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MUDE SUA VIDA! 
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SUMÁRIO 
DIVISÃO DO ATIVO E DIVISÃO DO PASSIVO .................................................................................................. 2 
EXERCÍCIO SOCIAL .................................................................................................................................... 2 
DIVISÃO DO ATIVO ................................................................................................................................... 2 
ATIVO CIRCULANTE .............................................................................................................................. 2 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE ...................................................................................................................... 4 
DIVISÃO DO PASSIVO EXIGÍVEL ................................................................................................................ 6 
PASSIVO CIRCULANTE .......................................................................................................................... 6 
PASSIVO NÃO-CIRCULANTE .................................................................................................................. 7 
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................................. 7 
COMPONENTES POSITIVOS DO PL ........................................................................................................ 8 
COMPONENTES NEGATIVOS DO PL ...................................................................................................... 8 
 
 
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DIVISÃO DO ATIVO E DIVISÃO DO PASSIVO 
 
EXERCÍCIO SOCIAL 
 
Antes de passarmos à divisão do Ativo e do Passivo, é importante entender um conceito 
que será muito referenciado daqui para a frente: o de exercício social. 
 
O exercício social pode ser conceituado como o período que uma determinada empresa 
deve elaborar suas demonstrações contábeis. 
 
Representa um intervalo de tempo no qual serão apuradas suas receitas e suas despesas, 
e seu resultado (lucro ou prejuízo), devendo também divulgar aos interessados a composição 
atual de seu patrimônio. 
 
De acordo com o art. 175 da Lei 6.404/76, o exercício social das empresas deve ter a 
duração de 1 (um) ano, podendo, porém, cada empresa escolher a data de seu término. 
 
Assim, por exemplo, uma empresa pode determinar em seu estatuto ou contrato social 
que seu exercício financeiro será de 1º de janeiro a 31 de dezembro, ou de 1º de julho de um 
ano a 30 de junho do seguinte, ou de 1º de setembro de um ano a 30 de agosto do seguinte, etc. 
 
 IMPORTANTE 
Se nada for dito, deve-se considerar que o exercício social adotado pela entidade 
coincide com o ano civil, ou seja, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada 
ano. 
 
DIVISÃO DO ATIVO 
 
Já vimos que o ativo representa os bens e direitos de uma entidade. Esse é dividido em 
dois grandes ramos (Circulante e Não Circulante), sendo que o segundo é dividido em quatro 
subgrupos (Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível). 
 
Vejamos cada um deles: 
 
ATIVO CIRCULANTE 
 
O Ativo Circulante (AC) representa os recursos de maior liquidez da entidade, o capital 
com o qual ela pode contar no curto prazo (até o final do exercício social seguinte). 
 
Por conta disso, no Ativo Circulante ficam registradas as disponibilidades financeiras 
(dinheiro em caixa e em bancos), e os bens e direitos realizáveis até o final do exercício social 
subsequente. 
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Em outras palavras, constarão do Ativo Circulante aquilo que já é dinheiro e aqueles bens 
e direitos que a entidade espera transformar em dinheiro (realizar) até o final do exercício 
social seguinte. 
 
“Realizar”, em Contabilidade, significa transformar um ativo em receita, ou seja, 
transformá-lo em dinheiro. 
 
Em relação à classificação no Ativo Circulante, porém, cabem algumas observações 
importantes: 
 
 Os estoques são sempre classificados no Ativo Circulante. 
 
 Se, excepcionalmente, a empresa tiver um ciclo operacional (tempo entre a compra 
da mercadoria e o recebimento do valor das vendas dos clientes) maior do que um 
ano, a classificação no Ativo Circulante terá como base a duração desse ciclo. 
Imagine-se, por exemplo, o caso de um estaleiro, em que o tempo entre a encomenda 
do navio pelo cliente e o recebimento do pagamento costume de 3 (três) anos, em 
média. Nesse caso, serão classificados no Ativo Circulante os bens e direitos 
realizáveis em até 3 anos. 
 
