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Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL PROVAS CONCEITO: tudo aquilo que pode influenciar no convencimento do julgador (juiz; júri, tribunal), demonstrando os fatos e excepcionalmente o direito. DESTINATÁRIOS: julgador (direto); parte (indireta). OBJETO: fatos; direito (estadual, municipal e estrangeiro: Art. 376 CPC) iura novit curia; da mihi factum dabo tibi jus. OBS: Independem de prova: fatos axiomáticos (Art. 162, parágrafo único CPP). Fato notório (Art. 374, I CPC) Ex: 7 de setembro; fatos incontroversos (Art. 374, III CPC). SISTEMAS DE VALORAÇÃO DA PROVA Sistema da certeza moral do juiz ou íntima convicção: o juiz valora a prova de forma livre, sem necessidade de fundamentação. Ex: Tribunal do Júri (veredicto dos jurados). Sistema da certeza moral do legislador, das provas legais ou da prova tarifada: A lei estipula o valor de cada prova, estabelecendo inclusive hierarquia entre estas. Ex: o depoimento de um homem vale mais do que o de duas mulheres. Art. 158 CPP. Montesquieu: “O juiz é a boca da lei”. Sistema do livre convencimento motivado ou persuasão racional: o juiz valora a prova livremente, mas deve fundamentar sua decisão (Art. 93, IX CF e Art. 155 CPP). ÔNUS DA PROVA Art. 156 CPP A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Art. 373 CPC Autor: fato constitutivo do seu direito; Réu: fato impeditivo, modificativo e extintivo do direito do autor. MP: materialidade e autoria; agravantes; majorantes (aumento de pena); DEFESA: excludentes de ilicitude (justificantes), excludentes de culpabilidade (dirimentes); atenuantes e minorantes e extinção de punibilidade. Free Hand Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL PROVA ILÍCITA (Art. 5º, LVI CF) a) Ilícita em sentido estrito: afronta regra de direito material. Ex: tortura (lei 9.455/1997). b) Ilegítima: afronta regra de direito processual. Ex: depoimento de pessoa que deveria guardar sigiloso de profissão não desobrigado pelo interessado (Art. 207 CPP). OBS: É cabível prova ilícita pro réu, em homenagem ao princípio da proporcionalidade. Art. 157 CPP São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) OBS: Prova que deriva da ilícita é contaminada pela ilicitude (fruits of the poisonous tree). Fonte absolutamente independente e descoberta inevitável: não permitem a utilização das provas ilícitas, mas têm o condão de impedir a contaminação das demais provas delas derivadas. OBS: Não há violação ao princípio segundo o qual ninguém pode ser compelido a produzir prova contra si (nemo tenetur se detegere) a realização de exame de raio x para constatação da ingestão de droga, posto que tal exame não exige qualquer agir ou fazer por parte do agente (STF - HC 149.146-SP, julgado em 05/04/2011). OBS: Gravação clandestina realizada por delegado de polícia, portanto, sem advertir o interrogado do seu direito ao silêncio, constitui prova ilícita (STF - HC 80.949-RJ, julgado em 30/10/2001). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-350-08.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Free Hand Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL PROVAS EM ESPÉCIE PERÍCIA: Meio de prova através do qual a autoridade judiciária se vale de especialistas que transcendem a cultura jurídica, pois o magistrado (perito do direito) não tem conhecimento enciclopédico. PERITO: Auxiliar da Justiça, de nível superior, observada a regra de transição em razão do direito adquirido, com exceção da perícia médica. Art. 158 CPP Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito*, direto ou indireto*, não podendo supri-lo a confissão do acusado. OBS: Corpo de Delito: Vestígios deixados pelo crime. Exs: cadáver (homicídio), hematoma (lesão corporal), etc. Exame de corpo de delito: perícia. STJ: Exame Indireto (oitiva de testemunhas). Delicta facti permanentis: delitos não transeuntes. O Art. 158 CPP adotou o sistema da prova tarifada. Exceção: "Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde" (Art. 12, § 3° da Lei n° 11.340/06). Art. 167 CPP Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal* poderá suprir-lhe a falta. Art. 159 CPP O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) § 2o Os peritos não oficiais* prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 342 CP Crime de Falsa Perícia: perito oficial ou não oficial (juramentado). § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 4o O assistente técnico* atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Free Hand Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL OBS: O assistente técnico, no processo penal, não acompanha a realização da prova pericial. Perito de confiança da parte que elaboraParecer Técnico. § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar*; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença* de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 170 CPP Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. Art. 176 CPP A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. Art. 524 CPP No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III do Título I deste Livro, com as modificações constantes dos artigos seguintes. Art. 525 CPP No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida se não for instruída com o exame pericial* dos objetos que constituam o corpo de delito. TESE 381 (amostragem) MPSP Art. 526 CPP Sem a prova de direito à ação, não será recebida a queixa, nem ordenada qualquer diligência preliminarmente requerida pelo ofendido. Art. 527 CPP A diligência de busca ou de apreensão será realizada por dois peritos nomeados pelo juiz, que verificarão a existência de fundamento para a apreensão, e quer esta se realize, quer não, o laudo pericial será apresentado dentro de 3 (três) dias após o encerramento da diligência Violação de direito autoral http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Free Hand Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL Art. 184 CP Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Art. 50 Lei 11.343/2006 (Lei de Droga) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. §1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. §2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. §3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) Art. 182 CPP O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. OBS: Sistema Liberatório: sustentado no sistema do livre convencimento motivado. Art. 160 CPP Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.695.htm#art1art184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 Free Hand Prof: Conrado José Neto de Queiroz Reis TARGET EDUCACIONAL DISCIPLINA: PROCESSO PENAL Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) Art. 161 CPP O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora*. Art. 5º, XI CF Art. 180 CPP Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. Art. 162 CPP A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único. Nos casos de morte violenta*, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. Ex: Suicídio; carbonização. Art. 163 CPP Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade* providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência,da qual se lavrará auto circunstanciado. Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L8862.htm#art1 Free Hand
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