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Pesquisa patologias orelha externa, média e interna

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MIDIAM SILVA PINHEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA, ORELHA MÉDIA 
ORELHA INTERNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2018 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2 PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA ............................................................ 4 
2.1 OTITE EXTERNA AGUDA .................................................................................. 4 
2.2 CORPOS ESTRANHOS ...................................................................................... 5 
2.3 EXOSTOSE ......................................................................................................... 5 
2.4 TAMPÕES EPIDÉRMICOS ................................................................................. 5 
3 PATOLOGIAS DA ORELHA MEDIA .................................................................. 7 
3.1 OTITE MÉDIA AGUDA SIMPLES ....................................................................... 7 
3.2 OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES.................................................................... 8 
3.3 OTITE MÉDIA CRÔNICA SUPURATIVA ............................................................ 9 
3.4 COLESTEANOMA ............................................................................................ 10 
4 PATOLOGIAS DA ORELHA INTERNA............................................................ 12 
4.1 LABIRINTITE .................................................................................................... 12 
4.2 MENINGITE ..................................................................................................... 12 
4.3 DISACUSIA CONGÊNITA DE ORIGEM NÃO-GENETICA .............................. 12 
4.4 OTOTOXICIDADE ............................................................................................ 13 
5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 16 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 19 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
A audição é um órgão muito importante para os todos, pois garante o equilíbrio e a 
socialização. Atualmente muito se fala em prevenção da audição, para que se tenha 
uma vida saudável. É importante salientar que, as pessoas que não cuidam da 
audição têm uma grande possibilidade de adquirir a surdez. Por isso a importância 
de campanhas para prevenção da audição. 
Através do apoio tecnológico foi desenvolvido muitos equipamentos e técnicas 
aprimoradas, para diagnosticar, tratar, prevenir deficiência auditiva em bebês quanto 
em adultos. 
Abordaremos a seguir sobre patologias que acometem a orelha externa, média e 
interna, e os tratamentos para essas alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA 
 
2.1 OTITE EXTERNA AGUDA 
 
A otite externa aguda difusa é um processo inflamatório da pele do meato acústico 
externo. É uma dermite, que é uma descamação do epitélio, edema, diminuição de 
secreção ceruminosa etc. As causas desse processo são: retenção de água no 
meato acústico externo, permanência prolongada de corpos estranhos, corrimentos 
purulentos, crônicos da otite média, ferimentos ou escoriações do epitélio em 
consequência de instilações caústicas, de atrito no ato de coçar o ouvido etc., todas 
as causas, que acarretem a descamação epitelial e abram, desse modo, porta de 
entrada à inoculação de microorganismos na espessura do tegumento cutâneo do 
meato acústico externo. A flora microbiana é representada, principalmente, por 
estafilococos, estreptococos, bacilo piociânico (Pseudomonas aeruginosa), proteus e 
aspergilos. (HUNGRIA, 2000, p.363) 
Diagnóstico é por dor forte, aumentada pela mastigação que se reflete na região 
temporal. No primeiro exame, é constatado hiperemia difusa do meato acústico 
externo, inchaço inflamatório, bloqueia a luz do meato com hipoacusia, consequente, 
e vai até a região retroauricular, e às vezes chega a simular mastoidite aguda. 
(HUNGRIA, 2000, p.363) 
Tratamento: Remover exsudatos e detritos de descamação epitelial com estiletes ou 
porta-algodão ou aspiração, fazer curativos, injetar produtos à base de antibióticos, 
principalmente cloranfenicol, neomicina e polimixina B (Bacilo piociânico), de 
corticoides, três a quatro vezes por dia. Para sedar a dor, analgésicos e aplicações 
locais de calor úmido. (HUNGRIA, 2000, p.363) 
O paciente deve fazer higienização: 
 evitar limpeza do canal auditivo com cotonete ou qualquer outro instrumento, 
pois isto pode traumatizar a pele e abrir caminhos para infecção; 
 secar bem o ouvido, após a entrada de água nele; 
 nos indivíduos com predisposição acentuadas a otites externas de repetição 
frequente, em virtude da prática de mergulhos, pode-se recorrer ao uso de 
5 
 
protetores auriculares especialmente moldados para o canal auditivo do 
paciente. 
2.2 CORPOS ESTRANHOS 
 
