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APOSTILA DE ANESTESIOLOGIA pdf (2)

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INTRODUÇÃO 
 
 A Apostila de Anestesiologia foi criada com o intuito de descomplicar a 
anestesia na Odontologia, visto que essa é uma das grandes causas de 
insegurança e receio entre os acadêmicos. Queremos com esse material, 
contribuir para a quebra desse tabu, auxiliando no aprendizado de forma 
didática e divertida. 
 
 A ideia da apostila surgiu inicialmente da acadêmica Ana Caroline 
Azevedo Alves, que possui uma página educacional do Instagram, nomeada 
@dentistaconselheira, que já fez outros materiais similares. Junto da acadêmi-
ca, está a professora Thaís Mendes, que apoiou e contribuiu de forma funda-
mental para a realização desse material. Também colaboraram com a confec-
ção dessa apostila, a professora Renata Georjutti e o professor Wanderson 
Guerra, além das acadêmicas Ana Paula Venâncio Mendes, Kamila Silva 
Bernardes, Larissa Furtado, Mariana Soares e Vanessa de Souza. 
 
 Nosso objetivo principal é colaborar com a formação e aprendizado de 
vocês, por isso preparamos tudo com muito carinho, pensando em cada 
acadêmico e nas maiores dificuldades relatadas, para que todas as dúvidas 
fossem sanadas e inseguranças eliminadas. 
 
 Destacamos que essa apostila possui direitos autorais, portanto, quando 
utilizada para fins de postagens, devem ser dados os devidos créditos aos 
autores já citados acima. 
 
 Desejamos bons estudos, beijinhos, com carinho! 
 
 
 
 
 
Ana Caroline Azevedo 
@dentistaconselheira 
Kamila Bernardes 
@kamila_bernardes 
Ana Paula Mendes 
@amorpor.odonto 
Vanessa de Souza 
@vanessasleite 
Mariana Soares 
@dentinhodeciduo 
Larissa Furtado 
@larissafurtado_ 
Thaís Mendes 
@thaismendesodonto 
Renata Georjutti 
@renatageorjutti 
Wanderson Guerra 
@drwandersonguerra 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
Sumário 
 
1. FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS.............................4 
2. AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS..............................5 
3. ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO ÉSTER.............................................7 
4. ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO AMIDA.............................................7 
5. VASOCONSTRITORES..........................................................................12 
6. ARMAMENTÁRIO...................................................................................14 
7. SERINGA................................................................................................14 
8. AGULHA.................................................................................................15 
9. CARTUCHO............................................................................................16 
10. EQUIPAMENTO ADICIONAL...............................................................18 
11. TÉCNICA DE ANESTESIA MAXILAR..................................................20 
 11.1 Injeção supraperiosteal/paraperiosteal......................................20 
 11.2 Bloqueio do nervo alveolar superior posteroanterior..............21 
 11.3 Bloqueio do nervo alveolar superior médio..............................22 
 11.4 Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (infraorbitário).....23 
 11.5 Bloqueio do nervo palatino maior .............................................25 
 11.6 Bloqueio do nervo nasopalatino ................................................26 
 11.7 Infiltração local do palato ...........................................................28 
 11.8 Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior ...............28 
 11.9 Abordagem palatina alveolar superoanterior............................29 
 11.10 Bloqueio do nervo maxilar .........................................................30 
12. TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR.......................................32 
 12.1 Bloqueio do nervo alveolar inferior ............................................32 
 12.2 Bloqueio do nervo bucal...............................................................34 
 12.3 Bloqueio do nervo mandibular (Técnica de Gow-gates e Vazira-
ni-akinosi) ...................................................................................................35 
 12.4 Bloqueio do nervo mentual ..........................................................39 
 12.5 Bloqueio do nervo incisivo ...........................................................40 
13. QUESTÕES...........................................................................................41 
 
 
 
Apostila baseada no livro de referência “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
4 
 
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
Anestésicos locais são agentes químicos que bloqueiam de maneira reversível os potenciais 
de ação em todas as membranas excitáveis. Eles são depositados na proximidade de um nervo a fim 
de promover o bloqueio da condução de impulsos nervosos, no qual resultará na ausência de dor. 
 
Os anestésicos locais se diferenciam de outras substâncias utilizadas na medicina, pois es-
tas, independentemente da via pela qual são administradas, precisam entrar no sistema circulatório 
para poder começar a exercer uma ação clínica. Já os anestésicos locais, em contrapartida, deixam 
de exercer a função desejada quando são absorvidos do local de administração para a circulação 
sanguínea. 
 
O nível sanguíneo do anestésico local é influenciado pelos seguintes fatores: 
 • Velocidade de absorção da substância 
 • Velocidade de distribuição da substância para os tecidos 
 • Velocidade da biotransformação 
 • Velocidade de eliminação da substância por vias metabólicas ou excretoras 
 
1) ABSORÇÃO 
Todos os anestésicos locais apresentam algum grau de vasoatividade, seja causando vasodi-
latação ou vasoconstrição. Um efeito clínico significativo da vasodilatação é um aumento da 
velocidade de absorção do anestésico para a corrente sanguínea, diminuindo assim, o tempo de 
ação e a qualidade do controle da dor. 
 
2) DISTRIBUIÇÃO 
A distribuição e a concentração plasmática de um anestésico local em certos órgãos-alvo tem 
um impacto significativo sobre a potencial toxicidade da substância. 
 
3) METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO, DETOXIFICAÇÃO) 
É um mecanismo importante pois a toxicidade geral dos anestésicos locais depende do equi-
líbrio entre a velocidade de absorção pela corrente sanguínea no local da injeção e a velocidade que 
ela é removida do sangue por processos de absorção tecidual e metabolismo. 
- ANESTÉSICOS DO TIPO ÉSTER: são hidrolisados no plasma pela enzima pseudocolinesterase. 
- ANESTÉSICOS DO TIPO AMIDA: sofrem biotransformação mais complexa, principalmente no 
fígado. Devido a isso, a função hepática do paciente influencia na velocidade do metabolismo desse 
tipo de anestésico. Portanto, pacientes com deficiências hepáticas (hipotensão, insuficiência cardíaca 
congestiva – ICC, cirrose) são incapazes de efetuar o seu metabolismo em velocidade normal, o que 
acarreta níveis sanguíneos elevados do anestésico e potencial aumento na toxicidade. 
 
4) EXCREÇÃO 
Os rins são os principais órgãos excretores para os anestésicos locais e seus metabólicos. 
Pacientes com doenças renais significativas (ASA 4 ou 5) podem ser incapazes de excretá-los, 
gerando o aumento dos níveis sanguíneos desse composto e da chance de toxicidade. 
 
 
 
 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
5 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS 
 ÉSTERES AMIDAS QUINOLINAS 
 DO TIPO ÁCIDO BENZOICO DO TIPO PARA-AMINOBENZOICO- Articaína - Centbucridina 
- Butacaína - Cloroprocaína - Bupivacaína 
- Cocaína - Procaína - Dibucaína 
- Aminobenzoato de etila 
(benzocaína) 
- Propoxicaína - Etidocaína 
 - Lidocaína 
- Hexilcaína - Mepivacaína 
- Piperocaína - Prilocaína 
- Tetracaína - Ropivacaína 
 
. 
AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS 
 
Embora existam muitos tipos de anestésicos locais disponíveis para serem usados nas pro-
fissões de saúde, somente alguns deles são atualmente empregados na odontologia. Nesse capitulo 
iremos abordar cada tipo de anestésico e a forma correta de selecioná-los. 
Entre os fatores que devemos considerar para escolher o anestésico ideal para certo proce-
dimento e paciente, podemos citar: duração da ação da substância e a dose máxima recomendada. 
 
1) DURAÇÃO 
A duração da anestesia depende de vários elementos, como: resposta individual à substân-
cia; precisão no depósito do anestésico; condição dos tecidos locais (vascularização, pH); variação 
anatômica; tipo de injeção administrada, etc. 
Inflamações, infecções, dores (aguda ou crônica) na região de injeção e o aumento da vas-
cularização local têm o potencial de reduzir a duração esperada da anestesia. 
Volumes menores do que os recomendados também podem diminuir a duração de ação. E 
doses maiores que as recomendadas não aumentam o tempo de ação. 
 
 
 
6 
 
 
 
2) DOSES MÁXIMAS DE ANESTÉSICOS LOCAIS 
As doses máximas são representadas em miligramas da substância por quilograma ou por 
libras: (mg/kg ou mg/lb). Esses números variam de acordo com a resposta de cada paciente. As 
doses máximas que iremos citar, foram aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) dos 
Estados Unidos. 
A dose máxima recomentada (DMR) deve ser, ainda, diminuída em casos de pacientes de 
risco (crianças pequenas e de baixo peso; idosos debilitados). 
 
