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Aula 1 - Classificações de Produto e Modelos referências de PDP

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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
CURSO: Engenharia de Produção DISCIPLINA: Projeto de Produto 
 
CONTEUDISTA: Magda Lauri Gomes Leite 
 
 
AULA 1 – Modelos Referenciais de PDP(Processo de Desenvolvimento de 
Produto) 
 
 
 
META 
Apresentar conceitos inicias de Produto e suas Classificações e analisar os 
principais Modelos Referenciais de Desenvolvimento de produtos 
 
OBJETIVOS: 
Ao terminar o estudo desta aula, você deverá estar preparado para: 
 
 Diferenciar as Principais Metodologias do Processo de Desenvolvimento de 
Produto (PDP). 
Relacionar as principais habilidades e tarefas desenvolvidas no PDP. 
Estabelecer as fases do Ciclo de vida de Um Produto. 
 
PRÉ-REQUISITOS 
Conhecimentos de Gestão de Projetos. 
 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
A competência em desenvolver Produtos desempenha papel fundamental no 
ambiente empresarial dos dias de hoje, pois e através de novos produtos e 
serviços que estas empresas se diferenciam dos concorrentes e agregam valor 
para os clientes, de forma a se manterem competitivas e vivas no atual mercado 
globalizado e altamente dinâmico. 
A Engenharia de Produto e á área da Engenharia de Produção que cuida da parte 
de desenvolvimento de Produtos. O Processo de Desenvolvimento de Produtos 
(PDP), nada mais é do que um conjunto disciplinado e bem definido de tarefas, 
passos e fases que descrevem os meios usuais pelo qual uma empresa 
repetidamente converte ideias embrionárias em produtos e serviços vendáveis. 
Estudos indicam que a adoção de um PDP formal está fortemente correlacionada 
com um desempenho superior nos negócios.[ COOPER,2007, GRIFFIN1997] 
O processo de desenvolvimento de produtos é amplamente considerando como 
sendo uma atividade arriscada, carregada de incertezas e de difícil controle e 
mensuração de resultados. 
De fato, trata-se de uma tarefa complexa, multidisciplinar, que envolve o 
processamento de uma grande quantidade de dados, tanto internos quanto 
externos à organização, além da gestão e a efetiva aplicação de uma enorme 
quantidade de conhecimento, tanto explicito quanto tácito. Devido à sua 
abrangência, e a variedade de áreas que engloba, abundam classificações e 
definições acerca do processo de desenvolvimento de novos produtos: suas fases 
em geral são subdivididas em diferentes graus de detalhamento e sob várias 
nomenclaturas. 
Mesmo com a existência de uma variada gama de definições, as atividades 
envolvidas no processo de desenvolvimento de um produto são em geral 
semelhantes, quando comparamos diferentes empresas , sendo assim é possível 
definir uma metodologia básica que sirva como um modelo genérico aplicável a 
uma vasta gama de projetos de produtos independentemente do tipo de 
 
organização em que o projeto ocorra, ou de outras variáveis, como grau de 
inovação e orçamento, além do tamanho e área de atuação. 
Nesta aula iremos conhecer as diferentes metodologias encontradas na Literatura 
apresentando os principais teóricos da área de Engenharia de Produto. Antes 
serão apresentados alguns conceitos introdutórios como Produto e ciclo de vida 
do produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na maioria das empresas hoje, a "prática" da inovação pode ser comparada à de 
acasalamento dos pandas: infreqüentes, desajeitado, e muitas vezes ineficaz.” 
Ulysses Hempel Ferreira Gomes, 
 
 Fonte: https://pixabay.com/pt/panda-panda-gigante-urso-branco-655491/ 
http://www.administradores.com.br/u/hempel/
 
2. PRODUTO 
 
Do latim productus, chama-se produto àquilo que tenha sido fabricado ou 
produzido. Esta definição do termo é bastante abrangente e permite que objetos 
muito diversos se englobem dentro do conceito genérico de produto. Sendo assim 
uma agenda, uma xícara, uma caneta, um computador e um celular, por exemplo, 
são considerados produtos. 
 