Quando são introduzidos objetos no meato acústico externo. Normalmente na 
criança ocorre voluntariamente; grão de feijão, de milho, bolinhas de papel ou pão, 
botões, contas de vidro ou metálicas, fragmentos de plásticos etc. A introdução 
acidental é por animais vivos: Moscas, percevejos, baratas, etc., ou por corpos 
inertes: areia, gravetos, bolas de algodão etc. (HUNGRIA, 2000, p.366) 
O tratamento consiste em irrigação do meato acústicos externo, com água morna, 
contra indicada se houver perfuração da membrana timpânica. Não pode remover 
com pinça, pois pode deslocar o corpo estranho para dentro. No caso de corpo 
estranho vivo, é preciso mobiliza-lo previamente com instilações oleosas (azeite de 
mesa é recurso ao alcance de todos). Em caso de inflamação do meato acústico 
externo, a remoção de corpo estranho sobre narcose é indicada, a fim de evitar 
sofrimento para criança e conseguir a contenção. (HUNGRIA, 2000, p. 366) 
2.3 EXOSTOSE 
 
Formações ósseas arredondadas de consistência ebúrnea, localizada na metade 
interna do meato acústico, geralmente múltiplas e bilaterais. Acometem 
mergulhadores em água fria. Geralmente são assintomáticas, a não ser quando se 
tornam muito volumosas. Reduz a luz do meato acústico externo e pode provocar 
surdez e dificuldade de tratamento de otites médias. (HUNGRIA, 2000, p.366) 
O tratamento é as vezes é necessário cirurgia, a pele do meato é descolada, 
rebatida, e a trepanação elétrica com a broca cortante elimina a exostose. As vezes 
ela aparece com pedículo fino, constituindo pequeno osteoma; podendo de removida 
em bloco com um simples movimento de alavanca realizado com uma cureta ou 
pequeno golpe com escopro e martelo. (HUNGRIA, 2000, p. 366) 
2.4 TAMPÕES EPIDÉRMICOS 
 
É raro e peculiar, origem idiopática, caracterizada na otoscopia por rolha compacta 
constituída por restos epiteliais queratinizados, firmemente aderidos às paredes do 
6 
 
conduto auditivo externo. Os sintomas é a hipoacusia condutiva, que desaparece 
após a remoção difícil e trabalhosa da rolha. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 144) 
Encontrada em pacientes jovens e ocorre em ambos ouvidos. Após a remoção, pode 
encontrar edema e hiperemia extensa da pele que reveste o canal ósseo e 
raramente tecido de granulação. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 144) 
O Tratamento é conservador e clínico, após a remoção o tratamento através de uso 
de gotas tópicas, contendo agentes queratoblásticos para que se normalize o ciclo 
de descamação das camadas superficiais da pele. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 
144) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3 PATOLOGIAS DA ORELHA MEDIA 
 
