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PERGUNTA 1
É sabido que ninguém é obrigado a se associar ou permanecer associado, este princípio constitucional é a base da regulamentação da dissolução societária, podendo essa se dar, de forma total ou parcial, mesmo que seja composta por apenas dois sócios. Neste sentido lê-se o Enunciado nº 17 da I JDC/CJF/STJ: “17. Na sociedade limitada com dois sócios, o sócio titular de mais da metade do capital social pode excluir extrajudicialmente o sócio minoritário desde que atendidas as exigências materiais e procedimentais previstas no art. 1.085, caput e parágrafo único, do CC.”
Enunciado nº 17 da I Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal do Superior Tribunal de Justiça.
Considerando o exposto, analise as assertivas que seguem.
I. A dissolução parcial da sociedade exige que se realize apuração de haveres e restitua o sócio retirante proporcionalmente ao investimento feito na composição do capital social.
II. Não poderá excluir o outro sócio aquele que possuir mais da metade do capital social, mesmo que haja comprovado risco a continuidade da atividade empresaria.
III. Dissolvendo-se parcialmente uma sociedade limitada composta por dois sócios, o remanescente terá 180 dias para reconstituir a pluralidade societária.
IV. Não recomposta a pluralidade societária da sociedade limitada dissolvida parcialmente deve-se extinguir a atividade econômica empresarial.
V. Havendo apenas dois sócios na sociedade limitada, a exclusão de um deles dispensa reunião ou assembleia especialmente convocada para esse fim.
A alternativa que indica todas as assertivas corretas é:
. II, III e IV
. III, IV e V
. I, III e V
. I, II e V
. I, II e III
1 pontos
PERGUNTA 2
“No direito empresarial, diz-se ultra vires o ato que extrapola o objeto social, ou seja, o que vai além dos limites (força) do contrato, para significar aquela situação de fato em que o representante legal da sociedade a obriga em atividade completamente diversa da declarada em seu objeto social. Diz-se, com razão, que o ato ultra vires corresponde ao uso abusivo do nome empresarial. Se o ato implicar ofensa a qualquer outra cláusula contratual, diz-se que há uso indevido do nome empresarial. Pela teoria do ato ultra vires, a sociedade não responde por atos extravagantes de seus representantes legais, independentemente da boa-fé do contratante. Pode anulá-los, restando aos terceiros de boa-fé ação em face do sócio que a obrigou em atividade comprovadamente estranha à declarada no contrato. À teoria do ato ultra vires opõe-se a teoria da aparência, em que a sociedade se obriga perante terceiros mesmo na hipótese de uso abusivo ou indevido de seu nome, assegurado o direito de regresso contra o sócio que praticou o ato ultra vires, salvo prova da má-fé do
terceiro contratante.”
Gusmão, Mônica. Lições de direito empresarial. 12. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015, p. 478 e 479.
Ante ao exposto, se os sócios numa sociedade limitada verificarem que o Administrador tem praticado atos contrários a lei e/ou ao ato constitutivo da sociedade (contrato social), poderão:
. exigir que o Administrador renuncie seu cargo e restitua os valores que houver percebido a título de pro labore.
. demitir o Administrador por justa causa retendo o valor devido pela rescisão trabalhista, considerando tratar-se de causa de rescisão indireta do contrato de trabalho.
. destituir o Administrador de suas funções retendo o montante devido pela rescisão antecipada do vínculo contratual.
. converter o Administrador em sócio da sociedade limitada para então expulsá-lo do quadro societário na forma da lei.
. destituir o Administrados de suas funções e, conforme o caso, exigir compensação pelos danos causados por meio de processo judicial.
