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impostos e taxas

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São espécies tributárias: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria.
I. Impostos
É espécie de tributo. Seu conceito está previsto no art. 3º do Código Tributário Nacional. O tributo pode ter como fato gerador uma atuação estatal específica relativa ao contribuinte. A doutrina brasileira classifica em tributos vinculados e não vinculados, no qual o primeiro enquadra taxa e contribuição de melhoria e no segundo, somente imposto.
Mesmo o Código Tributário Nacional partilhando os tributos em impostos, taxa e contribuições de melhoria (art. 5°) - teoria tripartite, a definição e imposto traz a ideia de tributo não vinculados, como ocorre nas taxas e contribuições de melhoria, que por sua vez são tributos vinculados.
Para o CTN, “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte”. A obrigação de pagar impostos não decorre de qualquer atividade estatal do Estado em relação ao contribuinte, pis o fato gerador do pagamento de impostos está atrelado ao modo de vida do contribuinte relacionado ao seu patrimônio, independente da ação do Estado.
Distingue-se imposto de taxa alegando que o imposto não é tributo contrapestacional, enquanto a taxa é. Em certo ponto esta assertiva está correta., pois o fato gerador ao dever jurídico de pagar taxa é de atuação estatal, enquanto o fato gerador do imposto independe de qualquer atuação do Estado.
O respeitável professor Luís Eduardo Schoueri, conceitua imposto como:
“Impostos são espécies tributárias cuja hipótese tributária presta-se a ser índice da capacidade contributiva (justificativa para a imposição), não se vinculando, pois, a atividade estatal; excetuados os casos previstos na Constituição Federal, a receita dos impostos nãos e afeta a qualquer órgão, fundo ou despesa, servindo, portanto, para cobrir os gastos gerais do ente tributante.” (SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário.4ª Ed. São Paulo, Saraiva, 2014.)
II. TAXAS
A taxa é um tributo vinculado, que depende da atuação estatal específica relativa ao contribuinte.
Uma característica que distingue a taxa do imposto consiste no fato gerador depender da atuação estatal, porém, não basta apenas esta característica, por que a contribuição de melhoria também depende da atuação estatal especifica, tornando a taxa um vínculo à serviço público.
É também tributo contraprestacional, o seu pagamento decorre da contraprestação feita do contribuinte ao Estado, pelo serviço prestado, ou até mesmo pela vantagem que este proporciona.
O que contribui o fato gerador da taxa é a atuação do Estado ser relativa ao sujeito passivo, e não à coletividade como um todo. Por isso, a cobrança da taxa ao serviço prestado deve ser feita de forma específica e individual, visto que dessa maneira é possível verificar a relação existente entre os serviços prestados e a obrigação do pagamento da taxa.
Conforme os arts. 145 II da Constituição Federal e art. 77 do Código Tributário Nacional: “A taxa é uma espécie tributária, no qual o seu fato gerador é o exercício regular do poder de polícia, ou o serviço público prestado ou posto à disposição ao contribuinte.”
III. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
A princípio, o Código Tributário Nacional, não definiu com clareza o que é contribuição de melhoria. Porém, no art.81, do referido Código é possível encontrarmos pressupostos necessários a essa definição, como se encontram no art. 191 da Emenda Constitucional 18/1965 e no art. 18, II da Constituição federal de 1967.
Em primeiro momento não devemos considerar somente que o fim do produto arrecadado ao custeio da obra seja o elemento essencial à caracterização da contribuição de melhoria. O art. 81 do CTN deve ser interpretado juntamente com o art. 4º do mesmo Código.
A contribuição de melhoria tem requisitos próprios, por tal motivo é considerada como espécie tributária. É tributo vinculado, pois necessita da atuação do Estado especifica relativa ao contribuinte, tendo por fato gerador a valorização do imóvel.
IMPOSTOS FEDERAIS
I. Imposto de importação
FATO GERADOR: Assim aduz o art. 19 do CTN: “O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.”
O fato gerador deste imposto é a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. De acordo com o Decreto – lei 37, de 18/11/1966, estabelece que o imposto de importação incide sobre a mercadoria estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no território nacional (art. 1°). Nos casos de mercadoria despachada para consumo, consuma-se o fato gerador na data do registro, na repartição aduaneiro (art. 23 e 44).
A consumação do fato gerador ocorre com a entrada dos produtos no território nacional. Insta salientar que não basta somente a entrada física.
Obtida a guia de importação, ou forma equivalente de autorização da importação, se necessária, ou efetuado o contrato de câmbio, e efetivada a aquisição do bem no exterior, o importador tem direito a que a importação se complete no regime jurídico então vigente, assim diz a doutrina. Se ocorrer a redução de alíquota do imposto de importação antes problemas aduaneiro, é admissível que o imposto seja pago com a alíquota menor. Porém se ocorrer o aumento, devem ser respeitadas as situações jurídicas já constituídas. Assim determina o art. 150, III, “a”, cominado com o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.
