aguda que acompanham a infecção. Por meio da ação da endotoxina é ativada a cascata do complemento, tanto pela via clássica como pela via alternada. Os produtos resultantes podem causar citoxicidade e aumento da permeabilidade vascular, além de induzir a quimiotaxia, agregação e ativação de leucócitos. Na vigência de endotoxemia, tem sido registrado aumento da produção de bradicinina, que provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, e de serotonina, que causa hipertensão pulmonar. Há estímulo hipofisário para a liberação de endorginas, as quais contribuem para a vasodilatação e hipotensão. Os sinais clínicos são de diferentes sistemas e podem ser agrupados da seguinte forma: a) apneia, dificuldade respiratória, cianose; b) taquicardia ou bradicardia, má perfusão ou choque; c) irritabilidade, letargia; hipotonia, convulsões; d) distensão abdominal, vômitos, intolerância alimentar, resíduo gástrico, hepatomegalia; e) icterícia inexplicável; f) instabilidade térmica; g) petéquias ou púrpura DIAGNOSTICO ; Diagnóstico da SNNP: DIAGNOSTICO DE SNNT Nesse caso, utiliza-se a Anfotericina B.
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