1 pontos
PERGUNTA 3
Numa aula de direito empresarial o professor explicou a turma que as sociedades limitadas são sociedades de natureza jurídica hibrida, ou seja, são tão sociedades de pessoas quanto sociedades de capitais, concomitantemente, podendo pender um pouco mais para uma tendência ou para outra conforma o fim para a qual foi constituída. Inclusive por isso, as quotas, representativas de frações do capital social, possuiriam também natureza jurídica dividia em duas características sendo elas tanto de:
. direito patrimonial quanto de direito societário
. de direito pessoal quanto de capitais
. fato quanto de direito
. direito pessoal quanto hereditárias
. direito patrimonial quanto de direito pessoal 1 pontos
PERGUNTA 4
Além da desconsideração da personalidade jurídica outras duas teorias incidem sobre as questões societárias: a teoria ultra vires e a teoria da aparência. Esta última
é mencionada no enunciado nº 11 da I JDC/CJF/STJ, segundo o qual: “A regra do art.1.015, parágrafo único, do Código Civil deve ser aplicada à luz da teoria da aparência e do primado da boa-fé objetiva, de modo a prestigiar a segurança do tráfego negocial. As sociedades se obrigam perante terceiros de boa-fé”.
Enunciado nº 11 da I Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal do Superior Tribunal de Justiça.
Considerando os termos postos, assinale a alternativa que se reporta corretamente à teoria da aparência.
. A Teoria da Aparência autoriza a suspensão dos efeitos do registro do ato constitutivo da pessoa jurídica sempre que seus sócios ou administradores valerem- se da autonomia da pessoa jurídica para auferirem vantagens patrimoniais pessoais.
. Os Administradores devem responder perante a sociedade por seus atos, sempre que esta for solicitada a arcar com danos e prejuízos sofridos por terceiros com quem contratar, visando resguardar a aparência austera que se anseia verificar nas instituições.
. De acordo com a Teoria da Aparência, a sociedade deve responder perante seus credores, mesmo que tenha publicizado seus atos constitutivos e consequentes alterações contratuais, salvo comprovada má-fé do terceiro.
. De acordo com a Teoria da Aparência é essencial que se proteja a sociedade dos atos praticados por seus sócios e administradores, especialmente quando estes puderem prejudicar terceiros de boa-fé e impedir o bom andamento dos negócios sociais.
. A despeito do que dispõe a Teoria da Aparência os credores da sociedade, especialmente consumidores prejudicados, devem exigir compensação pelos danos e prejuízos suportados diretamente daqueles que o praticaram.
1 pontos
PERGUNTA 5
Um dos elementos essenciais a composição societária é a consolidação do capital social, neste sentido, lê-se: “O capital social, [...] corresponde ao montante de contribuições dos sócios para a sociedade, a fim de que ela possa cumprir seu objeto social. O capital social deve ser sempre expresso em moeda corrente nacional, e pode compreender dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação pecuniária (bens móveis, imóveis ou semoventes, materiais ou imateriais).”
RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial. 7ª ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017, p. 303.
Neste sentido, pode-se afirmar como correto que:
. O patrimônio da sociedade se constitui com o capital social.
. As quotas dos sócios são frações do patrimônio da sociedade.
. O capital social é o núcleo do patrimônio da sociedade.
. Na dissolução da sociedade os sócios partilham o capital social.
. As obrigações da sociedade são sanadas pelo capital social. 1 pontos
PERGUNTA 6
“Comercial. Recurso especial. Dissolução integral e liquidação de sociedade por quotas de responsabilidade limitada. Pedido de sócios minoritários. Argumentos que conduzem, no máximo, à dissolução parcial, com a saída dos dissidentes e apuração dos haveres. Improcedência da pretensão. 1. Julga-se improcedente o pedido de dissolução integral e liquidação da sociedade se requerido por sócios minoritários sem razões robustas, que demonstrem no mínimo o desvio da finalidade social. 2. A estes sócios, insatisfeitos com a administração da sociedade, assiste o direito de
retirada, com a devida apuração de haveres”(REsp 453423/AL, Rel. Humberto Gomes de Barros).
Considerando os termos da jurisprudência posta e a legislação vigente, assinale a alternativa correta acerca da temática.
. O raciocínio desenvolvido na jurisprudência encontra amparo nos arts. 1.033 e
1.034 do Código Civil.
. A decisão judicial posta desconsidera os termos do inciso II do art. 1.034 do Código Civil, pois a sociedade restou inexequível.
