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Apostila de laboratoriais

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Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
BALÃO DE FUNDO CHATO 
 
♥ Utilizado em destilações, preparo ou diluição 
de soluções. 
♥ A capacidade de apoio em superfícies planas 
o deixa propício para aquecimentos tanto em 
tela de amianto quanto em tripé. 
BALÃO DE FUNDO REDONDO 
 
♥ Semelhante ao balão de fundo chato. 
♥ Propício para destilações, aquecimento de 
fluidos. 
♥ Muito utilizado acoplado a um 
rotaevaporador. 
BECKER 
 
♥ Serve para dissolução de substâncias, 
realização de misturas e preparo de soluções. 
 
TUBO DE ENSAIO 
 
♥ Realização de pequenos testes ou pequenas 
reações. 
PIPETA 
 
♥ Transfere líquidos entre recipientes. 
♥ Pipeta graduada = mede volumes variáveis 
de líquidos. 
♥ Pipeta volumétrica = mede apenas um 
volume fixo, mas com precisão. 
PROVETA 
 
♥ Medição de volumes de líquidos com menor 
precisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
BURETA 
 
♥ Transfere um certo volume de líquido com o 
controle de saída por válvulas manuais, ou seja, 
por escoamento. 
ERLENMEYER 
 
♥ Serve para misturar soluções, evitando a 
perda por transbordamento durante a agitação, 
devido ao seu formato. 
♥ Muito utilizado com a bureta nas práticas de 
titulação. 
VIDRO DE RELÓGIO 
 
♥ Apoio para aquecimento de substâncias e 
para pesar pequenas quantidades de 
substâncias. 
♥ Também pode ser improvisado como tampa 
para outra vidraria; 
BALÃO DE DESTILAÇÃO 
 
♥ Utilizado na montagem da destilação; 
CONDENSADOR 
 
♥ Condensa os vapores produzidos no 
processo de destilação. 
FUNIL DE DECANTAÇÃO OU BROMO 
 
♥ Serve para a separação de líquidos imiscíveis 
por decantação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
FUNIL COMUM 
 
♥ Serve tanto para colocar outros líquidos em 
recipientes de abertura pequena, quanto para 
filtragem, usando papel filtro. 
KITASSATO 
 
♥ Utilizado na filtração à vácuo. 
PLACA DE PETRI 
 
♥ Utilizada para secar substâncias e para 
desenvolvimento de meios de cultura 
bacteriológicos e para realizar reações em 
escala reduzida. 
 
BAQUETA OU BASTÃO DE VIDRO 
 
♥ Utilizado para mexer, misturar, agitar líquidos 
ou soluções. 
DESSECADOR 
 
♥ Utilizado para guardar substâncias em um 
ambiente interno que contém baixa umidade. 
ALMOFARIZ E PISTILO 
 
♥ Utilizados na trituração de sólidos. 
♥ Normalmente constituídos de material 
cerâmico ou vidro. 
 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
CADINHO DE PORCELANA 
 
♥ Utilizado para aquecimento e fusão de sólidos 
à altas temperaturas. 
BICO DE BUNSEN 
 
♥ Utilizado para aquecimento de substâncias. 
TELA DE AMIANTO 
 
♥ Deve ser colocada em cima de um tripé e 
serve de apoio para a vidraria que será 
aquecida, impedindo que a chama entre em 
contato direto com ela, espalhando o 
aquecimento por toda base. 
CENTRÍFUGA 
 
♥ Importante para separação rápida de 
elementos líquidos com densidades diferentes, 
ou elementos líquidos e sólidos. 
BANHO-MARIA 
 
♥ Aquece amostras de forma lenta e uniforme. 
HOMOGENEIZADOR DE TUBOS 
 
♥ Serve para rotacionar tubos de coleta, 
homogeneizando o sangue, por exemplo. 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
LÂMINAS 
 
♥ Serve para identificação e posterior 
visualização em microscópio de estruturas, 
podendo ter fundo fosco ou não. 
MICROSCÓPIO 
 
