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para a parede ou algo distante. Depois o examinador posiciona seu dedo indicador na frente do paciente e pede para ele olhar para o dedo e acompanhar a aproximação do dedo. A resposta será a convergência dos olhos e miose. Reflexos que envolvem a constrição pupilar devem ser realizados em ambientes escuros, pois a luminosidade em excesso pode deixar as pupilas em miose. As causas mais comuns de respostas não satisfatórias são tumores de hipófise e região supracelar, tumores e vasculopatias dos lobos temporal, parietal e occipital. NERVO OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) Eles são responsáveis pela movimentação ocular e, por isso, são examinados em conjunto. • O NC oculomotor é responsável pela elevação da pálpebra e pelo olhar para cima, para baixo e medial. Por isso, lesões causam ptose palpebral, midríase, paralisia do olhar medial, para cima e para baixo e estrabismo divergente. 14 • O NC troclear inerva o musculo oblíquo superior, sendo responsável pelo olhar medial e para baixo. Lesões causam paralisia do olhar medial e para baixo. • O NC abducente inerva o musculo reto lateral, sendo responsável pela mirada lateral. Lesões causam estrabismo convergente. Observação: a hipertensão intracraniana pode causar paralisia do VI par craniano por compressão. O exame de movimentação ocular é feito ao pedirmos ao paciente para fixar a visão no dedo do examinador e perseguir o dedo. Aferindo, então, a integridade dos seis mm extraoculares, ao se fazer um H ou asterisco. As causas mais comuns de oftalmoplegias são trauma cranioencefalico, diabetes, encefalites, abcessos cerebrais, sífilis neurológica, neurites, tumores cerebrais e AVE. NERVO TRIGÊMEO (V) O nervo trigêmeo tem 4 ramos (3 sensitivos e 1 motor): • Oftálmico (V1) – sensitivo. Também é responsável pela sensibilidade da esclera. • Maxilar – sensitivo (V2) • Mandibular (V3) – sensitivo. Também é responsável pela sensibilidade geral de 2/3 da língua. Examinamos V1, V2 e V3 analisando a sensibilidade tátil da área da pele inervada por cada um desses ramos. Lesões podem causar atrofia desses músculos, desvio da mandíbula para o lado da lesão, hipoacusia e dificuldades na mastigação. • O ramo motor inerva os mm da mastigação (masseter, temporal e pterigoides lateral e medial) e o m tensor do tímpano ipsilaterais. Para examinação pedimos para o paciente abrir e fechar a boca, lateralizar a mandíbula e palpando os mm masseter e temporal com o paciente em repouso e realizando a mordida. NERVO FACIAL (VII) É o nervo responsável pela musculatura da mímica facial, inervação das glândulas submandibulares, sublinguais e lacrimais, do m estapédio e é responsável também pela sensibilidade gustatória dos 2/3 anteriores da língua. De forma bem básica, o trato corticonuclear (TCN) se origina na área motora primaria e é responsável pelos núcleos motores dos nervos cranianos, incluindo o núcleo do nervo facial. O núcleo pode ser dividido em parte superior (que inerva a musculatura do quadrante superior da face) e a parte inferior (que inerva o quadrante inferior). O TCN inerva a parte superior do núcleo ipsilateral e cruza a linha media para inervar a parte superior e inferior do núcleo do facial contralateral. Assim, as partes inferiores do núcleo só são inervadas por TCN contralateral, enquanto que a parte superior é inervada pelo trato ipsilateral e pelo contralateral. Por isso, lesões do TCN direito não causam alterações da musculatura do quadrante superior da face, pois o outro TCN supre a “demanda” enquanto que a musculatura do quadrante inferior da face esquerda (que só inervada pelo TCN direito) fica paralisada. A paralisia facial central ocorre quando alguma lesão acomete TCN, coroa radiada ou córtex NERVO OCULOMOTOR (DIVISÃO SUPERIOR) NERVO TROCLEAR NERVO