 
7 
 
 
 ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO ÉSTER 
 
1) CLORIDRATO DE PROCAÍNA 
- POTÊNCIA: 1 
- TOXICIDADE: 1 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: produz a maior vasodilatação de todos os anestésicos 
locais atualmente 
- INÍCIO DA AÇÃO: 6 a 10 minutos 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 2% a 4% 
- MEIA VIDA: 6 minutos 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
 
2) CLORIDRATO DE PROPOXICAÍNA 
- POTÊNCIA: 7 a 8 
- TOXICIDADE: 7 a 8 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: menos vasodilatador, quando comparado à procaína 
- INÍCIO DA AÇÃO: 2 a 3 minutos 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 0,4% 
- MEIA VIDA: não disponível 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
 
 ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO AMIDA 
 
1) CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA 
- POTÊNCIA: 2 
- TOXICIDADE: 2 
8 
 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maior que as da prilocaína e mepivacaína 
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 2% 
- MEIA VIDA: 1,6 hora (90 minutos) 
- AÇÃO TÓPICA: sim (em concentrações de 5%) 
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: B 
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: sim 
- COMENTÁRIOS: padrão ouro entre os anestésicos; eficácia; segurança; reações alérgicas 
praticamente inexistentes 
 
 INDICAÇÃO 
- 2% sem vasoconstritor (lidocaína pura): anestesia pulpar (5 a 10 minutos); 
- 2% com adrenalina a 1:50.000: hemostasia (redução do sangramento); anestesia pulpar (60 minutos) e 
anestesia de tecidos moles (3 a 5 horas); 
- 2% com adrenalina a 1:100.000: redução do sangramento; anestesia pulpar (60 minutos); anestesia de 
tecidos moles (3 a 5 horas); pacientes ASA III ou IV com história de problemas cardiovasculares e pacientes 
gestantes (uso limitado a 2 tubetes por consulta); 
- 2% com adrenalina a 1:200.000: pacientes ASA III ou IV com história de problemas cardiovasculares. 
 
 
 
2) CLORIDRATO DE MEPIVACAÍNA 
- POTÊNCIA: 2 
- TOXICIDADE: 1,5 – 2 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: produz ligeira vasodilatação 
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos 
- DURAÇÃO: anestesia pulpar com mepivacaína sem vasoconstritor é de 20 a 40 minutos, já em 
tecidos moles 2 a 3 horas 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 3% sem vasoconstritor; 2% com vasoconstritor 
- MEIA VIDA: 1,9 hora 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C 
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida 
 
 INDICAÇÃO 
- 3% sem vasoconstritor: pacientes com contraindicação ao vasoconstritor; procedimentos sem necessidade 
de anestesia pulpar de longa duração ou grande profundidade; pacientes pediátricos e geriátricos. 
- 2% com levonordefrina a 1:20.000: anestesia pulpar (60 minutos); anestesia de tecido moles (3 a 5 horas). 
9 
 
 
 
3) CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA 
- POTÊNCIA: 2 
- TOXICIDADE: 1 (40% menos tóxica que a lidocaína) 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maior que a mepivacaína e menor que a lidocaína e 
procaína. 
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 4% 
- MEIA VIDA: 1,6 hora. 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: B 
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida 
- CONTRAINDICAÇÃO: pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes; 
pacientes com metemoglobinemia idiopática ou congênita, pacientes com hipertemia maligna; 
pacientes com anemia; pacientes com insuficiência cardíaca ou respiratória. 
- A infiltração supraperiosteal e o bloqueio nervoso são mais pronunciados com a prilocaína pura. 
- Já a prilocaína com adrenalina à 1:200.000 fornece longa duração da anestesia. 
- O tubete contém 9 mg de adrenalina, por essa razão, indivíduos sensíveis à adrenalina, como os 
portadores de doenças cardiovasculares ASA 3, podem receber até quatro tubetes (36mg) destes. 
 
 
10 
 
4) CLORIDRATO DE ARTICAÍNA 
- POTÊNCIA: 1,5x a da lidocaína 
- TOXICIDADE: 1 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: efeito vasodilatador igual ao da lidocaína 
- INÍCIO DA AÇÃO: 
 • Articaína 1:200.000: infiltração (1 a 2 minutos), bloqueio (2 a 3 minutos); 
 • Articaína 1:100.000: infiltração (1 a 2 minutos), bloqueio (2 a 2,5 minutos); 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 4% 
- MEIA VIDA: 0,5 hora (27 minutos) 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C 
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida 
- CONTRAINDICAÇÃO: pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes; 
pacientes que usam medicações antidepressivas e hipertensivas. O uso em gestantes, lactantes ou 
asmáticos devem ser realizados sob supervisão profissional. 
 
 
 
 
5) CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA 
- POTÊNCIA: 4x maior que a da lidocaína 
- TOXICIDADE: 4x menor que a da lidocaína 
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maiores que a da lidocaína, prilocaína e mepivacaína 
- INÍCIO DA AÇÃO: 6 a 10 minutos 
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 0,5% 
- MEIA VIDA: 2,7 horas 
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma 
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C 
- INDICAÇÕES: procedimentos prolongados que exigem anestesia pulpar profunda por mais de 90 
minutos e controle de dor pós-operatória. 
- A necessidade de analgésicos opioides pós-operatórios diminui consideravelmente quando a 
11 
 
bupivacaína é administrada para o controle de dor. 
- Pouco indicada para crianças pois os procedimentos odontopediátricos geralmente são mais curtos. 
 
 
6) ANESTÉSICOS PARA APLICAÇÃO TÓPICA 
- A concentração de um anestésico tópico é maior que a do mesmo anestésico administrado por 
injeção. Isso facilita a difusão pela mucosa, mas infelizmente, também aumenta o risco de toxicidade. 
- A anestesia tópica só é eficaz em tecidos superficiais (2 a 3mm). 
- Alguns exemplos de substâncias são listada abaixo: 
 
 BENZOCAÍNA 
 CLORIDRATO DE BENZOCAÍNA, BUTAMBEN E TETRACAÍNA 
 CLORIDRATO DE COCAÍNA 
 CLORIDRATO DE DICLONINA 
 MISTURA EUTÉTICA DE ANESTÉSICOS LOCAIS (EMLA) 
 LIDOCAÍNA 
 CLORIDRATO DE TETRACAÍNA 
 
 
 
 
12VASOCONSTRITORES 
 
São fármacos que contraem os vasos sanguíneos controlando assim a perfusão tecidual. 
Eles equilibram as ações vasodilatadoras intrínsecas dos anestésicos locais, reduzem a quantidade 
de anestésico necessário para um bloqueio nervoso efetivo, oferece maior tempo de analgesia e 
maior segurança no uso do anestésico local. 
Todos os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes possuem ação vasodilatadora. 
O grau de vasodilatação varia de significativo a mínimo, além de poder variar de acordo com o local 
da injeção e a resposta do paciente. 
Os vasoconstritores utilizados em associação aos anestésicos odontológicos podem ser di-
vididos em dois grupos, um para as aminas simpatomiméticas, no qual está a adrenalina, noradrena-
lina, levonordefrina e fenilefrina, e um segundo grupo no qual está a felipressina, um análogo da 
vasopressina. 
 
1) ADRENALINA / EPINEFRINA 
- Mais potente vasoconstritor (100% de potência); 
- Atua diretamente nos receptores alfa e beta-adrenérgicos; 
- Excelente mecanismo de ação, eficácia e segurança; 
- Usado com frequência para hemostasia em procedimentos cirúrgicos; 
- Disponível nas concentrações : 1:50.000, 1:80.000, 1:100.000 e 1:200.000; 
- Deve ser usada a solução menos concentrada, que produza controle eficaz da dor; 
- Dose máxima: pacientes saudáveis (0,2mg por consulta), ASA III OU IV (0,04mg por consulta); 
 
 Indicações 
- Hemostasia; 
- Diminuir a absorção para o sistema cardiovascular; 
- Aumentar a profundidade da anestesia; 
- Aumentar a duração da anestesia. 
 
 Contraindicações 
- Paciente com hipertensão igual ou superior a 16x10; 
- Doença cardiovascular grave; 
- Diabetes mellitus descontrolado; 
- Hipertireoidismo; 
- Sensibilidade ao Bissulfeto de Sódio; 
- Usuários de cocaína ou crack. 
 
2) NORADRENALINA 
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ; 
- 25% da potência da adrenalina1:50.000; 
- Vasoconstrição intensa e prolongada; 
- Não apresenta um padrão de eficácia e segurança; 
- Em região com pouca irrigação pode haver risco de necrose; 
- Dose máxima: paciente saudável (0,34 mg por consulta), ASA 3 ou 4 (0,14 mg por consulta); 
 
 Indicação 
- Usada como vasoconstritor em anestésicos locais e para tratamento da hipotensão. 
 
13 
 
 Contraindicação 
- Deve ser evitada com o objetivo de vasoconstrição (hemostasia), especialmente no palato. 
 
