Buscar

Levantamento do Seio Maxilar (LSM)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Levantamento do Seio Maxilar (LMS) 
Cirurgia e Implantodontia 
Kamila França Pimentel 
 Objetivo 
1. Saber quais casos deve indicar 
2. Passo a passo da técnica 
3. Reconhecer complicações 
4. Reconhecer sucesso/insucesso 
 
O que é? 
A técnica de levantamento do seio é uma 
técnica cirurgica de acesso ao assoalho 
do seio maxilar que visa o descolamento 
integro da mucosa sinusal e 
preenchimento do assoalho para 
promover altura suficiente para 
instalação de implantes 
 
Indicação 
A principal indicação está relacionada a 
necessidade de restabelecer comprimento 
vertical do rebordo alveolar na região 
posterior da maxila. 
 
 
Fisiopatologia da reabsorção 
- Prevalência da vascularização intra-
óssea: quando tem a presença do dente 
no alvéolo 
- Prevalência da vascularização periostea 
centrípeta: reabsorção óssea 
 
Classificação de Cawood e Howell 
Maxila 
- Classe I: dentes presentes, presença das 
corticais ósseas por vestibular e palatina. 
- Classe II: crista alveolar imediatamente 
pós extração, implante imediato, 
preservação alveolar, volume de 
biomaterial de 0,5cc. 
- Classe III: crista alveolar sem dentes, pós- 
ectração tardia, com processo alveolar 
arredondado, porem com altura e 
espessura adequada. Técnica de implante 
convencional. 
- Classe IV: crista em lâmina de faca, com 
altura adequada. Altura entre 5 e 6mm; se 
necessário, fazer pela técnica trans-
alveolar ou lateral; levantamento do seio 
maxilar + implante na mesma sessão; 
volume do biomaterial de 0,5 cc/g a 1cc/g. 
- Classe V: crista plana, altura e espessura 
inadequada, com perda subtotal ou total 
do processo alveolar. Necessidade de 
realizar levantamento de seio maxilar e 
implante em sessão posterior, acesso fácil, 
volume de biomaterial de 2g/cc 
 
Considerações anatômicas 
- Ao nascimento é apenas um divertículo 
medindo de 7 a 14 mm de comprimento 
preenchido por liquido 
- Encerra seu crescimento com a erupção 
do 2 molar 
- Volume de 12 ml 
- Sua porção superior é o assoalho da 
cavidade orbitaria 
- Comunica-se medialmente com a 
cavidade nasal 
- Drena pelo meato nasal médio 
- Por se encontrar abaixo do nível da 
cavidade nasal, pode acumular secreções. 
Ex: sinusites 
- 4mm acima de pré-molares até a região 
de menor espessura (local de mais fácil 
acesso). 
- O plexo dentário superior inerva a 
porção vestibular 
- O ramo palatino maior inerva a porção 
palatina 
- Deve-se infiltrar solução anestésica na 
região de tuberosidade maxilar, na região 
de canino e na mucosa palatina 
- A membrana de Schneider reveste o seio 
maxilar (epitélio pseudoestratificado 
cilíndrico ciliado + tecido conjuntivo 
frouxo + periósteo). Pode estar de 
espessura diminuída ou friável em 
pacientes fumantes ou com processo 
infeccioso ativo 
 
Funções de seios paranasais 
- Aquecer e umidificar o ar 
- Ressonância da voz 
- Equilibrar diferença de pressão 
- Melhorar a olfação 
- Reduzir o peso do crânio 
- Protege estruturas nobres como a orbita 
e cranianas de trauma. 
 
Situações que requerem atenção 
Sinusopatia aguda 
- Preenchimento do seio maxilar 
- Contraindicação momentânea 
- Avaliar a presença de sintomatologia 
(dor, congestão nasal, drenagem de 
secreção) 
- Não sendo fator odontogênico, 
encaminhar ao otorrinolaringologista 
- Antibiótico terapia: clavulin ou levocsim/ 
levofloxacina, descongestionantes nasais, 
corticoides 
Sinusopatia crônica 
- Espessamento da membrana sinusal da 
parede óssea para o centro 
- Não é contraindicação absoluta 
- Avaliar a presença de sintomatologia 
(dor, congestão nasal, drenagem de 
secreção) 
- Não sendo fator odontogênico, 
encaminhar ao otorrinolaringologista 
 Fenômeno de retenção de muco 
- Retenção de muco simulando um cisto 
- Pode fragilizar a membrana sinusal 
- Observar se há sintomatologia 
Septos (septo de Underwood) 
- Presente em 31% dos pacientes 
- Mais comum nas áreas entre segundo 
pré molar e primeiro molar 
- Dificultam o acesso a cavidade sinusal e 
o deslocamento da membrana 
- Aumenta a chance de perfuração da 
membrana sinusal 
 