3.1 OTITE MÉDIA AGUDA SIMPLES 
 
É a otite que mais aparece em criança, porém a vulgarização de seu tratamento 
pode modificá-lo. A criança sofre tanto dos sinaise sintomas da OMA, como também 
das sequelas infecciosas do ouvido médio. Otite média aguda é uma entidade clínica 
que se caracteriza por lesões anatomopatológicas inflamatórias agudas do 
revestimento conjuntivo epitelial das cavidades do ouvido médio. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 162) 
A OMA pode ser vinculada aos seguintes fatores: 
 Vírus e Micróbios patogênicos; 
 Fatores anatômicos e patológicos locais que favoreçam a implantação desses 
germes; 
 Fatores ambientais (exógenos) de predisposição (endógenos). 
Há fatores que predispõe uma pessoa a ter OMA de repetição, como frequentar 
creches, mamar deitado (Trompa horizontal), deficiências imunitárias por condições 
da má alimentação, fenda palatina e etc. 
Os sintomas são: Dor que aumenta no ato da absorção de alimentos e no ato de 
assoar o nariz, acontece também hipoacusia, sensação de plenitude auricular, 
ruídos subjetivos etc. Uma característica da otite é a cura espontânea. Podendo 
também evoluir e perfurar a membrana timpânica, constituindo a Otite média aguda 
perfurada, onde a dor é mais intensa, irradiando para a mastoide e região temporal, 
com frequência, acompanhadas de pulsações auriculares sincrônicas com os 
batimentos cardíacos, reveladora de empiema da caixa do tímpano. (HUNGRIA, 
2000, p. 369) 
Quando se tem presença de vírus, formando flictênula hemorrágica na membrana do 
tímpano (miringite bolhosa), extremamente dolorosa, que se rompe e drena a 
serosidade sanguinolenta. Com alivio imediato da dor. Onde a cura, se não houver 
contaminação por bactéria. 
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Com o otoscópio é possível verificar a membrana timpânica hiperemiada ao longo 
do cabo do martelo, na membrana de Shrapnell e no contorno periférico. Com o 
tempo surge a transudação e exsudação no ouvido médio, e a membrana timpânica 
mostra congesta, edemaciada e abaulada, por vezes formando saliência acuminada 
em direção ao meato acústico externo. Isso constitui a chamada otite média em “teta 
de vaca”. A perfuração na membrana timpânica fecha espontaneamente em prazo 
de uma semana a dois meses. Na criança pode causar sinais de meningismo 
(edema da dura-máter). (HUNGRIA, 2000, p. 370) 
O Tratamento consiste em calor úmido e brando sobre o ouvido (cataplasma) e 
analgésico, é recomendado ao paciente não assoar o nariz muito forte para não 
agravar. Se caso, evoluir para perfurações espontânea do tímpano, é feita a 
paracentese na metade inferior da membrana timpânica, onde é drenado exsudados 
retidos sob pressão no interior da caixa do tímpano. Em criança é feita sob controle 
microscópico e com rápida anestesia geral. Medicação antibiótica, em doses 
adequadas e suficientes durante cerca de seis a dez dias, até total debelação do 
processo infeccioso, pode-se fazer necessária quando há temperatura elevada, dor 
intensa, agressão ao estado geral. (HUNGRIA, 2000, p. 370) 
3.2 OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES 
 
Otite média crônica simples é aquela onde tem uma perfuração timpânica de 
qualquer etiologia na qual as alterações do ouvido médio e mastóide não são 
permanentes e a sintomatologia apresentada pode ser muito pobre, ocorrendo em 
alguns casos surdez de tipo condutivo e quadros intermitentes de otorréia (que pode 
ser por gripes, agua no ouvido) com cor amarelada de consistência mucóide e com 
cheiro fraco, sem otalgia. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 167) 
 O tratamento é com antibacteriano local ou sistêmico. O sinal encontrado é uma 
perfuração timpânica. As perfurações timpânicas podem ser: 
 Centrais, que envolvem a parte tensa da membrana e não se estendem para 
as margens. Nestas perfurações são raramente encontradas complicações 
como otites médias crônicas supurativas e colesteatomatosas. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 167) 
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 Marginais, que se estendem para a margem da parte tensa da membrana e o 
anel timpânico está destruído. Nestes casos a evolução para otites médias 
crônicas supurativas e colesteatomatosas é mais comum. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 167) 
 Aticais, que são localizadas na parte flácida da membrana timpânica 
(Scharap-nell), e são frequentemente associadas ao colesteatoma. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 167) 
As etiologias das otites médias crônicas simples são: 
 Traumáticas: A perfuração da membrana timpânica se resolve sozinha se não 
houver infecção. 
 Otite média aguda supurada sem tratamento adequado: Também levam a 
resolução da perfuração. 
 Otites médias agudas necrotizantes: A perfuração é muito grande 
O Diagnóstico é feito pela otorréia, e com otoscópio. O tratamento clínico consiste 
em antibioticoterapia local e sistêmica nas fases agudas e cirúrgico no sentido de 
fechar a perfuração e reparar as lesões da cadeia ossicular nos casos necessários. 
(MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 168) 
3.3 OTITE MÉDIA CRÔNICA SUPURATIVA 
 
