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Varizes de Membros Inferiores

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Vivianne Beatriz – 6º Período – Medicina ufal 
 
Varizes são caracterizadas pela dilatação, alongamento, 
tortuosidade com perda funcional, com insuficiência valvar, das 
veias dos membros inferiores. 
 
 Prevalência: 30% homens e 45% em mulheres; 
 Fluxo venoso: distal-proximal, no sentido ascendente; 
 Fluxo venoso: sistema venoso superficial para sistema venoso 
profundo – Veias Perfurantes; 
 O sentido do fluxo é mantido pelo funcionamento das válvulas, 
que impedem o refluxo venoso, a bomba muscular da 
panturrilha, batimentos arteriais e contrações musculares que 
comprimem as veias profundas correspondentes; 
 O fluxo de todas as veias profundas ou superficiais faz-se 
sempre em direção cranial, e nas perfurantes da perna, do 
sistema superficial para o profundo; 
 Quando o indivíduo está em ortostase, a pressão é a da coluna 
líquida da altura da distância da aurícula direita até o pé; 
 Na posição ereta, o fluxo cranial na veia safena magna é ZERO, 
ou discretamente retrógrado; 
 Quando há contração da musculatura, o fluxo desta mesma 
veia se faz em sentido cranial; Durante o relaxamento, o fluxo 
se faz retrogradamente; Nas perfurantes o fluxo é bidirecional 
durante a deambulação; 
 
 Varizes Primárias (essenciais): 
 Postura: ocupação; 
 Idade: > 60 anos; 
 Sexo feminino: devido estrogênio, hormônios de forma 
geral e gravidez; 
 Raça: brancos; 
 Dieta e constipação; 
 Tabagismo, sedentarismo e obesidade. 
 
 Varizes Secundárias: 
 Fatores congênitos: agenesia ou displasia; 
 Fistula arteriovenosa congênita ou traumática; 
 Síndrome pós trombótica. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Telangectasias: 0,1-2mm; 
 Microvarizes: 2-4mm; 
 Varizes: > 4mm. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA CEAP 
 Classe 0: Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa; 
 Classe 1: Telangectasias e/ou veias reticulares; 
 Classe 2: Veias varicosas; 
 Classe 3: Edema; 
 Classe 4: Alterações de pele (dermatite ocre, 
lipodermatosclerose); 
 Classe 5: Classe 4 + Úlcera cicatrizada; 
 Classe 6: Classe 4 + Úlcera ativa; 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE VARICOSO 
 
Investigar idade (se < 14 anos sugere alguma patologia 
congênita), profissão, tempo de surgimento, histórico de 
traumatismo, cirurgias e outras doenças graves. 
 
 Quadro Clínico: Dor, cansaço, sensação de peso, sensação 
de desconforto, cãibras noturnas, parestesia, ardor e/ou 
prurido, síndrome da perna inquieta. 
Fatores de Melhora: Elevação dos membros e exercício 
físico. 
Fatores de Piora: Ortostatismo, calor, período pré e 
perimenstrual. 
 
O quadro de varizes leva a um represamento de sangue no 
vaso, levando a uma adesão de leucócitos ao endotélio, 
liberação de mediadores inflamatórios, inflamação endotelial, 
dor e alteração de permeabilidade. Todo esse quadro resulta 
numa perda de líquido para o 3º espaço, causando edema, 
aumento de volume, distensão cutânea e sensação de 
peso/incômodo. 
Quanto mais cedo surge, maior a probabilidade de ser 
congênito (< 14 anos). 
 
DIAGNÓSTICO: ANAMNESE E EXAME FÍSICO 
 Avaliar cicatrizes, fistulas arteriovenosas e cirurgias 
prévias; 
 Presença de varicoflebite, úlceras; 
 Presença de varizes palpáveis e edema; 
 Verificar pulsos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Ecografia Vascular com Doppler Colorido; 
 Indicações: Avaliação do sistema venoso superficial e 
profundo pré-operatório; 
 Benefícios: sem riscos, não invasivo, não utiliza 
contraste, avaliação anatômica e funcional; 
 Flebografia (padrão ouro); 
Vivianne Beatriz – 6º Período – Medicina ufal 
 Indicações: obesos, varizes difusas, casos excepcionais 
de recidivas por insuficiência valvar profunda 
congênita, diagnóstico diferencial de malformações 
congênitas; 
 Desvantagens: risco de anafilaxia (corante), alterações 
renais, somente avaliação anatômica e custo elevado. 
 
COMPLICAÇÕES 
Úlcera, tromboflebite, varicorragia, TVP e TEP. 
 
TRATAMENTO CLÍNICO 
 Medidas gerais; 
 Terapia compressiva (elastocompressão); 
 Medicamentos venotônicos ou flebotônicos; 
 Curativos (casos de úlceras); 
 Cuidados: adesão do paciente ao tratamento, não subestimar 
a doença varicosa, custo da medicação, incomodo e custo das 
meias. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 Ponderar risco-benefício; 
 Contraindicado em: agenesia de sistema profundo, TVP com 
oclusão persistente, gestação, presença de ulcera de estase 
ativa/infectada, varizes em membro isquêmico, infecção 
sistêmica, linfedema, doença grave associada, diátese 
hemorrágica, idade avançada. 
 Indicações: varizes com diâmetro > 4mm, sintomáticas ou 
com complicações prévias.

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