3) LEVONORDEFRINA 
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ; 
- 15% da potência da adrenalina; 
- Vasoconstrição intensa e prolongada; 
- Necessita de maior dose (1:20.000); 
- Início para ação de 30s a 2 min. Na maxila, e 1 a 4 min. na mandíbula; 
- Não apresenta padrão de eficácia e segurança; 
- Anestésico mais barato; 
- Produz menor estimulação cardíaca e do SNC que a adrenalina; 
- Pode ser obtida com a mepivacaína em uma concentração de 1:20.000; 
- Dose máxima: para todos os pacientes, 1 mg por consulta; 
 
 Indicação 
- Anestesia de duração mais longa. 
 
 Contraindicações 
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes; 
- Pacientes em uso de medicamentos que provocam alterações na pressão sanguínea; 
- OBS: em pacientes gestantes e lactantes o uso deve ser realizado sob supervisão profissional. 
 
4) FENILEFRINA 
- Vasoconstritor mais estável e mais fraco empregado na odontologia; 
- Poucos efeitos colaterais significativos; 
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ; 
- 5% da potência da adrenalina; 
- Vasoconstrição intensa e prolongada; 
- Não apresenta padrão de eficácia e segurança; 
- Dose máxima: paciente saudável (4 mg por consulta), ASA 3 ou 4 (1,6 mg por consulta); 
- Embora o efeito seja menor que o da adrenalina, sua duração é maior; 
 
 Indicação 
- Pacientes com hipotensão. 
 
 Contraindicações 
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes; 
- Pacientes com hipertensão grave ou taquiacardia venticular; 
- Pacientes com hipertiroidismo severo. 
 
5) FELIPRESSINA 
- Atua na parede do vaso; 
- 100% de potência; 
- Análogo sintético da vasopressina; 
- Promove vasoconstrição venosa e não arterial; 
- Não deve ser usado como hemostático devido ao efeito predominante na circulação venosa; 
- Dose máxima: para ASA 3 ou 4 (0,27 mg por consulta); 
 
14 
 
 Indicação 
- Anestesia sem necessidade de isquemia profunda. 
 
 Contraindicações 
- Não recomendada quando é necessária hemostasia devido ao seu efeito predominante na 
circulação venosa; 
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes; 
- Pacientes com hipertermia maligna; insuficiência hepática; hipertireoidismo e ICC; 
- Pacientes em uso de paracetamol, fenacetina ou similares; 
- Pacientes em diálise renal; 
- Totalmente contraindicado à gestastes pois estimula contrações uterinas. 
 
 OBSERVAÇÕES 
• Ao selecionar um vasoconstritor para uso, deve ser levado em consideração: a duração do 
procedimento, a necessidade ou não de hemostasia, além da condição do paciente. 
• Quando administrados em conjunto com anestésicos locais, potencializam as ações depressoras 
sobre o SNC, portanto deve ser identificado se o paciente faz uso regular de algum fármaco. 
• O tempo de validade de um tubete anestésico com vasoconstritor é menor (18 meses) que o de um 
tubete sem (36 meses). 
• A inclusão da adrenalina na solução anestésica produz diminuição do fluxo sanguíneo, diminuindo o 
sangramento e causando um aumento, tanto da profundidade como da duração da anestesia, além 
de reduzir a incidência de reações sistêmicas. 
 
 ARMAMENTÁRIO 
 Armamentário nada mais é do que o conjunto de equipamentos necessários para a 
administração dos anestésicos locais. Entre eles, podemos citar: seringa (ou carpule), agulha, 
cartucho (ou tubete) de anestésico, etc. Nesse capítulo, iremos abordar sobre os cuidados no manejo 
desses itens, evitando quaisquer problemas em seu uso. 
 
 SERINGA 
A seringa é o equipamento onde acoplamos a agulha e o cartucho para administrar a anes-
tesia no paciente. Existem cerca de oito tipos de seringa disponíveis no mercado, mas para escolher 
entre elas devemos levar alguns fatores em consideração. De acordo com a American Dental 
Association, os critérios de escolha entre as seringas estão: 
 • Longa duração; 
 • Capazes de suportar repetidas esterilizações; 
 • Capazes de aceitar uma grande variedade de cartuchos e agulhas diferentes; 
 • Leves e de uso fácil com apenas uma das mãos; 
 • Proporcionar aspiração efetiva e possibilitarem que o sangue possa ser observado no cartucho. 
Seringas que não aspirem nunca devem ser usadas para injeções de anestésicos locais. 
 
Abaixo estão listados alguns problemas que podem ocorrer e que o cirurgião-dentista deve 
estar atento: 
 
- VAZAMENTO DURANTE A INJEÇÃO: ao recarregar a seringa com um segundo cartucho, 
assegurar que a agulha penetre o centro do diafragma de borracha do tubete. Uma perfuração fora 
15 
 
dessa área pode gerar o vazamento de solução para fora da agulha e para a boca do paciente. 
- CARTUCHO QUEBRADO: antes de inserir o tubete na seringa verifique possíveis danos e trincas 
no vidro. A inserção da agulha de forma torta no tubete também colabora para a quebra do cartucho. 
 
- ARPÃO TORTO: o arpão deve estar pontiagudo e reto. Um arpão torno produz uma punção fora do 
centro do diafragma, o que pode causar a quebra do cartucho. 
 
 
 
 AGULHA 
A agulha é o veículo que permite que o anestésico passe do cartucho para os tecidos intra-
bucais. A maioria usada em odontologia é de aço inoxidável, pré-esterilizadas e descartáveis. Todas 
as agulhas têm em comum os seguintes componentes: 
 
- BISEL: é a ponta da agulha. Quanto maior for o ângulo do bisel com o longo eixo da agulha, maiorserá a deflexão quando a agulha entrar nos tecidos moles da boca. Geralmente, os fabricantes 
colocam indicadores na fixação para orientar os profissionais sobre a posição do bisel. 
 
- FIXAÇÃO: é a peça plástica ou metálica pela qual a agulha fica presa à seringa. 
 
- CORPO: é a peça longa e tubular que vai do bisel até a extremidade que penetra no cartucho. Ele 
pode ser de diversos diâmetros (calibres) e comprimentos. 
 
- EXTREMIDADE DE PENETRAÇÃO: ponta da agulha que perfura o diafragma do cartucho. 
 
O CALIBRE da agulha se refere ao diâmetro da luz da agulha: quanto menor for o número, 
maior será a “grossura” da agulha. Uma agulha calibre 30 é mais fina que uma de calibre 25, por 
exemplo. Vários autores do livro “Manual de Anestesia Local – Malamed” demonstraram em 
experimentos que os pacientes não conseguem diferenciar (com relação à dor) entre as agulhas de 
calibre 23, 25, 27 e 30. Pode-se notar também, que agulhas de calibre maior têm vantagens sobre as 
de menor calibre pois geram uma menor deflexão da agulha; maior precisão de injeção; menor 
chance de quebra e aspiração mais fácil. 
 
FIGURA 7.1: Seringa de anestésico local. 
FONTE: http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_man.html 
FIGURA 8.1: Componentes da agulha odontológica para anestésicos locais. 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
16 
 
 O COMPRIMENTO das agulhas se refere à distância do bisel até a haste de fixação. Elas 
estão disponíveis nos seguintes comprimentos: longas (32mm), curtas (20mm) e ultracurtas (10mm). 
 
Existem orientações importantes para utilizar agulhas, podemos citar: 
 • Usar agulhas descartáveis estéreis; 
 • Nunca usar uma mesma agulha em mais de um paciente; 
 • Trocar a agulha após múltiplas penetrações (três ou quatro) no mesmo paciente, pois elas vão 
perdendo o corte; 
 • Sempre descarta-las em local apropriado para materiais contaminados ou pontiagudos; 
 • Nunca inseri-las totalmente (até a fixação) nos tecidos, isso aumento o risco de fratura; 
 • Nunca deve ser forçada contra uma resistência, por exemplo, osso. 
 
 SOBRE O RECOBRIMENTO DA AGULHA 
 De acordo com a Comissão de Biossegurança da UNITRI, é aconselhável desenroscar a 
agulha da carpule, assim como remover a lâmina de bisturi do cabo sempre com uso de instrumen-
tais (porta agulha pesado, pinça Kelly ou Koscher). Não é recomendado a remoção da agulha com a 
mão e nem a técnica de encaixe, pois ambas as formas tem um alto risco de perfuração. 
 
 
 CARTUCHO 
 O cartucho é um cilindro que pode ser de vidro ou de plástico e que armazena o anestésico 
local. Ele contém aproximadamente 1,8ml de solução e é composto por 4 partes principais: 
 
- TUBO CILÍNDRICO 
- ÊMBOLO,TAMPÃO OU ROLHA: está na extremidade do cartucho que recebe o arpão da seringa. 
- TAMPA DE ALUMÍNIO: está na extremidade oposta ao êmbolo. 
- DIAFRÁGMA DE BORRACHA: membrana semipermeável pela qual a agulha penetra do cartucho. 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 A composição da solução anestésica dos cartuchos varia caso esteja incluído um 
vasopressor ou não. 
 