 
Para o marketing, um produto é um objeto que é disponibilizado num mercado 
com a intenção de satisfazer a necessidade de um consumidor por meio das 
funções que ele realiza. Mas o produto também supera a sua própria condição 
física e inclui a percepção sentida pelo consumidor, podemos dizer que os 
produtos possuem três dimensões distintas de atendimento á necessidade do 
consumidor: uma dimensão estética, uma psicológica e uma funcional. 
A Dimensão Estética consiste na relação que se dá entre um produto e seu 
usuário, em termos de processos sensoriais (julgamento dado pelo sujeito com 
base nas informações das sensações, ou seja, a interpretação por parte do 
indivíduo do que foi captado pelos sentidos). Criar função estética para os 
produtos é uma das principais tarefas dos designers na atualidade, que precisam 
adequar os objetos às condições perceptivas do homem. Em certos casos, a 
Fonte: https://pixabay.com/pt/escrit%C3%B3rio-em-casa-336378/ 
 
escolha do consumidor entre produtos concorrentes é baseada em aspectos 
estéticos, principalmente nas situações em que as funções práticas dos produtos 
são parecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro bom exemplo é o ventilador de Teto SPIRIT desenvolvido pelo 
designer Guto Índio da Costa que se baseou nas hélices da aeronave para fazer 
com que o SPIRIT ventasse 30% mais que os outros. O SPIRIT é ventilador de 
teto mais premiado do mercado, sendo coroado 3 vezes campeão do prêmio IF 
Design Award, o “Oscar” mundial do Design. 
 
 
Quem diria que uma simples 
lixeira de escritório poderia 
ganhar prêmios e até mesmo ter 
um espaço reservado em um 
museu? 
As lixeiras Garbino conseguiram 
essa façanha. O designer egípcio 
e criado no canadá, Karim Rashid 
idealizou as lixeiras de baixo 
custo e com inúmeras vantagens. 
A Lixeira ganhou inúmeros 
prêmios e já vendeu mais de 4 
milhões de unidades no mundo 
todo, no Brasil elas são 
comercializadas pela ToK e Stok 
Fonte: https://studioeureka.wordpress.com/2013/03/11/a-
lixeira-mais-famosa-do-mundo/ 
Autor: Francis Weslen 
Fonte: https://www.myspirit.com.br/ventilador-de-teto-spirit-303-pop-
e-abstrato-bocas-r2-lustre-flat/p 
Autor: Desconhecido 
 
Os executivos estudaram 
cuidadosamente o vínculo emocional 
entre os motoqueiros das Harleys e o 
produto, e respeitam os parâmetros 
rígidos em todos os aspectos do 
design, da fabricação, e do marketing 
das motocicletas para acentuar a 
mística e fortalecer ainda mais o 
vínculo. 
 
A Dimensão Psicológica dos produtos está relacionada com a expectativa de 
satisfação que o produto pode gerar no seu consumidor e está relacionada com as 
associações que o consumidor faz entre o produto e suas experiências passadas. 
Essa função somente será efetiva se for baseada na aparência percebida 
sensorialmente e na capacidade humana de associação de idéias. 
 Um forte exemplo de produto que exercem uma grande expectativa de 
satisfação, são os carros da marca Ferrari e as motos da Marca Harley-Davidson. 
 
 
 
A Dimensão Funcional está ligada à utilidade basicamente prevista para um 
produto. Na compra de uma cadeira para o escritório, por exemplo, a superfície do 
assento deve suportar o peso do corpo do usuário; o arredondamento da borda 
frontal do assento deve evitar deficiências de circulação nas pernas; o encosto 
deve servir de apoio á coluna vertebral e relaxar os músculos das costas; a largura 
e a profundidade do assento devem permitir liberdade de movimentos e mudanças 
de posição. Estes atributos que garantem a funcionalidade dos produtos não se 
apresentam segmentados, mas formam um conjunto. Falaremos mais sobre as 
funções do produto na Aula Projeto Conceitual. 
 
 
 
 
 FONTE:https://pixabay.com/pt/harley-harley-davidson-fatbob-carro-3154546/ 
 
 
2.1 CLASSIFICACÃO DOS PRODUTOS. 
Uma das classificações diz respeito à durabilidade e tangibilidade dos 
produtos, que podem ser distribuídos em três grupos. 
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO EXEMPLO 
Bensnão duráveis Tangível, normalmente são 
consumidos rapidamente 
ou usados poucas vezes. 
Geralmente são produtos 
baratos, que o cliente 
compra com frequência. 
 
