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Aula 6 - Sistema Cardiovascular

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17/06/2019 Estácio - Disciplina online
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2477052&courseId=13625&classId=1159013&topicId=2899323&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=S&enableMessage=S&enableClassMat… 1/16
Disciplina: Fisiologia Humana
Aula 6: Sistema cardiovascular
17/06/2019 Estácio - Disciplina online
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2477052&courseId=13625&classId=1159013&topicId=2899323&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=S&enableMessage=S&enableClassMat… 2/16
Apresentação
O sistema cardiovascular em mamíferos é considerado um sistema duplo e fechado, constituído por uma bomba propulsora
de sangue e uma série de grandes vasos de distribuição desse sangue e de coleta de resíduos metabólicos (artérias e veias).
Além disso, é composto por um extenso sistema de pequenos (arteríolas) e microvasos (capilares) que torna possível haver
trocas rápidas entre os tecidos e os canais vasculares.
Tanto os vasos sanguíneos (arteriais e venosos) como os linfáticos apresentam muitas similaridades relacionadas com
desenvolvimento, estrutura e função. As principais diferenças se devem ao fato de que esses vasos apresentam de baixas
(sistema venoso) a altas (sistema arterial) resistências, compreendendo um sistema circular.
Veremos nesta aula que o sistema linfático se inicia em uma rede de vasos em fundo cego, transportando linfa em um único
sentido e a pressões muito baixas, vindo a desembocar nas veias.
Objetivos
Apresentar a gênese do potencial de ação cardíaco (lento e rápido);
Delinear a estrutura geral do coração e dos vasos sanguíneos;
Analisar o automatismo cardíaco em condições normais.
17/06/2019 Estácio - Disciplina online
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Estruturas do corpo humano
Coração
 Beating Heart Animation
<https://www.youtube.com/watch?v=0NmWOHuy-o8>
(Fonte: zaige / Youtube).
Considerado como o órgão fundamental do sistema cardiovascular, o coração pode
ser descrito como uma bomba dupla que direciona o sangue nas seguintes
sequências estruturais:
Circulação pulmonar 
(átrio e ventrículo direitos).
Circulação sistêmica (átrio e
ventrículo esquerdos).
Já o tecido cardíaco é composto por:
Fibroblastos cardíacos Cardiomiócitos
(células musculares estriadas
cardíacas)
Matriz extracelular
(colágeno do tipo I e III)
Ao observar as características das paredes de cada câmara cardíaca, podemos notar que existe uma relação muito importante
com a função de cada uma delas. Oferecemos a seguir dois exemplos:
Exemplo
Átrios, que desenvolvem baixas pressões, apresentam paredes relativamente �nas;
Ventrículos, que desenvolvem pressões maiores, apresentam parede muito mais espessa.
Atenção
Notoriamente, o ventrículo esquerdo, que trabalha em uma condição de alta pressão (circulação sistêmica), tem parede mais
espessa que a do ventrículo direito, que não necessita desenvolver pressão muito elevada para bombear sangue pela circulação
pulmonar. No entanto, o �uxo de sangue entre as câmaras cardíacas precisa do funcionamento extremamente e�ciente das
valvas cardíacas, responsáveis por separar essas câmaras.
https://www.youtube.com/watch?v=0NmWOHuy-o8
17/06/2019 Estácio - Disciplina online
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No coração, encontram-se quatro importantes valvas:
Duas separam os átrios 
dos ventrículos
(valvas atrioventriculares)
Duas �cam nas vias de saída 
dos ventrículos
(valvas pulmonar e aórtica) devido às suas relações com as
respectivas artérias pulmonares e aorta.
Quando as valvas atrioventriculares se abrem, há um �uxo de sangue dos átrios em direção aos respectivos ventrículos . Assim
que as valvas atrioventriculares se fecham, o sangue é direcionado para as artérias pulmonares e aorta durante a fase da
contração ventricular (chamada de sístole).
A e�ciência do fechamento dessas valvas depende de estruturas especí�cas presentes na parede interna dos ventrículos:
1
Músculos papilares Cordas tendíneas
Durante a sístole ventricular, as cordas tendíneas tracionam os folhetos das valvas, mantendo-as fechadas e impedindo tanto sua
regurgitação (mover-se no sentido contrário) como o retorno do sangue para os átrios. As vias de saída dos ventrículos para as
artérias aorta e pulmonares apresentam valvas com denominação semelhante a essas estruturas (valvas semilunares aórtica e
pulmonar), constituídas, cada uma, por três válvulas semilunares. A conformação dessas valvas torna possível que o sangue
ejetado pelo ventrículo se dirija às artérias correspondentes, mas impede seu retorno durante a diástole (�gura 6.1). (AIRES, 2012,
p. 381)
 Figura 6.1. Estrutura das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos direito e esquerdo)
contendo as localizações das valvas atrioventriculares e semilunares aórtica e pulmonar.