- A DROGA ANESTÉSICA local interrompe o impulso nervoso propagado, impedindo que ele 
chegue ao cérebro. O número de miligramas da droga pode ser calculado multiplicando-se a 
concentração percentual (por exemplo: 2% = 20mg/ml) pelo volume do cartucho (1,8ml). Assim, um 
cartucho de 1,8ml de uma solução a 2% contém 36mg. 
 
- A DROGA VASOPRESSORA é incluída em muitos cartuchos para aumentar a duração e a 
profundidade de ação do anestésico. O pH dos cartuchos com vasopressores é mais baixo (mais 
ácido) que os sem. Devido a isso, podem ter sua ação mais lenta e serem um pouco mais 
desconfortáveis. 
 
 
 
 
 
- Os cartuchos com vasopressores têm um antioxidante, o (meta)bissulfeto de sódio. Ele impede a 
oxidação do vasopressor pelo oxigênio que pode ficar preso no cartucho durante a fabricação. 
- Há também o cloreto de sódio, que torna a solução isotônica em relação aos tecidos do corpo. 
- A água destilada é usada como diluente para dar volume à solução no cartucho. 
FIGURA 9.2: Componentes do cartucho. FIGURA 9.3: Diafragma de borracha. 
18 
 
- O metilparaben é uma substância bacteriostática, fungistática e antioxidante que foi retirada da 
composição dos cartuchos em 1984, pois uma exposição repetida ao parabeno estava ocasionando 
reações alérgicas em algumas pessoas. 
 CUIDADO E MANUSEIO DOS CARTUCHOS 
- Os cartuchos, seja de vidro ou de plástico, não devem ser autoclavados; 
- Devem ser armazenados em seu recipiente original, à temperatura ambiente e longe da luz solar; 
- Antes do uso, aplicar ao diafragma um pano embebido com álcool 70%; 
- Não imergir os cartuchos em álcool ou outras soluções esterilizantes pois o diafragma semipermeá-
vel permite a difusão dessas soluções para dentro do cartucho, contaminando-o; 
- Não usar cartuchos com o êmbolo extruído, com a tampa corroída, com trincas ou bolhas internas, 
pois não se pode assegurar a esterilidade da solução; 
- Não usar cartuchos contendo ferrugem. Encontrar ferrugem num cartucho indica que pelo menos 
um cartucho no recipiente se quebrou ou vazou; 
- Nunca usar um cartucho em mais de um paciente. 
 
 
 
 
 EQUIPAMENTO ADICIONAL 
 No capitulo anterior, foi discutido sobre os três principais equipamentos dos anestésicos 
locais. Entretanto, outros itens importantes também podem ser necessários no processo de 
administração de um anestésico local. 
 
1 - ANESTÉSICOS TÓPICOS (AT) 
Seu uso é fortemente recomendado antes da penetração inicial da agulha pois ele pode reduzir ou 
até eliminar o desconforto do paciente. Para maior eficácia, recomenda-se que uma quantidade 
mínima de AT seja aplicada com uma haste aplicadora diretamente no ponto de penetração por no 
mínimo 1 minuto e já com a mucosa limpa e seca. De acordo com autores do livro referência, a 
aplicação do AT por 2 a 3 minutos ocasiona uma analgesia profunda dos tecidos moles. 
 
 
 
FIGURA 9.6: Limpeza do diafragma de borracha com álcool 70%. 
FIGURA 10.1: Anestésico tópico Benzotop. 
FONTE: site DFL. 
19 
 
2 - HASTES APLICADORAS 
São pontas aplicadoras com um algodão na ponta, usadas para aplicação de anestésico tópico e 
para compressão de tecidos durante injeções no palato. Podem ser substituídas por um cotonete. 
 
 
 
3 - GAZE DE ALGODÃO 
Usada para limpar a área de injeção antes da penetração, para secar e para segurar a mucosa, 
auxiliando na retração dos tecidos moles. 
 
 
 
 PREPARAÇÃO DO EQUIPAMENTO 
1) Retraia completamente o pistão; 
2) Introduza o cartucho com o diafragma voltado para a ponta de baixo da seringa; 
3) Volte a seringa para a posição original; 
4) Enrosque a agulha na seringa; 
5) Remova a cobertura plástica da agulha; 
6) A seringa está pronta para uso. 
 
 
 
FIGURA 10.2: Hastes aplicadoras. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – 
Malamed (6° edição)” 
FIGURAS 10.3 e 10.4: Gaze estéril sendo usada para limpar a mucosa no local de penetra-
ção da agulha e para auxiliar na retração dos tecidos. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 10.5: Passo a passo da preparação da seringa. 
FONTE: http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_man.html 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
20 
 
 TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILARO local de infiltração do AL (anestésico local) em relação à área de intervenção operatória 
determina o tipo de injeção. Existem 3 tipos: 
 
 INFILTRAÇÃO LOCAL: o fármaco é depositado no local onde será realizado o tratamento, 
anestesiando pequenas terminações nervosas. Indicada para tratamento de pequenas áreas 
isoladas. Ex: administração de AL na papila interproximal antes do alisamento radicular. 
 
 BLOQUEIO DE CAMPO: o fármaco é depositado próximo a ramos nervosos terminais maiores, 
de modo que a área anestesiada seja circunscrita, envolvendo os tecidos ao redor de um ou dois 
dentes. O tratamento é realizado em uma área distante da qual foi infiltrado o anestésico. Ex: injeções 
no ápice ou acima de dente a ser tratado; restauração de dois ou três dentes. 
 
 BLOQUEIO DE NERVO: o fármaco é depositado próximo a um tronco nervoso principal, 
anestesiando uma área maior que o bloqueio de campo. O tratamento é, geralmente, distante do 
local de injeção. Indicada para controle de dor em um quadrante. Ex: bloqueio do nervo alveolar 
inferior. 
 
 INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL/ PARAPERIOSTEAL 
 
- Técnica eficaz na mandíbula e maxila (porém, mais bem sucedida na maxila). 
- NERVOS ANESTESIADOS: grandes ramos terminais do plexo dentário. 
- ÁREAS ANESTESIADAS: polpa, raiz, periósteo, tecido conjuntivo e mucosa. 
- INDICAÇÕES: anestesia pulpar dos dentes superiores quando o tratamento envolve só um ou dois 
dentes; anestesia dos tecidos moles para procedimentos em área circunscrita. 
- CONTRAINDICAÇÕES: grandes áreas; osso denso recobrindo os ápices dentários (determinado por 
tentativa e erro, porém mais comum sobre o 1° molar superior permanente nas crianças e sobre o 
incisivo central adulto). 
- SINAIS E SINTOMAS: dormência na área de administração. 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11.1.1: Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. A área em ama-
relo simula a área anestesiada. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.1.2: A seringa deve ser mantida paralela ao 
longo eixo do dente e inserida na parte alta da prega muco-
vestibular sobre o dente. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° 
edição)” 
 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
21 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do 
dente ou acima desta - ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular 
acima do ápice do dente a ser anestesiado - Agulha não toca osso 
- ÁREA ALVO: região apical do dente a ser anestesiado - Aspirar 
- Bisel voltado para o osso - Injetar aproximadamente 1/3 do tubete em 20 segundos 
- Posicionar a seringa paralela ao longo eixo do dente - Não deixe os tecidos inflarem como um balão 
- Introduzir agulha na altura da prega mucovestibular sobre 
o dente alvo 
- Retirar a seringa lentamente e aguardar de 3 a 5 minutos 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR 
 POSTERIOR - ASP 
 
- OUTROS NOMES: bloqueio da tuberosidade; bloqueio zigomático. 
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar superior posterior e seus ramos. 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpas do terceiro, segundo e primeiro* molar superiores (no caso do primeiro molar, em 28% dos 
casos pode haver necessidade de um bloqueio complementar do nervo alveolar médio); 
 • Ligamento periodontal vestibular; 
 • Osso adjacente a esses dentes. 
- INDICAÇÕES 
 • Tratamento de dois ou mais molares superiores. 
 • Anestesia pulpar para o terceiro, segundo e primeiro molar em 77%-100% dos pacientes. No 
entanto, a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não é inervada por esse nervo. Um estudo 
concluiu que o nervo alveolar superior médio é responsável pela inervação da raiz mesiovestibular do 
primeiro molar superior em 28% das amostras. Portanto uma segunda injeção é indicada, geralmente 
supraperiosteal. 
 • Quando a supraperiosteal está contraindicada ou foi ineficaz. 
 
