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Choque 1
Choque
O choque é caracterizado por um estado de hipoperfusão sistêmica devido a 
incapacidade do organismo de suprir as necessidades metabólicas dos tecidos, 
levando à hipóxia tecidual. Seu diagnóstico é feito através da avaliação clínica do 
paciente, com o auxílio de variáveis metabólicas: hipotensão arterial + sinais de 
hipoperfusão de tecidos + acidose metabólica + hiperlactatemia.
Pode ser classificado em dois grandes grupos, que se subdividem:
Hipodinâmicos: choque hipovolêmico, cardiogênico e obstrutivo
Hiperdinâmicos: choque séptico, neurogênico e anafilático
QUADRO CLÍNICO GERAL 
- Palidez cutânea, pele fria, pulsos finos 
- Rebaixamento do nível de consciência 
- Taquicardia com hipotensão 
- Oligúria, com concentração urinária
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Ocorre diminuição da pré carga, diminuição do débito cardíaco e aumento da 
resistência vascular sistêmica devido à perda de volume sistêmico, seja por 
hemorragias ou por perda/sequestro de líquidos (diarreia, vômitos, queimaduras, 
ascite...). É o aumento da resistência vascular sistêmica que mantém o paciente 
vivo.
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
Neste tipo de choque, o problema está na bomba cardíaca. Ocorre uma grave 
falência ventricular esquerda, que leva à diminuição da função sistólica e do débito 
cardíaco. Além da clássica hipotensão sistêmica, o paciente pode se apresentar com 
congestão pulmonar, dispneia, oligúria e confusão mental, o que reflete o 
envolvimento de múltiplos sistemas devido à hipóxia tecidual.
CHOQUE OBSTRUTIVO
O choque obstrutivo ocorre classicamente por uma obstrução da grande circulação, 
sendo algumas causas: pneumotórax hipertensivo, tamponamento pericárdico, 
coarctação da aorta e tromboembolismo venoso profundo. Ocorre diminuição do 
débito cardíaco, que pode se manifestar com uma sintomatologia comum de: 
Hipotensão, sudorese, taquicardia, taquipenia, oliguria e confusão mental. Assim 
Choque 2
como em todos os outros tipos de choque, mas especialmente neste, é importante 
buscar a causa da obstrução.
CHOQUE DISTRIBUTIVO (ANAFILÁTICO, NEUROGÊNICO E SÉPTICO)
Neste grupo de choque, classicamente ocorre DIMINUIÇÃO da resistência vascular 
sistêmica e AUMENTO do débito cardíaco.
Choque séptico
É o protótipo do choque distributivo. Decorre de uma disfunção sistêmico devido a 
uma resposta desregulada à uma infecção, resistente à ressuscitação volêmica. Em 
outras palavras, há uma demanda imensa de oxigênio pelos tecidos, porém o 
organismo não dá conta de suprir essa necessidade. Ocorre falência da bomba 
cardíaca em estágios mais avançados, que pode evoluir com a síndrome da disfunção 
de múltiplos órgãos.
DISFUNÇÃO DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS 
- Encefalopatia: Rebaixamento do nível de consciência 
- Falência renal: aumento drástico na creatinina sérica (>2x o valor normal) e 
diminuição do débito urinário 
- Falência hepática: bilirrubina total > 4mg/dL 
- Falência cardiovascular: hipotensão severa, acidose metabólica e hiperlactatemia 
- Falência respiratória: relação Pa02/Fi02 < 300 ou PaCO2 > 65, podendo necessitar 
de VNI ou via aérea definitiva 
- Plaquetopenia, INR > 2
Existem alguns mecanismos compensatórios ao choque, sendo eles: resposta 
neuroendócrina (visa a liberação de angiotensina II , cortisol, ADH, adrenalina, 
aldosterona, dentre outros, com o objetivo de restaurar a perfusão de órgãos 
nobres), resposta hemodinâmica (ocorre redistribuição do fluxo sanguíneo com o 
auxílio da resposta neuroendócrina para perfundir melhor os órgãos nobres, 
aumento do débito cardíaco e restauração da volemia) e resposta metabólica (visa 
poupar energia para privilegiar atividades metabólicas vitais, através da diminuição 
da síntese proteica, estado de hiperglicemia, mobilização de gorduras, dentre 
outros).
MONITORIZAÇÃO
É essencial obter os parâmetros básicos do paciente para uma correta correção 
volêmica, identificação de alterações de ameaça à vida e identificação da causa base: 
Pressão arterial invasiva, pressão venosa central, gasometria arterial, sondagem 
vesical, eletrólitos, exames de imagem.
Choque 3
FC, FR, PAM, Sa02 e PAC02
Diurese
PVC
Débito cardíaco
ABORDAGEM
MOV!!!
Restauração da perfusão tecidual o quanto antes
Tratar causa base!
Identificar a necessidade do estabelecimento de uma via aérea definitiva.
A ressuscitação volêmica preferencialmente se dá com cristalóides, sempre 
monitorando o paciente. Pode ser necessário lançar mão de drogas vasoativas para 
contornar uma hipotensão grave (dar preferência à noradrenalina, iniciar com 5-
10ug/min, indo até no máximo 35-100ug/min). 
Alguns tipos de choque exigem alguns tratamentos mais específicos.
Anafilático: adrenalina, anti-histamínicos ou metilprednisolona
Hemorrágico: após exame de imagem (E-FAST), se positivo, indicar cirurgia + 
hemotransfusão
Cardiogênico pós IAM: reperfusão miocárdica de urgência, antiagregantes 
plaquetários
Obstrutivo (pneumotórax hipertensivo): descompressão com jelco ou 
toracostomia
Obstrutivo (tamponamento pericárdico): pericardiocentese
Séptico: antibioticoterapia de amplo espectro (pode ser iniciada empiricamente 
e ajustada após cultura)

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