Fonte: (AIRES, 2012)
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0057/aula6.html
17/06/2019 Estácio - Disciplina online
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Vasos sanguíneos
Os sistemas arterial e venoso formam o sistema vascular. Constituído por uma rede de tubos cuja extensão é de 50.000
quilômetros, esse sistema transporta aproximadamente 10.000 litros de sangue por dia. Tanto artérias como veias seguem um
modelo estrutural bastante semelhante, mas sofrem pequenas alterações características de suas contribuições para o sistema
cardiovascular.
 (Fonte: NosorogUA / Shutterstock).
Estrutura
Há três camadas (também denominadas túnicas) diferentes,
modi�cadas conforme a função do vaso.
Adventícia (camada mais externa do vaso);
Intermediária (camada média);
Íntima (camada mais interna).
A parede vascular ainda possui outros componentes:
Fibras nervosas não mielinizadas (participam do controle
neural da função vascular);
Células das linhagens de mastócitos e
monócitos/macrófagos.
Vasos de grande calibre também são acompanhados de capilares linfáticos. A espessura da parede vascular está relacionada
com a pressão sanguínea de cada região especí�ca (artéria ou veia). Essa característica também está relacionada com a
composição das três camadas em cada artéria ou veia, como será apresentado a seguir.
Circulação
Sistêmica
O sangue arterial, que inicialmente provém do ventrículo esquerdo, é bombeado para a artéria aorta. De lá, ele irá seguir até um
sistema de artérias de distribuição. Esse sistema aumentará à medida que essas artérias se distanciarem do coração. Essa
trajetória termina nos diversos órgãos da circulação sistêmica.
Em cada órgão, as artérias se dividem em numerosas estruturas menores conhecidas como arteríolas, cujo calibre pode ser
alterado por controle neural ou metabólico. As alterações do calibre arteriolar podem regular a pressão e o �uxo no circuito
sistêmico e/ou transferir o sangue de um órgão para outro.
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 (Fonte: NosorogUA / Shutterstock).
As arteríolas também se dividem em estruturas ainda menores chamadas de capilares ou sinusoides.
Nos capilares, o oxigênio e os nutrientes �uem através das paredes dos capilares em
direção ao espaço extracelular. Por outro lado, os produtos provenientes do metabolismo
celular passam para o �uido extracelular e, em seguida, para o sangue. Nesse momento, o
sangue é coletado por um sistema de baixíssima pressão constituído em sequências por
vênulas e veias que transportam o sangue (venoso) de volta ao coração.
Dica
Essa rede venosa funciona como condutode drenagem sanguínea e reservatório de volume (75% do volume sanguíneo). As
grandes veias se unem para formar as duas veias cavas (inferior e superior). Ambas direcionam o sangue para o átrio direito.
A espessura das paredes das artérias sistêmicas é maior que a das artérias pulmonares. Além disso, artérias que se encontrem
localizadas abaixo da linha do coração possuem parede mais espessa que aquelas acima dele. Tais alterações re�etem a maior
pressão hidrostática suportada pelos vasos das regiões inferiores do corpo.
Pulmonar
O sangue venoso �ui do átrio direito para o ventrículo direito. Em seguida, esse ventrículo irá bombear o sangue para:
Artéria pulmonar Artérias menores Capilares pulmonares
A liberação de CO e a captação de O ocorrem pela difusão entre o sangue e o gás presentes na estrutura dos alvéolos
pulmonares. A partir desse ponto, o sangue oxigenado entra nas veias pulmonares, retornando ao átrio esquerdo e, em seguida, à
direção do ventrículo esquerdo (�gura 6.2). (GUYTON, 2011, p. 167)
2 2
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 Figura 6.2. Esquema do sistema vascular. No circuito sistêmico (roxo), estão
evidenciados os diversos tipos de comunicação entre os lados arterial e venoso (azul).
Fonte: (GUYTON, 2011)
Vascular (aspectos morfofuncionais)
As artérias possuem características marcantes em relação às suas três camadas:
Clique nos botões para ver as informações.
