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APX1 - Alfa2 - 2020 2 Patrícia

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Disciplina: Alfabetização 2
Coordenação: Prof.Marina Martins
APX1 – 2020.2
Prezados alunos:
Esta é a sua primeira Avaliação Presencial de Alfabetização 2. Leia, com atenção, os itens abaixo!
→ Responda as questões no espaço próprio para isso neste mesmo documento e envie-o de volta pela plataforma dentro do prazo informado em nosso cronograma. 
→ Esta avaliação poderá ser realizada por grupos de até3 estudantes. Os dados dos membros do grupo devem ser apresentados no local apropriado para isso, mais abaixo, neste documento. Aproveite essa oportunidade para discutir e aprender com os colegas. Não separe as questões por membros do grupo. Todos devem participar da elaboração de todas as respostas. Essa é uma oportunidade única de aprendizado!
→Esta AP1 é composta por questões discursivas que exigem respostas não muito extensas. Nos últimos semestres, temos observado que muitos alunos apresentam respostas longas sem dominar bem o tema das questões. Para melhor entendermos como está o seu processo de construção dos saberes envolvidos em nossa disciplina, atente-se ao que se pede nas questões. Procure exercitar sua capacidade de síntese.
→Além da avaliação do conteúdo das respostas, analisaremos também a pertinência do texto à esfera acadêmica, ou seja, sua coesão e coerência, a clareza na apresentação dos argumentos, a capacidade de articulação entre os textos lidos e suas ideias e a capacidade de síntese. Responda com atenção e não se esqueça de revisar seu texto, verificando se as ideias estão claras e bem apresentadas. Lembre-se que um texto acadêmico, como o que sesolicita nessa avaliação, deve estar pautado pela articulação entre os saberes construídos por você e os materiais lidos ao longo do curso. 
→Em função desse novo contexto em que nos encontramos, esta avaliação pode ser realizada com consulta. Saiba usar o material do curso para estudo. Não copie trechos dos materiais estudados ou de colegas. Qualquer plágio encontrado resultará na anulação da prova inteira. Plágio é crime e será punido com a nota ZERO.
Boa prova!!
	Aluno 1: Patrícia Renata Fernandes
	Matrícula: 17116080026
	Polo: Niterói
	Aluno 2:
	Matrícula:
	Polo:
	Aluno 3:
	Matrícula:
	Polo:
	QUESTÃO 1: 5,0 pontos 
Para responder à questão seguinte, leia os textos 01, 02 e 03:
	TEXTO 01
Numa sociedade onde ler e escrever representa poder, aqueles que não sabem interpretar um texto ou registrar por escrito suas próprias palavras acabam por ser subalternizados (Cf. LANDER, 2005). Falar de analfabetismo, portanto, seja ele produzido no interior das escolas ou fora delas, é falar de uma injustiça social. Falar de analfabetismo é denunciar as injustiças que produzem a desigualdade, pois ʺnão cabe fatalisticamente cruzar os braçosʺ (FREIRE, 2001, p. 98).
(Fragmento de MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos & ARAÚJO, Mairce da Silva. Alfabetização e analfabetismo no Brasil: algumas reflexões. Revista ACOALFAplp: Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 9, 2010/ 2011. Disponível em: . Publicado em: setembro de 2010 – março de 2011).
	TEXTO 02
O construtivismo, embora com as diferentes e nem sempre corretas interpretações que a ele foram dadas na prática docente, foi hegemônico na área da alfabetização, particularmente no discurso acadêmico e nas orientações curriculares (cf. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997), até os anos iniciais do século em curso, quando a questão do método reaparece e mais uma vez se enfrenta um momento de controvérsias em torno dos caminhos adequados para conduzir com sucesso o processo de alfabetização.
(Fragmento de SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo:
Contexto, 2016 ).
	TEXTO 03
O termo “ambiente alfabetizador”... introduziu muitos mal entendidos... segundo os quais o professor apaga-se, some, desvanece-se, transforma-se em mobiliário... O professor olha e participa dessa maravilha que é o desenvolvimento da criança que cresce sozinha.