- CONTRAINDICAÇÕES: alto risco de hemorragia, como no caso do hemofílico (recomenda-se, 
nesse caso, a injeção supraperiosteal ou do ligamento periodontal). 
- VANTAGENS: atraumática (não toca em osso), alta taxa de sucesso (> 95%). 
- DESVANTAGENS: risco de hematoma temporário (10 a 14 dias). Isso ocorre geralmente pela 
introdução da agulha muito posteriormente. Além disso, a artéria maxilar pode ser perfurada (o uso 
de uma agulha curta reduz esse risco). Não há pontos de referência óssea durante a anestesia, e 
pode haver necessidade de uma segunda injeção para anestesiar a raiz mesiovestibular do primeiro 
molar superior. 
- SINAIS E SINTOMAS: paciente tem dificuldade em perceber dormência nessa região. 
22 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para 
trás em um só movimento 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular 
acima do segundo molar superior 
- PARA CIMA: em um ângulo de 45° com o plano oclusal 
- PARA DENTRO: em direção à linha média em um ângulo 
de 45° com o plano oclusal 
- PARA TRÁS: em um ângulo de 45° com o eixo longitudinal 
do segundo molar 
- ÁREA ALVO: nervo alveolar superior posterior (posterior, 
superior e medial à borda posterior da maxila) 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: prega mucovestibular, túbero- 
sidade da maxila e processo zigomático da maxila - Agulha não toca osso 
- Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico - Com agulha curta, cerca de 4 mm devem ficar visíveis. 
- Bisel voltado para o osso - Aspirar 
- Introduzir a agulha na altura alta da prega mucovestibular 
sobre o segundo molar 
- Injetar ½ ou um tubete todo lentamente 
- Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO 
 
- O nervo alveolar superior médio (ASM) está presente em apenas 28% da população. Quando 
ausente, a inervação pode ser feita pelo nervo alveolar superoanterior (ASA). 
- NERVO ANESTESIADO: alveolar superior médio. 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpas do primeiro e segundo pré-molares superiores; 
 • Raiz mesiovestibular do primeiro molar superior; 
 • Tecidos periodontais e osso sobre estes dentes. 
- PRECAUÇÕES: para evitar dor, não introduza a agulha muito próximo do periósteo. 
 
 
FIGURA 11.2.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.2.2: Agulha na área-alvo para bloqueio nervo alveolar 
superoposterior (ASP) 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.3.1: Posição da agulha entre os pré-molares 
superiores para obloqueio do nervo alveolar médio (ASM) 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.3.2: Penetração da agulha para o bloqueio do nervo ASM. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
 
23 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta ou longa, calibre 27 - Bisel voltado para o osso 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular 
acima do segundo pré-molar superior 
- Avançar a agulha lentamente até que sua extremidade 
esteja localizada acima do ápice do segundo pré-molar 
- ÁREA ALVO: osso maxilar acima do ápice do segundo pré- 
molar superior 
- Aspirar 
- Depositar 0,9 a 1,2ml de solução (de metade à 2/3 do 
tubete) em aproximadamente 30 à 40 segundos - Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico 
- Afastar a mucosa para melhor visibilidade - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento 
- Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima 
do segundo pré-molar 
 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLARSUPEROANTERIOR 
 (INFRAORBITÁRIO) - ASA 
 
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar superoanterior, alveolar superior médio e nervo infraorbitário 
(palpebral inferior, nasal lateral, labial superior). 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção; 
 • Em 72% dos pacientes: polpas dos pré-molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro 
molar superior; 
 • Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes; 
 • Pálpebra inferior; 
 • Lateral do nariz; 
 • Lábio superior. 
- VANTAGENS: técnica simples, segura, minimiza o volume de solução e o número de punções. 
- SINAIS E SINTOMAS: dormência na pálpebra inferior, na lateral do nariz, no lábio superior e nos 
tecidos moles. 
- PRECAUÇÕES: a agulha não deve ser palpável abaixo do tecido (geralmente, se ela for sentida, é 
porque seu trajeto está muito superficial, ou seja, a agulha está muito longe do osso). Apesar da 
introdução excessiva da agulha ser improvável devido à margem superior do forame infraorbitário, 
estime a profundidade de penetração antes da injeção, para evitar danos à órbita. 
FIGURA 11.3.3: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo alveolar superior médio. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Orientar a agulha em direção ao forame infraorbitário 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular 
sobre o primeiro pré-molar superior 
- Vá depositando a solução enquanto a agulha avança pelos 
tecidos moles 
- ÁREA ALVO: forame infraorbitário - Avançar a agulha lentamente até que toque o osso 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: forame infraorbitário - A profundidade aproximada da penetração será de 16mm 
(metade da agulha longa), mas essa medida pode variar 
- Localize o forame infraorbitário (palpe a incisura infraorbi- 
tária, e com uma pressão suave mova os dedos para baixo 
até encontrar uma concavidade, este é o forame). Pode ser 
que paciente sinta um leve desconforto 
- Aspirar 
- Depositar lentamente 0,9 a 1,2ml de solução (1/2 à 2/3 do 
tubete) em aproximadamente 30 à 40 segundos 
- Manter pressão digital durante a injeção 
- Secar mucosa com gaze e aplicar anestésico tópico - Retirar a seringa lentamente 
- Afastar a mucosa para melhor visibilidade - Continuar com a pressão digital sobre o local da injeção 
por mais 2 minutos - Introduzir a agulha paralela ao eixo longitudinal do dente e 
na prega mucovestibular acima do primeiro pré-molar sup. - Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento 
- Bisel voltado para o osso 
FIGURA 11.4.6: Avançar a agulha parale-
la ao longo eixo do dente para impedir o 
contato prematuro com o osso. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local 
– Malamed (6° edição)” 
 
FIGURAS 11.4.2 e 11.4.3: Localização do forame infraorbitário em relação à incisura infraorbitária. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.4.1: Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.4.4: Com o dedo sobre o forame, levante 
o lábio e mantenha os tecidos tensionados. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed 
(6° edição)” 
FIGURA 11.4.5: Introduzir a agulha na prega mu-
covestibular acima do primeiro pré-molar. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Mala-
med (6° edição)” 
 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
25 
 
 BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR 
 
 
 OBSERVAÇÃO 
 Apesar das anestesias no palato serem conhecidas por seu desconforto para o paciente, utilizando as 
técnicas certas, elas podem ser TOTALMENTE ATRAUMÁTICAS E INDOLORES. 
 Uma das formas de reduzir do incômodo do paciente é o uso de ANESTÉSICOS TÓPICOS da forma 
adequada, deixando-a agir dos tecidos por pelo menos 2 minutos. Já outra técnica, é o uso da ANESTESIA 
COMPRESSIVA, que é produzida aplicando pressão no local da injeção com um objeto firme (haste de 
algodão ou cabo de espelho), o qual deve ser mantido em contato com o tecido durante toda a injeção. Esses 
tecidos devem ser pressionados até produzir isquemia no local de penetração da agulha, reduzindo a sensação 
da penetração. Além das técnicas citadas, é preciso que o cirurgião-dentista tenha o CONTROLE DA 
AGULHA, por isso, é aconselhável sempre achar um local de apoio para a mão antes da punção. 
 
 
- NERVO ANESTESIADO: palatino maior. 
- ÁREAS ANESTESIADAS: parte posterior do palato duro até o primeiro pré-molar superior, 
medialmente até a linha média e os tecidos moles sobrejacentes. 
- INDICAÇÕES 
 • Tratamentos em mais de dois dentes. Ex: restaurações subgengivais. 
 • Procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo tecidos palatinos moles e duros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11.5.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo palatino maior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.5.2: Área alvo para o bloqueio 
do nervo palatino maior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local 
– Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.5.3: Haste de algodão é pressionada na jun-
ção do processo alveolar com o osso palatino. A haste é 
deslocada distalmente (setas) até que seja percebida 
uma depressão no tecido. Essa depressão é o forame 
palatino maior (anterior). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° 
edição)” 
FIGURA 11.5.4: Observe a isquemia do tecido enquanto 
o anestésico é injetado. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° 
edição)” 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
26 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Aplicar pressão com a haste de algodão ao lado do forame 
até isquemiar e manter durante toda a inserção da agulha e 
injeção do anestésico 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles levemente 
anteriores ao forame palatino maior 
- ÁREA ALVO: nervo palatino maior - Direcionar a carpule à partir do lado oposto da boca 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: junção do processo álveo- 
lar maxilar e osso palatino 
- Bisel voltado para os tecidos moles palatinos 
- Pressionar uma haste de algodão no palato duro na 
junção do processo alveolar maxilar com o osso palatino. 
Deslocar a haste distalmente até perceber uma depressão 
no tecido. Este é o forame palatino maior (geralmente loca- 
lizado distalmente ao segundo molar superior) 
- Introduzir a agulha lateralmente ao forame 
- Injetar a solução à cada camada que a agulha perfura 
- Tocar o osso palatino (profundidade média de 5mm) 
- Aspirar 
- Depositar lentamente ¼ do tubete 
- Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico - Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento 
 
 BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO 
 
- OUTROS NOMES: nervo incisivo; nervo esfenopalatino. 
- NERVOS ANESTESIADOS: nasopalatino bilateralmente. 
- ÁREAS ANESTESIADAS: tecidos moles e duros anteriores do palato duro, de canino à canino. 
- INDICAÇÕES 
 • Restaurações subgengivais; 
 • Procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo tecidos moles e duros do palato. 
- PRECAUÇÕES: não inserir a agulha diretamente na papila incisiva e nem dentro do canal incisivo 
(muito doloroso); não injetar muita solução. 
 