A otite média crônica supurativa (OMCS) é onde a otite crônica está em constante 
infecção, e a otorréia é permanente, e somente aliviado com tratamento. Na OMCS 
a otorréia é amarelo-esverdeada, pode ter cheiro forte. E alguns dos fatores citados 
na otite média crônica simples, e fatores sistêmicos envolvidos, como diabetes, 
hipotireoidismo, alteração de respostas imunológicas e fatores nutricionais 
socioeconômicos e de hábitos. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 168) 
Ao examinar o paciente percebe-se através da otoscopia algumas vezes 
perfurações grandes marginais, com retrações. A mucosa do ouvido médio 
apresenta-se edemaciada com tecido de granulação e pólipos que podem se 
insinuar através da perfuração para o conduto auditivo externo. A mucosa das 
células da mastóide está invariavelmente envolvida, o que ajuda a manter o 
processo infeccioso. A mastóide normalmente é ebúrnea, com poucas células e de 
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tamanho pequeno. A hipoacusia é maior do que na otite média crônica simples, uma 
vez que a perfuração é maior e existe envolvimento da cadeia ossicular. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 168) 
O tratamento clínico que deve ser feito com antimicrobianos específicos, de acordo 
com a flora encontrada através de cultura, deve ser acompanhada de aspiração e 
limpeza frequente. Evitar deixar entrar água no ouvido. As vezes o processo 
infeccioso só se resolve com mastoidectomia, com limpeza do tecido de granulação 
para eliminar o foco infeccioso. Após a curado processo infeccioso e controle dos 
fatores etiológicos e condições predisponentes, uma reconstrução funcional pode 
ser realizada com intuito de se resolver a hipoacusia. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 
168) 
3.4 COLESTEANOMA 
 