Bebidas, Produtos de 
Limpeza 
Bens duráveis Tangível, usados 
normalmente durante um 
período de tempo mais 
longo e de preço mais alto. 
 
Vestuário e 
Eletrodomésticos 
Serviços Intangível, porque não 
podemos tocá-los, só 
sabemos o que realmente 
recebemos depois que 
aconteceu sua execução. 
Serviços de beleza e 
Assessoria jurídica 
Quadro 1- Tipos de classificação de produtos quanto a durabilidade e tangibilidade 
 
Uma outra classificação utilizada em produtos definida por Churchill (2000) é 
entre os bens de consumo (aqueles destinados aos consumidores finais) e os 
bens industriais (aqueles destinados a organizações). 
 
Consumo 
Começando pelos bens de consumo, ou varejistas, aqueles que são 
comercializados diretamente para os consumidores finais, podemos classificar os 
produtos em quatro tipos diferentes, conforme o Quadro 2. 
 
 
TIPO DESCRIÇÃO EXEMPLO 
Conveniência Produtos comprados com alta 
freqüência, e que demandam 
também um mínimo esforço para 
serem adquiridos. São produtos 
geralmente com baixo preço, 
Alimentos 
Meias 
Lavagem de Roupa 
Compra 
Comparada 
Produtos são comprados após 
algum esforço por parte dos clientes, 
que buscam comparar os produtos 
em questão com diferentes 
alternativas. Normalmente os 
produtos de compra comparada 
possuem preços mais altos que os 
de conveniência, mas não muito 
altos, 
Equipamentos 
Eletronicos; 
Serviços de Creche 
Especialidade Produtos são, comprados com uma 
menor freqüência, e por 
conseqüência são também mais 
caros. 
Nesta situação, o cliente está mais 
disposto a se esforçar um pouco 
mais para obter o produto, com as 
caracteristicas mais proximas ao seu 
desejo. 
Casa; Faculdade; 
automoveis. 
Não 
Procurados 
Produtos que os consumidores 
normalmente não irão procurar, ou 
muitas vezes produtos os quais 
estes consumidores não possuam 
nem conhecimento. 
seguro de vida ; os 
exames de rotina para 
câncer de próstata 
Quadro2- Tipos de produtos de consumo (fonte Churchill 2000) 
 
 
Industriais 
 
Após analisarmos os bens de consumo, no Quadro 2 serão apresentados os 
diferentes tipos tipos de produtos industriais. 
Tipo Descrição Exemplo 
Instalações Os produtos não-portáteis, são 
comprados, instalados e utilizados na 
produção de outros produtos e 
serviços. 
fornalhas e linhas de 
montagem 
Acessórios Os produtos acessorios são 
 equipamentos e ferramentas portáteis, 
utilizados no processo produtivo da 
empresa, mas que não acabam 
integrados ao produto final 
comercializado pela empresa 
Empilhadeiras ou chaves 
de fenda. 
 
Matéria- Prima São os produtos compostos dos itens 
não-processados que são 
transformados em partes dos produtos 
acabados 
trigo, cobre e algodão 
Serviços São os serviços, que dão suporte às 
atividades da organização. 
 
pesquisas de marketing, 
contabilidade, limpeza 
 
Quadro 3 – Tipos de produtos industriais( Churchill 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além de classificarmos os produtos os quais a empresa trabalha, também existe 
uma classificação para os novos produtos a serem lançados, Churchill (2000) 
afirma que existem várias maneiras de se categorizar novos produtos. o Quadro 4 
apresenta os principais tipos de novos produtos . 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 
Classifique os produtos abaixo Diferenciando cada um dos 
tipos de classificação apresentados: 
a)Pneus para a montadora 
b)Radio para seu carro 
c)Placa de metal para Montadora 
d)Carro da Marca Audi 
 
“muitas pessoas acham que 
um produto é uma oferta 
tangível, mas ele pode ser 
muito mais do que isso. Um 
produto é tudo que possa ser 
oferecido a um mercado para 
satisfazer uma necessidade ou 
um desejo”. 
 
Kotler e Keller (2006) 
ATIVIDADE 2 
 
1. O que caracteriza um produto? 
2. Os benefícios oferecidos por um plano de saúde 
podem ser considerados produtos? 
Por quê? 
 
