Buscar

DPOC EXACERBADA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
DPOC EXACERBADA 
OBJETIVOS 
▪ Reconhecer exacerbação da DPOC; 
▪ Diagnóstico diferencial; 
▪ Gravidade; 
▪ Tratamento. 
O QUE É? 
“Evento de caráter agudo, caracterizado por mudanças dos 
sintomas habituais do paciente, que leva à necessidade na 
mudança da medicação vigente. 
IMPACTO 
▪ Aumento da mortalidade; 
▪ Piora da função pulmonar; 
▪ Piora da qualidade de vida; 
▪ Marcador de gravidade. 
ETIOLOGIA 
▪ Infecções (50 a 70%): Vírus, Bactéria, coinfecção. 
▪ Poluição ambiental; 
▪ TEP (dispneia aguda) / Pneumonia (expectoração muda 
de cor- febre- prostração) / IC (piora da dispneia- edema 
de MMII- turgência jugular patológica) / Pneumotórax 
(piora da dispneia- hipertimpanismo a percussão) / 
Derrame Pleural (piora da dispneia- macicez a 
percussão) são diagnósticos diferenciais. 
O que vai fazer a diferença é o exame físico. 
ATENÇÃO 
▪ Pacientes que internam com hipercapnia (retenção de 
CO2, e, acidose respiratória, aumentando paCO2, vou ter 
uma acidose respiratória) - mortalidade 10%. 
Acidose: pH<7,35. Depois disso, tenho que ver se essa 
acidose é metabólica ou respiratória. Ela é respiratória, 
quando eu tenho aumento do paCO2 na gasometria. O 
bicarbonato vai ser normal, ou, vai ser aumentado, se eu 
tiver doença crônica. Já a acidose metabólica, meu paCO2 é 
normal, e, meu bicarbonato que diminui. 
▪ Pacientes que necessitam de ventilação mecânica tem 
40% de mortalidade em um ano. 
▪ Mortalidade em 3 anos após uma internação é de 49%. 
 FATORES PRECIPITANTES DA EXACERBAÇÃO 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
▪ Aumento da dispneia; 
▪ Aumento da tosse; 
▪ Aumento da expectoração; 
▪ Purulência do catarro. 
OBS: Febre não é comum. Se eu tiver febre, tenho que 
investigar alguma infecção junto, como Pneumonia, COVID, 
Influenza. 
 
 
 
 
 
