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Nervos Cranianos

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gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021. 
Além dos nervos que se originam na medula 
espinhal e inervam o corpo, existem 12 pares de 
nervos cranianos que se originam no tronco 
encefálico e inervam principalmente a cabeça. 
Cada nervo craniano possui um nome e um 
número associado a ele (originalmente 
numerados por Galeno, por volta de 1800 anos 
antes, do anterior ao posterior). 
A origem real dos nervos cranianos não 
corresponde às suas origens aparentes. Os 
nervos cranianos oriundos do tronco do encéfalo 
são formados por núcleos de substância cinzenta 
existentes no interior do bulbo, da ponte e do 
mesencéfalo. 
 
A função de um nervo é transmitir informação 
sensitiva e/ou motora entre o corpo e o cérebro. 
Se a informação vai do cérebro para a periferia, o 
nervo é eferente (motor). Se ela vai da periferia 
para o cérebro, então ele é um nervo aferente 
(sensitivo). Nervos que carregam informações 
em ambos os sentidos são nervos mistos. 
A informação é classificada como especial se ela 
se origina dos nossos sentidos especiais (visão, 
olfato, paladar, tato e audição), enquanto geral 
descreve as informações que vêm de ou vão para 
qualquer outro lugar. A informação transmitida 
por um nervo é dita somática se ela vai de/para a 
pele e músculos esqueléticos, e visceral se ela vai 
de/para nossos órgãos internos. 
O I nervo craniano é um nervo sensorial, 
aferente somático especial que inerva a mucosa 
olfatória (olfativa) na cavidade nasal e que tem 
sua origem real em células neurorreceptoras do 
epitélio respiratório da fossa nasal, e origem 
aparente na lâmina crivosa do osso etmoide, 
passando pelos forames crivosos. 
Os vários ramos do nervo olfatório (olfativo), 
chamados de fila olfatória (olfativa), saem da 
cavidade nasal através da placa cribiforme (crivosa) 
do osso etmoide. Eles terminam no bulbo olfatório 
(bolbo olfativo), que então se continua como trato 
olfatório (fita olfativa). 
Dentro do cérebro, as 
fibras do trato olfatório 
(fita olfativa) se 
dispersam e acabam no 
córtex olfatório (córtex 
piriforme, amígdala, 
córtex entorrinal). 
Para testa-lo em 
exames busca-se a 
percepção sensitiva dos cheiros, utilizando 
diferentes substancias com o paciente, os 
resultados são classificados em Normosmia, 
Anosmia, Hiposmia, Hiperesmia, Cacosmia. 
O II nervo craniano é um nervo aferente 
somático especial que inerva a retina do olho e 
traz informação visual ao cérebro. As fibras 
neurais se originam dos fotorreceptores da 
retina. Elas convergem até o disco óptico, 
formando o nervo óptico. O nervo óptico deixa a 
órbita através do canal óptico. 
 No assoalho da fossa média do crânio, a parte 
nasal de cada nervo cruza para o lado oposto, 
formando o quiasma óptico. As fibras nervosas 
então se continuam 
como as duas vias 
ópticas. O NC II 
também não possui 
seu próprio núcleo, 
mas seus corpos 
celulares estão 
localizados na retina. 
Em seus testes 
iremos avaliar três 
características básicas: Acuidade Visual (tabela), 
Campo Visual (quatro pontos periféricos) e 
Fundo de olho (oftalmoscópio). 
O III nervo craniano é um nervo eferente motor 
tanto somático quanto visceral. Isto quer dizer que 
ele tem dois núcleos e contém dois tipos de fibras 
eferentes. Como seu nome sugere, o nervo 
oculomotor é o principal nervo motor que inerva o 
olho. Ele se origina do 
mesencéfalo e deixa o 
crânio através da 
fissura orbital (orbitária) 
superior e ele se origina 
aparentemente no 
sulco medial do 
pedúnculo cerebral, 
para entrar na órbita, 
onde ele vai ter como 
função realizar a movimentação de diversos 
músculos extrínsecos do bulbo ocular como 
músculo reto superior, inferior e medial, músculo 
oblíquo inferior, músculo levantador da pálpebra 
superior e músculo esfíncter da pupila e músculo 
ciliar. Ambos, III, IV e VI têm em comum a 
origem aparente no crânio, sendo a fissura 
orbital superior. E, têm em comum também os 
testes, portanto, são avaliados em conjunto, 
avaliamos aqui a motilidade extrínseca dos olhos, 
usando testes como o dos 9 pontos. Além do 
reflexo consensual usando a luz. 
O IV nervo craniano é um nervo motor 
somático geral. Ele se 
origina do mesencéfalo e 
entra na órbita através da 
fissura orbital (orbitária) 
superior. O troclear inerva 
um músculo ocular o 
oblíquo superior, tendo 
função, portanto, na 
movimentação ocular. Aqui, 
como já foi citado, avalia-se 
a motilidade extrínseca. 
O V nervo craniano é um nervo misto, que 
contém tanto fibras viscerais especiais, quanto 
fibras somáticas gerais. Estas fibras se originam do 
tronco cerebral sua origem 
real está entre a ponte e o 
pedúnculo cerebelar 
médio, formando o gânglio 
trigeminal, próximo ao 
ápice da parte petrosa do 
osso temporal. O nervo 
trigêmeo se divide em três 
ramos: nervo oftálmico 
(NC V1), nervo maxilar (NC 
V2) e nervo mandibular (NC V3). Cada um deles 
deixa o crânio por uma abertura diferente: o 
oftálmico sai através da fissura orbital (orbitária) 
superior, o maxilar através do forame redondo e 