O colesteatoma é uma lesão de tecido epidérmico e conectivo, usualmente em 
forma de saco, que segue a arquitetura do ouvido médio, ático e mastóide. É 
constituído de epitélio escamoso estratificado, com formação abundante de 
queratina. Pode crescer com camadas de ossos e recidivar a exérese. (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 172) 
Devido as suas características histológicas é definido como tumor benigno do osso 
temporal. Que pode ser: 
 colesteatoma congênito: É uma inclusão de epitélio escamoso queratinizante 
embrionário que cresce no osso temporal, com membrana timpânica íntegra e 
sem história prévia de lesão otológica. Surge a partir de um defeito do 
desenvolvimento embriológico provocado pela existência de ninhos de tecido 
epitelial no osso temporal. Estes restos existem antes do nascimento e 
podem se localizar na pirâmide petrosa, na mastóide ou na cavidade 
timpânica. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 172) 
 colesteatoma adquirido: Quando a lesão ocorre anos após o nascimento. 
 primário: Os primários se originam a partir de um defeito da região atical do 
osso temporal no nível da pars flácida (Scharap-nell) da membrana timpânica. 
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 secundário: São encontradas em pacientes que não tiveram tratamento 
adequado de otite média crônica, é através de uma perfuração marginal ou 
central de MT. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 172) 
A colesteatoma ocorre por fatores etiológicos, comogenéticos, ambientais, 
imunológicos, microbiológicos, infecciosos, disfunção tubária. 
O Diagnóstico é feito pela otorréia, espessa, fétida de cor amarelada e indolor. A 
hipoacusia é o segundo sintoma que está ligada à lesão timpanossicular e ao 
efeito de massa que o colesteatoma pode causar, permitindo a condução sonora. 
A perda auditiva é o sintoma principal e às vezes único, quando encontramos 
colesteatoma com tímpano íntegro (congênito). Muitas vezes pode ter zumbido, 
tontura e vertigens. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 172) 
O método usado para diagnosticar é a otoscopia, mas atualmente o microscópio 
binocular tem sido cada vez mais utilizado. Após limpeza cuidadosa da secreção 
pode-se observar descamação epidérmica de coloração branca facilmente 
aspirável. A impedanciometria deve ser feita somente nos casos de tímpano 
fechado e pode mostrar curva tipo B na classificação de Jerger, evidenciando 
sinais de líquido na cavidade timpânica. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 172) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 PATOLOGIAS DA ORELHA INTERNA 
4.1 LABIRINTITE 
É uma infecção por bactérias, onde produz danos ao labirinto membranoso no 
ouvido interno, podendo provocar A vertigem é o sinal mais frequente, acompanhada 
de hipoacusia, com tendência a cofose. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 175) 
A causa dela são as infecções e inflamações, otite média e a gripe, tumores, 
doenças neurológicas, alergias e uso de alguns medicamentos que afetam o ouvido 
interno. 
Os nervos do vestíbulo enviam sinais incorretos para o cérebro, que o faz entender 
que o corpo está se movendo. A visão não detecta esse movimento e causam 
confusão e perda do equilíbrio. 
O Diagnóstico é feito através de exame otoneurológico, ressonância magnética, 
tomografia computadorizada, e testes labirínticos. 
O Tratamento é O tratamento é inicialmente clínico, com antibioticoterapia sistêmica. 
4.2 MENINGITE 
A meningite otogênica é uma complicação até certo ponto usual em nosso meio e é 
a mais frequente complicação endocraniana da OMC colesteatomatosa. A idade 
mais frequentemente atingida compreende a segunda e terceira décadas. O 
mecanismo de infecção da meninge pode se dar por via hematogênica ou por 
erosão óssea e contiguidade com a mastóide. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 175) 
O quadro clínico é de otorréia, acompanhada de queda de estado geral, estado 
comatoso ou semicomatoso, cefaleia intensa e sinais de irritação meníngea 
(enrijecimento da nuca, vômitos em jato etc.). O exame do líquido cefalorraquidiano 
nos indicará a gravidade da mesma. É normal encontrarmos mais de 1.000cels/ mL 
custa de polimorfo nucleares. A indicação cirúrgica imediata sobre a mastóide é 
preconizada com técnica aberta. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 175) 
4.3 DISACUSIA CONGÊNITA DE ORIGEM NÃO-GENETICA 
São alterações na audição devido algum problema de saúde na mãe. Entre eles: 
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 RUBÉOLA MATERNA: Lesa a orelha do feto, principalmente quando ocorre 
no primeiro trimestre da gestação. A surdez pode estar associada à catarata 
congênita, retardo mental e malformações cardíacas. Histopatologicamente 
encontramos degeneração do labirinto membranoso, particularmente do 
labirinto coclear. O diagnóstico é confirmado pelo elevado título de anticorpos 
antirubeólicos circulantes. É a infecção viral pré-natal mais comum 
normalmente leva à surdez severa ou profunda. É necessária a prevenção, 
por vacinação, das mulheres no pré-natal. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 193) 
 Herpes Zoster: Em alguns casos associa-se a disacusia neurossensorial à 
presença de herpes vulvar que pode haver contaminado o feto via líquido 
amniótico. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 194) 
 Icterícia: O Kernicterus se caracteriza por depósito de bilirrubina no sistema 
nervoso central, podendo causar disacusia, retardo mental e paralisia 
cerebral. Mesmo sendo feita a exsanguinotransfusão, a disacusia pode 
permanecer para sons agudos. A lesão coclear é mínima ou nula, acredita-se 
que a via auditiva seja acometida no tronco cerebral. 
 (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 194) 
 Cretinismo: A carência de iodo acarreta uma tireoideopatia associada à 
disacusia do tipo mista. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 194) 
 Parto prematuro, hipóxia perinatal e trabalho de parto prolongado: O local da 
instalação da patologia é desconhecido, mas supõe-se que seja central. 
Clinicamente observamos disacusia simétrica bilateral, mais severa nas 
frequências agudas. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 194) 
 Ototóxicos: O uso de drogas ototóxicas pela mãe durante a gestação também 
pode comprometer a audição do feto. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 194) 
 
