Getúlio Vargas e a Revolução de 1930

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 Introdução 
 
O ex-presidente Dorneles Getúlio Vargas nasceu no dia 19 de julho de 1882, Natural da cidade de São Borja, Rio 
Grande do Sul . Em sua principal atividade profissional teve início na advocacia, porém muito envolvido no meio 
político, conseguiu com êxito chegar aos cargos de deputado estadual, deputado federal, ministro da fazenda e 
governador do Rio Grande do Sul, e liderando a revolução civil d e 1930 que pôs fim à República Velha. Vargas 
governou por 15 anos iniptos os, períodos este que foi um marco na história do país em razão de inúmeras 
alterações que Vargas fez no país , tanto econômicas quanto sociais, cujo períodos foram: 
 
● Governo Provisório -1930-1934 
● Governo Constitucional-1934-1937 
● Estado Novo-1937-1945 
 
Revolução 1930 
 
 
Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha,conhecida hoje como o primeiro período republicano 
brasileiro. Como característica principal centralizava o poder entre os partidos políticos e a conhecida aliança 
política "café -com leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a República Velha tinha como base a economia 
cafeeira e, portanto, mantinha fortes vínculos com grandes proprietários d e terras. 
De acordo com as políticas do "café-com leite", existia um revezamento entre os presidentes apoiados pelo Partido 
Republicano Paulista (PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro (PRM), de Minas Gerais. Os 
presidentes de um partido eram influenciados pelo outro partido, assim, dizia-se: nada mais conservador, que um 
liberal no poder. 
 
 
O Golpe do Exército 
 
Em março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República. Eleição esta que deu a vitória ao 
candidato governista Júlio Prestes. Entretanto, Prestes não tomou posse. A Aliança Liberal (nome dado aos aliados 
mineiros, gaúchos e paraibanos) recusou-se a aceitar a validade das eleições, alegando que a vitória de Júlio 
Prestes era decorrente de fraude. Além disso, deputados eleitos em estados onde a Aliança Liberal conseguiu a 
vitória, não tiveram o reconhecimento dos seus mandatos. Os estados aliados principalmente o Rio Grande do Sul 
planejam então, uma revolta armada. A situação acaba agravando-se ainda mais quando o candidato à 
vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa, é assassinado em Recife, capital de Pernambuco. Como os 
motivos dessa morte foram duvidosos a propaganda getulista aproveitou-se disso para usa-lá em seu favor 
atribuindo a culpa à oposição, além da crise econômica acentuada pela crise de 1929; a indignação, deste modo, 
aumentou, e o Exército – que por sua vez era desfavorável ao governo vigente desde o tenentismo – começou a se 
mobilizar e formou uma junta governamental composta por generais do Exército. No mês seguinte, em três de 
novembro, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder então foi passado para Getúlio 
Vargas pondo fim à República Velha. 
 
 
Fases da Era Vargas 
 
Neste capítulo será apresentado a sequência das fases do governo Vargas subdivididos em três; governo provisório, 
governo constitucional e Estado Novo, ambos de suma importância, porém ligados aos direitos e deveres dos 
cidadãos que prevalecem até hoje na história política do Brasil. 
 
 
Governo provisório 
 
 
Após tomar o poder através de um golpe militar e instaurar uma ditadura, Getúlio Vargas usufruía de poderes 
quase ilimitados e, aproveitando-se deles, começou a tomar políticas de modernização do país. Ele criou, por 
exemplo, novos ministérios - como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação. 
Mas em contrapartida os Estados perdiam grande parte da sua autonomia política para o presidente Getúlio 
Vargas por governar de forma quase ilimitada, ele limitava os poderes dos estados, e passou a governar por 
decretos-leis. Os governadores que tinham sido eleitos por voto direto, eram substituídos por interventores 
nomeados diretamente por Vargas. Diferentemente do que acontecia na república velha o Estado que se 
implantou no ano de 1930 é mais intervencionista e mais centralizador. Economia era praticamente agrícola e as 
oligarquias e os donos do café continuavam forte, mas tais poderes iam se perdendo ano após anos, a 
preocupação do presidente era com a industrialização do país, por tal motivo ele lutou para esta feita, mas 
devido ao seu modo de governar consolidou- se em clima de tensão entre as velhas oligarquias e os militares 
interventores. A oposição às ambições centralizadoras de Vargas concentro​u -se em São Paulo, onde as 
oligarquias locais, sob o apelo da autonomia política e um discurso de conteúdo regionalista, convocaram o “povo 
paulistano” a lutar contra o governo Getúlio Vargas, exigindo a realização de eleições para a elaboração de uma 
Assembleia Constituinte. A partir desse movimento, teve origem a chamada Revolução Constitucionalista de 1932. 
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Revolução Constitucional 
 