♥ Utilizado para visualizar estruturas não 
identificáveis a olho nu. 
AGITADOR/AQUECEDOR MAGNÉTICO + 
BARRA MAGNÉTICA PARA AGITADOR 
 
♥ Utilizado para aquecer e agitar soluções com 
o “peixinho” (Barra magnética para agitador), 
fazendo movimentos circulares. 
ANEL OU ARGOLA 
 
♥ Utilizado para sustentação do funil, preso a 
uma haste do suporte universal. 
BALANÇA DE PRECISÃO 
 
♥ Utilizado para medir a massa de reagentes e 
compostos quando há a necessidade de alta 
precisão. 
♥ Possui subtipos: balanças industriais, balanças 
de uso geral, balanças semi-analíticas e balanças 
analíticas. 
PISSETE OU PISSETA 
 
♥ Utilizado para alocar soluções e reagentes. 
 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Exemplos: água destilada ou deionizada, 
detergentes. 
APARELHO DE KIPP 
 
♥ Utilizado para preparo de pequenos volumes 
de gases. 
 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
♥ Biossegurança: afastamento do perigo 
relacionado à saúde. 
♥ Definição da ANVISA: condição de segurança 
alcançada por um conjunto de ações destinadas 
a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos 
inerentes as atividades que possam 
comprometer a saúde humana, animal e o meio 
ambiente. 
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 
Vestimentas apropriadas (calça comprida, 
sapato fechado) 
Equipamento de proteção individual (jaleco 
Guardar materiais pessoais em local separado 
Manter os cabelos presos 
Usar pouca maquiagem e joias 
♥ Laboratório projetado de modo a permitir 
fácil limpeza. 
♥ Não permitida a entrada de animais ou 
pessoas não autorizadas. 
♥ Manter o laboratório sempre limpo e 
organizado. 
♥ Limpar e desligar corretamente os 
microscópios. 
♥ Manter substâncias inflamáveis longe das 
chamas. 
♥ Verificar sempre o bico de gás, se há 
vazamentos e fechar o registro sempre após o 
uso. 
♥ Estudantes com feridas ou alergias não 
devem manipular material biológico. 
♥ Lavar as mãos com água e sabonete antes e 
depois do trabalho. 
♥ Fazer a desinfecção das bancadas com álcool 
70% antes e depois dos trabalhos. 
♥ Proibido comer, beber ou fumar dentro do 
laboratório, presença de animais, trabalhar 
sozinho, levar a boca qualquer material, trazer 
material pessoal para a área de trabalho, levar 
material do laboratório para casa, deixar 
material contaminado nas bancadas ou pias. 
♥ Descartar os materiais em locais apropriados 
(resíduos infectantes, resíduos perfurocortante). 
SIMBOLOS DE BIOSSEGURANÇA 
 
 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
♥ Antes e depois da manipulação de materiais 
dentro do laboratório. 
♥ Utilizar água corrente e sabão. 
♥ Uso de luvas de proteção não substitui a 
lavagem correta das mãos. 
♥ Ordem de lavagem: palma, dorso, espaços 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
interdigitais, polegar, articulação dos dedos, 
unhas e extremidades e punhos. 
 
♥ Após a lavagem, manter a mão elevada para 
evitar que água contaminada escorra no sentido 
do cotovelo para a mão. 
EQUPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL (EPI) 
♥ Jaleco: 
 - Barreira de proteção e reduz a possibilidade 
de contaminação por microrganismos. 
 - Previne a contaminação de roupas e 
protege a pele. 
 - Deve ser de manga longa, algodão ou fibra 
sintética. 
 - Uso constante apenas em ambiente 
laboratorial. 
 * Nunca sair do laboratório com jaleco, retirar 
antes de sair e pôr ao entrar. 
 
 
♥ Luvas: 
 - Utilizadas para manipulação de materiais 
potencialmente infectantes, produtos químicos 
ou em condições de temperaturas extremas. 
 - Podem ser de látex, de cloreto de viníla 
(PVC) e látex nitrílico, de fibra de vidro com 
polietileno reversível, de fio de kevlar tricotado, 
térmicas de nylon e de borracha. 
 