Outro ponto que merece destaque diante do fato gerador é a aplicação ao imperador a pena de perdimento dos bens importados. O fato gerador se desfaz, de maneira que não pode se admitir mais a cobrança.
II. Imposto de exportação
FATO GERADOR: É a saída do produto nacional ou nacionalizado indicado em lista aprovada pelo Poder Executivo (decreto – lei 1.578/1977, art. 1º e seu §3°). Se os produtos não estiverem constados em lista, torna-se não incidência tributária.
O fato gerador consuma-se no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente. Para o CTN, o fato gerador é a saída do produto do território nacional, mas tal saída, ocorre no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente.
III. Imposto de renda e proventos de qualquer natureza
FATO GERADOR: É de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tendo como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: “de renda, assim entendido o produto do capita, do trabalho ou da combinação de ambos e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.” (art. 43, I, II, CTN)
IV. Imposto sobre produtos industrializados
FATO GERADOR: É de competência de a União instituir o imposto sobre os produtos industrializados. Esse imposto é o mesmo que existe desde o sistema tributário anterior, porém, houve uma pequena alteração por meio de Emenda Constitucional 18 à Constituição de 1946, no qual se alterava o no nome: “Imposto Sobre Consumo de Mercadorias (Constituição Federal de 1946, art. 15, II)”, transpassando para “Imposto Sobre Produtos Industrializados (Constituição de 1988, art. 153, IV)”.
Tem como fato gerador:” o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; a saída dos estabelecimentos a que se refere ao contribuinte autônomo de qualquer estabelecimento de importador, industrial comerciante ou arrematante; a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão” (art. 46, I,II,III, combinado com art. 51, § único do CTN).
V. Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários.
Fato Gerador: “Quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalenteà moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.” ( art. 63, I, II, III, IV, CTN)
VI. Imposto sobre a propriedade territorial rural
Fato Gerador: Tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município. (art. 29, CTN)
VII. Impostos extraordinários
Fato Gerador: “Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de 5 (cinco) anos, contados da celebração da paz”. (art.76, CTN).
 IMPOSTOS ESTADUAIS
I. Imposto sobre herança e doações
FATO GERADOR: É de competência dos Estados, tendo como fato gerador: “a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. ( art. 35, I,II,III e §único, CTN).
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
FATO GERADOR: O fato gerador está descrito na própria lei que o institui, seja do Estado ou do Distrito Federal. 
II. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
FATO GERADOR: É a propriedade do veículo automotor. O fato gerador é caracterizado pela necessidade de estar incluso o direito de uso regular do veículo, ou seja, o direito de uso deste na finalidade para a qual foi produzido. Este fato é anual.
IMPOSTOS MUNICIPAIS
I. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
Fato Gerador: É de competência dos Municípios, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. (art. 32, CTN).
II. Imposto sobe a transmissão “inter vivos” de bens imóveis e direitos a ele relativos
Fato Gerador: É a transmissão, inter vivos, a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição.
III. Imposto sobre serviços de qualquer natureza
Fato Gerador: É a prestação de serviços constantes na Lei ordinária do Município.
TAXAS
FATO GERADOR: Será sempre uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Advém da Constituição Federal que esta atividade estatal especifica relativa ao contribuinte no qual se vincula a instituição da taxa, pode ser: o exercício do poder de polícia, ou a prestação de serviços, assim determina a doutrina.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
FATO GERADOR: É a valorização do imóvel, no qual o contribuinte é proprietário, desde que essa valorização seja decorrente de obra pública. Vale destacar que a obrigação de pagar a contribuição de melhoria não é oriunda da realização da obra pública. A obrigação só nasce da obra pública se desta decorrer algum aumento do valor do imóvel. 
Para o art. 1° do Decreto-lei 195/1967:” A contribuição de melhoria, prevista na Constituição Federal, tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas”.
Entretanto, no art. 2° do referido Decreto-lei, a relação das obras públicas é taxativa, ou seja, uma obra que não tenha sido indicada não acarretará cobrança desta espécie tributária, pelo menos por parte da União.
O fato gerador deste tributo deverá ser sempre a valorização do imóvel em decorrência da obra pública.
ETAPA 4
PASSO 1
No Estado Democrático de Direito, a Constituição Federal é o ordenamento principal, é dela que decorrem os princípios, mormente os princípios tributários.
Os princípios tributários possuem atributos que direcionam a atividade estatal na função de tributar e ao mesmo tempo utiliza-os como espécie de freio para impor limites em relação aos contribuintes, com o fim de prevalecer à harmonia no meio social. Tendo em vista que se aplica o Principio da Anterioridade como o melhor principio para demonstrar a harmonia, pois este princípio tem status de direito fundamental.
DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
A principio existe doutrinadores que adotaram a expressão princípio da não surpresa tributária, para unificar o Princípio da Anterioridade comum e o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, mas a doutrina majoritária acabou adotando a Anterioridade Comum.
Carroza diz que o Princípio d Anterioridade é extremamente tributário, sendo projetado apenas no campo da tributação, seja ele Federal, Estadual, Municipal ou Distrital.
Assim, está descrito no art. 150, III “b” e “c” da Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
Oe enfoque principal da Constituição Federal disciplina que a União, Estados, Municípios e do Distrito Federal estão proibidos de cobrar tributos no mesmo ano fiscal, ou antes, de 90 dias da data de publicação da lei.
Há de se saber, que o Princípio da Anterioridade não impede a tributação, nem tão pouco à instituição ou a majoração do tributo. Este procura apenas estabelecer de qual maneira à tributação poderá ser feita.
DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE COMUM
De inicio utilizou-se a nomenclatura “comum” para diferenciar a anterioridade, que for regra para todos os tributos até a Emenda Constitucional 42/2003.
Este princípio já estava consagrado no corpo constitucional desde a redação original da Constituição Federal de 1988, encontrando-se no art. 150, III, “b”. Elucidando a lei que cria ou majora o tributo ao entrar em vigor, a sua vigência fica estagnada até o inicio do próximo ano fiscal, aí sim que vai começar a produzir efeitos.
O Princípio da Anterioridade permite ao contribuinte um tempo hábil para se preparar para o pagamento do tributo.
Geraldo Ataliba alega que: 
“A Constituição em outras palavras, está dizendo o seguinte: o legislador pode criar ou aumentar tributos a qualquer instante, mas a eficácia desta lei criadora ou aumentadora só se vai dar no próximo exercício. Fica com eficácia suspensa a lei que cria e que aumenta até o ano que vem. Esta é regra geral”.
Entretanto, o Principio da Anterioridade não se limita apenas em disciplinar À majoração ou a criação de um tributo, mas também, regula as formas e alterações de prazo de pagamento no mesmo exercício fiscal.
DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIADADE NONAGESIMAL
Este princípio nasceu da intenção de proteger ainda mais o direito do contribuinte, advindo da Emenda Constitucional 42/2003, o caracterizou que tributos não poderão ser cobrados antes de decorridos 90 dias da data de publicação da lei que os instituiu ou majorou.
Em outras palavras, nada mais é do que a Constituição Federal exigindo a observância à antecedência mínima de 90 dias entre a data de publicação da lei que o instituiu ou aumentou juntamente com a data em que passará a vigorar.
Mais uma vez para fixar o entendimento sobre o Princípio da Anterioridade Nonagesimal podemos dizer que este garante que a criação ou a majoração de determinados tributos somente poderá ser aplicada logo após 90 dias da publicação da lei instituidora ou majoradoraem questão. 
Este princípio busca a proteção do contribuinte das majorações e instituições de tributos nos últimos dias do ano. Um exemplo básico: uma lei publica em 26 de novembro de 2016, que cria um novo tributo, só terá incidência em 28 de fevereiro de 2017, data esta que já terão transpassado os noventa dias.
O professor Alexandre de Moraes entende: 
“[...] princípio da anterioridade mitigada ou nonagesimal não exclui a incidência do tradicional principio da anterioridade, determinando o art. 150, III, c, que ambos sejam aplicados conjuntamente, ou seja, em regra, os tributos somente poderão ser cobrados no próximo exercício financeiro de sua instituição ou majoração, e, no mínimo 90 dias da data em que haja sido publicada a lei, evitando-se, assim, desagradáveis surpresas ao contribuinte nos últimos dias do ano”.
Em síntese, o principio da anterioridade nonagesimal será devidamente aplicado em sobrevindo uma alteração e consequente antecipação do prazo de pagamento do tributo no mesmo exercício fiscal.
Passo 2
1. De certa forma, sim. O Princípio da Anterioridade busca impor um prazo entre a lei que criou ou majorou o tributo e o inicio de sua vigência, podendo ser de 90 dias a 1 ano, a depender do tipo de tributo. 
2. É vedado a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios cobrar tributo, seja vinculado ou não vinculado no mesmo ano de exercício fiscal em que tenha sido publicada a lei que instituiu ou majorou.
A Magna Carta em seu art. 150, III, “b”, adotou o entendimento jurisprudencial do STF, no qual, a interpretação do §29 do art. 153 da Constituição revogada, entendia que “estando em vigor”, significava” tinha sido publicada”.