Tipo Descrição Exemplo 
 
Produtos Novos 
para o mundo 
 
São produtos que não existiam 
anteriormente. Em geral fruto 
do desenvolvimento de uma 
nova tecnologia. 
Televisores, 
computadores, 
equipamentos medicos a 
laser. 
Novas categorias 
da marca 
 
São produtos novos para uma 
empresa em questão mas nao 
são novas invençoes. 
Linha de produtos de 
peru da Sadia 
Adições à linha de 
produtos 
 
São extensões da linha de 
produtos já trabalhadas pela 
empresa 
Sabão Omo para 
Máquina 
Melhoria em 
produtos 
 
São produtos novos pois 
apresentam em geral novas 
funcionalidades, ou seja são 
 versões alteradas de produtos 
já existentes. 
Shampoo e 
Condicionador juntos em 
uma unico produto 
Reposicionamento 
 
São produtos que passam a 
ser vendidos em novos 
mercados, ou ainda novos 
usos em um mesmo mercado 
 As lâminas de barbear 
Gillete Sensor para 
mulheres 
Quadro4 -Tipos de Novos Produtos (Churchill 200) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 3 
 
a) De exemplo de dois produtos para dois tipos diferentes da 
classificação apresentada no Quadro 4- Tipos de produtos novos. 
 
2.2 Tipos de Projetos de Desenvolvimento de Produto. 
 
 Além das classificações já vista, uma outra classificação diz respeito ao tipo de 
projeto de desenvolvimento de produto. Sendo que a classificação mais comum e 
útil é baseada no grau de mudanças que o projeto representa em relação a 
projetos anteriores já desenvolvidos pela empresa. Essa classificação depende 
das especificidades do setor. Por exemplo, existem significativas diferenças na 
classificação adotada no setor automobilístico em relação ao setor alimentício. A 
classificação de projetos de desenvolvimento apresentada no Quadro 5 é usual 
nos setores de bens de capital e de bens de consumo duráveis. 
Tipo Descrição Exemplo 
Projetos 
Radicais 
São projetos que envolvem significativas 
modificaçoes no projeto do produto. Como, 
neste tipo de projeto, são incorporadas novas 
tecnologias e materiais, eles normalmente 
requerem um processo de manufatura 
também inovador. 
Os tablets, 
especificamente o iPad- 
primeiro modelo lançado 
 
Projetos 
plataformas 
ou próxima 
geração 
Representam alterações significativas no 
projeto do produto e/ou do processo, sem a 
introdução de novas tecnologias ou 
materiais, mas representando um novo 
sistema de soluções para o cliente. Esse 
novo sistema de soluções pode representar 
uma próxima geração de um produto ou de 
uma família de produtos anteriormente 
existentes. Também pode representar o 
projeto de uma estrutura básica do produto 
que seria comum entre os diversos modelos 
que compõem uma família de produtos. Para 
funcionar como plataforma um projeto deve 
suportar toda uma geração de produto (ou de 
processo) e ter ligação com as gerações 
anteriores e posteriores do produto 
As várias versões de 
processadores da Intel. 
 
Projetos 
incrementais 
ou derivados 
Projetos que criam produtos que são 
derivados, híbridos ou com pequenas 
modificações em relação aos projetos já 
existentes. Esses projetos incluem versões 
de redução de custo de um produto e 
projetos com inovações incrementais nos 
produtos e processos. 
 
Escova de dentes 
ergonômica. 
Quadro5 - Tipos de Projetos de Desenvolvimento de Produto (Rozenfeld 2006). 
 
 
Para países em desenvolvimento como o Brasil têm-se os chamados projetos 
follow-source (seguir a fonte), que são projetos que chegam da matriz ou de 
outras unidades do grupo ou de clientes, e que não requerem alterações 
significativas que irá adequar o projeto e produzir o produto. Nessas unidades, 
geralmente, são realizadas atividades de desenvolvimento como adaptações à 
realidade local, validação do processo e de equipamentos e ferramentas, a 
produção do lotepiloto e o início da produção. 
 
3- CICLO DE VIDA DO PRODUTO. 
 