Constituída por camada única de células endoteliais recobertas por uma lâmina subendotelial. A lâmina subendotelial é
formada por:
Matriz extracelular;
Células musculares lisas;
Fibrócitos;
Macrófagos.
A túnica íntima é separada da túnica média por uma lâmina elástica denominada lâmina elástica interna.
Túnica íntima (mais interna) 
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Sua estrutura varia conforme a função (elástica ou contrátil) da artéria. Por isso, os dois principais componentes da túnica
média são:
Células musculares lisas;
Lâminas elásticas presentes entre essas células.
Externamente, a túnica média é cercada por uma lâmina elástica (conhecida como lâmina elástica externa) que a separa da
túnica adventícia.
Túnica média 
Formada por tecido conjuntivo frouxo com grande quantidade de:
Fibrócitos;
Fibras elásticas;
Colágeno.
Túnica adventícia 
A maior resistência observada no sistema arterial (resistência ao �uxo sanguíneo) ocorre nas menores artérias e arteríolas. Essa
comprovação baseia-se na queda abrupta de pressão quando o sangue atravessar essas estruturas (�gura 6.3).
Nas porções �nais das arteríolas, as metarteríolas (com diâmetros entre 10 e 40 milímetros) são pouco inervadas e possuem
entre 1 e 3 camadas de células musculares lisas. A camada muscular dessas células torna-se incompleta, mas ela é
complementada pela presença de um forte esfíncter muscular pré-capilar.
 Figura 6.3. Representação comparativa entre as diversas regiões da circulação
sistêmica, seus respectivos valores de pressão sanguínea e o volume de sangue contido.
Fonte: (AIRES, 2012)
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Atenção
Notem na �gura acima o deslocamento de sangue em cada uma das regiões do sistema vascular. Na rede arterial, podemos
observar que os valores de pressão são maiores que os de qualquer região do sistema vascular. No entanto, quando o sangue
atingir as arteríolas, ocorrerá uma queda muito grande na pressão do sistema .2
Por possuir vasos terminais, a microcirculação é uma região considerada com grande capacidade para a realização de trocas de
substâncias. Ela é constituída por:
Pequenas artérias;
Arteríolas;
Capilares;
Vênulas.
Atenção
Nos capilares, sua parede é reduzida a uma única camada de células endoteliais. Isso facilita a rápida transferência de
metabólitos entre o sangue e os tecidos. Mesmo sem a presença de células musculares lisas, eles possuem capacidade de
controlar o diâmetro do vaso, atuando no controle do �uxo sanguíneo. Além dos capilares, as trocas de metabólitos também
podem ocorrer através das paredes de pequenas arteríolas - e antes mesmo de o sangue as alcançar. (AIRES, 2012, p. 384)
A rede venosa tem como principal função direcionar o sangue de volta ao coração. Ao trafegar pelos capilares, o sangue será
direcionado na seguinte sequência:
Vênulas Veias de pequeno, médio e grande calibre
Assim como no sistema arterial, o sistema venoso volta a apresentar as três camadas estruturais presentes nas artérias:
Íntima Média Adventícia
Entretanto, essas camadas, por serem um sistema de baixa pressão e baixo �uxo (além de suas veias serem maiores em número
e tamanho), conseguem apresentar maior capacidade de acomodação de sangue, razão pela qual são consideradas como vasos
de capacitância. Esse é o motivo de o sistema venoso conseguir acomodar uma quantidade muito grande de sangue (cerca de
75% do total).
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0057/aula6.html
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Sistema de condução e potenciais (rápido e lento) de ação
cardíaca
Potencial rápido
O coração do ser humano possui quatro câmaras divididas em dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e
esquerdo). Eles são constituídos por células miocárdicas através das quais a atividade elétrica se propaga. Estão imersas nessa
massa muscular contrátil (miocárdio) estruturas especializadas na geração e condução da atividade elétrica. Elas são formadas
por tecido muscular especializado (denominado sistema de condução).
No átrio direito, próximo da inserção da veia cava superior, se situam:
Nó sinusal ou nodo sinoatrial (NSA)
No coração normal, trata-se do local onde ocorre a
gênese da atividade elétrica cardíaca. Por isso, o NSA é
considerado o marcapasso cardíaco.
Nó atrioventricular (NAV)
Próximo do seio coronariano, ele �ca na superfície
endocárdica da porção inferior do septo interatrial.
Outro tecido especializado em condução é o feixe de His, que parte do NAV e se estende para a musculatura ventricular. Ele
subsequentemente irá se dividir, formando uma extensa rede de condução intraventricular: as �bras de Purkinje.