(Fragmento de FERREIRO,Emília. Cultura, escrita e educação: conversa de Emília Ferreiro com José Antonio Castorina, Daniel Goldin e Rosa Maria Torres. Tradução por Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001).
Observe os relatos abaixo:
· A professora Renata, de uma turma do primeiro ano de escolaridade, leva todos os dias para a sala de aula um livro de literatura infantil e o lê para os alunos. Ao terminar, pergunta qual foi a parte da história que eles mais gostaram e a escreve no quadro. Em seguida, lê em voz alta o trecho que escreveu, acompanhando com o dedo a leitura. Como a biblioteca da escola é pequena, ela pediu a contribuição das crianças para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu a visita de Alice, mãe de um aluno, indagando-a sobre o motivo do pedido, já que a maioria das crianças daquela turma ainda não sabia ler. 
(Retirado do ENADE 2008)
· A professora Andréa, em uma reunião de conselho de classe, quis dar seu relato sobre uma tentativa de trabalho com uma turma de primeiro ano do ensino fundamental: “Eu fiquei empolgada em trabalhar com as crianças a questão da identidade. Pedi para que elas trouxessem suas certidões de nascimento. Acabei desistindo. Primeiro porque poucas crianças trouxeram seus documentos, dificultando o trabalho. Tivemos que ir até à secretaria da escola. Segundo, comecei a perceber tantas coisas que achei melhor parar: muitas certidões só traziam o nome da mãe, em outras faltava até o nome do avô, apareciam crianças com o nome totalmente diferente de como ela era chamada por todos, foi muita confusão, não deu para continuar, estávamos ficando atrasados com a cartilha... Não consigo dar quase nada fora do conteúdo…”
(Retirado do Material Didático da Disciplina - Aula 03)
Com base nos textos 01 e 02 e no material disponibilizado na plataforma, comente, em um pequeno texto acadêmico, as situações colocadas acima, considerando o conceito de “ambiente(s) alfabetizador(es)”. Para isso, apresente as contribuições de Emília Ferreiro e de Paulo Freire para o tema e o papel do cotidiano escolar nesse debate.
	RESPOSTA
Questionamentos como os dessa mãe no primeiro relato são reflexo de uma alfabetização mecanicista, pautada em cartilhas e métodos que pouco valorizam a compreensão, mas os resultados.
Piaget acredita que toda atividade deva ter como ponto de partida algo que o estudante já conheça. E Emilia, na sua hipótese piagetiana, considera o que as crianças sabem sobre escrita e usa esses conhecimentos como ponto de partida.
O contato com livros antes de aprender a ler pode parecer sem fundamento para pessoas que foram alfabetizadas por meio de métodos tradicionais, mas pela visão do construtivismo, esse contato vai servir como ponto de partida, dando significado a aprendizagem. Quando a criança não tem uma referência que lhe seja familiar, aquela atividade vai lhe parecer muito mais difícil e pouco instigante.
O trabalho dessa professora, ao tornar conhecido o mundo da leitura para essas crianças é extremamente importante quando consideramos que para alguns alunos a escola será o único lugar de contato com esses livros, ainda mais se tratando de pais que não entendem a relevância deste contato.
No segundo relato, podemos ver que a realidade dos alunos é um fator importante a ser considerado no planejamento das atividades em sala de aula. Ao iniciar essa atividade, a professora foi surpreendida pelas informações, ou pela falta delas, o que resultou na desistência da atividade. O tempo que ela já considera pouco para sair da cartilha, tornou-se ainda menor. 
A realidade de algumas escolas realmente torna pouco flexível a implementação de projetos ou atividades diferentes que coloquem em foco uma educação que promova autonomia, justamente pelos professores terem que seguir um cronograma corrido e/ou um currículo rígido. Todavia, quando se tem noção dessa realidade e se tem o desejo de implementar projetos fora da cartilha, é importante que seja realizada uma pesquisa, para uma melhororganização do tempo e êxito do projeto.