A maioria dos produtos lançados no mercado está sujeita a estágios temporais 
que traduzem o seu desempenho mercadológico. Uma classificação comumente 
encontrada na literatura é o Ciclo de Vida dos Produtos (CVP). O ciclo de vida de 
um produto pode ser entendido como a história completa do produto através de 
suas fases de vendas: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Segundo 
Kotler (1998), esse ciclo é utilizado para interpretar as dinâmicas do produto e do 
mercado. 
 
 
 
Figura 1- Formato clássico do gráfico ciclo de vida do produto. 
 
As quatro fases do ciclo de vida do produto são: 
Introdução: é a fase inicial da vida do produto ou o período em que o produto é 
lançado no mercado, esta fase tem como característica: caracterizada pelo baixo 
nível de vendas, altos custos , baixa concorrência e baixo volume de produção. 
Crescimento: Este estágio é marcado por uma rápida expansão nas vendas. 
Segundo Kotler (1998), nessa fase, novos concorrentes estão ingressando no 
mercado, além disso, são introduzidas novas características nos produtos, e 
expandidos os canais de distribuição. Nesse estágio surgem os concorrentes. 
Maturidade: período de baixo crescimento nas vendas. Os níveis de lucro tornam-
se estáveis ou diminuem, em função dos gastos que a empresa tem para defender 
o produto da concorrência. Quando o produto atinge a saturação às características 
de competição se tornam mais acirradas. Essa fase pode passar rapidamente, 
como no caso de moda , ou persistir por gerações, sem que exista um declínio. 
 
 
Declínio: o produto passa a perder participação no mercado, ou seja, é quando as 
vendas e os lucros começam a cair. No declinio, as vendas podem ser reduzidas 
tanto de forma lenta quanto rápida. Muitas vezes, os consumidores se voltam para 
produtos ou serviços substitutos. Estes substitutos possuem características 
superiores, custos menores, maiores conveniências, ou trabalham com uma 
tecnologia superior. 
 
O conceito de obsolescência planejada, ou seja, os produtos já nascem com data 
prevista para serem retirados do mercado, no entanto o ciclo de vida dos produtos 
pode ser encurtado devido a diversos fatores, como: 
 
• Descarte antecipado e imprevisto. 
• Presença de produtos fora de uso em posse dos clientes. 
• Uso, por longo período, de produtos velhos e ineficientes, que já deveriam estar 
descartados. 
• Manutenções frequentes. 
• Devolução inesperada. 
 
 
 
 
 
 
 
4- Processo de Desenvolvimento do Produto (PDP) 
 
De acordo com Clark & Fujimoto (1991), o PDP “é o processo a partir do qual 
informações sobre o mercado são transformadas nas informações e bens 
necessários para a produção de um produto com fins comerciais". 
ATIVIDADE4 
 
1- Quais são as fases do ciclo de vida dos produtos? Cite dois 
fatores que podem afetar o ciclo de vida do Produto. 
 
Modelos são representações 
simplificadas da realidade 
No início dos anos 90, já se podiam identificar empresas com efetiva 
capacidade para desenvolver produtos enquanto outras se 
defrontavam com a demora no lançamento, fraco desempenho, 
problemas de qualidade ou mesmo com a falta de mercado para o 
produto desenvolvido (CLARK e FUJIMOTO,1991). De acordo com 
esses autores, um processo eficiente de desenvolvimento de 
produtos é algo difícil de se realizar, e sem ele as empresas estão 
provavelmente fadadas ao fracasso. Assim, eles afirmam ainda que o que define o 
sucesso é o padrão de consistência presente em todo o sistema de 
desenvolvimento de produtos, incluindo a estrutura organizacional, as habilidades 
técnicas, os processos para solução de problemas, a cultura e a estratégia. 
Dentro de um mercado altamente competitivo como o que se apresenta hoje a 
nível mundial, o pronto desenvolvimento e lançamento de produtos que venham a 
atender as necessidades e os anseios dos consumidores tem se mostrado 
imprescindível ao crescimento e à própria sobrevivência das empresas, que lutam 
por formas de responder o mais rápido possível às tendências verificadas entre os 
compradores, usuários de seus produtos. São grandes os riscos de fracasso no 
lançamento de novos produtos, e existem inúmeros exemplos desse tipo, mas 
ainda assim as empresas são levadas a gastar milhões (de dólares) em pesquisa 
e desenvolvimento, pois diante destes riscos existe um ainda maior, o da perda 
dos mercados (e dos lucros). 
O estado-da-arte da engenharia de produto preconiza que para obter bons 
resultados, as empresas devem ter um Processo de Desenvolvimento de Produtos 
(PDP) estruturado, formal e adaptado à realidade da empresa e de cada projeto 
específico de desenvolvimento. Este PDP deve ser estruturado em um modelo de 
referência que mapeie e integre as atividades, recursos, informações e melhores 
prática. Além disso, o PDP é visto como um processo de negócio, ou seja, o seu 
foco é resultar em produtos que tenham valor para os clientes da empresa. 
Existem diversos modelos para o 
desenvolvimento de produtos, propostos na 
literatura, compostas de diversas etapas ou 
 Engenharia de 
Produto: 
Área de 
Engenharia de 
Produção que 
estuda o 
desenvolvimento 
de Produtos 
 