. Sendo indeferido o pedido de dissolução total da sociedade não há que se falar em restituição ao sócio retirante numa dissolução parcial.
. A demanda poderia perceber decisão diversa se no contrato social verificasse cláusula impeditiva do exercício do direito de retirada.
. Se a demanda tivesse sido movida por sócios majoritários o deferimento seria concedido, pois os magistrados devem considerar a relevância do interesse da maioria.
1 pontos
PERGUNTA 7
“A affectio societatis ou bona fideis societatis é o elemento subjetivo, intencional, que denota a vontade, por parte do sócio, de contrair a sociedade. É o animus, a intenção, a vontade dos sócios, da união e da aceitação das normas de constituição e funcionamento da sociedade.
Fran Martins igualmente compartilha desse conceito, definindo a affectio societatis como sendo “o liame de estarem os sócios juntos para a realização do objeto social” [1], enquanto que Gladston Mamede a define como a “um elemento subjetivo que dá origem à sociedade; enfocada de forma coletiva, a englobar todos os sócios”. [2]
A affectio Societatis, entendida desta forma, e conforme nos ensina Fábio Konder Comparato[3], constitui não apenas um elemento intrínseco e exclusivo do contrato de Sociedade, mas, sobretudo um critério interpretativo dos deveres e
responsabilidades dos Sócios entre si.”
AQUINO, Leonardo Gomes de. Affectio societatis nas sociedades. Disponível em < http://estadodedireito.com.br/affectio-societatis-nas-sociedades/>
Considerando a relevância do elemento subjetivo affectio societatis na constituição e manutenção da sociedade limitada, assinale a alternativa correta quanto ao requisito legal sobre a cessão de quotas.
. A quota pode ser alienada a quem seja sócio ou a terceiros se houver anuência de titulares de mais de um quarto do capital social.
. A quota pode ser cedida livremente a quem seja sócio ou a terceiros se houver anuência de titulares de mais de três quartos do capital social.
. A quota jamais poderá ser alienada, não tendo mais o sócio o interesse de permanecer no quadro social alternativa será a dissolução total da sociedade.
. A quota será alienada sempre que credores pessoais do sócio o acionarem judicialmente cobrando por dívidas destes assumidas perante terceiros.
. A quota poderá ser alienada a estranhos ou a quem faça parte da sociedade sempre que houver anuência de maioria simples em assembleia geral extraordinária.
1 pontos
PERGUNTA 8
Considere, hipoteticamente, uma sociedade limitada constituída por quatro sócios que deliberem pelo valor do capital social em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) divididos em partes iguais dentre os sócios, sendo que pretendem integralizar suas quotas na seguinte forma:
O sócio A integralizará em espécie, pagando o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) à vista.
O sócio B integralizará com direitos, endossando para a sociedade limitada uma série de títulos a receber no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), assumindo a condição de coobrigado.
O sócio C integralizará com um bem imóvel no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), na expectativa de que a sociedade o aliene e restitua-lhe R$ 100.000,00 (cem mil reais).
O sócio D integralizará com serviços prestados à sociedade pelo período ininterrupto de 12 (doze) meses consecutivos, trabalhando por 8 horas por dia.
Levado a registro a Junta Comercial negou-lhe o competente registro alegando nulidade dos termos postos.
Analise as assertivas que seguem acerca das razões postas pela Junta Comercial.