	QUESTÃO 6: 5,0 pontos 
Para responder à questão seguinte, leia os textos 04 e 05:
	TEXTO 04
Alfabetização não é uma questão de método. O grande equívoco na área de Alfabetização é que, historicamente, sempre se considerou que alfabetização era uma questão de método. Isso é um equívoco porque nenhuma outra disciplina – Geografia, História, Ciências e Matemática – trata de um só método. São campos de conhecimento que o professor deve conhecer bem para saber como agir para transformar esse conhecimento em um objeto do qual o aluno possa se apropriar. Nós temos mudado de método a todo momento ao longo das décadas e nunca conseguimos resolver nosso problema de alfabetizar todas as crianças ou, pelo menos, a maioria delas no tempo certo. Os professores alfabetizadores sempre perguntam: que método usar? E eles são tão espertos e lúcidos que falam “Eu uso o método eclético”. Ou seja, eles misturam vários e tiram de cada um aquilo que está dando certo para seus alunos.
(Fragmento de entrevista realizada pela Revista Nova Escola com a professora Magda Soares. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/15004/vivi-o-estado-novo-e-passei-pela-ditadura-mas-nunca-vi-um-periodo-tao-assustador-como-este-na-educacao. Acesso em: 30/01/2020).
	TEXTO 05
 O mito da neutralidade da educação, que leva à negação da natureza política do processo educativo e a tomá-lo como um quefazer puro, em que nos engajamos a serviço da humanidade entendida como uma abstração, é o ponto de partida para compreendermos as diferenças fundamentais entre uma prática ingênua, uma prática astuta e outra crítica. 
 Do ponto de vista crítico, é tão impossível negar o caráter político do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. (...) Mas é neste sentido também que, tanto no caso do processo educativo quanto no do ato político, uma das questões fundamentais seja a clareza em torno de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos a educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política. 
(Fragmento retirado do Capítulo 1 – “A importância do ato de ler”, do livro “A importância do ato de ler: em três artigos que se completam”, de Paulo Freire)
Com base nos fragmentos anteriores e no material estudado em nossa disciplina, produza um pequeno texto acadêmico no qual você discuta a questão dos métodos no processo de alfabetização. Para isso, parta do texto “Alfabetização: o método em questão”, de Magda Soares, apresentando os métodos trazidos por ela, a discussão que ela faz sobre métodos e facetas e sua relação com o processo de alfabetização, e introduza a perspectiva de Paulo Freire neste debate.
	RESPOSTA
Magda afirma que as crianças são diferentes nos ritmos de aprendizagem, portanto é importante que o professor conheça as dificuldades de seus alunos, para então aplicar trabalhos e exercícios que, respeitando tais ritmos, auxiliem as crianças individualmente, visando o avanço de uma fase para a outra.
A autora defende um trabalho integrado entre alfabetização e letramento, mais especificamente, uma integração entre a convivência com diferentes gêneros, ensinando as funcionalidades do uso da escrita e da leitura no dia-a-dia, para então despertar nas crianças o gosto e compreensão do mundo da leitura, e com os métodos que darão as crianças a autonomia necessária para usufruir de tais usos sem precisar do auxilio ou intermédio de um adulto.
Freire nos mostra a relevância de criar ambientes que aproximam as crianças do mundo da leitura, quando vemos que em seu método de alfabetização, ele utiliza o cotidiano de seus alunos como um ponto de partida, o que traz uma aprendizagem mais significativa, já que permite que estes estudantes entrem num contexto familiar, fazendo uso do que eles já conhecem para adquirir mais conhecimento.
Magda afirma ainda, que esse trabalho deve ser feito simultaneamente, entendendo e respeitando a peculiaridade e especificidade de cada área. Para tanto, ao mesmo tempo em que escutam as histórias e realizam contato com o mundo da leitura, é importante que as crianças aprendam a relacionar o som da língua com os desenhos das letras, entendendo que, ao contrário do que antes acreditava-se, as letras não são os sons da língua, mas sim sua representação.

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