fases. Todos os modelos distinguem certas fases, estágios, componentes, ou 
atividades principais. 
Todos os modelos começam com alguma forma de geração de idéias ou 
procurando ideias para novos produtos, após a geração de ideias a maioria dos 
autores cita a redução das opções, tomando uma decisão e selecionando que 
projetos que devem ser desenvolvidos. 
Essa seleção deve basear-se tanto na estratégia organizacional quanto sobre a 
carteira existente de projetos para que assim possa se amenizar os riscos. 
O que se julga na seleção é se o desenvolvimento de um determinado produto vai 
ser potencialmente lucrativo o suficiente e se vai aumentar o valor do negócio o 
suficiente. 
Sabe-se que, 80% dos custos de um produto são comprometidos nas atividades 
iniciais do projeto, sendo que o projeto compromete 70% dos custos do produto 
final. Esses valores reforçam a importância de se adotar práticas adequadas para 
o desenvolvimento do produto 
 
5 Modelos de referência de PDP 
 
Não é possível pensar em desenvolvimento de produto como um processo 
isolado, as atividades desenvolvidas dependem de diversos departamentos, de 
diversas pessoas com formações diferentes, com visões diferentes e de 
informações provenientes de diversas áreas da organização.Na literatura ele vem 
sendo abordado por diferentes áreas da administração e da engenharia. Alguns 
modelos referenciais são oferecidos por áreas que têm como objeto de estudo o 
Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP). 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento Integrado de 
produto=Engenharia simultânea: 
Abordagem que procura fazer com 
que as pessoas envolvidas no 
desenvolvimento considerem, desde 
o início, todos os elementos do ciclo 
de vida do produto, da concepção 
ao descarte, 
Modelo de referência proposto por Back (1983). 
 
De acordo com o modelo proposto por Back em 1983, o projeto de um produto 
depois de iniciado se desdobra em uma seqüência de atividades que seguem em 
ordem cronológica. O modelo proposto é constituído por fases estruturadas para a 
criação de projeto de produtos, sendo uma de pré-desenvolvimento (estudo de 
viabilidade), três de desenvolvimento (projetos preliminar e detalhado, revisão e 
testes e planejamento para produção, mercado e consumo) e uma de pós-
desenvolvimento (planejamento da obsolescência). Neste modelo o 
desenvolvimento do produto compreende os aspectos de planejamento e projeto 
ao longo de todas as atividades do processo, desde a pesquisa de mercado até 
seu descarte. Além disso, o 
desenvolvimento integrado de produto 
considera todo o processo de 
transformação e geração de 
informações necessárias na 
identificaçãoda demanda, na produção 
e no uso do produto. Para o sucesso 
desse procedimento é necessário que haja trabalho em equipe multidisciplinar 
desde o planejamento, e que os requisitos e restrições do produto sejam 
considerados ou pensados simultaneamente. 
 
 Modelo de Pugh (1991) 
O modelo de Pugh está centrado diretamente no produto, pois sem ele, os 
negócios não existiriam. Assim o Modelo inicia com a identificação da 
necessidade do mercado ou do cliente indo até a venda de um produto que 
compreenda a lacuna do mercado em relação a essa necessidade. 
O Método fornece uma maneira de medir a capacidade de cada conceito de 
atender as necessidades dos clientes. A essência deste método consiste na 
comparação entre concepções em forma de uma matriz, relacionando-as com as 
necessidades dos clientes e o valor do consumidor. 
 