Entretanto, a alínea “a” do referido art., veda a cobrança de tributo “em relação aos fatos geradores que ocorreram antes da vigência da lei que aumentou ou instituiu”.
Destaca-se, que o Princípio da Irretroatividade das Leis tributárias, aplica-se a todos os tributos e não comporta exceções. Haja vista, que a alínea “b” consubstancia o Princípio da Anterioridade, comporta exceções previstas no atr. 150,§1º.
Insta salientar que há alguns impostos são estão sujeitos ao Princípio da Anterioridade, vejamos:
a) Importação de Produtos Estrangeiros;
b) Exportação, para o exterior, de Produtos Nacionais ou Estrangeiros;
c) Operações de Crédito, Câmbio, e Seguro, ou Relativos à Título e Valores Mobiliários;
d) Produtos Industrializados;
e) Imposto de Guerra;
f) Empréstimo Compulsório destinado a tender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua eminencia;
Vejamos ainda, a Emenda Constitucional 42/2003, que acrescentou ao art. 150, III, da CF, alínea “c” ainda fez a alteração da redação do §1º “a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias, da data em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou, sem prejuízo da anterioridade ao exercício fiscal, prevista na alínea “b” do mesmo artigo”.
Passo 3
Em certo ponto pode-se dizer que a criação da taxa do lixo no município de Piracuruca é inconstitucional. Taxas não podem ser criadas por meio de Medidas Provisórias, como podemos ver no art. 62, §2º da CF: 
“Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”.
visto que é competente para instituir e cobrar taxa a pessoa de direito publico que seja competente para a realização da atividade à qual se vincule o fato gerador respectivo. Por se tratar de um tributo vinculado, é importante falarmos que o fato gerador deve vir sempre acompanhado de uma atividade estatal. 
Por isso o CTN em seu art. 80, propõe:
 “Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público”.
Quanto ao fato gerador, esta deve estar atrelada ao exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 77, caput).
Em outro ponto é inconstitucional, no que diz a base de cálculo, pois foi estabelecida a alíquota de 0,001% sobre o valor venal do imóvel, se o imóvel estiver situado em zona residencial ou comercial, mas utilizado para moradia e também a alíquota aplicada é de 0,002% sobre o capital da pessoa jurídica, se o imóvel estiver situado em zona residencial ou comercial, mas utilizado para atividade empresarial, nestes termos, de acordo com o §único do art. 77: ”A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas”.
Destacamos também que a instituição desta taxa não respeitou o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, ou seja, esta foi instituída por meio de Medida Provisória e publicada no dia 05 de fevereiro de 2014 e entrou em vigor nesta mesma data, ora, esta taxa deve entrar em vigor somente no dia 05 de maio de 2014 que de fato não ocorreu.
Para finalizarmos este parecer, entendemos que esta taxa é totalmente inconstitucional.
Passo 4
Inicialmente, o art.145, III, da Constituição Federal, aduz que:
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos”:
“II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;”
 Ademais, a sumula vinculante 19, no qual o Supremo Tribunal Federal reconhece a constitucionalidade da cobrança da taxa do lixo em razão dos serviços públicos, assim está consagrado: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal”.
Assim, é competente União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público (art.80, CTN)
Em respeito aos Princípios da Legalidade e da Anterioridade Nonagesimal, esta taxa será publicada na data de 05 de fevereiro de 2014, entrando em vigor somente no dia 5 de maio de 2014, decorrendo assim os 90 dias.
Quanto ao fato gerador e base de cálculo estes deverão ser divergentes aos que correspondam a imposto. O fato gerador será a utilização efetiva do serviço de coleta e transporte do lixo e sua alíquota não será calculada com base no valor venal do imóvel, se este for residencial, e nem ao capital se este for com finalidade econômica.
Por sua vez, o sujeito ativo deverá ser o município e o sujeito passivo, o contribuinte, assim respectivamente.
BIBLIOGRAFIA
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 32ªedição. Ed. Malheiros, 2011, São Paulo.
SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. 4ªed. Ed Saraiva. 2014,São Paulo
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1248>
Acessado em 20/05/2017 às 13h05min
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8215>
Acessado em 20/05/2017 às 13h05min
<https://adrianoiurconvite.jusbrasil.com.br/artigos/121943914/o-principio-da-anterioridade-tributaria-como-norma-de-direito-fundamental>
Acessado em 19/05/2017 às 20h43min
BIBLIOGRAFIA DE DIREITO PENAL
CAPEZ, Fernando. Curso de DireitoPenal, Vol. 3, parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual a dos crimes contra a administração publica (arts. 213 a 359H). 11 ed. Ed. Saraiva, 2013, são Paulo.
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, Vol 3, parte especial: (arts. 213 a 359H). 7ªed. rev. atual. e ampl. Ed. Revista dos Tribunais, 2010, São Paulo.

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