I. Os sócios tem que integralizar o capital social nos termos postos pela Junta Comercial.
II. Não se pode integralizar quotas com serviços na sociedade limitada.
III. A integralização com bens deve ser no valor exato ou abrindo mão do excedente.
IV. A cessão de direitos para integralizar quotas não pressupõe coobrigação.
V. Não se pode integralizar quotas em espécie e à vista. A alternativa que indica todas as assertivas corretas é:
. I e V
. II e III
. II e IV
. III e V
. I e IV
1 pontos
PERGUNTA 9
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA PARA EXCLUSÃO DE SÓCIO. SOCIEDADE SHOPPING SÃO JOSÉ LTDA. TUTELA ANTECIPADA QUE DETERMINOU A EXCLUSÃO DA SÓCIA REQUERIDA, CONSIDERADA “REMISSA” POR CONTA DA SUA MORA NA INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL. SENTENÇA QUE CONFIRMOU A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA OUTRORA DEFERIDA, DETERMINANDO À RESTITUIÇÃO À SÓCIA REMISSA DO QUE INTEGRALIZOU PARCIALMENTE, DESCONTADOS JUROS DE MORA. INSURGÊNCIA DA REQUERIDA, AQUI APELANTE, QUANTO À CONDIÇÃO DE SÓCIA REMISSA QUE LHE FOI IMPUTADA PELA SENTENÇA, COMO TAMBÉM ÀS CONSEQUÊNCIAS ADVINDAS DA SUA EXCLUSÃO SOB ESSA CONDIÇÃO, INCLUSIVE QUANTO À APURAÇÃO DOS HAVERES. CONDIÇÃO QUE DECORRE DA SUA MORA EM REALIZAR NOVOS APORTES DE CAPITAL À SOCIEDADE, NECESSÁRIOS AO ANDAMENTO DA OBRA, CONFORME ESTABELECIDO DE COMUM ACORDO PELOS SÓCIOS POR OCASIÃO DA 18ª ALTERAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL. APURAÇÃO E DEVOLUÇÃO DOS HAVERES QUE SE TRATA, EM REALIDADE, DE RESTITUIÇÃO DAS ENTRADAS REALIZADAS NA FORMA DO ARTIGO 1058 DA LEI CIVIL, DESCONTADOS JUROS DE MORA E DESPESAS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, TODAVIA, PARA CORRIGIR A IMPORTÂNCIA SOBRE A QUAL DEVERÃO SER COMPUTADOS OS JUROS DE MORA, BEM COMO, PARA ALTERAR O DIES A QUO DA SUA INCIDÊNCIA. PRELIMINARES ARGÜIDAS EM SEDE DE CONTRARRAZÕES, AFASTADAS.
De acordo com a Cláusula Quarta e respectivos parágrafos da Consolidação do Contrato Social, o saldo do capital social relativo às quotas subscritas pela sócia excluída deveria ser integralizado na medida em que fossem necessários novos aportes financeiros para a edificação do prédio shopping center, conforme estabelecido no fluxo de caixa. Nessa vereda e considerando que a sócia excluída acusa o recebimento do cronograma de desembolso para os meses de agosto, setembro e outubro de 2005, contendo as etapas de construção e valores estimados para o seu custeio que deveriam corresponder aos aportes de capital a serem injetados na sociedade, considera-se cumprido o disposto no contrato social.
Relativamente ao prazo de vinte e quatro meses para a integralização do capital subscrito pela sócia excluída, anoto que trata-se do prazo máximo para a consecução integral do mister, o que não a exime de realizar os aportes financeiros que se mostrarem necessários à execução da obra antes desse termo, de conformidade com o fluxo de caixa.
No que tange à alegada ausência dos requisitos legais para a imputação da mora e à imprestabilidade da notificação de f. 74/78 para esse fim, observo que tais matérias não foram suscitadas por ocasião da defesa, tendo sido arguida somente em embargos de declaração, portanto, depois de esgotada a prestação jurisdicional de primeiro grau. Cuida-se, portanto, de manifesta inovação recursal, por força de inserção de fundamento novo no pedido e, como tal, não pode ser apreciada, sequer conhecida neste segundo grau.
É que por força do princípio da eventualidade, competia aos apelantes formularem todas as suas alegações de defesa no momento oportuno, sob pena de não mais
poder insurgir-se sobre a questão não impugnada oportunamente, em razão da preclusão consumativa.
Quando o sócio não integraliza as quotas dentro do prazo estipulado no contrato é considerado remisso. O estado de sócio remisso implica reconhecer que o sócio está em débito para com a sociedade. Em assim ocorrendo, podem os demais sócios: excluir o sócio remisso da sociedade; tomar as quotas do sócio remisso para si; transferi-las a terceiros; ou ainda, reduzir a quota ao valor já integralizado. Nessa última hipótese, o capital social sofre a mesma redução, a não ser que os demaissócios resolvam suprir o valor da quota.