 
Figura2 .Matriz de Pugh (Rozenfeld 2006) 
 
 
Processo de Stage-Gate de Cooper (1993) . 
 
O modelo seria uma proposta para conduzir o PDP ao sucesso através de 
avaliações em vários estágios de desenvolvimento, o número de estágios pode 
variar de quatro a seis. Após a execução das atividades de cada estágio há um 
portão (gate) que controla a qualidade do projeto. Os gates são sessões pontuais 
onde os resultados dos processos antes executados são avaliados e então ocorre 
a decisão dos responsáveis sobre seguir em frente ou não com o produto em 
questão. Na figura 3 está representado este processo resumidamente. 
 
 
Figura 3 - O processo Stage-Gate genérico 
Fonte: Adaptado de Cooper (1993) 
 
 
Como pode ser visto na Figura 3, o modelo compreende os seguintes estágios: 1-
1-investigação preliminar; 2-Construção do Plano de negócios; 3-desenvolvimento; 
teste e 4-validação e teste, e 5- produção e lançamento, separados pelos gates 
que dividem o processo de desenvolvimento em estágios discretos e 
identificáveis.. 
Em cada gate a continuidade do processo é decidida, geralmente, por um gerente. 
Essa decisão é baseada em informações disponíveis de acordo com o contexto 
histórico de cada época, por exemplo, o estado da economia, riscos de 
investimentos, entre outros fatores. 
É considerado um bom sistema de proteção a falhas e transtornos durante a 
fabricação de produtos, em virtude de sua estratégia de desenvolvimento de 
processos que incorporam variadas ferramentas em seu desenvolvimento, além 
de iniciativas para o desenvolvimento de novas mercadorias. 
 
Modelo Unificado de Referência (MUR). 
 
O modelo unificado proposto por Rozenfeld et al. (2006), divide o PDP em três 
fases: pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento. Nesse 
modelo, se subdividem em fases as macro-fases descritas, conforme ilustrado na 
figura 4. 
 
 
 
 
Figura 4- Macro-fases de desenvolvimento de Produtos. Fonte Rozenfeld 2006. 
 
Neste modelo de referência, a macro-fase de Pré-desenvolvimento aborda a fase 
de Planejamento Estratégico de Produtos (PEP), que, com base em análises 
preliminares de tecnologia e mercado, traduz o portfólio de produtos da empresa e 
o seu alinhamento com os objetivos estratégicos da organização. Esta macro-fase 
também envolve o planejamento de cada projeto de produto individual, que, de 
acordo com as abordagens de gerenciamento de projetos, aborda a definição do 
escopo, estimativas de tempo, custos, recursos humanos, comunicações, riscos e 
aquisições do projeto. Na macro-fase de Desenvolvimento são realizadas 
efetivamente as atividades de projeto, envolvendo as fases de Projeto 
Informacional (PI), Projeto Conceitual (PC), Projeto Detalhado (PD), Preparação 
da Produção (PP) e Lançamento do Produto (LP). É importante citar que, embora 
aqui elas tenham sido descritas seqüencialmente, muitas das fases citadas 
acontecem de maneira sobreposta, de acordo com a filosofia de engenharia 
simultânea. O objetivo do PI é estabelecer, a partir de um levantamento detalhado 
e minucioso de informações, as especificações-meta do produto, um conjunto de 
requisitos mensuráveis com valores-alvo e informações qualitativas adicionais que 
refletem como as necessidades dos clientes serão atendidas de uma forma ideal. 
 