 Os empréstimos e vendas feitos pela entidade a suas coligadas/controladas, sócios, 
acionistas e diretores e que não decorram das atividades normais da entidade não 
devem ser colocados no Ativo Circulante, independentemente do prazo de 
exigibilidade, devendo ser classificados sempre no Ativo Não Circulante. Isso por 
uma questão de prudência, porque nesses casos sempre existe a possibilidade de o 
devedor requerer a “rolagem” da dívida, adiando seu pagamento. 
 
 Em se tratando de direitos, se nada for dito quanto ao seu prazo, considera-se que 
são realizáveis até o final do exercício seguinte, devendo constar do Ativo Circulante. 
 
Exemplo 
 
► Considere-se que uma empresa adote o exercício social padrão, ou seja, de 1º de janeiro 
a 31 de dezembro de cada ano, e que a mesma possua os seguintes ativos, em 31/12/X1 (valores 
em R$): 
 
 Dinheiro em caixa: 2.000 
 Dinheiro em bancos: 10.000 
 Aplicações financeiras de liquidez imediata: 20.000 
 Aplicações financeiras com resgate em 15/02/X3: 35.000 
 Valores a receber de clientes até 31/12/X2: 40.000 
 Valores a receber de clientes após 31/12/X2: 20.000 
 Veículos: 80.000 
 Imóveis: 400.000 
 
A empresa não tem intenção de vender seus veículos e imóveis no curto prazo. 
 
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Diante disso, qual o valor do Ativo Circulante (AC)? 
 
RESPOSTA: Deverá constar do AC as disponibilidades de dinheiro (caixa, bancos e 
aplicações de liquidez imediata) e tudo aquilo que a entidade espera realizar até o final do 
exercício social seguinte (no caso, até 31/12/X2, uma vez que a data-base é 31/12/X1). 
 
Assim: 
 
AC = 2.000 + 10.000 + 20.000 + 40.000 = R$ 72.000,00. 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE 
 
No Ativo Não Circulante serão classificados todos os bens e direitos da entidade que não 
forem alocados no Ativo Circulante. 
 
O Ativo Não Circulante, por sua vez, divide-se em: Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) abrange os bens e direitos com realização prevista 
para após o final do exercício seguinte. Deve incluir também os direitos relativos a vendas, 
adiantamentos e empréstimos feitos a coligadas/controladas, diretores e acionistas, qualquer 
que seja seu prazo. 
 
Assim, por exemplo, se uma empresa, em 31/12/X1 possui valores a receber em 
30/06/X3, tais valores devem ser classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo. 
 
Como já visto quando falamos sobre o Ativo Circulante, os empréstimos e vendas feitos 
pela entidade a suas coligadas ou controladas, sócios, acionistas e diretores devem sempre ser 
colocados no Ativo Realizável a Longo Prazo, independentemente do prazo de exigibilidade. 
 
Investimentos 
 
De acordo com o art. 179, inciso III, da Lei 6.404/76 (Lei das S/A), o Ativo Investimentos 
deve trazer: 
 
a) Os bens não destinados à manutenção das atividades da empresa, tais como imóveis 
para aluguel, terrenos não utilizados e obras de arte; e 
 
b) As participações permanentes no capital de outras sociedades, como ações de 
coligadas, de controladas, e de não coligadas e de não controladas. 
 
Participações permanentes são ações adquiridas pela entidade com a intenção
de 
permanência, ou seja, sem a intenção de revenda no curto prazo, representando uma 
extensão da atividade econômica da entidade. 
Se a empresa adquirir ações com objetivo especulativo, isto é, de revendê-las no 
curto prazo, serão elas tratadas como participações temporárias, e classificadas no 
ativo circulante. 
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Imobilizado 
 
No Ativo Imobilizado devem ser classificados os bens tangíveis (corpóreos, que possuem 
existência física) e que sejam necessários à manutenção das atividades da entidade. 
 
Ou seja, são os bens corpóreos adquiridos pela entidade para serem utilizados em sua 
atividade, mas que não sejam mercadorias, tais como veículos, máquinas e equipamentos e 
imóveis em uso. 
 
Se forem mercadorias, ou seja, bens que são usualmente comprados pela entidade para 
serem revendidos em sua atividade normal, serão classificadas como estoque, no circulante. 
 
Intangível 
 
Classificam-se no Ativo Intangível os bens incorpóreos (que não possuem existência 
física) destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o 
fundo de comércio adquirido. 
 