 
A Revolução Constitucionalista de 1932 aconteceu em São Paulo e foi uma insurreição contrária ao novo 
quadro político que se instaurou no país após a Revolução de 1930. Na época, Getúlio Vargas ocupava a 
presidência da República devido a um golpe de Estado, aplicado após sua derrota para o paulista Júlio Prestes 
nas eleições presidenciais de 1930. Esse período ficou conhecido como “A Era Vargas”. A Revolução 
Constitucionalista representa a insatisfação do Estado de São Paulo em relação à ditadura imposta por Getúlio 
Vargas. Tal inconformismo se deve ao fato primordial de que houve uma forte centralização de poder, que 
culminou com a nomeação de interventores nos estados. A classe dominante de São Paulo exigia do governo 
federal uma maior participação no governo, porém Vargas se negou a dividir o poder com os paulistas , 
ameaçando, inclusive, reduzir seu poder dentro do próprio Estado de São Paulo, com a nomeação de um 
interventor não paulista para governar o Estado. O clima de hostilidade entre os paulistas e o'governo Vargas 
aumentou com a nomeação do tenente João Alberto Lins de Barros, ex -participante da Coluna Prestes, como 
novo governador de São Paulo. Os paulistas não aceitaram tais arbitrariedade s de Getúlio Vargas, o que levou 
ao conflito que opôs São Paulo ao resto do país. O conflito se acentuou com a morte de quatro jovens 
estudantes (Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo) por um grupo de tenentistas. As iniciais dos jovens 
envolvidos no fato. 
Governo Constitucional 1934-1937 
Getúlio Vargas convoca a Assembleia em 1933, que, em 16 de julho de 1934, promulga a nova Constituição, trazendo 
novidades como o voto secreto, o ensino primário obrigatório, o voto feminino e diversas leis trabalhistas. O voto 
secreto significou o fim do voto aberto preponderante na República Velha, quando os coronéis tinham a 
oportunidade de controlar os votos. A nova constituição estabeleceu também que, após sua promulgação, o 
primeiro presidente seria eleito de forma indireta pelos membros da Assembleia Constituinte. Getúlio Vargas saiu 
vitorioso. 
Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram ainfluenciar a sociedade brasileira. De um lado, a 
direita fundava a Ação Integralista Brasileira (AIB), pregando um Estado totalitário. Do outro, crescia a força de 
esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL), patrocinada pelo regime comunista da União Soviética. Estes 
partidos possuíam caráter nacional, diferentemente dos partidos dominantes durante a República Velha, que 
geralmente representavam o seu estado (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro...). Essa tendência persiste até 
hoje. Integralismo: Corrente que defendia a direita no Brasil, liderada por Plínio Salgado. Aliancismo: Corrente que 
defendia a esquerda no Brasil através da Intentona Comunista, liderada por Luiz Carlos Prestes e Olga Prestes. 
Eles achavam Getúlio Vargas um problema. 
 
Constituição 1934 
 
 
A Constituição de 1934 foi uma consequência direta da Revolução Constitucionalista de 1932. Com o fim da 
Revolução, a questão do regime político veio à tona, forçando desta forma as eleições para a Assembleia 
Constituinte em maio de 1933, que aprovou a nova Constituição substituindo a Constituição de 1891. 
O objetivo da Constituição de 1934 era o de melhorar as condições de vida da grande maioria dos 
brasileiros, criando leis sobre educação, trabalho, saúde e cultura. Ampliando o direito de cidadania dos 
brasileiros, possibilitando a grande fatia da população, que até então era marginalizada do processo político do 
Brasil, participar então desse processo. A Constituição de 34 na realidade trouxe, portanto, uma perspectiva 
de mudanças na vida de grande parte dos brasileiros. 
No dia seguinte à promulgação da nova Carta, Getúlio Vargas foi eleito presidente do Brasil. 
São características d a Constituição de 1934: 
 
1- A manutenção dos princípios básicos da carta anterior, ou seja, o Brasil continuava sendo uma república 
dentro dos princípios federativos s, ainda que o grau de autonomia dos estados fosse 
reduzido; 
 
2– A dissociação dos poderes, com independência do executivo, legislativo e judiciário; além da eleição 
direta de todos os membros dos dois primeiros. O Código eleitoral formulado para a eleição da 
Constituinte foi incorporado à Constituição; 
 
3– A criação do Tribunal do Trabalho e respectiva legislação trabalhista, incluindo o direito à liberdade de 
organização sindical ; 
 