Técnica cirúrgica (Tantum e modificações 
1986) 
1. Anestesia 
- Vestibular: anestesiar NASP, NASM e 
NASA, infiltrar no fundo de sulto vestibular 
na região de molares e de canino 
- Anestesiar o ramo palatino maior e 
infiltrar no encontro do processo alveolar 
com o processo palatino da maxila; 
- 2 tubetes na vestibular e ½ na palatina 
 
2. Incisão 
- Intra-sulcular/rebordo: Contorna o 
sulco/rebordo dos molares estendendo-se 
ate a região próxima ao canino 
- Incisão relaxante divergente 
 
3. Descolamento 
- Inicie pelo sulco com a ponta aguda do 
descolador de molt 
- Prossifa na porção relaxante 
- Descole tunelizando em direção 
posterior 
- Descole sobre o rebordo 
- Descole superiormente com a porção 
romba até que o limite do osso exposto 
esteja acima do limite superior da 
osteotomia. 
 
4. Osteotomia 
- Broca de peça reta diamantada n° 6 ou 
8/ broca especifica 
- Irrigação constante 
- Osteotomia inferior 2 a 3 mm acima do 
assoalho do seio 
- Osteotomia superior no nível que deseja 
elevar 
- Prossiga até que verifique a 
transparência do seio 
 
5. Descolamento da Janela 
- Descole a mucosa no segmento fixo em 
todas as direções 
- Com a cureta calcadora, faça leve 
pressão sobre a parede óssea 
- Caso sinta resistência, refaça os passos 
 
6. Descolamento da Membrana 
- Utilize curetas especificas 
- Para cada direção, existe um desenho 
especifico 
- Faça de forma lenta, preservando a 
intergridade da membrana 
- Tenha a certeza de que a porção alveolar 
está descolada. 
 
 
 
7. Inserção do implante 
- Mantenha o afastamento da membrana 
não ser danificada durante o preparo da 
cavidade 
- Prossiga com a técnica sequencial de 
fresagem 
- Inserção do implante 
 
8. Inserção do enxerto 
- Manter o afastamento da membrana 
sinusal 
- Inicie a inserção do enxerto pela porção 
inferior e profunda 
- Pode usar xenoenxerto (osso bovino), 
autógeno particulado ou associação entre 
eles 50%-50% para ganhar altura e volume. 
- A cada porção inserida, faça a 
condensação do enxerto 
- Preencha até que a região da abertura 
esteja preenchida. 
 
9. Sutura 
- Inicie pelo encontro das incisões 
relaxante/linear 
- Evite tensão nos rebordos da ferida 
cirúrgica. 
 
10. Cuidados pós-operatório 
- Prescrição de antimicrobiano: 
amoxicilina + clavulanato de potássio – 
2x/dia – 07 a 14 dias 
- Controle do edema: dexametasona 4mg – 
02 comprimidos, 01 hora antes e 12 horas 
após o procedimento cirúrgico 
- Controle da dor: Flancox 500mg/ 
Nimesulida 100mg – 01 comprimido 2x/dia – 
04 dias. 
- Higiene bucal: Digluconato de clorexidina 
0m12% - 10 ml – 02 minutos por 14 dias. 
 
Quando posso instalar o implante? 
- Geralmente após 8 meses do LSM 
 
Acidentes e complicações 
Perfuração da membrana sinusal 
- Ocorre geralmente no momento da 
osteotomia ou durante o inicio do 
deslocamento 
- < 5mm (pequena): vedar com membrana 
de colágeno 
- > 5 a 10 mm: verificar a possibilidade de 
sutura da memebrana e cobertura com 
membrana reabsorvível 
- > 10 mm: abordar a cirurgia e aguardar o 
reparo após 6 meses. 
Sinusite 
- Ocorre devido ao deslocamento de 
material para o interior do seio maxilar 
- Relato de edema facial associado a dor e 
odor desagradável 
- Tratamento: remoção do material 
deslocado. 
 
 
Kamila França Pimentel

Continue navegando