A �gura 6.4 representa o potencial de ação rápido cardíaco, que pode ser dividido em cinco fases que serão descritas a seguir.
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 Figura 6.4. Resposta temporal do potencial de ação
cardíaco rápido. Fonte: (AIRES, 2012)
Clique nos botões para ver as informações.
Esta fase está relacionada ao momento em que ocorre a despolarização do potencial de ação rápido. Sua principal corrente
despolarizante é a de sódio dependente de voltagem (INa), como mostra a �gura 6.4.
Por consequência, isso irá promover a despolarização adicional caracterizada por um processo de retroalimentação positiva,
resultando em rápido e intenso in�uxo de Na . Devido à sua enorme densidade, essa corrente é fundamental para a rápida
propagação do potencial de ação (1 a 5 m/s).
No entanto, cabe ressaltar que as menores velocidades ocorrem no miocárdio atrial e ventricular; as maiores, nas �bras de
Purkinje, tecido especializado na condução do potencial de ação.
Fase 0 
+
Nestarápida e transitória repolarização (após a despolarização inicial), há a abertura do canal de K (representado pela
abreviatura Ito1), que, por sua vez, será ativado por despolarização.
Fase 1 
+
Também considerada como fase de platô, é nela que ocorre o equilíbrio das correntes despolarizantes (in�uxo de Na e
Ca ) e repolarizantes (e�uxo de K e in�uxo de Cl ). Assim, o �uxo efetivo de carga durante esta fase é muito pequeno,
razão pela qual o potencial transmembrana permanece relativamente estável. As correntes despolarizantes presentes aqui
incluem:
Corrente de cálcio do tipo L;
Componente não inativável ou de inativação lenta de INa;
Corrente de in�uxo carreada pelo trocador Na /Ca .
Em relação às correntes repolarizantes, a corrente reti�cadora de in�uxo (IK1), que permanece aberta durante o repouso,
fecha se quase instantaneamente com a despolarização da fase 0. Assim, durante o platô, ela permanecerá fechada,
contribuindo para diminuir a corrente de e�uxo e manter a membrana despolarizada.
Fase 2 
+
2+ + –
+ 2+
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A fase de repolarização rápida �nal ocorre em decorrência de uma predominância de correntes de e�uxo, uma vez que, na
fase 3, as correntes de in�uxo presentes durante o platô diminuem consideravelmente. A condutância ao K depende de
canais iônicos diferentes daqueles que determinam o potencial de repouso.
Esta fase está diretamente associada à ativação dos canais de K dependentes de voltagem denominados reti�cadores
retardados (IKr, IKs e IKur). Essa ativação é estimulada pela despolarização da fase 0, promovendo um grande e�uxo de K , o
que acarretará uma rápida repolarização.
Esse fenômeno permite a reabertura do canal IK1, responsável por contribuir no processo de repolarização. Por todos esses
motivos, a fase 3 é considerada aquela determinante da duração do potencial de ação.
Fase 3 
+
+
+
No comportamento do potencial de ação desta fase, há novamente um equilíbrio entre as correntes de e�uxo e in�uxo de
modo que o saldo é uma corrente efetiva nula, como já vimos antes (fase 2).
Fase 4 
Potencial lento
Nas células de NSA e NAV, não há participação de canais de sódio na gênese do potencial de ação dessas células, �cando então
dependentes dos canais de Ca e K . Nessas regiões, a principal corrente despolarizante e responsável pela fase 0 é a corrente
de cálcio do tipo L (ICa-L), que se caracteriza por uma ativação mais lenta e uma densidade de corrente bem inferior à de INa.
Resultado: temos o surgimento da fase 0 e o início do potencial de ação. Por isso, a propagação do potencial de ação nos dois
nodos (NSA e NAV) é considerada como lenta. Se pensarmos em um período de platô cujo potencial de membrana permaneça
praticamente estável, poderemos notar que o potencial de ação dessas células não apresenta as fases 1 e 2.
Conforme ilustrado na �gura 6.5, ocorrerá, após a fase 0, uma repolarização contínua mais lenta no início e mais rápida no �nal.
Já que não há nenhuma evidência de ocorrência de IK1 nem de Ito nessas células, os canais de K , IKr e IKs constituem as
principais vias de correntes repolarizantes. O ICa-L e a corrente carreada pelo trocador Na /Ca também contribuem com a
corrente despolarizante durante todo o potencial de ação lento.
