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Meninges e liquor

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1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
Neuroanatomia – Prof Maressa – Aula 01 
Meninges e liquor 
MENINGES 
Membranas conjuntivas 
Dura-máter, aracnoide 
e pia-máter 
Leptomeninge = aracnoide + pia-máter 
• No embrião constituem um só folheto 
• Meninge fina 
Paquimeninge = dura-máter 
• Meninge grossa 
DURA-MÁTER 
+ superficial, espessa e resistente 
Folheto interno (meníngea) e externo 
(periostal) 
Muito vascularizada 
• Principalmente pela artéria 
meníngea média 
Ricamente inervada 
____________________PREGAS DA DURA-
MÁTER DO ENCÉFALO 
Destaque do folheto interno 
1.Foice do cérebro – separa os dois 
hemisférios cerebrais 
2.Tenda do cerebelo – entre os lobos 
occipitais do cerebelo, separando a fossa 
posterior da média do crânio, o que divide a 
cavidade cerebral em um compartimento 
superior e outro inferior 
3.Foice do cerebelo – abaixo da tenda do 
cerebelo, entre os dois hemisférios 
cerebelares 
4.Diafragma da sela – fecha superiormente 
a sela túrcica, localizada superiormente à 
hipófise 
 
________________SEIOS DA DURA-MÁTER 
Quando os 2 folhetos se separam 
Canais venosos revestidos de endotélio entre 
os 2 folhetos 
Drena o sangue das veias do encéfalo e do 
globo ocular 
Veias emissárias – comunicação dos seios 
com veias da superfície externa do crânio 
Seios da abóbada: 
 1.Seio sagital superior – ímpar e mediano, 
percorrendo a margem de inserção da foice 
do cérebro 
2.Seio sagital inferior – na margem livre 
(embaixo) da foice do cérebro 
 
2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
3.Seio reto – ao longo da linha de união da 
foice do cérebro e a tenda do cerebelo – 
recebe o seio sagital inferior e a veia cerebral 
magna 
4.Seio transverso – é par ao longo da 
inserção da tenda do cerebelo no osso 
occipital 
5.Seio sigmóide – forma de S, sendo a 
continuação do seio transverso até o forame 
jugular – drena quase todo o sangue venoso 
da cavidade craniana 
6.Seio occipital – pequeno e irregular ao 
longo da margem de inserção da foice do 
cerebelo 
Confluência dos seios – confluência dos seios 
sagital superior, reto e occipital e pelo início 
dos seios transversos direito e esquerdo 
 
Seios da base: 
1.Seio cavernoso – grande e irregular de 
cada lado do corpo do esfenoide e da sela 
túrcica – é atravessado pela artéria carótida 
interna, pelo nervo abducente, troclear, 
oculomotor e o ramo oftálmico do trigêmeo 
2.Seios intercavernosos – unem os 2 seios 
cavernosos envolvendo a hipófise 
3.Seio esfenoparietal – percorre a face 
interior da pequena asa do esfenoide e 
desemboca no seio cavernoso 
4.Seio petroso superior – é par ao longo da 
inserção da tenda do cerebelo 
5.Seio petroso inferior – entre o seio 
cavernoso e o forame jugular 
6.Plexo basilar – ímpar ocupando a porção 
basilar do occipital 
ARACNOIDE 
Separa da dura-máter por um espaço 
virtual, o espaço subdural 
Espaço subaracnóideo – separa a aracnoide 
da pia-máter, contendo liquor 
________CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS 
São dilatações do espaço subaracnóideo 
Contém grande quantidade de liquor 
1.Cisterna cerebelo-medular ou magna – 
entre a face inferior do cerebelo, o teto do IV 
ventrículo e a face dorsal do bulbo – 
utilizadas para punções suboccipitais 
2.Cisterna pontina – ventralmente à ponte 
3.Cisterna quiasmática – na fossa 
interpeduncular 
4.Cisterna superior – em cima do cerebelo 
5.Cisterna da fossa lateral do cérebro – 
depressão formada pelo sulco lateral de cada 
hemisfério 
6.Cisterna quadrigeminal – atrás dos 
colículos do mesencéfalo 
7.Cisterna interpeduncular – entre os 
pedúnculos 
 