 
 
♥ Máscara: 
 - Protege ou minimiza a inalação de gases, 
poeira, névoas e voláteis. 
 - Pode ser de tecido, sintética e com filtro. 
 - Classificação dos filtros: 
 ⤿ PFF1: poeiras e névoas. 
 ⤿ PFF2: poeiras, névoas, fumos e agentes 
biológicos/voláteis. 
 ⤿ PFF3: poeiras, névoas, fumos, 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
radionuclídeos e preparação de quimioterápicos 
e citostáticos/voláteis. 
 
* PFF = Pecas Faciais Filtrantes. 
♥ Touca: 
 - Protege o cabelo do contato com materiais 
infectantese produtos químicos. 
♥ Óculos de proteção e protetor facial (face 
shield): 
 - Protege os olhos e o rosto contra gotas, 
impacto, borrifo, salpicos e radiação ultravioleta. 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
COLETIVA (EPC) 
♥ Chuveiro de emergência: 
 - Para banhos em casos de acidentes com 
produtos químicos e fogo. 
 - Instalado em local de fácil acesso sendo 
acionado por alavancas de mão, cotovelos ou 
joelhos. 
♥ Lava-olhos: 
 - Usado em casos de acidentes na mucosa 
ocular, promovendo a remoção da substância e 
diminuindo os danos. 
♥ Autoclave: 
 - Para esterilização de materiais ou resíduos 
produzidos em laboratório, diminuindo os 
efeitos contaminantes dos resíduos sobre o 
meio ambiente. 
 
♥ Cabines de segurança biológica: 
 - Protege o profissional e o ambiente 
laboratorial dos aerossóis potencial infectantes 
que podem se espalhar durante a manipulação 
dos materiais biológicos. 
 
♥ Extintores de incêndio: 
 - Para acidentes envolvendo fogo. 
 - Classificados de acordo com o material 
envolvido no incêndio: 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Kit de derramamento: 
 - Luvas, vermiculita e máscara com filtros. 
 - Manter o kit em local visível e de fácil acesso. 
 
DESCONTAMINAÇÃO 
♥ Eliminação parcial ou total de um 
microrganismo com o objetivo de tornas o 
material biológico seguro para descarte ou 
reutilização. 
➥ Esterilização: Remoção/destruição de todas 
as formas de vida microbiana; 
➥ Esterilização comercial: com calor suficiente 
para matar endoporos de Clostridium botulinum 
em alimentos enlatados; 
➥ Desinfecção: Destruição de patógenos na 
forma vegetativa de uma superfície ou objeto; 
➥ Antissepsia: Destruição de patógenos na 
forma vegetativa em tecidos vivos; 
➥ Degerminação: Remoção (mecânica) de 
micro-organismos de uma área limitada; 
➥ Sanitização: Reduz a quantidade de micro-
organismos a níveis seguros de saúde pública; 
*cida = morte 
➥ Biocida ou germicida: mata os micro-
organismos; 
 - Fungicida; 
 - Viricida; 
 - Bactericida; 
*stático/stase = inibe o crescimento e 
multiplicação; 
➥ Bacteriostase: inibe o crescimento e a 
multiplicação de bactérias; 
➥ Sepse: contaminação bacteriana; 
➥ Assepsia: ausência de contaminação 
significativa; 
FATORES QUE INFLUENCIAM A 
EFETIVIDADE 
♥ Número de micro-organismos; 
♥ Influências ambientais; 
♥ Tempo de exposição; 
♥ Características microbianas. 
AÇÕES DOS AGENTES DE CONTROLE 
MICROBIANO 
♥ Alteram a permeabilidade da membrana: 
causando o extravasamento do conteúdo 
celular; 
♥ Danificam as proteínas e os ácidos nucleicos. 
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE 
♥ Calor: 
- Ponto de Morte Térmica (PMT) = menor 
temperatura para matar os micro-organismos 
de uma amostra em 10 minutos; 
- Tempo de Morte Térmica (TMT) = tempo 
mínimo para matar os micro-organismos de 
uma amostra a certa temperatura; 
- Tempo de Redução Decimal (TRD): tempo 
para matar 90% dos micro-organismos de uma 
amostra a determinada temperatura; 
 
