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IFMG Sabará Engenharia de Controle e Automação Luiz Alberto Sales Vieira F́ısica II Movimento Retiĺıneo Resenha Sabará Fevereiro de 2021 Movimento retiĺıneo Movimento unidimensional: movimento nos casos em que o objeto está se movendo em linha reta. Cinemática: classificação e comparação dos movimentos. 1. Deslocamento A uma mudança da posição x1 para a posição x2 é associado um deslocamento ∆x, dado por ∆x = x2 − x1 [eq. 1] 2. Velocidade média Velocidade média vmed é a razão entre o deslocamento ∆x e o intervalo de tempo ∆t durante o qual esse deslocamento ocorreu, e é expressa por: vmed = ∆x ∆t = x2−x1 t2−t1 [eq. 2] A unidade no SI é o metro por segundo (m/s). Em um gráfico de x em função de t, vmed é a inclinação da reta que liga dois pontos da curva x(t). A velocidade média vmed tem sempre o mesmo sinal do deslocamento ∆x porque ∆t é sempre positivo. 3. Velocidade escalar média A velocidade escalar média é definida em termos da distância total percorrida independentemente da direção. Seja D a distância total percirrida, então Smed = D ∆t [eq. 3] A velocidade escalar média é sempre positiva. 4. Velocidade instantânea A velocidade em um dado instante é obtida a partir da velocidade média reduzindo o intervalo de tempo ∆t até torná-lo próximo de zero. Quando ∆t diminui, a velocidade média se aproxima cada vez mais de um valor limite, que é a velocidade instantânea. v = lim ∆t→0 ∆x ∆t = dx dt [eq. 4] Observe que v é a taxa com a qual a posição x está variando com o tempo em um dado instante, ou seja, v é a derivada de x em relação a t. Note também que v, em qualquer instante, é a inclinação da curva que representa a posição em função do tempo no instante considerado. 5. Velocidade escalar instantânea É o módulo da velocidade. Obs: Em um gráfico de v(t), a área sob a curva em um intervalo dado é a variação de x para esse mesmo intervalo. 6. Aceleração média Quando a velocidade de uma part́ıcula varia, diz-se que a part́ıcula sofreu uma aceleração (ou foi acelerada). Para movimentos ao longo de um eixo, a aceleração média amed em um intervalo de tempo ∆t é dada por amed = v2−v1 t2−t1 = ∆v ∆t [eq. 5] em que v1 é a velocidade da part́ıcula no instante t1, e v2 é a velocidade da part́ıcula no instante t2. 2 7. Aceleração instantânea A aceleração instantânea é dada por a = dvdt [eq. 6] A aceleração de uma part́ıcula em um dado instante é a taxa com a qual a velocidade está variando nesse instante. Graficamente, a aceleração em qualquer ponto é a inclinação da curva de v(t) nesse ponto. Podemos combinar a [eq. 6] com a [eq. 4] e escrever: a = dvdt = d dt( dx dt ) = d2x dt2 [eq. 7] Assim, a aceleração de uma part́ıcula em um dado instante é a derivada segunda da posição x(t) em relação ao tempo nesse instante. A unidade de aceleração no SI é o metro por segundo ao quadrado, m/s2. O sinal algébrico representa o sentido em relação a um eixo; uma aceleração com um valor positivo tem o sentido positivo do eixo, enquanto uma aceleração com um valor negativo tem o sentido negativo do eixo. A forma apropriada de interpretar o sinal da aceleração é a seguinte: Se os sinais da velocidade e da aceleração de uma part́ıcula são iguais, a velocidade escalar da part́ıcula aumenta. Se os sinais são opostos, a velocidade escalar diminui. 8. Aceleração constante Quando a aceleração é constante, a aceleração média e a aceleração instantânea são iguais e podemos escrever a [eq. 5] com algumas mudanças de notação, na forma a = amed = v−v0 t−0 . Explicitando v, obtemos: v = v0 + at [eq. 8] De maneira análoga, podemos escrever e [eq. 2] com algumas mudanças de notação, na forma vmed = x−x0 t−0 Explicitando x, obtemos: x = x0 + vmedt [eq. 9] Para a função velocidade linear da [eq. 8], a velocidade média em qualquer intervalo de tempo é a média aritmética da velocidade no ińıcio do intervalo (v0) com a velocidade no final do intervalo (v). Para o intervalo de t = 0 até um instante posterior t, portanto, a velocidade média é: vmed = 1 2(v0 + v) [eq. 10] Substituindo v pelo valor dado pela [eq. 8], obtemos: vmed = v0 + 1 2at [eq. 11] Finalmente, explicitando vmed na [eq. 9], e substituindo seu valor na [eq. 11], temos: x− x0 = v0t + 12at 2 [eq. 12] 3 As [eqs. 8 e 12] são as equações básicas do movimento com aceleração constante. Um problema com aceleração constante pode envolver até cinco grandezas: x− x0, v, t, a e v0. As [eqs. 8 e 12] contêm, cada uma, quatro dessas grandezas, mas não as mesmas quatro. Na [eq. 8], a grandeza ausente é o deslocamento x− x0. Na [eq. 12] é a velocidade v. As duas equações podem ser combinadas de três maneiras diferentes para produzir três novas equações, cada uma das quais envolvendo quatro grandezas diferentes. Em primeiro lugar, podemos eliminar t para obter v2 = v20 + 2a(x− x0) [eq. 13] Em segundo lugar, podemos eliminar a aceleração a para obter x− x0 = 12(v0 + v)t [eq. 14] Finalmente, podemos eliminar v0, obtendo x− x0 = vt− 12at 2 [eq. 15] 4
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