3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
 
________GRANULAÇÕES ARACNÓIDEAS 
Pequenos tufos da aracnoide que penetram 
no interior dos seios da dura-máter 
São + abundante no seio sagital superior 
São estruturas adaptadas à absorção do 
liquor, que cai no sangue 
Cornos de Pacchioni – grandes granulações 
em adultos e velhos, que frequentemente se 
calcificam e podem deixar imperfeições na 
abóbada craniana 
PIA-MÁTER 
Meninge + interna, que adere intimamente 
à superfície do encéfalo 
Confere resistência aos órgãos nervosos 
Acompanha os vasos que penetram no tecido 
nervoso, o que forma a parede estranha dos 
espaços perivasculares – esses espaços 
contêm liquor e amortecem o efeito da 
pulsação das artérias ou picos de pressão 
LIQUOR 
 Fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço 
subaracnóideo e as cavidades ventriculares 
Sua FUNÇÃO PRIMORDIAL é a proteção 
mecânica do SNC, mas também faz a 
manutenção do meio químico estável no 
sistema ventricular, excreta produtos 
tóxicos e é um veículo de comunicação entre 
diversas áreas do SNC 
Ele reduz o risco de traumatismo no encéfalo 
resultantes do contato com ossos do crânio 
É formado pelos plexos corioides (formados 
pelas dobras da pia-máter, vasos sanguíneos 
e células ependimárias) e pelo epêndima das 
paredes ventriculares 
Os plexos corioides existem nos ventrículos 
laterais e no teto do III e IV 
• Os ventrículos laterais são os que + 
contribuem para a formação do liquor 
• Dos ventrículos laterais (separados 
pelo septo pelúcido), o liquor passa 
para o III ventrículo, através dos 
forames interventriculares, e desse 
para o IV, através do aqueduto do 
mesencéfalo 
• Do IV ele deve atingir o espaço 
subaracnóideo, passando pelos 
forames de magendie e luschka 
(recessos medianos e laterais) 
A circulação do liquor e extremamente lenta 
A comunicação ocorre de cima para baixo 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
Hidrocefalia – aumento da quantidade e da 
pressão do liquor, levando a dilatação dos 
ventrículos e compressão do tecido nervoso 
de encontro ao estojo ósseo 
• É geralmente congênita 
• Existem 2 tipos: 
1. Comunicantes – causadas pelo 
aumento na produção ou deficiência 
na absorção do liquor – normalmente 
as granulações aracnóideas estão 
alteradas e não absorvem 
normalmente 
2. Não comunicantes/ obstrutivas – 
obstruções no trajeto do liquor, 
 
4 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
podendo correr no forame 
interventricular (dilatação do 
ventrículo lateral correspondente), no 
aqueduto no mesencéfalo (dilatação 
do III e dos ventrículos laterais), nas 
aberturas do IV ventrículo (dilatação 
de todo o sistema ventricular) e na 
incisura da tenda (todo o sistema) 
• Causa mais comum = estenose do 
aqueduto 
• Olhar de sol poente 
 
Hipertensão craniana – causada pelo 
aumento de volume de qualquer componente 
da cavidade craniana, levando a cefaleia, 
vômitos e a formação de hérnias no tecido 
nervoso 
• Exame de fundo de olho 
Hérnias intracranianas – aumento da 
pressão dentro do compartimento, através 
de processos expansivos (tumores ou 
hematomas), que causam a protusão de 
tecido nervoso para o compartimento vizinho 
• Hérnias do úncus – compressão do 
nervo oculomotor, dilatação da pupila 
do olho homolateralmente com 
resposta lenta à luz, progredindo para 
dilatação completa, desvio lateral do 
olhar, com paralisia contralateral, 
além da perda de consciência ou coma 
profundo 
• Hérnias das tonsilas – expansão que 
empurra as tonsilas do cerebelo 
através do forame magno, causando a 
compressão do bulbo, com frequente 
evolução de morte por lesão do centro 
respiratório e vasomotor 
Hematomas extradurais/epidurais – 
acúmulo de 
sangue entre a 
dura-máter e os 
ossos do crânio, 
que separa a 
dura-máter do 
osso e empurra o 
tecido nervoso 
para o lado oposto 
• Desvio de linha média 
Hematomas subdurais – sangramento no 
espaço subdural (entre aracnoide e dura-
máter) 
• Evolução mais lenta 
OBS: hemorragias no espaço subaracnóideo 
não formam hematomas, pois o sangue se 
espalha no liquor – ocorre em casos ruptura 
de vasos ou aneurismas cerebrais 
•Quadro agudo, com cefaleia intensa e 
alterações de consciência 
Má formação de Arnold Chiari – herniação 
da tonsila do cerebelo para o forame magno 
que comprime o IV ventrículo, levando a 
uma hidrocefalia obstrutiva 
• Fraqueza dos membros superiores e 
paresia

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