 
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 O Estado Novo 1937-1945 
 
 
No Estado Novo quem discordava do governo também estava sendo contrário ao desenvolvimento do país, 
tanto é, que a centralização do poder foi acompanhada através da censura aos meios de comunicação. A censura 
tratou de silenciar o descontentamento da população, ao mesmo tempo um forte esquema foi implantado para 
neutralizar a oposição, a repressão política não atingiu apenas os comunistas, quem fosse contra o regime 
estava condenado à perseguição, mesmo sendo liberal. 
O Estado Novo também foi responsável pelo fim do Poder Legislativo, ou seja, quem fazia as leis e aplicava as 
políticas para o país era o Poder Executivo. Getúlio Vargas governava por decretos - leis, ou seja, todos os 
decretos presidenciais passavam a valer automaticamente como lei. É claro que Getúlio Vargas não fazia isso 
sozinho. Vargas era assessorado por uma série de conselhos e órgãos técnicos, que foram criados durante o 
Estado Novo , tais como: o Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, 
Conselho Nacional do Petróleo, Conselho de Águas e Energia, Plano Siderúrgico Nacional. E nós também não 
podemos deixar de colocar que os militares tiveram papel importante nisso tudo, pois, segundo as Forças 
Armadas, o Brasil deveria investir em atividades estratégicas que garantissem a sua soberania como, por 
exemplo, a indústria de base siderúrgica que produz o aço e suprimentos de recursos energéticos, no caso do 
petróleo, sob a alegação de que investimentos como estes garantiriam o seu desenvolvimento econômico. De 
tal maneira o governo governava com a centralização administrativa aumentando a eficiência do Estado e 
diminuindo as oligarquias regionais. Foi neste período também que foram criados os concursos públicos para 
carreiras públicas evitando assim o “apadrinhamento”. Getúlio se afirmou como um poderoso líder político. 
Pouco a pouco Getúlio foi criando uma imagem de sintonia com o povo. A Educação e a propaganda 
ocuparam papel importante na construção desta imagem. Através da Educação o governo de Vargas foi difundindo 
valores e noções comuns a toda a nação. A propaganda foi outro papel de construção da nacionalidade, 
ficando a cargo do poderoso Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que teve presença importante em 
todos os meios de comunicação. No cinema, na literatura, no rádio, na imprensa e até no teatro, a grande 
máquina de divulgação do governo foi importante para a propagação da imagem de Vargas como grande líder, 
benfeitor e condutor dos destinos da nação. Vargas ficou conhecido como pais dos pobres. Aliás, foi ele quem 
consolidou as leis do trabalho, criando e implantando a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, o imposto sindical, a 
CLT, férias, descanso semanal, carteira de trabalho. 
Todavia, mesmo com tantos benefícios trabalhistas não era permitido aos trabalhadores nem Tampouco aos patrões 
o direito a greve. Umas das coisas que Getúlio fez para trazer os trabalhadores para o seu lado, foi criar a ideologia 
do trabalhismo, fazendo assim o trabalhador como uma importante figura do Estado novo, pois Getúlio queria 
garantir as boas relações entre empregador e trabalhador diminuir os conflitos entre capital e trabalho. No entanto 
houve uma desaceleração da economia nacional ligada a crise internacional existente no momento, com os 
Estados Unidos de um lado e a Alemanha do outro, começaram a disputar os mercados latino-americanos, isto 
porque eles consideravam os países da América Latina excelentes fornecedores de matéria -prima e compradores 
de produtos manufaturados. O Brasil estava querendo se industrializar e dependia economicamente dos dois 
países, assim faria com que os países com qual mantinha o acordo financiam as siderurgias e companhias 
brasileiras. Os Estados Unidos não tinha mais interesse que o Brasil se industrializasse, mas como ele não 
queria que o Brasil estreitou suas relações com Alemanha, deu todo o suporte necessário ao Brasil financiando a 
construção da usina de volta redonda. Em dezembro de 1941 o EUA declara guerra contra os países do 
eixo (contra a Alemanha), o Brasil então decidi apoiar os Estados Unidos na guerra enviando homens ao 
combate, fator este, que não agradou a Alemanha que bombardeou navios brasileiros, com todo este conflito 
a população brasileira não se contentou. No período também foram publicados o Código Penal e o Código de 
Processo Penal. 
Vargas tentou melhorar a situação convocando eleições presidenciais e legislativas e anistiou os presos políticos, 
partidos políticos se organizaram para eleições e foi aí que surgiu o movimento “queremista”. 
As elites conservadoras que ainda apoiavam Vargas não gostaram nada desta aproximação do Presidente comos 
comunistas e temeu que ele passasse para o outro lado e começaram a pensar que Vargas iria dar um novo 
golpe e manter-se no poder. 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Integralismo