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CAMPUS MOSSORÓ/RN PROFESSOR (A): NEDSON DANILDO DA FONSECA DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA E DO ESTADO ANTONIA ELENISSE LOPES DA SILVA MEDEIROS-202009261 APS- ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 04 DE JUNHO /2020 ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA Na jurisprudência analisada, cumpre-se o papel de admitir, em favor do casamento homoafetivo, aplicando as regras da união estável, que veio a reforçar com a decisão do Supremo Tribunal Federal, como entidade familiar entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil, ainda não existe lei expressamente que regule a união homoafetiva, no atual estágio do nosso Direito, em respeito ao princípio da dignidade humana, aplicando assim a analogia das regras que disciplinam a união estável. No artigo 226, §3º, da Constituição Federal, que exige a diversidade de sexos para o reconhecimento da união estável, que retrata direitos e garantias fundamentais da igualdade e dignidade da pessoa humana. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução que obriga todos os cartórios do país a realizarem casamento homoafetivo, viabilizando o direito das minorias”, enquanto elemento fundamental no combate ao preconceito social. O desrespeito aos princípios constitucionais causa o sentimento de insegurança jurídica no meio social. E neste sentido, nota-se que a discriminação de indivíduos homossexuais fere o princípio da isonomia assegurada pelo art. 3 °, IV, da Constituição Federal, que dispõe ser objetivo fundamental da República Federativa: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. O tratamento indiscriminado assegurado de forma expressa pela Carta Magna, tem como a efetiva proteção de todos os cidadãos. E neste sentido, a rejeição à existência de uniões homossexuais contraria os objetivos dispostos na Constituição da República. Corroborando com esta ideia, o preâmbulo constitucional prevê um Estado Democrático de Direito que tem como garantir, dentre outros valores, a justiça, a liberdade, a igualdade e o bem-estar, valores este necessariamente presentes em uma sociedade. Nesse cenário, o poder judiciário e não o legislativo, que exerce um papel contramarjoritário é de suma importância, que não é compromissado com a maioria, mas com a lei e com a constituição, sempre visando a proteção dos direitos humanos fundamentais, sejam das minorias ou maiorias, fortalecendo assim a democracia. Por fim, como ressaltado, mesmo que não esclareça expressamente no texto constitucional, impõe-se reconhecer a busca pela felicidade como um direito fundamental do homem a ser observado pelo Estado brasileiro como verdadeiro programa das atividades políticas. Do sistema jurídico é possível tirar esta conclusão.
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