AVALIAR GRAVIDADE 
▪ Intensidade da dispneia e rapidez da sua instalação; 
▪ VEF1< 50% (GOLD 3, 4); 
▪ Número de exacerbações e internações; 
▪ Hipoxemia e carbonacose (alteração do nível de 
consciência); 
▪ Comorbidades; 
▪ Necessidade prévia de ventilação mecânica. 
AVALIAR GRAVIDADE NO EXAME FÍSICO 
▪ Taquipneia; 
▪ Uso de musculatura acessória; 
▪ Piora, ou, cianose central; 
▪ Edema periférico (nesse caso, temos que pensar em 
cor pulmonale); 
▪ Instabilidade hemodinâmica e arritmia; 
▪ Falência de VD (se ele está anasarcado); 
▪ Alteração de consciência (sabemos, nesse caso, que ele 
tem alteração dos gases- oxigênio e paCO2). 
EXAMES COMPLEMENTARES 
▪ Oximetria de pulso; 
▪ Gasometria arterial (acidose respiratória aguda, ou, 
crônica agudizada); 
▪ Radiografia de tórax (PA/P) - pode alterar o curso do 
tratamento; 
▪ ECG. 
▪ Hemograma (Policitemia e Leucocitose) e bioquímica 
(hipocalemia); 
Policitemia é aumento da série vermelha, podemos ter esse 
aumento já que o paciente tem pouco O2, e, esse pouco de 
O2, para ser carreado, aumenta o número de hemoglobina, 
para compensar. O paciente pode ter hipocalemia, já que, a 
medicação usada quando pioramos os sintomas de DPOC é 
SABA. Beta 2 agonista em excesso, carreia potássio para 
dentro da célula, tira do sangue e poe para dentro da célula, 
sendo a hipocalemia um dos efeitos colaterais do SABA, e, 
do LABA. Só usamos corticoide se ele tiver perfil C ou D, ou, 
se ele tiver história de asma. 
▪ OBS: Enzimas cardíacas. Ecocardiograma (para excluir 
IC) e angiotomografia de tórax (para saber se o paciente 
não tem uma embolia pulmonar). 
OBJETIVO DO TRATAMENTO 
▪ Melhora da função pulmonar; 
▪ Oxigenação adequada (sat 88-92%, paO2 60-65mmHg); 
Pacientes com DPOC não tem que usar uma FiO2 muito alta, 
porque, nesse caso, o organismo acha que não está 
precisando de oxigênio, porque a PaO2 está muito baixa, e, 
meu paciente começa a hipoventilar por causa disso, com 
isso, aumenta CO2 dele. Então, se eu dou uma FiO2 muito 
alta, na verdade, estamos piorando o paciente. 
▪ Tentar prevenir, se possível, a IOT; 
▪ Prevenir TEP (usar Heparina profilática no paciente 
internado) e descondicionamento físico; 
▪ Manter necessidades nutricionais. 
TRATAMENTO 
▪ Oxigenoterapia (saturação O2 88%-92%); 
▪ Tratamento medicamentoso (broncodilatadores de 
curta duração, antibiótico, corticoide sistêmico); 
DISCIPLINA PNEUMOLOGIA 
 AULA 2- DPOC EXACERBADA 
PROFESSOR IVY 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
▪ Os antibióticos são feitos em caso de internação, 
presença de expectoração purulenta, ou, PCR 
aumentado; 
▪ Suporte ventilatório (ventilação não invasiva e 
ventilação mecânica). 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
Fator de risco para Pseudomonas: Paciente que usa muito 
antibiótico, paciente que ficou internado nos últimos 3 
meses. 
Paciente alérgico a penicilina, também vai usar Quinolona. 
USO DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 
▪ Importância tem crescido em pacientes hospitalizados. 
Diminui taxa de intubação; 
▪ Usado na acidose respiratória aguda (PH< 7,35 e PaCO2> 
60mmHg) diminui a frequência respiratória, diminui o 
trabalho muscular. 
CONTRAINDICAÇÕES DE VNI 
▪ Intolerância ou falha VNI; 
▪ Parada cardíaca ou respiratória; 
▪ Broncoaspiração; 
▪ Inabilidade de tirar secreção da via aérea (tosse 
ineficaz); 
▪ FC< 50Bpm; 
▪ Instabilidade hemodinâmica; 
▪ Arritmias. 
INDICAÇÕES DE TERAPIA INTENSIVA 
▪ Dispneia severa que não melhora com a primeira 
abordagem médica (começou a ter dispneia, fez 
broncodilatador, fez corticoide, botou na VNI e ele não 
melhorou); 
▪ Confusão mental; 
Paciente com confusão mental deve ser intubado em 
qualquer doença, menos no DPOC. O que vai causar 
confusão mental no DPOC é o aumento da PaCO2, do gás 
carbônico. A forma de melhorar esse gás carbônico do 
paciente, sem intubar, é com VNI. Então, paciente mesmo 
confuso, mas, estável hemodinamicamente, ele pode usar 
VNI. Já que, a PaCO2 vai diminuir, e, ele vai melhorar a 
confusão mental. 
▪ Hipoxemia refratária; 
Se eu já dei o máximo de oxigênio que eu tenho, fora 
respirador, e, o paciente, não melhora, preciso fazer 
intubação. 
▪ Instabilidade hemodinâmica; 
▪ Necessidade de IOT; 
▪ Parada cardiorrespiratória. 
CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR

Outros materiais