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Larissa Fernandes C dos Santos- Medicina Unime A vigilância do óbito compreende-se no conceito de vigilância epidemiológica que engloba o conhecimento dos determinantes dos óbitos maternos, infantis, fetais e com causa mal definida e a proposição de medidas de prevenção e controle. Missão: Proporcionar o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controles das doenças ou agravos. O brasil iniciou em 2.000 um processo de redução da taxa de mortalidade materna global para de 70 mortes a cada 100.000 novas vidas, e das mortes evitáveis em recém-nascido e crianças menores de 05 anos. Já em 2004 os estados e municípios passam a aderir a vigilância do óbito, porém, ainda não era obrigatório, em 2009 existe uma lei que define obrigatória a vigilância do óbito. Pautas para a vigilância: 1. Avalia a atenção a saúde que se realiza na população Conceitos Básicos em Mortalidade Infantil e Fetal Nascido Vivo: 1. Respire ou apresente qualquer sinal de vida 2. Batimentos do coração 3. Pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou NÃO cortado o cordão umbilical e estando ou NÃO desprendida a a placenta. Óbito Fetal (Nascido morto, ou Natimorto) É a morte do produção da gestação antes da expulsão ou estando fora do corpo materno. ABORTAMENTO É a expulsão ou extração de um produto com concepção com.. terminar Mortalidade infantil – O a 364 dias Neonatal – 0 a 27 dias Pós Neonatal – 28 a 364 dias Precoce- 0 a 6 dias Tardio- 7 a 27 dias Mulher em idade fértil (MIF 10 a 49 anos) Morte Materna: Óbito materno e infantil Larissa Fernandes C dos Santos- Medicina Unime É a morte de qualquer mulher durante a gestação ou ate 42 dias após o termino da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas do dia a dia. Como se classifica a morte materna? Causa obstétrica direta: São aquelas que ocorrem por complicações obstetrícias durante a gravidez, parto ou puerpério. Ex: Aborto, hemorragias, hipertensão especifica da gravidez Causa Obstétrica Indireta: São causadas por doenças que estavam presentes antes da gravidez ou surgiram durante a gravidez, agravadas pelo efeito fisiológico da gravidez. Ex: Covid, tuberculose, HIV, diabetes, dengue, pneumonia Morte materna Tardia: Morte de uma mulher devido a causas obstétricas diretas ou indiretas, ocorridas entre 43 dia e antes de completar uma ano, após o fim da gravidez. Não obstétrica: Resultante de causas incidentais ou acidentais não relacionadas a gravidez e seu maneio. Obs: Esses óbitos não são inclusos no calculo RMM Vigilância Do Óbito – Etapas 1. Notificação: a) Declaração de óbitos e fichas de investigação b) Realizar busca ativa de óbitos e nascimentos 2. Fichas de investigação de Óbitos maternos, MIF, infantis e fetais: Formulários que buscam padronizar a coleta de dados durante o processo de vigilância epidemiológica. Campos referentes a classificação do óbito, dados pessoais, história obstétrica, antecedentes pessoais, observações dos familiares relacionadas ao caso, história das internações, dados da assistência e laudo de necropsia, quando for o caso. Fichas e Procedimentos: 1. Ficha: Ambulatorial 2. Ficha: Hospitalar 3. Ficha domiciliar Larissa Fernandes C dos Santos- Medicina Unime 4. Ficha Laudo SVO/IML 5. Ficha Síntese Investigação dos Óbitos por causas mal definidas Coleta de informações sobre a doença terminal e morte nos serviços de saúde (UBS/ESF: estabelecimento de saúde, no caso internação; O município de residência é responsável pela investigação do óbito. Nos casos em que as informações obtidas nos serviços de saúde não permitem a identificação da causa da morte: investigação deve ser realizada por entrevista domiciliar por profissional de saúde, com coleta de dados em formulário padronizado de autopsia verbal. Autopsia verbal: Informações a respeito dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente no período anterior ao óbito e observados pelos familiares que conviveram com o falecido nesse período. Analise: medico certificador deve concluir sobre a sequência de causas que levaram ao óbito e qual foi a causa básica nos moldes de declaração de óbitos Analise e ou avaliação dos casos de óbitos de Mif, maternos, infantis e fetais investigados 1. Preenchimento da DO e das fichas de investigação 2. Classificação do óbito 3. Definição da Causa básica 4. Analise de evitabilidade 5. Identificação das falhas no acesso aos serviços de saúde na assistência prestada e na organização dos serviços 6. Elaboração das recomendações de medidas de prevenção 7. Encaminhamento para os gestores As equipes tem dificuldades em coletar dados, por conta de vários fatores, como emocionais, sociais e familiares. Há comitês para gerar investigações dos óbitos Larissa Fernandes C dos Santos- Medicina Unime Monitoramento: Todo acompanhamento afeta o SIM WEB FEDERAL Processo de Pactuação Metas Anuais: 1. Investigar 50% dos óbitos infantis e fetais 2. Investigar 100|% dos óbitos maternos 3. Investigar 80% dos óbitos de mulheres em idade fértil Indicadores: Proporção de óbitos infantis e fetais investigados Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados Proporção de óbitos maternos investigados Desafios 1. Violência em decorrência da penetração do tráfico de drogas nas comunidades 2. Cultua das famílias e dos profissionais de saúde de que o evento da morte encerra o processo de produção e cuidado a saúde da população comprometendo o sobremaneira a investigação do óbito 3. Mudanças do perfil das famílias (incremento das mulheres no mercado de trabalho, maior número de membros familiares trabalhando) acarreta dificuldades para a compatibilização de horário das equipes técnicas e investigação do óbito com as famílias contatadas 4. Falta de priorização, pelos gestores municipais para a vigilância dos óbitos 5. O resultado não estão sendo alterados no SIM e não se refletem em mudanças nas práticas assistenciais locais 6. A invisibilidade do tema da morte e dos aspectos psicoemocionais do morrer e do luto como dimensões intrínsecas ao processo de trabalho da investigação do óbito e na relação das equipes da vigilância do óbito com as famílias.
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