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ESCOLAS PENAIS: UMA DISCUSSÃO SOBRE O CONCEITO DE CONDUTA E A POSIÇÃO DO ELEMENTO SUBJETIVO DO CRIME EM SUA PERSPECTIVA ANALÍTICA Carolina Assis Castilholi Escolas Penais Concepções Clássica (causalista) Neoclássica Finalista Funcionalista (pós-finalista) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escolas Penais Concepções Clássica (causalista) Neoclássica Finalista Funcionalista (pós-finalista) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escola clássica (causalismo) - VON LISZT Matizes naturalistas (causalismo) - BELING Agregou a ideia de tipicidade - INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO CIENTÍFICO Culminou no positivismo jurídico (método puramente jurídico-formal) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Luiz Regis Prado: "O OBJETO DA CIÊNCIA DO DIREITO POSITIVISTA ERA SOMENTE O DIREITO POSITIVADO, QUE ERA COMPOSTO, ABRANGIDO E LIMITADO PELOS CÓDIGOS E LEIS, OS QUAIS NÃO ESTAVAM INFENSOS A CONSIDERAÇÕES ÉTICAS, SOCIAIS, POLÍTICAS OU FILOSÓFICAS, ANTEPONDO0SE A TODA E QUALQUER REFERÊNCIA DE NATUREZA JUSNATURALISTA." _ P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escola clássica (causalismo) - ANTIJURIDICIDADE Puramente objetivo-normativa -> Simples contradição formal a uma norma jurídica - CULPABILIDADE Subjetivo-descritiva - AÇÃO Puramente naturalística -> Tipo objetivo-descritivo (Ponto mais frágil do conceito clássico de crime, especialmente nos crimes omissivos, culposos e tentados) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Críticas ao causalismo INCAPACIDADE DE ADMITIR A INVALIDADE DE UMA NORMA FORMALMENTE PRODUZIDA, MAS MATERIALMENTE INCOMPATÍVEL COM O ORDENAMENTO VIGENTE. P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escolas Penais Concepções Clássica (causalista) Neoclássica Finalista Funcionalista (pós-finalista) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Concepção neoclássica - DIMENSÃO VALORATIVA DO JURÍDICO introdução de considerações axiológicas e materiais - REFORMULOU O CONCEITO DE AÇÃO Sem, no entanto, alterar o conceito de crime - INFLUÊNCIA DO NEOKANTISMO (SÉC. XIX) Propõe um conceito de ciência que valorize o "dever ser" P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Concepção neoclássica - ANTIJURIDICIDADE Passou a ser concebida sob um aspecto material, com a exigência de danosidade social (onde não houver lesão de interesse, não há antijuridicidade) - CULPABILIDADE Recebeu a ideia de "reprovabilidade" - AÇÃO TÍPICA - Descobrimento dos elementos normativos (que encerram conteúdo de valor) - Reconhecimento da existência dos elementos subjetivos do tipo P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escolas Penais Concepções Clássica (causalista) Neoclássica Finalista Funcionalista (pós-finalista) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Welzel: "AÇÃO HUMANA É EXERCÍCIO DE ATIVIDADE FINAL. A AÇÃO É, PORTANTO, UM ACONTECER 'FINAL' E NÃO PURAMENTE 'CAUSAL'. A 'FINALIDADE' OU O CARÁTER FINAL DA AÇÃO BASEIA-SE EM QUE O HOMEM, GRAÇAS A SEU SABER CAUSAL, PODE PREVER, DENTRO DE CERTOS LIMITES, AS CONSEQUÊNCIAS POSSÍVEIS DE SUA CONDUTA. EM RAZÃO DE SEU SABER CAUSAL PRÉVIO PODE DIRIGIR OS DIFERENTES ATOS DE SUA ATIVIDADE DE TAL FORMA QUE ORIENTE O ACONTECER CAUSAL EXTERIOR A UM FIM E ASSIM O DETERMINE FINALMENTE." _ P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Finalismo - CONCEPÇÃO PURAMENTE NORMATIVA Retirada dos elementos subjetvos da culpabilidade, deslocando o dolo e a culpa (objeto da reprovação) para o injusto! Culpabilidade é entendida como circunstâncias que condicionam a reprovabilidade da conduta contrária ao Direito. - CRIME É O INJUSTO ANTIJURÍDICO E CULPÁVEL Contribuiu decisivamente para a formulação da ideia de "desvalor da ação" como elemento constitutivo do injusto penal e para melhor delimitação da culpabilidade Possibilitou a distinção entre injusto doloso e culposo, a punição do injusto tentado e a diferenciação de autores e partícipes - CARÁTER ONTOLÓGICO Welzel (déc. de 1930 a 1960) Método fenomenológico de investigação P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Escolas Penais Concepções Clássica (causalista) Neoclássica Finalista Funcionalista (pós-finalista) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Funcionalismo (pós-finalismo) - O NORMALISMO MONISTA DE JAKOBS (DÉC. 80) Concebe o Direito como um sistema normativo fechado, não se sujeitando a limites externos - Dificulta a limitação do poder punitivo estatal - É o Direito Penal quem deve se ajustar às necessidades sistêmicas - O NORMATIVISMO DUALISTA DE ROXIN (DÉC. 60) Desvinculou o fundamento da dogmátiva de exigências ontológicas, para baseá-las em decisões político-criminais ex.: atribuição às penas de uma função de proteção dos bens jurídicos, por meio da prevenção (não é imposta ao legislador, mas opção escolhida por ele) P rofª C arolin a A ssis C astilh oli CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME CONDUTA TÍPICA, ANTIJURÍDICA E CULPÁVEL Batista, Bitencourt, Greco, Pierangeli, Zaffaroni CONDUTA TÍPICA E ANTIJURÍDICA Damásio, Dotti, Mirabete, Delmanto CONDUTA TÍPICA, ANTIJURÍDICA, CULPÁVEL E PUNÍVEL Mir Puig P rofª C arolin a A ssis C astilh oli Observação: não confundir! CULPABILIDADE COMO PRINCÍPIO MEDIDOR DA PENA; CULPABILIDADE COMO PRINCÍPIO IMPEDIDOR DA RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA (RESPONSABILIDADE PENAL SEM CULPA OU PELO RESULTADO) CULPABILIDADE COMO ELEMENTO INTEGRANTE DO CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME; P rofª C arolin a A ssis C astilh oli BITENCOURT, C. R. Tratado de Direito Penal: Parte Geral, vol.1. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 229-272. JESUS, D. E. de. Direito Penal: Parte Geral. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: Parte Geral, vol.1. 13. ed. São Paulo: Juspodivm, 2018. WELZEL, Hans. O Novo Sistema Jurídico-Penal: Uma introdução à doutrina da ação finalista. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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