É clara a legislação (art. 1004 e 1058 CC) com relação ao que se deve pagar ao sócio excluído da sociedade limitada por não integralizar o pagamento total das quotas que subscreveu: nesse caso, haverá o direito do sócio remisso de receber da sociedade o valor que integralizou parcialmente das suas quotas. Os sócios remanescentes poderão, ao seu turno, descontar juros de mora e despesas; não se aplicando à hipótese, por conseguinte, a regra do artigo 1031.
A restituição pura e simples é corolário da compensação dos interesses individuais postos em jogo: não se poderia cogitar na apuração de haveres à sócia excluída com base na situação patrimonial da sociedade à data da exclusão (art. 1031 CC), se esta não lhe deu a contribuição patrimonial limitada a que se obrigou, agindo não como sócia, mas como investidora arrependida
O ‘dano emergente da mora’, ao qual se obriga à sócia remissa, decorre do não pagamento das contribuições estabelecidas no contrato social. Como no caso o contrato social estabeleceu que o saldo devido pela sócia excluída deveria ser
integralizado ‘em parcelas e de conformidade com o fluxo de caixa a ser estabelecido para a edificação do shopping Center’; os juros de mora deverão ser computados sobre a importância correspondente aos aportes necessários ao andamento da obra até outubro/2005 e não sobre a importância total faltante para integralização do capital social.
Tocante ao dies a quo para o cômputo dos juros, há que ser provida a presente insurgência recursal, determinando-se a sua incidência a partir de 07.12.2005; aí considerados os trinta dias subsequentes à data da contra notificação de f. 85/87, já que não consta dos autos a data em que a sócia excluída recebeu a notificação de f. 74/78.
(TJPR, Apelação Cível n. 877523-3, 17ª Câmara Cível. Relator Desembargador Lauri Caetano da Silva. Publicado em 08/08/2012).
A jurisprudência citada trata de situação de sócio inadimplente com as quotas subscritas no termos constantes no contrato social. Considerando o raciocínio posto analise as assertivas que seguem.
I. É licito às sociedades limitadas adquirirem quotas dos sócios remissos.
II. A situação do remisso tem que se resolver nos termos da lei das sociedades por ações.
III. A quota do remisso pode ser adquirida por outros sócios.
IV. A exclusão do remisso não prescinde a devolução do que houver pago.
V. A quota do remisso pode ser transferida a terceiro.
A alternativa que indica todas as assertivas corretas é:
. I, II, IV e V
. II e IV
. Apenas a I
. I, III e V
. III, IV e V
1 pontos
PERGUNTA 10
“É juridicamente possível reduzir o capital registrado (artigo 1.082 do Código Civil), ou seja, descapitalizar a sociedade, passando o valor correspondente para outras rubricas de sua escrituração, inclusive os lucros a serem distribuídos entre os sócios. Essas deliberações pode decorrer do fato de os sócios considerarem o capital social excessivo em relação ao objeto da sociedade. A redução também pode decorrer da existência de perdas irreparáveis, desde que o capital esteja totalmente integralizado. Em ambos os casos, contudo, faz-se indispensável uma correspondente modificação do contrato, a exigir aprovação de sócios que
titularizam ao menos 75% do capital social (artigos 997, III, 1.071, V e 1.076, I), sendo
devidamente levado a Registro correspondente.”
MAMEDE. Gladston. Direito societário: sociedades simples e empresárias. 10ª ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2018, p. 228.
A despeito dos sócios serem, eventualmente, reembolsados por valores proporcionais à redução, deve-se também:
. reduzir proporcionalmente o valor nominal das quotas ou reduzir o número das quotas.
. cancelar as quotas dos sócios que tiverem integralizado tempestivamente.
. amortizar o investimento feito pelos sócios na integralização das quotas.
. transformar a sociedade limitada em pequena empresa.
. converter as quotas integralizadas em subscritas.

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