 
 
- Para esse bloqueio, abordaremos duas técnicas diferentes: 
1- TÉCNICA DA INJEÇÃO ÚNICA NO PALATO 
- Agulha curta, calibre 27 - Injetar a solução à cada camada de tecido que a agulha 
penetra 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa palatinalateralmente 
à papila incisiva (linha média atrás dos incisivos centrais) 
- Tocar osso (profundidade média de 5mm) 
 
- ÁREA ALVO: forame incisivo - Bisel voltado para os tecidos moles palatinos 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisivos centrais e papila 
incisiva 
- Recuar 1mm (para evitar injeção subperiosteal) 
- Aspirar 
- Aproximar a agulha do local da injeção em um ângulo de 
 45° em direção à papila incisiva 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min - Depositar lentamente ¼ do tubete 
- Pressionar o forame com haste de algodão até isquemiar - Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento 
- Introduzir a agulha no tecido isquemiado 
FIGURA 11.6.2: Área alvo para o bloqueio do nervo nasopalatino. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.6.1: Área anestesiada no bloqueio do nervo nasopalatino. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2) TÉCNICA DAS MÚLTIPLAS PERFURAÇÕES 
- Agulha curta, calibre 27 - Direciona-la para a papila incisiva (face palatina) 
- Aspirar 
- Depositar 0,3ml do anestésico 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: freio labial, papila incisiva e 
papila interdentária 
- ÁREA ALVO: forame incisivo TERCEIRA INJEÇÃO 
- Introduzir a agulha no ângulo de 45° com a papila incisiva 
- Inserir até tocar osso 
- Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal 
- Aspirar 
- Depositar 0,3ml do anestésico 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisivos centrais e papila 
incisiva 
PRIMEIRA INJEÇÃO (infiltração no freio labial) 
- Bisel voltado para o osso 
- Introduzir a agulha no freio 
- Aspirar 
- Depositar 0,3ml do anestésico 
- OBS: o uso de anestésico tópico e por pressão é desne- 
cessário na terceira injeção pois os tecidos já estão aneste- 
siados SEGUNDA INJEÇÃO 
- Introduzir a agulha pela vestibular da papila entre os inci- 
sivos centrais em direção à papila incisiva 
- Introduzir a agulha 90° em relação a papila interdentária 
- Aguardar de 2 a 3 minutos 
 
 
FIGURA 11.6.4: Área anestesiada pela infiltração palatina. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.6.5: A (anestésico tópico é aplicado na mucosa do freio); B (primeira injeção no freio labial), 
C (segunda injeção, na papila interdentária), D (terceira injeção, quando a anestesia da área nasopala-
tina é insuficiente após as duas primeiras injeções). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
28 
 
 INFILTRAÇÃO LOCAL DO PALATO 
 
- NERVOS ANESTESIADOS: ramos terminais dos nervos nasopalatino e palatino maior. 
- ÁREAS ANESTESIADAS: tecidos moles adjacentes ao local de injeção. 
- INDICAÇÕES: obter hemostasia durante procedimentos cirúrgicos e controle da dor palatogengival. 
- VANTAGEM: área mínima de dormência, minimizando o desconforto do paciente. 
- DESVANTAGEM: injeção potencialmente traumática. 
- SINAIS E SINTOMAS: dormência, isquemia dos tecidos moles do palato. 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Introduzir a agulha em um ângulo de 45° com o local desejado 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: gengiva inserida, à 5 a 10mm 
da margem livre da gengiva 
- Injetar a solução enquanto penetra com a agulha nos tecidos 
- Tocar osso (profundidade de aproximadamente 3 à 5mm) 
- ÁREA ALVO: tecidos gengivais - Injetar 0,2 a 0,3 ml de solução anestésica lentamente 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: tecidos gengivais da área - Se o objetivo for a hemostasia de locais cirúrgicos mais inten- 
sos, continuar este procedimento de deposição de anestésico 
em toda a área cirúrgica 
- Bisel voltado para os tecidos moles palatinos 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min 
- Aplicar pressão no tecido com a haste de algodão 
 
 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO 
 ANTERIOR – ASMA 
- Representa uma injeção de bloqueio do nervo maxilar recém-descrita. 
- Promove anestesia pulpar em incisivos, caninos e pré-molares a partir de um único local de injeção 
no palato duro. 
- NERVOS ANESTESIADOS: nervo ASA, nervo ASM (quando presente), plexo nervoso dentário 
subneural dos nervos alveolar superoanterior e médio. 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpa dos incisivos, caninos e pré-molares superiores; 
 • Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes; 
 • Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival destes dentes. 
- VANTAGENS: anestesia de múltiplos dentes superiores com uma única injeção, técnica simples e 
segura, menor volume de anestésico. 
- DESVANTAGENS: requer administração lenta; técnica um pouco incômoda para o paciente; o uso 
FIGURA 11.7.1: Superposição de infiltrações palatinas sequenciais 
e locais de penetração da agulha. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.7.2: Área de introdução e área-alvo para infiltração. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
29 
 
de anestésico local contendo adrenalina com concentração de 1:50.000 é contraindicado. 
- SINAIS E SINTOMAS: sensação de dormência na área anestesiada; palidez dos tecidos moles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Carpule se apoia nos pré-molares contralaterais 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: palato duro, na metade de uma 
linha imaginária que vai da sutura palatina mediana à margem 
gengival livre. A linha está localizada no ponto de contato entre 
o primeiro e o segundo pré-molar 
- Introduzir a agulha em um ângulo de 45° com o palato 
- Manter haste de algodão pressionando durante todo o 
tempo 
- Tocar osso 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 minutos - Aspirar 
- Aplicar pressão com haste de algodão por 2 minutos - Injetar metade ou um tubete inteiro 
- Bisel voltado para o osso 
 
 
ABORDAGEM PALATINA-ALVEOLAR SUPERO- 
ANTERIOR (P-ASA) 
 
- OUTROS NOMES: abordagem palatina do nervo ASA; abordagem palatina do bloqueio de campo 
maxilar anterior. 
- NERVOS ANESTESIADOS: nasopalatino e ramos anteriores do ASA. 
FIGURA 11.8.1: Extensão da anestesia alveolar superior média anterior (ASMA). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.8.2: Anatomia do bloqueio do nervo al-
veolar superior médio anterior (ASMA) 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed 
(6° edição)” 
FIGURA 11.8.3: Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
30 
 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau); 
 • Tecidos periodontais vestibulares e palatinos associados a estes dentes. 
- CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com caninos de raízes extremamente longas (eles podem não 
obter anestesia profunda), procedimentos que exigem mais de 90 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta, calibre 27 - Bisel voltado para o epitélio 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: imediatamente lateral à papi- 
la incisiva 
- Agulha em um ângulo de 45° em relação ao palato e paralela 
ao longo eixo dos incisivos centrais 
- ÁREA ALVO: forame nasopalatino - Introduzir a agulha de 6 a 10mm 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: papila nasopalatina - Injetar a solução enquanto penetra com a agulha nos tecidos 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min - Aspirar 
- Injetar ½ ou um tubete inteiro lentamente 
- Aplicar pressão no tecido com a haste de algodão até 
promover isquemia 
 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR 
 
- OUTROS NOMES:bloqueio da segunda divisão ou bloqueio nervoso V². 
- É um método eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila. 
- NERVO ANESTESIADO: divisão maxilar do nervo trigêmeo. 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Polpa dos dentes superiores do lado do bloqueio; 
 • Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes; 
FIGURA 11.9.1: Extensão da anestesia na abordagem palatina alveolar superoanterior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.9.2: Área de introdução da agulha. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – 
Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.9.3: Orientação da seringa. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – 
Malamed (6° edição)” 
31 
 
 • Tecidos moles e osso do palato duro, e parte do palato mole; 
 • Pele da pálpebra inferior; 
 • Lateral do nariz; 
 • Bochecha; 
 • Lábio superior 
- INDICAÇÃO: procedimentos cirúrgicos que envolvem quadrantes; e casos em que uma inflamação 
ou infecção tecidual impedem o uso de outros bloqueios regionais ou supraperiosteais. 
- CONTRAINDICAÇÕES: profissionais inexperientes, pacientes pediátricos (pela não cooperação e 
pelas dimensões anatômicas menores), pacientes não cooperativos, inflamação ou infecção dos 
tecidos sobrejacentes ao local da injeção e risco de hemorragias (por exemplo, hemofílicos). 
- VANTAGENS: injeção atraumática, alta taxa de sucesso, minimiza o número de perfurações e de 
volume de solução. 
- DESVANTAGENS: risco de hematoma, ausência de hemostasia. 
- SINAIS E SINTOMAS: pressão atrás da parte superior da maxila do lado da injeção, progredindo 
para formigamento e dormência da pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior. 
 