2+ +
+
+ 2+
 Figura 6.5. Resposta temporal do potencial de ação
cardíaca rápida. Fonte: (AIRES, 2012)
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Automatismo cardíaco
A atividade elétrica no coração é iniciada por células
especializadas na geração de impulsos no próprio órgão, e o
nó sinusal possui a maior frequência intrínseca de disparo
espontâneo. Essa propagação ocorre então para todo o nó a
uma velocidade de 0,05 m/s, atingindo o primeiro ponto no
átrio cerca de 20 ms após.
Em geral, esse ponto se situa entre a veia cava e o átrio direito.
A partir daí, o disparo se espalha pelos dois átrios quase que
instantaneamente (graças à presença das junções
comunicantes), em velocidade aproximada de 0,8 m/s, levando
de 80 a 90 ms para completar a ativação.  How The Heart Works- 3D Animation <https://www.youtube.com/watch?
v=3IrjBWhdZ6s> (Fonte: Elara Systems / Youtube).
A trajetória do impulso então alcança o nó atrioventricular (AV), situado próximo ao seio coronário, cerca de 50 ms depois de
iniciada a ativação atrial.
Atenção
É importante lembrar que a única via de comunicação elétrica entre o tecido muscular atrial e o ventricular é o sistema de
condução atrioventricular. Esse sistema inclui:
Nó AV;
Feixe de His com seus ramos;
Fibras de Purkinje (se rami�cam extensamente na região subendocárdica da câmara ventricular).
Constituído por tecido muscular especializado, esse sistema de condução atravessa o esqueleto �brocartilaginoso do anel
atrioventricular isolado por um envoltório de tecido conjuntivo. Ele faz suas primeiras conexões com a massa muscular ventricular
através de gap junctions (junções comunicantes) no nível das terminações das �bras de Purkinje.
Após trafegar através do nó atrioventricular à baixa velocidade (durante aproximadamente 60 ms), a frente de ativação alcançará
o feixe de His e, posteriormente, as �bras de Purkinje (ambos tecidos de condução rápida cuja velocidade pode alcançar até 5
m/s), levando outros 60 ms para atingir as primeiras regiões do ventrículo.
A partir daí, essa frente se propaga através da musculatura ventricular também a velocidades razoavelmente altas (cerca de 1
m/s), consumindo praticamente 80 ms para completar a ativação ventricular.
Essa ativação se inicia na face endocárdica (local onde a rede de �bras de Purkinje faz contato com a musculatura ventricular)
das paredes livres dos dois ventrículos e na metade inferior do septo interventricular, propagando-se em direção ao epicárdio e à
região posterossuperior do septo. Devido à longa duração do potencial de ação ventricular (200 ms ou mais) e à sua grande
velocidade de propagação (80 ms são su�cientes para a completa despolarização dos dois ventrículos), existe um período em
que não há nenhum �uxo de corrente longitudinal no coração, pois os átrios já repolarizaram e os ventrículos estão inteiramente
despolarizados.
Esse período silente termina quando se iniciar a repolarização ventricular a partir das regiões com potenciais de ação de menor
duração. A repolarização de uma região acelera a de regiões vizinhas (do mesmo modo que a despolarização) por meio do �uxo
de correntes locais. Assim, pode-se dizer que há também uma propagação da repolarização a partir da região que primeiramente
repolarizar em direção às regiões vizinhas.
https://www.youtube.com/watch?v=3IrjBWhdZ6s
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Dica
No coração humano, a sequência de repolarização nos átrios é a mesma da despolarização. Nos ventrículos, no entanto, como é
menor a duração do potencial de ação das células subepicárdicas em relação às subendocárdicas (ou seja, repolarizam antes), a
onda de repolarização se propaga do epicárdio para o endocárdio. Portanto, se move em sentido inverso ao da despolarização.
A �gura 6.6 mostra a sequência de ativação do coração com os potenciais de ação típicos de cada região, além dos retardos
observados ao longo desse processo. (AIRES, 2012, p. 413)
 Figura 6.6. Esquema da propagação do potencial de ação de várias regiões em
sequência temporal de ativação, iniciando no nodo sinusal. Observe a correspondência
temporal com os potenciais transmembrana apresentados nos traçados superiores:NSA,
nodo sinusal; A, átrio; NAV, nó atrioventricular; H, feixe de His; PJ, fibra de Purkinje; VEN,
tecido ventricular, subendocárdico; VEPI, tecido ventricular, subepicárdio. Note a menor
duração do potencial de ação ventricular na face subepicárdica.
