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Suporte Básico de Vida

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Stephane D’arc - LAECC 
 
O Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de 
atendimento no qual se estabelecem o 
reconhecimento e a realização das manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com o 
objetivo de manter a vítima de parada 
cardiorrespiratória (PCR) viva até a chegada de 
uma unidade de transporte especializada. 
Importante lembrar: No momento de uma PCR o 
musculo e o cérebro são priorizados pelo corpo, ou 
seja, todo o sangue é desviado para eles. Dessa 
forma, quanto mais precoce iniciar as 
compressões, os riscos de sequelas serão 
minimizados. 
O objetivo principal da RCP é prover um fluxo de 
oxigênio e sangue para o coração e o cérebro. Ela 
deve ser feita imediatamente pois o cérebro não 
tolera mais de 4 minutos de hipóxia e após 10 
minutos sem RCP tem-se morte cerebral 
estabelecida 
 Ok.. mas qual o conceito de PCR? 
 A PCR é definida como interrupção da circulação 
sanguínea em consequência da interrupção 
súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou 
da presença de batimentos cardíacos ineficazes, 
acometendo pessoas em qualquer ambiente, 
sendo originada por diversas etiologias, como: 
 hipertensão, cardiopatias, obstrução das 
vias aéreas por corpos estranhos, 
acidentes e complicações dos anestésicos 
locais. 
A AHA (AMERICAN HEART ASSOCIATION) criou a 
cadeia de sobrevivência para ressaltar a 
importância da adoção de atitudes organizadas e 
hierarquizadas na situação de provável ou 
confirmada PCR no ambiente extra hospitalar. 
Importante para a identificação de ritmos 
associados a PCR que sejam passíveis de 
tratamento com o desfibrilador: 
• fibrilação ventricular (FV) 
• taquicardia ventricular sem pulso (TVsp). 
 
Checar a segurança do local 
Abrange o primeiro passo ao se deparar com uma 
vítima de PCR. O local deve estar seguro para o 
socorrista e para a vítima, a fim de evitar uma próxima 
vítima. Caso o local não seja seguro (por exemplo, um 
prédio com risco de desmoronamento, uma via de 
trânsito), deve-se tornar o local ou remover a vítima 
para um local seguro. Se o local estiver seguro, pode-
se prosseguir com o atendimento. 
Avaliação e ação 
Avaliação da responsividade: A avaliação da 
responsividade da vítima consiste em checar a 
consciência. Deve-se chamar a vítima (em voz alta) 
e realizar estímulo tátil tocando-a pelos ombros. 
Se a vítima responder, se apresente, ofereça 
ajuda. Caso não responda, o próximo passo é 
chamar por ajuda. 
‘’SENHOR, SENHOR, O SENHOR ESTÁ BEM?’’ 
• Chamar ajuda: Deve-se dar prioridade ao 
contato com o serviço local de emergência (por 
exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de 
Urgência - SAMU 192) e, se um DEA estiver 
disponível no local, providenciar. Se não estiver 
Stephane D’arc - LAECC 
 
sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir 
um DEA, enquanto continua o atendimento à 
vítima. É importante designar pessoas para que 
sejam responsáveis em realizar essas funções. 
Ex. ‘’ ei, você de blusa amarela, ligue para o 192 e 
peça um DEA ‘’ 
Entende que se você estiver em um local com 
várias pessoas ao redor, caso você não ordene 
possa ser que ninguém ligue para o SAMU, por 
achar que outra pessoa já fez isso. 
Checar o pulso e respiração: Deve-se checar o 
pulso carotídeo e a respiração da vítima durante 
10 segundos. Notada a ausência de pulso e de 
movimentos respiratórios (pode ser avaliada 
através da presença de expansibilidade torácica) 
deve-se iniciar imediatamente os ciclos de 
compressões e ventilações. Se o pulso estiver 
presente, abrir via aérea e aplicar uma insuflação 
a cada 5 a 6 segundos (10 a 12/min) e verificar a 
presença de pulso a cada 2 minutos. 
Compressões torácicas: Para realizar as manobras 
de RCP, é necessário se posicionar de joelhos ao 
lado da vítima, desnudar o tórax e posicionar a 
região hipotenar da mão dominante sobre o corpo 
do osso esterno, na linha intermamilar entre a 
fúrcula esternal e o apêndice xifoide, e sobrepor a 
outra mão, entrelaçando-a. 
 Comprimir entre 5 e 6 cm do tórax 
 Velocidade entre 100 e 120 
compressões/min 
 Permitir o retorno completo após cada 
compressão 
Ventilação 
As ventilações devem ser realizadas em uma proporção 
de 30 compressões para 2 ventilações, com apenas um 
segundo cada, fornecendo a quantidade de ar 
suficiente para promover a elevação do tórax. 
 A ventilação não é mais um item 
obrigatório do SBV. Ou seja, você pode 
optar por iniciar as compressões torácicas 
de forma ininterruptas até a chegada do 
suporte avançado de vida. 
Contudo, caso opte pela ventilação há alguns 
mecanismos de barreira disponíveis para evitar o 
contato do socorrista com a vítima e uma consequente 
contaminação. 
 
Uso do DEA 
Então você encontra-se lá realizando compressões 
e ventilação ou somente compressão... és que 
chega o DEA. O que fazer? 
O DEA é um aparelho eletrônico portátil que 
desencadeia um choque elétrico com corrente 
contínua sobre o tórax da vítima. O choque 
determinará uma assistolia elétrica em todo o 
miocárdio, permitindo que o sistema de condução 
elétrica intracardíaco possa reassumir de forma 
organizada a despolarização miocárdica e o ritmo 
cardíaco organizado. O DEA é de extrema 
importância em uma PCR pois, sem ele, o sucesso 
da RCP varia entre 2 – 5%, enquanto que, na 
presença do dispositivo, as taxas de sucesso 
aumentam consideravelmente para 50 – 80%. São 
de pequeno porte, leves, resistentes e com 
alimentação por baterias que podem ser seladas 
de chumbo-ácido, de níquel-cádmio e de lítio e são 
projetados para serem usados de forma simples e 
confiável por usuários que disponham de um 
treinamento mínimo e é altamente configurável 
segundo definido em protocolo de consenso 
médico mundial. 
O DEA possui um programa que lhe permite 
identificar e reconhecer os ritmos de fibrilação 
ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV), 
indicando então o choque. Se o ritmo não for uma 
FV ou TV, o aparelho não indicará o choque, 
devendo-se manter a RCP. Inclusive quando 
Stephane D’arc - LAECC 
 
ocorre uma mudança de ritmo, o aparelho não 
indica o choque, devendo-se checar o pulso. Se o 
pulso estiver presente houve retorno da circulação 
espontânea, devendo-se manter suporte 
ventilatório até a chegada do serviço de 
emergência. Se ausente, as manobras de RCP 
devem ser mantidas por mais 2 minutos até nova 
checagem de ritmo pelo desfibrilador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você está vendo na imagem acima, o DEA possui 
orientações autoexplicativa de como utiliza-lo, mas 
ainda assim, coloquei nessa imagem o posicionamento 
ideal das pás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CESSAR AS MANOBRAS 
Não há um tempo determinado. As manobras 
deverão ser paradas em algumas situações, sendo 
elas: Quando parar as manobras de SBV. 
• Exaustão da equipe e quando não há 
alguém para assumir o SBV 
• Cena tornou-se de risco 
• Chegada da equipe avançada, que seguirá 
com o suporte avançado 
• Quando há retorno á circulação 
espontânea

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