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Fisiologia da dor A dor é uma experiência subjetiva, emocional, psíquica. Pode ser tanto real como potencial. Ex. Dor potencial – Dor fantasma Acontece porque nosso cérebro tem memórias com o membro e isso faz com que a pessoa, por exemplo, sinta dor, cócegas no membro que não existe ou que não tem mais sensibilidade, mas isso não tem relação direta com o trauma. É mais comum em pessoas que tinha bastante memória com o membro, como um atleta, ciclista, pessoas que utilizava bastante o mesmo. Essa dor fantasma surge para quem teve algum membro amputado (mais comum) ou para pacientes que perderam a sensibilidade da região por causa de um AVC, lesão na medula e entre outras causas. A dor é aguda ou crônica: O tratamento será diferente para cada um. -Aguda . Presença de lesão (pele, tecidos profundos ou vísceras) . Período curto (3 semanas) . Sinal de alerta . Processos inflamatórios (edema, calor, rubor, dor e perda da função) - Crônica (lesão aguda que não foi curada) . Ausência de lesão . Duração prolongada (6 semanas/meses/anos) . Consequência de lesão prévia . Influência externa (o ambiente que deve se adaptar) Observação: existe uma dor que não é muito utilizada pelos livros, mas existe, é a sub-aguda, deve ser tratada como se fosse uma dor aguda, pois ainda pode ter inflamação e dura de 3 a 6 semanas. Recidiva da lesão/ Dor crônica agudizada: Quando o paciente tem dor crônica antiga e machucou a lesão recentemente, deveremos tratar como sendo aguda. Observação: quando o paciente tem dor crônica, deve ser perguntado se ele machucou a região recentemente. Como funciona a fisiologia da dor: -Via aferente Quando somos feridos o tecido lacerado tem receptores que correm para a parte posterior da medula espinal, a córnea posterior para levar a informação. Os neurônios sensitivos ativam o trato espinotalâmico lateral que leva a sensação de dor até o tálamo e lá processará a informação (de dor, de queimadura). Observação: a função do trato espinotalâmico é de conduzir a sensação de dor e queimadura. -Via eferente O tálamo que foi sensibilizado faz com que o cérebro emite diversas cargas e algumas vão para a córnea anterior da medula espinal. Os neurônios motores mandam o estimulo para a musculatura e o músculo contrai, realizando o reflexo de retirada a dor. Teoria da comporta Impulsos de dor passam através de uma comporta para alcançar o sistema espino-talâmico lateral. Impulsos dolorosos são transmitidos por fibras nervosas de grande e de pequeno diâmetro. A estimulação das fibras de grande diâmetro não permite que as de pequeno calibre transmita sinais. Em um indivíduo com dor aguda, o estímulo das fibras de maior calibre é capaz de suprimir (eliminar) a sensação de dor. Os dermátomos podem ser afetados pela massagem, através do estímulo da pele, e estão possivelmente relacionados a analgesia por hiperestimulação. A redução da dor por esse método é usada há muitos anos, e também pode ser realizada por meio de eletroterapia, com o TENS. O estímulo tátil produzido pela massagem é transmitido por meio de fibras de grande diâmetro. Estas também são capazes de transmitir informação mais rápida, bloqueando as sensações de dor no organismo. Fibras A-beta: é uma fibra sensitiva que conduz estímulos como toque, faz sinapse com inibidor inibidório. Terá a função de inibir a fibra C, o estímulo de dor nem chega a ir para o cérebro. É mais rápida por ter muita quantidade de bainha de mielina que tem função de conduzir impulsos. Fibras C, A-delta: conduz a sensação de temperatura e dor. É mais lenta porque não tem tanta mielina e é de pequeno calibre. Região T da medula (região transmissora): é para onde os estímulos são levados e lá ele faz seleção e ordenação de fibras nervosas, só deixa passar uma por vez. O TENS estimula a A-beta chega mais rápido e fecha o caminho para a fibra C. O estímulo sobe para o Tálamo (encéfalo) e inibe a sensação de dor, promovendo a analgesia, já que essa é a função dos TENS. Tipos de dor: Caracterizada de acordo com a região ou a estrutura do corpo que é acometida. . Nociceptiva: ocorre geralmente no sistema óstio mioarticular. ex. trauma, contratura muscular; . Visceral: ocorre em órgãos. ex. pancreatite aguda, cólica nefrética (gerada por pedras nos rins); . Neuropática: atinge o nervo em qualquer parte do seu trajeto e a dor será forte por ser muito sensível. ex. neuralgia trigeminal, neuropatia periférica; . Mista: reúne um pouco das características anteriores de intensidade bastante elevada, principalmente, quando a cronicidade desse câncer é atingido. ex. dor oncológica; Propriedades elétricas: . Cronaxia (tempo para contração) . Reobase (intensidade para contração) . Impedância (obstáculo natural do tecido) Observação: pacientes que apresentam muita impedância irão ter um pouco mais de resistência em relação a corrente, como, pessoas obesas, com mais tecido adiposo, quem têm muito pelos, quem tem mais capacidade de transpirar e tem mais líquido. . Acomodação (adaptação do SNC) Observação: se for utilizado uma corrente constante é mais fácil do paciente se acomodar e depois de um tempo não sentir tanta intensidade como antes, por isso, o adequado é reajustar o parâmetro cada vez.
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