Esta fase é marcada pela preocupação constante em registrar de forma eficaz “a 
voz do cliente”. Na fase de PC as especificações-meta são transformadas na 
concepção do produto, que traduz de forma mais concreta as funcionalidades e 
características do produto. A fase envolve a modelagem funcional do produto, a 
elaboração de suas alternativas de solução, arquitetura e alternativas de modelos 
de concepção, que ao final da fase deverão ser avaliadas até que se chegue à 
melhor concepção para o produto (que envolve também uma previsão de como 
este será produzido). Em seguida, a fase do PD engloba a concretização final do 
produto, onde são detalhadas as suas funcionalidades, características técnicas 
finais e o detalhamento das operações produtivas. As saídas típicas desta fase 
são as especificações detalhadas do produto – BOM (Bill of Material ou lista de 
material ou estrutura do produto), especificações dos Sistemas, Subsistemas e 
Componentes (SSC), desenhos finais com tolerâncias, plano de processo 
detalhado – e um protótipo funcional. Na fase de PP são concretizados os 
recursos de produção previstos nas fases anteriores, envolvendo o refinamento do 
processo, a obtenção dos recursos e infraestrutura produtivos necessários, 
planejamento e produção de um primeiro lote e homologação do processo. O 
principal resultado desta fase é um lote piloto do produto, que deve atender às 
especificações técnicas detalhadas na fase anterior. A macro-fase de 
Desenvolvimento é finalizada com a fase LP, que viabiliza o produto 
comercialmente para os clientes. Esta etapa engloba o desenvolvimento dos 
processos de suporte à comercialização do produto (vendas, distribuição, 
atendimento ao cliente e assistência técnica) e as atividades de marketing e 
evento de lançamento propriamente dito. A saída principal desta fase é o produto 
no mercado, sendo utilizado pelos clientes aos quais se destina. A macro-fase de 
Pós-Desenvolvimento abrange as fases de Acompanhamento do Produto e 
Processo e Descontinuação do Produto no Mercado. A fase de Acompanhamento 
do Produto e Processo envolve basicamente a monitoração do desempenho do 
produto desenvolvido, que resulta em relatórios que possuem o objetivo de 
melhorar continuamente a qualidade com que os clientes da empresa estão sendo 
atendidos. Já a fase de Descontinuação do Produto no Mercado engloba a 
 
retirada do produto de circulação e o encerramento efetivo do seu ciclo de vida, 
acompanhado do fechamento formal do projeto e realimentação do processo. 
Durante todo o desenvolvimento, o modelo ainda prevê a realização de processos 
de apoio. O gerenciamento de mudanças de engenharia é realizado para registrar 
as lições aprendidas durante o desenvolvimento que possam impactar 
positivamente no produto e processo, em um ciclo de melhoria contínua. De forma 
análoga, o processo de melhorias do PDP engloba as atividades de 
aprimoramento são coordenadas de modo a viabilizar a evolução contínua do 
processo. Todavia, é importante ressaltar que o MUR não representa um modelo 
específico de PDP para ser aplicado diretamente à projetos de P&D dentro de 
uma empresa. O MUR é um modelo de referência genérico, ou seja, ele 
representa a idealidade do processo de inovação de produtos segundo as 
melhores práticas do campo de conhecimento, devendo ser adaptado para 
realidades específicas como, por exemplo, um setor da economia, uma empresa 
específica ou mesmo tipos diferentes de projeto dentro de uma mesma 
organização. 
Neste curso usaremos este como nosso modelo de referência abordando cada 
uma das Macro-fases previstas no modelo. Estas Macro-fases são desdobradas 
em fases e para cada uma delas analisaremos as principais ferramentas utilizadas 
assim como principaisresultados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 5 
 
1-Quais as características principais dos Modelos Apresentados 
a) Qual a importância do modelo de Referência? 
 
2- Acesse o site para conhecer melhor o Modelo que usaremos no 
curso 
http://www.pdp.org.br/ModeloLivroWeb/modelo/primeira.htm 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
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clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
CLARK, K.B.; FUJIMOTO, T. Product Development Performance: Strategy, 
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Business School Press, 1991. 
COOPER, R. G. Winning at New Products: accelerating the process from idea to 
launch. 2 ed. Reading: Addison-Wesley Publishing, 1993, 
COOPER, R. G.; KLEINSCHMIDT, E. J. Winning businesses in product 
development: the critical success factors: a formal new product process isn't 
enough--you need a highquality process, a clear and visible strategy, enough 
people and money, and a respectable R&D budget. How does your program rate 
on these 10 metrics? Research-Technology Management, v. 50, n. 3, p 52-66, 
2007. 
GRIFFIN, A. PDMA Research on New Product Development Practices: Updating 
Trends and Benchmarking Best Practices. Journal of product Innovation 
Management, New York, v. 14, p.429-458, 1997. 
KOTLER, Philip. Marketing de A a Z. Rio de Janeiro: Campus,1992. 
PUGH, S. (1991). Total design: integrated methods for successful product 
engineering. Addison Wesley.. 
ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência 
para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

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