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Efeitos da terapia manual

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Efeitos da terapia manual
A terapia manual vai ativar receptores e causar vários efeitos, como, efeito mecânico, neurofisiológico e psicofisiológico. Qualquer técnica individual terá esses 3 efeitos.
- NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO:
Efeito mecânico (local):
Processo de reparo
Alterações mecânicas
Alterações dinâmicas dos líquidos (edema, estase)
Observação: o efeito mecânico vai remodelar o tecido, terá ganho de movimento, tanto o movimento acessório como o fisiológico, alongamento da cápsula articular, consequentemente, deixando mais flexível.
Efeito neurofisiológico (inibição de dor):
Sistema motor e neuromuscular
Reflexos alterados da dor
Alterações nos reflexos autônomos
Observação: tem efeito rápido.
Efeito psicofisiológico:
Alteração no humor, emoções, comportamento;
Alterações gerais na respiração motora
Alterações gerais na percepção da dor
Observação: também pode acontecer por causa do ambiente.
1. EFEITO MECÂNICOS (MOVIMENTO)
· Aumentar a flexibilidade dos tecidos conectivos/conjuntivos macios (músculo, cápsula, ligamento, fáscias e tendões). 
· Melhora/aumenta a mobilidade acessória e fisiológica
· Prevenir o depósito de infiltrados fibro-adiposos que geram aderências intra-articulares (o tecido cartilaginoso não pode ter aderência se não fica sem movimento).
 
Observação: o reparo no tecido feito pelo colágeno irá ser depositado em todas as direções, isso pode prejudicar bastante, pois as fibras não estarão na direção certa do movimento. Se a pessoa não começa a realizar movimentos precoces na lesão, a articulação ficará muito aderida. Quando se faz o movimento precoce, o colágeno será depositado na direção certa do movimento e não irá ficar encurtado.
· Promover uma lubrificação intra-articular e prevenir uma fibrilação cartilaginosa.
Observação: vai deixar a articulação mais nutrida e vai produzir líquido essencial para o movimento; no caso de degeneração do tecido será por causa da desnutrição e pouco líquido.
· Reposiciona tecido intra-articulares que obstrui o movimento e causa irritação (incluindo tecido fibrocartilaginoso e membrana sinovial), bloqueiam os movimentos acessórios e consequentemente os fisiológicos.
2. EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS
Mudanças imediatas na função neurofisiológica observada após a terapia manual.
· Diminuir a excitabilidade nociceptiva e sensibilidade à dor.
· Modificação de estímulos nas áreas corticais envolvidas com a dor.
· Redução nos marcadores inflamatórios
Observação: o corpo vai liberar substâncias que são oriundas ao processo inflamatório alcogênica (histamina); quando a histamina está presente em um lugar inflamado, causará dor porque estará irritando os nó-receptores; ao passar o dedo ou fazer alguma massagem no local que estiver com dor aguda constante, logo, irá aliviar a região já que os mecanoreceptores ficarão ativados e inibirão a dor.
Mecanorreceptores: fibras C; tem um calibre maior e transporta a informação mais rápida porque tem mais bainha de mielina
Nociceptores: fibras A-beta; tem calibre menor, consequentemente, é mais lenta.
2.1. VIAS DE CONDUÇÃO DA DOR
- A lesão tecidual provoca uma queda do pH e liberação de substâncias químicas (histamina, bradicininas); substâncias que são conduzidas por vias nervosas tipo C.
- As fibras tipo C respondem, geram impulso elétrico que viaja ao longo do nervo e entra na medula.
- No corno dorsal as fibras tipo C liberam neurotransmissores excitatórios (substância P).
- Após isso a informação de dor chega ao tálamo na via espinotalâmico lateral (via de condução específica da dor no SNC).
- No tálamo é onde ocorre o processamento da informação e chega ao cérebro a percepção da dor, discriminação da dor.
2.2. MECANISMO DE INIBIÇÃO DA DOR
- Quando tem um estímulo de vibração, pressão (mecanoreceptores), terá estímulo elétrico através da via nervosa tipo A-beta que chegam a medula na região corno posterior.
- Após entrar na medula, a informação é processada e enviada ao tálamo via espinotalâmico anterior, quando chegar no cérebro, a informação é percebida e discriminada.
- Quando tem dois estímulos diferentes (dor e pressão), os dois vão chegar na medula (corno posterior), cada um com sua via.
- As fibras A-beta e C entram na medula e envolvem a substância gelatinosa, dirige-se as células de transmissão (células T).
- Nas células T os dois circuitos são bem diferenciados.
- Existe um mecanismo de comportas (portão) que permite somente a passagem de uma ou outra transmissão, a da via A-beta ou da via C.
- Se a informação da via A-beta for predominante, o sinal doloroso da via C é inibido. 
Observação: caso a informação dolorosa for predominante a dor vai se manifestar.

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