o mandibular se exterioriza através do forame 
oval. Aqui testamos suas 2 funções básicas, 
sensibilidade no rosto e a parte motora na 
mastigação, apalpando os músculos principais (são 
3, o masseter, pterigoideo medial/lateral e 
músculo temporal). 
O VI nervo craniano é um nervo eferente 
somático geral, que 
inerva o músculo reto 
lateral (extraocular). Ele 
se origina do tronco 
encefálico e sai do crânio 
através da fissura orbital 
(orbitária) superior. 
Novamente avaliamos 
aqui a motilidade 
extrínseca juntamente 
com o terceiro e o quarto 
par. 
O VII par craniano é o Nervo Facial. É um nervo 
misto que se origina no sulco bulbo-pontino 
(lateralmente ao VI par) e tem origem aparente 
no crânio pelo forame estilomastoideo na parte 
motora e pelo meato acústico interno na parte 
sensória. Possui uma raiz motora (o nervo facial 
propriamente dito) e 
uma raiz sensitiva e 
visceral (o nervo 
intermédio). 
Seu componente 
motor é o responsável 
pela motricidade dos 
músculos da mímica 
facial (expressão facial). 
Seu componente sensitivo é responsável pela 
sensibilidade especial (sensorial) de gustação dos 
2/3 anteriores da língua. Também inerva as 
glândulas salivares maiores (submandibular e 
sublingual) e a glândula lacrimal. Possui alguns 
núcleos relacionados: Núcleo salivatório superior, 
Núcleo motor do nervo facial, Núcleos do trato 
solitário, Núcleo espinhal do nervo trigêmeo. 
Examina-se aqui a mímica facial, procurando por 
paralisia. 
O VIII par craniano é o Nervo Vestibulococlear. 
Origina-se também no 
sulco bulbo-pontino 
(lateralmente ao VII par), 
penetra no osso temporal 
pelo meato acústico 
interno e o atravessa, 
juntamente com o nervo 
facial e o nervo intermédio, 
mas não emerge do crânio. 
É composto por uma porção vestibular e outra 
porção coclear. A parte vestibular possui funções 
relacionadas ao equilíbrio. Já a parte coclear está 
envolvida com a audição. Examina-se a parte 
vestibular no equilíbrio dinâmico e estático, já a 
coclear avalia-se a audição do paciente pelos 
testes de rinne e weber com o uso do diapasão. 
O IX par craniano é o Nervo Glossofaríngeo, um 
nervo misto que emerge do encéfalo pelo sulco 
lateral posterior do bulbo e emerge no crânio 
pelo forame jugular. Ele é responsável pela 
sensibilidade geral e especial 
dos 2/3 posteriores da língua 
(a inervação especial é a 
responsável pelas sensações 
gustativas ao terço posterior 
da língua, principalmente 
azedo e amargo). 
Também como sensações 
viscerais, ele inerva a faringe 
(inerva o músculo 
estilofaríngeo, que tem a função de elevar e 
dilatar a faringe), úvula, tonsila, tuba auditiva, 
seio e corpos carotídeos (essa inervação é de 
suma importância para o controle reflexo da 
frequência cardíaca, pressão arterial e 
respiração).Examina-se no paciente a cavidade 
oral, teste da úvula, palato e reflexos. 
O X par craniano é o Nervo Vago. É o maior 
entre os nervos cranianos, pois se estende até a 
cavidade abdominal. Tem origem no sulco 
lateral posterior do 
bulbo e emerge no 
crânio pelo forame 
jugular. É um nervo 
misto e 
predominantemente 
visceral. 
Tem como função 
realizar a inervação 
parassimpática das 
vísceras torácicas e abdominais. Inerva também 
os músculos da laringe (nervo laríngeo 
recorrente – ramo do vago) e faringe. Aqui 
iremos avaliar junto com o IX par, os reflexos 
veopalatino e do vomito, o nervo vago se faz o 
eferente e o glossofaríngeo é aferente. 
O XI par craniano é o Nervo Acessório. É um 
músculo essencialmente 
motor. Origina-se por duas 
raízes, sendo uma 
localizada no sulco lateral 
posterior do bulbo (raiz 
craniana); e outra que se 
origina nos 5 ou 6 
seguimentos cervicais da 
medula espinal. Elas se 
unem, formando um 
tronco, e penetram no crânio, pelo forame 
magno (raiz espinal) – o nervo acessório tem, 
portanto, uma origem cervical medular. 
Um tronco contendo a raiz espinal e cervical 
emerge no crânio pelo forame jugular, se 
dividindo em INTERNO e EXTERNO. A principal 
função do XI par é realizar a inervação motora do 
músculo, e o ramo interno do nervo acessório 
auxilia o nervo vago. Juntos, inervam músculos da 
laringe (pelo nervo laríngeo recorrente) e inervam 
também vísceras torácicas. No XI par vamos 
avaliar basicamente força inervada por ele, teste 
da rolagem do pescoço e teste sobre o trapézio. 
O último par craniano, o XII par, é o Nervo 
Hipoglosso. É um nervo motor que se origina no 
encéfalo pelo sulco lateral anterior do bulbo e 
emerge no crânio pelo canal do hipoglosso. Após 
passar pelo canal, segue até o ângulo da 
mandíbula e, então, se 
dirige para diante sob a 
língua para realizar sua 
função. 
Sua função está 
relacionada 
principalmente à 
inervação dos músculos 
extrínsecos (exceto o 
músculo palatoglosso, que é inervado pelo nervo 
vago) e intrínsecos da língua, conferindo, portanto, 
a motricidade da mesma. Seus exames buscam a 
inspeção da língua e sua motilidade, onde algum 
desvio deve indicar paralisia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS: 
Livro Neuroanatomia Aplicada 
Site Kenhub e Blog Jaleko

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