Veja-se que o Ativo Intangível é semelhante ao Ativo Imobilizado, pois em ambos são 
classificados os bens utilizados pela entidade em sua atividade. A diferença é que os bens que 
possuem existência física ficam no Imobilizado e os que não possuem, no Intangível. 
 
A classificação de um determinado bem na contabilidade de uma entidade depende 
não só da natureza do bem, mas também do tipo de atividade exercida por ela e da 
sua intenção ao adquiri-lo. 
Exemplo: para uma loja de sapatos, os veículos adquiridos para entrega de 
mercadorias vendidas serão classificados no Ativo Imobilizado. Se, por outro lado, a 
loja adquirir um veículo antigo que não seja utilizado em suas atividades, somente 
para ficar no museu da empresa, então será classificado no Ativo Investimentos. 
Já no caso de uma loja de veículos, os veículos adquiridos, via de regra, serão 
classificados como estoque, no Circulante (exceto se a loja tiver adquirido o veículo 
para outros fins que não revenda, como transporte de vendedores, por exemplo, caso 
em que será classificado no Imobilizado). 
 
Resumo da Divisão do Ativo 
 
A divisão do ativo é assunto de grande importância em Contabilidade, até para o 
entendimento dos pontos que serão abordados mais à frente. 
 
Por isso, segue resumo do que vimos: 
 
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DIVISÃO DO PASSIVO EXIGÍVEL 
 
Assim como o Ativo, o Passivo divide-se em Circulante e Não Circulante e, da mesma 
forma, também é utilizado o critério temporal para sua diferenciação. 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
O Passivo Circulante (PC) é composto pelas obrigações exigíveis ao longo do exercício 
seguinte. Ou seja, representa as dívidas de curto prazo, aquelas que deverão ser pagas pela 
entidade até o final do exercício social seguinte. 
 
 Assim como ocorre com o Ativo Circulante, se, excepcionalmente, a empresa tiver 
um ciclo operacional maior do que um ano, a classificação no Passivo Circulante terá 
como base a duração desse ciclo. 
 
 Os empréstimos tomados pela entidade de suas coligadas/controladas, sócios, 
acionistas e diretores não devem ser colocados no Passivo Circulante, 
independentemente do prazo de exigibilidade, devendo ser classificados no Passivo 
Não Circulante. Isso por uma questão de prudência, porque nesses casos sempre 
existe a possibilidade de o devedor requerer a antecipação do pagamento da dívida. 
 
 Se nada for dito quanto ao prazo das obrigações, devem ser classificadas no Passivo 
Circulante. 
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PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
 
Também chamado de Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP), o Passivo Não Circulante 
(PNC) traz os demais passivos, ou seja, aqueles que deverão ser pagos após o final do exercício 
social seguinte. 
 
O Passivo Não Circulante não possui as divisões internas que o Ativo Não Circulante 
apresenta. 
 
Exemplo 
 
► Considere-se que uma empresa, que adota como final do exercício social o dia 31 de 
dezembro de cada ano, tenha tomado, em janeiro de X1, um financiamento para pagamento em 
120 parcelas mensais de R$ 5.000, com a primeira parcela vencendo em março de X1. Nesse 
caso, quanto do valor seria lançado no Passivo Circulante e quanto seria colocado no Passivo 
Realizável a Longo Prazo? 
 
RESPOSTA: No Passivo Circulante devem ser lançados os valores que deverão ser pagos 
até 31/12/X2 (final do exercício social seguinte). Como a primeira parcela será em março de 
X1, deverão ser pagas até 31/12/X2 o total de 22 parcelas, o que dá um montante de R$ 
110.000,00 (22 X R$ 5.000,00). 
 
Já no Passivo Exigível a Longo Prazo (Não Circulante) deverá ser lançado o valor restante 
do financiamento, ou seja, R$ 490.000,00. 
 
Observe-se que, com o tempo, os valores vão “migrando” do Passivo Não Circulante, pois 
as dívidas que estavam longe de vencer vão aos poucos passando para o curto prazo. 
 
