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Gripe Influenza A H1N1 Introdução A influenza é uma infecção viral que afeta principalmente o nariz, a garganta, os brônquios e, ocasionalmente, os pulmões. São conhecidos três tipos de vírus da influenza: A B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética). Nos últimos anos, termos como “Gripe Suína”, “Influenza A”, “Gripe A” (H1N1) e “Pandemia”, foram usados ativamente pela mídia nacional e internacional, e provocaram agitação e comoção social. A gripe A (H1N1) estrelou nos principais meios de comunicação, tais como as pandemias anteriores, como uma nova doença capaz de causar um número de mortes sem precedentes. (Correa, Guilherme e Roso Adriana. Scielo, 2012). Segundo (TOLEDO JUNIOR; COSTA, 2006). A OMS estabeleceu a Rede Global de Vigilância da Influenza, composta por quatro centros de pesquisa colaboradores (Austrália, Japão, Estados Unidos e Reino Unido), além de outros 112 centros de pesquisa, distribuídos em 83 países, incluindo o Brasil. A Rede Global de Vigilância da Influenza é responsável por isolar e caracterizar anualmente os vírus em circulação, podendo assim tomar as medidas necessárias para conter possíveis epidemias e pandemias, desenvolvendo vacinas e colocando em alerta todos os profissionais da área da saúde. Por ser uma doença com alta letalidade, todo o cuidado com a lavagem de mãos, cobrir a boca ao tossir e ao espirar deve ser tomado como precaução, H1N1 é uma doença que tem cura, a principio não deixa sequelas para aqueles que a contraem, mas é uma doença que não tratada a tempo leva a morte, os grupos prioritários devem receber a vacina por que se contrair o vírus pode haver uma descompensacão da doença podendo levar a morte. Inclusive a taxa de mortalidade é maior entre os doentes crônicos e idosos. Por isso devem praticadas todas as orientações passadas pela equipe de saúde. Metodologia Trata-se de um breve relato de dados epidemiológicos do Estado do Rio Grande do Sul. Embasado na revisão de artigos científicos, dados disponibilizados no sistema Fio Cruz, no CEVS, Data SUS e Ministério da Saúde. Trata-se de uma pesquisa fundamentada em elaboração e conclusão dos dados pesquisados. Trabalho realizado no período de disciplina de epidemiologia e estatística do curso de enfermagem Ulbra/2019. Fundamentação Teórica A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010. Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em superfícies e lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de contaminação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Center for Deseases Control (CDC), o centro de controle de doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius). A transmissão da influenza pode ocorrer através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar ou tossir. Outra forma de transmissão é por meio das mãos: após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, as mãos podem carregar o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. As infecções duram aproximadamente uma semana e são caracterizadas por início de sintomas repentinos, como febre alta, dores musculares, dor de cabeça, mal-estar, tosse não produtiva, coriza e rinite. A maioria das pessoas recupera-se em uma ou duas semanas, sem necessidade de tratamento médico. No entanto, em crianças, jovens, idosos ou pessoas com algumas condições crônicas (doenças pulmonares, metabólicas, renais, entre outras), a evolução pode apresentar complicações. Nos casos de crianças os sinais e sintomas são mais acentuados, se por ventura for identificado um desses sinais deverá procurar atendimento de urgência e emergência o mais rápido possível. • Respiração rápida ou dificuldade para respirar; • pele azulada (cianose) ou acinzentada; • ingestão insuficiente de líquidos; • vômito acentuado ou persistente; • a criança não acorda ou não apresenta sinais de interação (fica apática); • irritabilidade; • os sintomas da gripe melhoram, mas depois retornam acompanhados de febre e a tosse piora. A prevenção da gripe H1N1 segue as mesmas regras da prevenção de qualquer tipo de gripe, que incluem: • lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca; • sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas; • manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água; • não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros; • caso haja indicação, utilizar uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar; • evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas. A vacinação é uma estratégia de prevenção da gripe H1N1. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o risco de formas graves da doença. Resultados Sobre Influenza A H1N1, nos anos de 2011 a 2019, no estado do Rio Grande do Sul. Número de casos, óbitos, coeficiente de incidência (CI), coeficiente de mortalidade (CM) e letalidade, 2011-2018, RS. Ano início Sintomas Nº Casos Influenza Nº óbitos Influenza População* CI CM Letalidade hosp. 2011 267 14 11.069.861 2,41 0,13 5,2 2012 807 68 11.118.261 7,26 0,61 8,4 2013 565 73 11.164.043 5,06 0,65 12,9 2014 189 25 11.207.274 1,69 0,22 13,2 2015 89 9 11.247.972 0,79 0,08 10,1 2016 1377 212 11.247.972 12,24 1,88 15,4 2017 440 48 11.322.895 3,89 0,42 10,9 2018 622 98 11.356.804 5,48 0,86 15,8 * Projeção populacional Datasus Doses aplicadas por Macrorregião de Saúde, Região de Saúde/Município. Período: 2018 Doses aplicadas no norte do RS. 2018 Doses aplicadas no Planalto Médio. 2018 Doses aplicadas em Carazinho. 2018 310,557 107,115 15,946 Fonte. DATASUS Informe de Vigilância da Influenza/RS – Semana epidemiológica 22/2019 (até 01/06) A vigilância da Influenza é realizada por meio de notificação e investigação de casos de internações hospitalares por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), caracterizada, por um quadro de febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta. E com dificuldade respiratória (dispneia) ou saturação de oxigênio < 95% em ar ambiente, ou desconforto respiratório. Óbito por SRAG deve ser notificado independente de internação. PERFIL DOS CASOS DE SRAG HOSPITALIZADOS 2019-RS Casos notificados por SRAG 865 casos Amostras de secreção 80,7% (698 casos) SRAG por influenza 6,1% (43/698 casos) SRAG por outros vírus respiratórios 28,5% (199/698 casos) Influenza A H1N1 62,7% (27/43 casos) Influenza A H3N2 28,0% (12/43 casos) Influenza B 4,65% (2/43 casos) Influenza A não subtipado 4,65% (2/43 casos) Fonte: CEVS-RS Número de casos e óbitos segundo a classificação final dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e vírus respiratórios identificados, 2019, RS. Classificação final Casos Óbitos Influenza 43 5 Influenza A (H1N1) 27 2 Influenza A (H3N2) 12 2 Influenza A não subtipado 2 0 Influenza B 2 1 Outros Vírus 199 3 Vírus sincicial respiratório (VSR) 179 0 Adenovírus 12 3 Parainfluenza 8 0 Sem identificação viral 452 37 Outro agente etiológico 4 0 Em investigação 167 2 Notificados 865 47 Fonte: Sivep-gripe 03/06/2019.Figura 6 Número de casos e óbitos por Influenza até a semana epidemiológica 22, 2018-2019, RS SE 22_2018 SE 22_2019 Tipo e subtipo de Influenza Casos Óbitos Casos Óbitos Influenza A (H1N1) 42 6 27 2 Influenza A (H3N2) 24 1 1 2 2 Influenza A não subtipado 5 1 2 0 Influenza B 13 0 2 1 TOTAL 84 8 43 5 Fonte: Sivep-gripe, download de 03/06/2019. Considerações finais Ao término da pesquisa sobre o presente trabalho pode se observar que a Influenza A é uma infecção viral aguda do sistema respiratório de transmissão elevada, e distribuição global. Que a vacina trivalente protege contra três cepas do vírus influenza. Assim também observamos que ate a semana epidemiológica 22, vieram a óbito mais pessoas devido aos vírus respiratórios comuns, do que propriamente da Influenza A H1N1. Referencias Bibliográficas 1. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe Epidemiológico Influenza. Semana Epidemiológica 22. Brasília: Ministério da Saúde, 2019 2. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso. 8ª ed. Brasília: MS, 2010. 448 p. 3.VACCINES against influenza WHO position paper – November 2012.Weekly Epidemiological Record, Genebra, v. 87, n. 47, p. 461-476, 2012. 4. https://saude.rs.gov.br/boletim-semanal-flu-se-22.pdf 5. http://tabnet.datasus.gov.br 6. http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/gripe 7. https://cevs.rs.gov.br/informativos-epidemiologicos-2019 8
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