- Para esse bloqueio, abordaremos duas técnicas diferentes: 
 
 
 1) ABORDAGEM DA TUBEROSIDADE ALTA 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Secar com gaze e aplicar anestésico tópico 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibu- 
lar acima da face distal do segundo molar superior 
- Bisel voltado para o osso 
- Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para 
trás cerca de 30mm (chegando à fossa pterigopalatina) - ÁREA ALVO: nervo maxilar, no ponto onde ele atravessa 
a fossa pterigopalatina, superior e medial à área alvo do 
bloqueio do nervo ASP 
- Não deve ser encontrada resistência 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: prega mucovestibular acima 
da face distal do segundo molar superior; tuberosidade da 
maxila e processo zigomático da maxila 
- Aspirar 
- Depositar um tubete inteiro lentamente 
- Aspirar varias vezes durante a injeção 
- Tensionar os tecidos para melhor visibilidade - Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento 
 
 
 
FIGURA 11.10.1: Área anestesiada no bloqueio do nervo maxilar. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.10.2: Bloqueio do nervo maxilar, abordagem da tuberosidade alta. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
 
32 
 
 
 2) ABORDAGEM DO CANAL PALATINO MAIOR 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Aplicar pressão com haste de algodão até isquemiar 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles palatinos direta- 
mente sobre o forame palatino maior 
- Bisel voltado para os tecidos moles palatinos 
- Anestesiar forame palatino maior 
- ÁREA ALVO: nervo maxilar, a agulha atravessa o canal 
palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina 
- Sondar delicadamente o forame 
- Manter a agulha em um ângulo de 45° para facilitar a entra- 
da no forame - PONTOS DE REFERÊNCIA: forame palatino maior, jun- 
ção do processo alveolar maxilar e o osso palatino - Avançar a agulha lentamente até 30mm 
- Localizar o forame palatino maior - Aspirar 
- Tencionar os tecidos para melhor visibilidade - Injetar um tubete inteiro lentamente 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 minutos - Aguardar 3 a 5 minutos 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR 
 Infiltrações na mandíbula possuem uma taxa MENOR de êxito que na maxila, isto porque, a 
lâmina óssea cortical sobrejacente aos dentes mandibulares é normalmente mais grossa, principal-
mente nos adultos, e o osso é mais denso, dificultando que o anestésico se difunda. 
 
 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR 
- O bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI) tem uma frequência menor de êxito se comparada à 
outras técnicas devido a dois fatores: variação anatômica na altura do forame mandibular, e a maior 
profundidade de penetração dos tecidos moles exigida, que acarretam maior imprecisão. 
FIGURA 11.10.3: A (bloqueio do nervo maxilar, abordagem do canal palatino maior). Observar a direção da agulha e do corpo da seringa 
no canal. B (bloqueio do nervo V2, abordagem do canal palatino maior). Observar a localização da extremidade da agulha na fossa pteri-
gopalatina (círculo). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 11.10.4: Abordagem do canal palatino maior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
33 
 
- Um bloqueio suplementar (do nervo bucal) é necessário em casos que exigem a anestesia dos teci-
dos moles na região posterior. ................................................................................................................. 
- Também pode ser preciso uma infiltração supraperiosteal na região de incisivos inferiores para corri-
gir uma anestesia parcial........................................................................................................................... 
- Uma injeção do ligamento periodontal (LPD) pode ser necessária em casos em que partes isoladas 
dos dentes (geralmente a raiz mesial de um primeiro molar) permanece sensíveis................................. 
- A anestesia intraóssea (IO) é uma técnica suplementar empregada geralmente em molares quando o 
BNAI se mostrou ineficaz, principalmente quando o dente apresenta envolvimento pulpar...................... 
- O BNAI bilateral é raramente indicado em tratamentos que não sejam cirurgias mandibulares bilate-
rais (desconforto pro paciente, dificuldade de deglutir, falar, perigo de lesar tecidos moles). 
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, incisivo, mentual e lingual (comumente). 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Dentes mandibulares até a linha média;.............................................................................................. 
 • Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula;................................................................. 
 • Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual);......... 
 • Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual);.................................... 
 • Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)............................................................................... 
 
- VANTAGENS: proporciona ampla área de anestesia em apenas uma injeção. 
- DESVANTAGENS: não indicada para procedimentos localizados; alta frequência de insucesso (31% 
a 81%); referências intraorais não consistentemente confiáveis; aspiração positiva maior de todas as 
técnicas de injeção intraoral. 
- SINAIS E SINTOMAS: formigamento ou dormência no lábio inferior e na língua. 
- PRECAUÇÕES: não depositar o anestésico local se não houver o contato com o osso pois a agulha 
pode estar no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial e um bloqueio transitório (paralisia) 
do nervo facial pode ocorrer. Não fazer contato com o osso com muita força. 
- FALHAS NA ANESTESIA: depósito do anestésico abaixo do forame mandibular; depósito do anes- 
tésico anteriormenteao ramo da mandíbula; inervação acessória dos dentes mandibulares; anestesia 
incompleta dos incisivos centrais ou laterais. 
- COMPLICAÇÕES: hematoma (raro); trismo; paralisia facial transitória produzida pelo depósito do 
anestésico local no interior da glândula parótida gerando a anestesia do nervo facial (o que gera a 
incapacidade fechar a pálpebra inferior e a queda do lábio superior do lado afetado). 
 
FIGURA 12.1.1: Marcos ósseos para o BNAI. 1 (língula); 2 (borda distal do 
ramo); 3 (incisura coronoide); 4 (processo coronoide); 5 (incisura segmoi-
de); 6 (colo do côndilo); 7 (cabeça do côndilo). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
 
FIGURA 12.1.2: A borda posterior do ramo mandibular pode ser 
aproximada intraoralmente pela utilização da rafe pterigomandi-
bular ao se voltar superiormente em direção a maxila. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
 
34 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Colocar o corpo da seringa no canto contralateral da 
boca, na região de pré-molares 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa lingual do ramo da mandíbula, na inter-
secção de uma linha horizontal (orienta o sentido anteroposterior 
da injeção) e outra vertical (orienta a altura da injeção) 
- Bisel voltado para o osso 
- Introduzir a agulha lentamente até que toque osso 
(aproximadamente 20-25mm – 2/3 da agulha longa) - ÁREA ALVO: nervo alveolar inferior antes de entrar no forame 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisura coronoide, rafe pterigoman- 
dibular e plano oclusal dos dentes inferiores posteriores 
- Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal 
- Aspirar 
- Coloque o polegar da mão esquerda na incisura coronoide. Uma 
linha imaginária liga a ponta do dedo à parte mais posterior da rafe 
- Depositar 1,5ml de solução lentamente 
- Para anestesiar o NERVO LINGUAL recue a seringa 
até ficar apenas metade da agulha no tecido - Essa linha deve ser paralela ao plano oclusal e à uma altura de 6 
 a 10mm acima dele - Aspirar 
- A agulha deverá ser inserida no ponto que corresponde à três 
quartos dessa linha imaginária 
- Deposite a solução restante de 0,3ml 
- Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico 
 
 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO BUCAL 
 
- OUTRO NOME: bloqueio do nervo bucinador. 
- NERVO ANESTESIADO: bucal. 
- ÁREA ANESTESIADA: tecidos moles e periósteo bucal dos molares inferiores. 
FIGURA 12.1.3: Área anestesiada por um bloqueio do nervo alveolar inferior. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.1.4: Note a posição do corpo da seringa no canto da 
boca, geralmente correspondendo aos pré-molares. A ponta da agu-
lha toca a extremidade mais distal da rafe pterigomandibular. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.1.5: Colocação da agulha e seringa para um BNAI. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.1.6: A profundidade de penetração é de 20 a 25 mm. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta ou longa, calibre 25 ou 27 - Bisel voltado para o osso 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa distal e bucal em relação 
ao último molar do arco 
- Inserir a agulha paralelamente ao plano oclusal, e distal- 
mente e bucalmente ao último molar 
- ÁREA ALVO: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior 
do ramo da mandíbula 
- Injetar anestésico a cada camada que a agulha avança 
- Introduzir até tocar osso (aproximadamente 2 a 4mm) 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: molares inferiores - Aspirar 
- Afastar os tecidos para melhor visibilidade - Depositar 0,3ml de solução lentamente 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Não deixar os tecidos inflarem como um balão 
 - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento 
 
 
 BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: TÉCNICA 
 DE GOW-GATES (BNMGG) 
 
- OUTROS NOMES: bloqueio nervoso da terceira divisão; bloqueio nervoso V³...................................... 
- A técnica Gow-Gates é um verdadeiro bloqueio nervoso mandibular por proporcionar anestesia em 
praticamente toda a distribuição de V³........................................................................................................ 
- O nervo alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o auriculotemporal e o bucal 
são todos bloqueados............................................................................................................................. 
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, mentual, incisivo, lingual, auriculotemporal, milo-hióideo 
e bucal (em 75% dos pacientes).............................................................................................................. 
- ÁREAS ANESTESIADAS....................................................................................................................... 
 • Dentes inferiores até a linha média;................................................................................................ 
FIGURA 12.2.1: Área anestesiada por um bloqueio do nervo bucal. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURAS 12.2.2 e 12.2.3: Alinhamento da seringa: paralelamente ao plano oclusal no lado da injeção, mas bucal a ele, e 
distal e bucalmente ao último molar. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
36 
 