Resumo da Divisão do Passivo 
 
Segue o resumo da divisão do Passivo: 
 
 
 
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
PASSIVO
Circulante: obrigações que vençam
até o final do exercício social
subsequente.
Não Circulante (Exigível a Longo
Prazo): demais obrigações.
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O Patrimônio Líquido (PL), diferentemente do Ativo e do Passivo, não tem divisões 
internas, possuindo somente componentes, que podem ser positivos ou negativos. 
 
Já vimos que o valor do PL é igual ao valor do Ativo menos o Valor do Passivo. Esse valor 
do PL, porém, estará sempre ligado a um ou mais de seus componentes internos. Em outras 
palavras, o valor do PL (que é igual ao Ativo menos o Passivo) é igual à soma dos seus 
componentes positivos, menos a soma dos componentes negativos. 
 
COMPONENTES POSITIVOS DO PL 
 
Os componentes positivos do PL, como o nome indica, aumentam o seu valor, 
aumentando, em consequência, a riqueza da entidade. 
 
São eles: 
 Capital Social: representa o capital subscrito pelos sócios, ou seja, o dinheiro que 
os sócios se comprometeram a colocar na sociedade, quando a formaram. 
 
 Reservas de Lucros: valores oriundos de lucros obtidos pela sociedade e que 
não foram retirados pelos sócios (foram reinvestidos). Essas reservas podem ser 
de vários tipos, de acordo com sua finalidade, conforme veremos adiante: reserva 
legal, reserva estatutária, reserva para contingências, etc. 
 
 Reservas de Capital: valores provenientes de ingressos realizados por sócios 
(que não configurem realização de capital) ou terceiros que entram diretamente 
no patrimônio da entidade, não advindo de lucros obtidos pela entidade. 
Exemplo: injeção de dinheiro feita por sócio além de sua parte no capital social e 
ganhos na venda de ações da empresa. 
 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial (se positivos): representam aumentos do 
valor atribuído a elementos do ativo ou a diminuição de elementos do passivo, 
em decorrência da sua avaliação a valor justo, ou seja, preço de mercado. 
 
 Lucros Acumulados: uma conta que contabiliza o valor dos lucros acumulados 
da entidade em diversos períodos. 
 
IMPORTANTE 
A partir de 2007 não é mais permitido às sociedades anônimas e empresas de grande 
parte manterem a conta “Lucros Acumulados” com saldo em seu balanço, devendo 
eventual saldo ser transferido para reservas de lucros, distribuídos aos sócios ou 
utilizado para aumento do capital social. 
Assim, atualmente, essa conta é utilizada somente de forma transitória, em caso de 
lucro no exercício. 
 
COMPONENTES NEGATIVOS DO PL 
 
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Os componentes negativos do PL, também como o próprio nome indica, diminuem o valor 
do patrimônio líquido, reduzindo,
em consequência, a riqueza da entidade. 
 
São eles: 
 
 Capital a Integralizar (ou a Realizar): indica o quanto do capital prometido 
(subscrito) pelos sócios ainda não foi entregue pelos mesmos. É uma conta que 
reduzirá o valor de Capital Social. 
 
 Prejuízos Acumulados: representa os valores acumulados de prejuízos de 
exercícios anteriores. Se a entidade tiver prejuízo, primeiro ele deverá absorver 
todas as reservas de lucros porventura existentes. Após isso, a entidade poderá 
(mas não é obrigada) a absorver as reservas de capital. Se ainda houver prejuízo 
remanescente, será deixado da conta Prejuízos Acumulados. 
 
 Ações em Tesouraria: representa os valores das ações da companhia que estão 
em seu próprio poder. Surge quando a empresa recompra parte de suas ações no 
mercado, e as guarda para venda futura. 
 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial (se negativos): representam diminuições do 
valor atribuído a elementos do ativo, ou aumento de elementos do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a valor justo, ou seja, preço de mercado. 
 
Observação: A maior parte das empresas utiliza-se de uma mesma conta para registrar 
lucros ou prejuízos acumulados, a qual pode ter saldo devedor ou credor. Se tiver saldo 
devedor, significa que há prejuízos acumulados. Se tiver saldo credor, significa que há lucros 
acumulados, devendo neste último caso, como já dito anteriormente, dar-se uma destinação ao 
lucro (aumento do capital, aumento de reservas de lucros ou distribuição de dividendos aos 
acionistas). 
 
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