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Associação entre AINEs e Opióides

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Associaçã� entr� AINE� � Opióide�
Po�: Mariann� Teixeir� Lapo�t�
No manejo da dor na prática clínica, geralmente, são utilizados medicamentos da classe dos
Antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), da classe dos Opióides ou formulações onde encontramos
associação entre essas duas classes, dependendo da intensidade da dor apresentada pelo paciente.
Dipirona e paracetamol são classificados como AINEs, embora apresentem fraca atividade
antiinflamatória. São os mais utilizados nesse tipo de associação. Estudos apontam que eles inibem a
COX-3, uma isoforma da COX, que por sua vez, se encontraria amplamente expressa no sistema
nervoso central e no coração, aliviando o processo doloroso. Já os Opióides, debelam a dor agindo
como agonistas dos receptores opióides (𝞵, 𝞭 e 𝞳), com maior ou menor afinidade.
A associação entre AINEs e Opióides nos casos de dor moderada a intensa, portanto, tem o
intuito de bloquear a dor por mecanismos diferentes - os AINEs pela inibição da COX-3 e os
Opióides pela ligação dos mesmos aos receptores opióides supracitados.
Desta forma, obtemos duas vantagens: a primeira diz respeito ao uso excessivo de opióides;
sabe-se que os receptores 𝞵, 𝞭 e 𝞳 estão envolvidos em respostas de depressão respiratória,
constipação, liberação excessiva de histamina e sonolência, além da analgesia esperada. A
associação de um AINE a um opióide, como por exemplo, tramadol + paracetamol ou dipirona +
codeína, evita que sejam administradas altas doses de opióides, diminuindo assim, os efeitos
colaterais anteriormente citados. Outra vantagem diz respeito à diminuição dos casos de dependência
de opióides, relatados com frequência na clínica.
Referências:
1. Interações medicamentosas: sinergia. Cimformando - Boletim do Centro de Informações sobre
Medicamentos. CRF-PR. Edição Nº 02 - Ano XVI - Abril|Maio|Junho 2019.
2. Ko, L. T. Y. A evolução do mercado de antiinflamatórios não-estereiodais (AINES) e o papel do
farmacêutico frente à auto-medicação. 2018. Disponível em:
https://repositorio.usp.br/directbitstream/cb11a425-a8d0-43e5-b11d-d718176fd081/2954756.pdf.
3. Figueiredo, W. L. M. e Alves, T. C. A. Uso dos anti-inflamatórios não esteroides no controle da dor
aguda: revisão sistemática. 2015. Disponível em:
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2015/2303/revisao/1070revisao.pdf.
https://repositorio.usp.br/directbitstream/cb11a425-a8d0-43e5-b11d-d718176fd081/2954756.pdf

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