Eletrocardiograma
 Figura 6.7. Representação gráfica de um registro eletrocardiográfico padrão mostrando a nomenclatura das ondas, os
intervalos e os segmentos.
Na �gura 6.7, podemos observar o curso temporal das ondas do eletrocardiograma. Veri�ca-se nela que a ativação atrial gera uma
onda denominada onda P. Já a excitação ventricular gera um conjunto de ondas pontiagudas e de rápida inscrição chamado de
complexo QRS. A onda T coincide com a fase 3 dos potenciais de ação dos ventrículos, representando, desse modo, a
17/06/2019 Estácio - Disciplina online
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repolarização ventricular.
Atividade
1. Em relação ao funcionamento do coração como bomba, assinale a alternativa incorreta.
a) Realiza força motriz de maneira sincronizada, ação basicamente denominada contração (sístole) e dilatação (diástole) dos átrios e dos
ventrículos.
b) No momento da sístole atrial, essas câmaras realizam a contração simultânea com o objetivo de bombear o sangue para os ventrículos
em relaxamento (diástole).
c) Para o sangue fluir dos átrios para os ventrículos, a sístole atrial deve ocorrer ao mesmo tempo em que acontece a diástole ventricular.
Por outro lado, para o sangue fluir dos ventrículos em direção à circulação pulmonar e sistêmica, os átrios devem estar relaxados
(diástole) e os ventrículos, em sístole.
d) As valvas atrioventriculares (bicúspide e tricúspide ou mitral) direcionam o sangue dos átrios para os ventrículos correspondentes,
impedindo que ele siga na trajetória contrária.
e) O miocárdio possui automatismo próprio, sem depender do estímulo do sistema nervoso. Além disso, esse sistema pode aumentar ou
diminuir o ritmo cardíaco.
2. Explique por que o sistema cardiovascular em mamíferos é um sistema duplo e fechado.
3. Nas opções abaixo, marque a a�rmativa que justi�ca a razão pela qual o coração é considerado um sincício funcional.
a) O nodo sinoatrial é o marcapasso do coração.
b) Pela liberação de cálcio (Ca ) do retículo sarcoplasmático durante a sístole.2+
c) Quando o nodo sinoatrial deixar de ser o marcapasso, o nodo atrioventricular assumirá essa função.
d) Pela presença dos discos intercalares (junções comunicantes), pois essas estruturas permitem que o impulso nervoso trafegue ao longo
de várias células quando uma célula for excitada.
e) Nenhuma das opções.
Notas
Ventrículos 1
Veremos no ciclo cardíaco que isso ocorre durante a fase de relaxamento ventricular também conhecida como diástole.
Queda muito grande na pressão do sistema 2
Como dissemos anteriormente, tal fato se deve ao aumento da resistência ao �uxo criada por esses vasos. A partir dos capilares
sanguíneos, o �uxo sanguíneo - além da pressão - também será bastante reduzido.
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Devido às características morfológicas e às diferenças de pressão existentes nos sistemas arterial e venoso, a quantidade total de
sangue presente nas artérias está em torno de 20%, enquanto nos capilares ela é de 5% (devido a seu tamanho reduzido) e nas
veias, cerca de 75% (denotando sua função como reservatório de volume).
Referências
AIRES, M. M. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
COSTANZO, L. S. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de �siologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana – uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Próxima aula
Fenômenos relacionados ao ciclo cardíaco;
Fatores da e�ciência do débito cardíaco e do retorno venoso;
Mecanismos responsáveis pela regulação da pressão arterial (PA).
Explore mais
Assista aos vídeos abaixo:
Microcirculação e vasos linfáticos <https://www.youtube.com/watch?v=Htm0K8oXW0s> ;
Sistema circulatório integrado ao coração <https://www.youtube.com/watch?v=SHLpeq3xvXU> ;
Viscosidade e lei de Poiseuille <https://www.youtube.com/watch?v=f9XgJjkrM4c> ;
Princípios de hemodinâmica <http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=2455> ;
Trombose, embolia e infarto <https://www.youtube.com/watch?v=ZiCrFArDi1g> ;
https://www.youtube.com/watch?v=Htm0K8oXW0s
https://www.youtube.com/watch?v=SHLpeq3xvXU
https://www.youtube.com/watch?v=f9XgJjkrM4c
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=2455
https://www.youtube.com/watch?v=ZiCrFArDi1g

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