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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC ÁREA DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS CAMPUS APROXIMADO DE CAMPOS NOVOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA LIANA T RIBEIRO MAYELLI BERTUSSO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: MANEJO EM OVINOCULTURA Campos Novos – SC 2020 2 LIANA TAYSE RIBEIRO MAYELLI BERTUSSO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: MANEJO EM OVINOCULTURA Relatório de aula prática do Curso de Medicina Veterinária, Área das Ciências Agrárias, da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, como requisito parcial para aprovação na componente curricular Ovinocultura Docente: Professora Dra. Tássia S. Bertipaglia Campos Novos – SC 2020 3 SUMÁRIO SUMÁRIO 3 1 INTRODUÇÃO 4 2 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 5 3 CONCLUSÃO 14 4 1 INTRODUÇÃO O manejo na ovinocultura requer conhecimento, especificidade e investimentos voltados à nutrição, reprodução, controle de doenças, sanidade e entre outros. Existem algumas medidas que devem ser levadas em consideração para a manutenção do rebanho saudável, como criar os animais em um ambiente sempre limpo e higiênico, oferta de alimentos e água fresca aos animais, isolamento dos doentes, quarentena para novos animais, pesquisar e avaliar sempre as causas das mortes no rebanho, separar e manejar os animais em grupos por categorias e faixas etárias, utilizar equipamentos limpos e desinfetados ou descartáveis, e principalmente reduzir o estresse através do manejo adequado, tudo isso auxilia para a mantença de um rebanho saudável, priorizando sempre o bem estar dos animais. O presente relatório, visa detalhar as atividades e manejos realizados em aula prática de ovinocultura, detalhando e abordando a importância de cada um desses manejos. 5 2 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Foi realizado no dia dezenove de novembro de dois mil e vinte, uma aula prática de ovinocultura no aprisco da UNOESC - Campos Novos, ministrada pela professora Tássia Bertipaglia, com o objetivo de auxiliar nos manejos do dia. Primeiramente, foi realizada a coleta de sangue de uma ovelha para fazer o hemograma. Posterior a isso, foi realizado o Famacha, sendo um método sulafrinao para identificar o grau de anemia através da avaliação da conjuntiva ocular. Os graus variam de 1 a 5, conforme mostra a figura 1. Figura 1: Ovino sendo avaliado pelo método Famacha para identificar algum grau de anemia. É importante que o método famacha seja realizado sempre em associação com exame de fezes, sendo que a recomendação é fazer uma coprocultura periodicamente para a identificação de vermes responsáveis pela contaminação do rebanho. 6 Após isso, foi realizada a colocação de brinco em uma ovelha para identificação. Antes de aplicar, é recomendado que se mergulhe o aplicador com o brinco em uma solução com iodo, porém, na prática, foi utilizado uma pomada cicatrizante (Figura 2), sendo indicada para o tratamento de infecções bacterianas primárias e secundárias, causadas por bactérias. Figura 2: Aplicação de pomada cicatrizante no aplicador com o brinco. Foi realizado também, a coleta de fezes de alguns animais para o exame de OPG. Recomenda-se coletar as fezes de 10% dos animais de cada lote do rebanho, sendo que a coleta deve ser realizada diretamente no ânus do animal, com um saco plástico ou a própria luva utilizada. As luvas devem ser identificadas com o número (brinco) ou nome do animal, com o lote ou categoria pertencente. As fezes devem ser acondicionadas em isopor com gelo assim que coletadas e encaminhadas ao laboratório no mesmo dia. Figura 3: Coleta de fezes para exame OPG (Contagem de ovos por grama). 7 Figura 4: Fezes coletadas. 8 Figura 5: Saquinhos de fezes identificados com o número dos animais e a classificação de acordo com o método Famacha. Posteriormente as coletas e a avaliação da conjuntiva dos animais pelo método Famacha, foi realizado o casqueamento de alguns animais (Figura 6) para a manutenção. O crescimento e o desgaste do casco varia entre as diferentes regiões, devendo ser avaliado periodicamente a necessidade de casqueamento. Em regiões com solos duros, existe um maior desgaste e menor necessidade de casqueamento, diferentemente de regiões com solos arenosos e úmidos. A apara dos cascos deve ser realizada utilizando uma tesoura apropriada e afiada. Deve-se iniciar o corte pelo talão em direção a pinça, retirando todo o excesso da unha de maneira que fique parelha com a sola. Deve ser retirado o excesso das pinças de maneira que as duas fiquem na mesma altura, evitando cortar em excesso para não haver sangramentos. 9 Figura 6: Realização de casqueamento em ovino. 10 Figura 7: Comparação dos talões com e sem casqueamento. Após isso, tivemos uma participação do professor de nutrição, Gustavo Krahl, para nos explicar sobre o manejo nutricional dos ovinos. Os animais dividem-se em categorias, sendo as mães lactantes, vazias e secas. O professor explicou ainda, que o pasto está em seu pior momento pelo vazio forrageiro e a seca, e devido a isso, está sendo fornecido aos animais a silagem.Quando desmamadas, elas diminuírem a exigência, sendo assim, pastam e recebem volumoso para complementar. Para os cordeiros, são divididos 2 kg de silagem por dia, sendo dividido em 2 refeições, pela manhã e tarde. Como fonte de concentrado, é utilizado o milho, farelo de soja e sal. Os cordeiros que ficam com a mãe mamam recebem o creep feeding, sendo um sistema de suplementação onde somente o cordeiro tem acesso ao cocho. Essa técnica auxilia no desenvolvimento do rúmen dos cordeiros, no ganho de peso e ainda reduz o estresse do desmame, além de exigir menos da mãe. Foi feita a vacinação nos borregos do número 20 a 39 e também a limpeza da miíase da ovelha com soro fisiológico e aplicado uma pomada no local. 11 Figura 7: Sistema Creep - Feeding. Por fim, foi realizada a tatuagem numérica em alguns animais, cujo objetivo além de identificar, é o acompanhamento zootécnico daquele animal. Como materiais, utilizamos álcool etílico 70, pomada tatuadora, grampo e números. A orelha dos animais é previamente higienizada com álcool e gaze. 12 Figura 7: Materiais utilizados. Figura 8: Tatuagem numérica nos animais. 13 3 CONCLUSÃO Pode-se concluir que a aula prática de ovinocultura no aprisco da Unoesc de Campos Novos é um método de ensino moderno que conecta alunos, professores e a universidade, tendo em vista que alguns alunos não possuem contato direto com os manejos diários dos animais, a universidade proporciona aprendizado de um modo distinto do teórico. É imprescindível que todos se conscientizem de que o manejo na ovinocultura requer conhecimento, especificidade e investimentos voltados à nutrição, reprodução, controle de doenças, sanidade e que o bem-estar animal está ligadoa manutenção de um rebanho saudável. 14
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