 • Mucoperiósteo e mucosas bucais do lado da injeção;......................................................................... 
 • 2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade oral; ........................................................................ 
 • Tecidos moles e periósteo da língua; .................................................................................................. 
 • Corpo da mandíbula; ................................................. ........................................... .............................. 
 • Pele do zigoma e regiões temporais. ........................................... ............................................. 
- INDICAÇÕES 
 • Múltiplos procedimentos nos dentes inferiores; ................................................................................... 
 • Procedimentos nos tecidos moles bucais ou linguais do terceiro molar até a linha média;............ 
 • Quando o bloqueio do nervo alveolar inferior não se fez efetivo................................................ 
- VANTAGENS: maior frequência de êxito que o BNAI; menor índice de aspiração positiva (2% vs 10% 
a 15% do BNAI); ausência de problemas de inervação acessória aos dentes inferiores; requer apenas 
uma injeção; o bloqueio nervoso bucal é geralmente desnecessário. 
- DESVANTAGEM: o índice do insucesso usando o BNMGG pode ser tao alto quando o insucesso do 
BNAI caso o dentista não tenha experiência com a técnica. 
- COMPLICAÇÕES: hematoma; trismo (raro); paralisia temporária do III, IV e VI nervos cranianos 
(causando diplopia, blefaroptose, paralisia completo do olho por até 20 minutos após a injeção). 
 
 
 
 
FIGURA 12.3.1: Área anestesiada por um bloqueio do nervo mandibular (de Gow-Gates). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.3.2: Área alvo: colo do côndilo. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed 
(6° edição)” 
FIGURA 12.3.3: Marcos extraorais 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed 
(6° edição)”FIGURA 12.3.4: O corpo da seringa e a 
agulha ficam paralelos à linha que conecta 
o canto da boca ao tragus. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – 
Malamed (6° edição)” 
 
37 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Dirigir a seringa para a área alvo 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa da parte mesial do ramo 
mandibular, numa linha do trago até o canto da boca, ime- 
diatamente distal ao último molar do arco superior 
- OBS: a altura de inserção é maior que aquela do BNAI 
- Orientação do bisel é irrelevante 
- Introduzir a agulha lentamente até tocar osso (colo do côn- 
dilo) aproximadamente 25mm – 2/3 da agulha longa) - ÁREA ALVO: lateral do colo condilar 
- REFERÊNCIA EXTRAORAL: borda inferior do tragos e co- 
missura labial 
- Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal 
- Aspirar (se a aspiração for positiva, retrair a agulha e re- 
angula-la um pouco para superior. Normalmente isso ocorre 
na artéria maxilar interna (que está inferior à área alvo) 
- REFERÊNCIA INTRAORAL: cúspide mesiolingual e face 
distal do segundo molar maxilar 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Depositar 1,8ml - 3ml de solução lentamente 
- Dirigir a seringa a partir do canto da boca do lado oposto - Pedir para o paciente manter a boca aberta por 2 minutos 
para permitir a difusão do anestésico - A agulha deve ser colocada imediatamente à distal do último 
molar superior, e na altura imediatamente abaixo da cúspide 
mesiolingual desse mesmo dente 
- Aguardar pelo menos 5 minutos antes do procedimento 
(o início da anestesia pelo BNMGG é mais lento) 
- Alinhar a agulha com o plano comissura-tragos 
 
 
 BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA FECHADA DE 
 VAZIRANI-AKINOSI 
 
- OUTROS NOMES: técnica da tuberosidade. 
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, incisivo, mentual, lingual e milo-hióideo. 
- ÁREAS ANESTESIADAS 
 • Dentes inferiores até a linha média; 
 • Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo mandibular; 
 • Mucoperiósteo e mucosas bucais anteriores ao forame mentual; 
 • 2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual); 
 • Tecidos moles e periósteo linguais (nervo lingual). 
- INDICAÇÕES 
 • Pacientes com limitação de abertura bucal, trismo; 
 • Pacientes com presença de espasmos dos músculos da mastigação; 
 • Múltiplos procedimentos em dentes inferiores; 
 • Incapacidade de ver pontos de referência para o BNAI (por exemplo, devido à língua grande). 
- VANTAGENS: relativamente atraumático, baixa frequência de aspiração, proporciona uma anestesia 
FIGURA 12.3.5: Marcos intraorais. A ponta da agulha é colocada imediatamente abaixo da cúspide mesiolingual do segundo molar ma-
xilar A (e é movida até um ponto imediatamente distal ao molar) B (mantendo a altura da etapa anterior). Esse é o ponto de inserção. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
38 
 
eficaz na presença de um nervo alveolar inferior bífido e de canais mandibulares bífidos. 
- DESVANTAGENS: difícil visualização da trajetória da agulha e a profundidade de inserção; nenhum 
contato ósseo (profundidade de penetração arbitrária). 
- COMPLICAÇÕES: hematoma; trismo (raro); paralisia transitória do nervo facial (causada pela inser- 
ção excessiva e a injeção da solução anestésica na glândula parótida). 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Manter a agulha paralela ao plano oclusal e na altura da 
junção mucogengival do segundo ou terceiro molares superi- 
ores 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles sobrejacentes à 
borda lingual do ramo mandibular adjacente à tuberosidade 
maxilar, na parte alta da junção mucogengival do segundo 
ou terceiro molar maxilar 
- Bisel voltado para a linha média 
- Introduzir a agulha posteriormente e um pouco lateralmente, 
de modo que ela avance tangente ao processo alveolar supe- 
rior posterior e paralela ao plano oclusal 
- ÁREA ALVO: tecidos moles na região do nervo alveolar 
inferior, do lingual e do milo-hióideo. A altura da injeção é 
abaixo da BNMGG e acima do BNAI - Introduzir a agulha 25mm – 2/3 da agulha longa 
- PONTOS DE REFERÊNCIA: junção mucogengival do 
terceiro ou segundo molar superior; tuberosidade maxilar e 
incisura coronoide 
- Aspirar 
- Depositar 1,5ml – 1,8ml de solução lentamente 
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento 
- Pedir para o paciente ocluir suavemente 
 
 
 
FIGURA 12.4.1: Área anestesiada por um bloqueio de Gow-Gates. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.4.2: A (Área de inserção da agulha em um bloqueio de Vazirani-
Akinosi), B (Mantenha a seringa e a agulha na altura da junção mucogengi-
val acima do terceiro molar maxilar). 
 
FIGURAS 12.4.3 e 12.4.4: O corpo daseringa é mantido paralelo ao plano oclusal maxilar, com a agulha 
no nível da junção mucogengival do segundo e terceiro molares maxilares. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.4.5: Avance a agulha posteriormente até 
os tecidos no lado medial do ramo mandibular. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed 
(6° edição)” 
A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie! 
39 
 
 BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL 
- O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar inferior, e se localiza entre o ápice do 
primeiro e do segundo pré-molares inferiores. 
- NERVO ANESTESIADO: mentual. 
- ÁREAS ANESTESIADAS: membrana mucosa bucal anteriormente ao forame mentual até a linha 
média, e a pele do lábio inferior e do queixo. 
- INDICAÇÕES: biópsias dos tecidos moles; suturas de tecidos moles. 
- PRECAUÇÕES: evite tocar no periósteo com a agulha (doloroso). O contato da agulha com o nervo 
mentual pode ocasionar uma sensação de “choque”. 
- COMPLICAÇÕES: hematoma, parestesias no lábio e/ou queixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA 
- Agulha curta calibre 25 ou 27 - Secar com gaze e aplicar anestésico tópico 
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: prega mucobucal no forame 
mentual ou imediatamente anterior à ele 
- Afastar a mucosa (melhor visualização) 
- Bisel voltado para o osso 
- ÁREA ALVO: nervo mentual - Introduzir a agulha até o forame (5-6mm) 
- Peça para o paciente fechar parcialmente a boca - Aspirar 
- Com o dedo, localizar extraoralmente o forame mentual. 
Pode ser que o paciente sinta algum incomodo 
- Depositar 0,6ml de solução anestésica (1/3 do tubete) 
- Aguardar de 2 a 3 minutos antes do procedimento 
- OBS: o osso posterior e anterior ao forame é liso, mas 
em torno dele, é mais áspero 
 
 
 
FIGURA 12.5.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo mentual. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.5.3: Posição do cirurgião-dentista para bloqueio do nervo mentual direito (A) e esquerdo (B). 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
FIGURA 12.5.2: Localize o forame mentual movendo o dedo na 
região anterior até o osso parecer irregular e côncavo. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” 
 
FIGURA 12.5.4: Local de penetração da agulha. 
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Ma-
lamed (6° edição)” 
 
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 BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO 
 
- O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar inferior como uma continuação direta deste 
no forame mentual, seguindo anteriormente pelo canal incisivo, fornecendo inervação àqueles dentes 
anteriormente ao forame mentual. 
- NERVOS ANESTESIADOS: mentual e incisivo. 
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