ABDUCENTE NERVO ÓCULO MOTOR (DIVISÃO INFERIOR) OBLÍQUO SUPERIOR LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR RETO SUPERIOR RETO LATERAL RETO MEDIAL RETO INFERIOR OBLÍQUO INFERIOR 15 levando a paralisia do quadrante inferior da face contralateral. Qualquer lesão do núcleo do nervo ou do nervo facial antes da divisão de seus ramos leva à paralisia facial periférica, caracterizada por paralisia completa dos mm da mimica facial ipsilateral. • O exame da mm mimica facial é feito pedindo-se ao paciente para enrugar a testa (olhar pra cima), fechar os olhos com força, sendo importante analisar o apagamento dos cílios do paciente, sempre comparando um lado com o outro. • O exame continua ao pedir para o paciente dar um sorriso. • Por fim, a contração do platisma e sensibilidade da orelha, que são fornecidas pelo nervo facial. Nas paralisias faciais, a paralisia do m platisma é também chamada de sinal do platisma de Babinski. NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII) Ele possui uma porção vestibular (responsável pelo equilíbrio, já examinada no exame de marcha e estática) e outra porção coclear (responsável pela audição) e examinada através da audiometria, do sussurrar ou roçar dos dedos próximo ao ouvido – sempre comparando os dois através dos testes de Rinne e Weber, que analisam a condução óssea e aérea do som, como a integridade das orelhas externas, medias e internas. • O teste de Rinne é feito ao colocarmos o cabo do diapasão de 128-1024Hz vibrando na apófise mastoide do paciente e pedir para ele avisar quando parar de ouvir. Quando ele disser que parou de ouvir, a ponta vibrante do diapasão deve ser colocada próxima ao pavilhão auricular do paciente que deve continuar a ouvir a vibração. Se o paciente não ouvir mais nada, o teste de Rinne é negativo ou anormal e o paciente apresenta déficit na condução aérea do som, por comprometimento da orelha media ou externa. • O teste de Weber é feito ao colocarmos o diapasão no vertex do crânio do paciente e perguntar se ele está ouvindo com a mesma intensidade nos dois ouvidos. Pacientes com lesões na condução aérea do som escutam mais alto no ouvido lesionado e isso acontece por maior rapidez na condução óssea com relação à aérea, enquanto que pacientes com perda neurossensorial escutam menos no ouvido lesionado. • A prova de Schwabach analisa a duração da condução óssea em segundos, comparando-a com a de um ouvido normal. É feito colocando um diapasão vibrante sobre a mastoide e verificando a duração. NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) E VAGO (X) Esses nervos podem ser analisados juntos, já que são responsáveis pela motricidade do palato mole, úvula e mm da deglutição. • São analisados quando pedimos ao paciente para abrir a boca e falar “Ah” por alguns segundos. Se os nervos de um lado estiverem paralisados, somente o palato contralateral sobe, desviando a úvula para esse lado e o palato ipsilateral à lesão fica abaixado e hipotônico, que é chamado de sinal da cortina. Além disso, o nervo glossofaríngeo inerva as sensibilidades gustatórias e gerais dos terços posteriores da língua e junto com o nervo vago são responsáveis pelo reflexo do vômito. Também, um ramo do nervo vago (laríngeo recorrente) inerva as pregas vocais. Por esses motivos, pacientes com lesões do IX e X podem se queixar de dificuldade de engolir (disfagia), dificuldade na articulação da fala ou fala empastada (disartria) e problemas na fonação (disfonia). 16 NERVO ACESSÓRIO (XI) É responsável pela inervação dos mm esternocleidoccipitomastoideos e trapézios ipsilaterias. • Uma paralisia do ECM de um lado gera dificuldade de virar a cabeça para o lado oposto. Examinamos o ECM pedindo para o paciente virar a cabeça e o pescoço contra a resistência do examinador (com uma mão na mandíbula do paciente). • E examinamos o trapézio