4.4 OTOTOXICIDADE 
Diversas substâncias são conhecidamente tóxicas para o ouvido interno, e novas 
substâncias têm sido reconhecidas. O estudo da ototoxicidade é de grande interesse 
tanto na tentativa de prevenção da lesão quanto no estudo da fisiologia 
cocleovestibular. As estruturas neurossensoriais do ouvido interno não são 
vascularizadas, de modo que qualquer substância, para atingi-las, deve 
primeiramente entrar em contato com os líquidos do ouvido interno. A perilinfa é a 
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via de acesso metabólico principal às estruturas sensoriais; acredita-se que a 
velocidade de renovação destes líquidos limita a compreensão de fenômenos 
cinéticos. Sabe-se que as células da espira basal da cóclea são mais sensíveis às 
agressões tóxicas devido à baixa concentração de reservas energéticas nesta 
porção do ouvido interno. As principais substâncias ototóxicas são: 
 Antibióticos Aminoglicosídeos: Agridem de preferência as estruturas 
sensoriais, acometendo primeiramente as células ciliadas externas, depois as 
internas e, por fim, as de sustentação. Ocorre degeneração retrógrada das 
terminações nervosas. A lesão pode ser reversível ou não, dependendo da 
concentração e duração de exposição da droga. As alterações 
eletrofisiológicas (eletro-cocleografia) precedem as alterações morfológicas, 
de modo que a droga deve ser suspensa assim que se observem estas 
alterações. O aminoglicosídeo se acumula no ouvido devido ao fato de sua 
vida média ser maior na perilinfa que no plasma; a insuficiência renal piora 
muito o quadro. O paciente pode apresentar mais sintomas cocleares ou 
vestibulares, dependendo do aminoglicosídeo que recebeu. Os sinais 
cocleares de intoxicação são disacusia bilateral e simétrica, inicialmente para 
agudos, como recrutamento, diplacusia e zumbido associados. Os sinais 
vestibulares são discretos, por haver acometimento vestibular bilateral e 
compensação central. Os fatores de risco para ototoxicidade por 
aminoglicosídeos são: insuficiência renal; associação com outros ototóxicos; 
doses maiores que as prescritas pelo médico. 
 (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 Diuréticos de Alça: A furosemida e o ácido etacrínico lesam de preferência as 
estruturas secretoras, do ouvido interno, basicamente a estria vascular. Estes 
diuréticos causam um edema intersticial que é dose dependente, inibem 
enzimas oxidativas, alteram a permeabilidade ao potássio e interferem no 
transporte do cloro. 
(MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 Os salicilatos: Inibem a síntese de prostaglandinas e provocam fenômenos 
hemorrágicos. Os sintomas são de origem coclear e o mais comum é o 
zumbido, que aparece, bilateralmente, horas após a ingestão. A intensidade 
dos sintomas está relacionada nos níveis plasmáticos da droga. O efeito 
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ototóxicos é reversível dois a quatro dias após o fim do tratamento, mas no 
uso a longo prazo o zumbido permanece definitivamente. 
(MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 Contraceptivos Orais: São de efeitos reversíveis. 
 Outros Antibióticos: Eritromicina, ácido nalidíxico, cloranfenicol, 
estreptomicina, tobramicina, vancomicina, cefalotina, cefaloridina, ampicilina e 
outros. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 Monóxido de Carbono: Devemos lembrar deste tipo de ototoxicidade, 
principalmente em guardasde trânsito. (MINITI, BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 Outras Substâncias: Quinino, fenilbutazona, anfetamina, cafeína, cocaína, 
lidocaína, tetracaína, carbamazepina, difenilidantoína, insulina, tiabendazol, 
propranolol, álcool, tabaco, droperidol, pentobarbital, nicotina, organo 
fosforados, metais pesados (chumbo, arsênico, mercúrio). (MINITI, 
BUTUGAN, 2000, p. 197) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 CONCLUSÃO 
Além do médico, o fonoaudiólogo precisa dominar o conhecimento das alterações no 
sistema auditivo e todas as funções de cada parte da orelha, para conseguir fazer o 
atendimento. Cada patologia, exige um tratamento adequado para melhorar a 
condição de vida do paciente, e para também prevenir a população sobre cuidados 
da audição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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Miniti, Aroldo; Bento, Ricardo F.; Butugan, Ossamu. Otorrinolaringologia: clínica e 
cirúrgica. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. 
 
Hungria H. Otorrinolaringologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
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