1- Calor úmido: 
 ➥ Fervura, vapor de fluxo livre (passagem de 
vapor), autoclave (temp. + pressão), 
pasteurização, tratamentos de temperatura 
ultraelevada (UHT). 
*OBS Bactérias termodúricas: resistentes à 
pasteurização; 
2- Calor seco: 
♥ Chama direta, esterilização em ar quente, 
incineração; 
♥ Filtração: 
- Filtros de partículas de ar de alta eficiência 
(HEPA), filtros de membrana; 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Baixas temperaturas: 
 ➥ Congelamento profundo, refrigeração, 
liofilização; 
♥ Alta pressão; 
♥ Dessecação: ausência de água; 
- Liofilização, também chamada de 
congelamento-dessecação; 
♥ Pressão osmótica: alta concentração de sais; 
♥ Radiação: 
- Ionizante = atua destruindo o DNA; 
- Não-ionizante = atua lesando o DNA; 
*Radiação ultravioleta; 
AUTOCLAVE 
♥ Calor úmido + alta pressão. 
♥ Descontamina utensílios laboratoriais e 
materiais para descarte. 
ESTUFA OU FORNO DE PAUSTER 
♥ Altas temperaturas. 
♥ Efetivos para materiais que não suportam 
umidade como metais. 
MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE 
♥ Utilizados em materiais que não suportam os 
processos com altas temperaturas. 
♥ Poucos agentes químicos obtêm a 
esterilidade, a maioria reduz as populações 
microbianas em níveis seguros ou removem as 
formas vegetativas dos patógenos em objetos. 
♥ A concentração de um desinfetante afeta sua 
ação, assim ele deve ser utilizado como 
especifica o fabricante. 
 
♥ Um dos agentes utilizados é o óxido de 
etileno. 
♥ Utilização do álcool a 70% (etanol ou 
isopropílico): para desinfecção da pele, bancada 
e equipamentos. 
♥ Hipoclorito de sódio a 5%: aplicado para 
descontaminação de pisos, vidrarias e inativação 
química de material biológico. 
DESCARTE DE MATERIAIS 
PERFUROCORTANTES 
♥ Descartados na caixa de perfurocortantes. 
♥ A agulha não deve ser retirada da seringa 
após o uso. 
♥ Nunca reencapar uma agulha com a mão 
mas sim colocando em um balcão, reencapando 
e por fim fechando com a mão. 
 
ORDEM DE PARAMENTAÇÃO 
- Colocar o jaleco 
- Colocar a touca/gorro 
- Higienizar as mãos 
- Trocar a máscara, se necessário 
- Colocar o face shield 
- Caso seja necessário usar luvas, higienize as 
mãos novamente e depois as coloque 
 
ORDEM DE DESPARAMENTAÇÃO 
- Caso esteja de luvas, remova as luvas e 
descarte no lixo biológico 
- Remova o face shield e a touca/gorro 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
- Higienizar as mãos 
- Troque de máscara 
- Higienizar as mãos com água e sabão ou 
álcool 
- Remova o jaleco 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
♥ Exame laboratorial que estuda os 
componentes celulares do sangue. 
♥ Séries: vermelha, branca e plaquetária. 
♥ Análise quantitativa e qualitativa. 
 
♥ Células sanguíneas e componentes celulares 
estudados: 
 
♥ Envolve 4 etapas: 
 1. Coleta e processamento da amostra de 
sangue periférico. 
 2. Contagem das células, incluindo 
determinação dos índices da série vermelha e 
das plaquetas. 
 3. Determinação diferencial dos leucócitos. 
 4. Microscopia do esfregaço de sangue 
periférico para avaliação de potenciais 
anormalidades morfológicas. 
INTERFERENTES 
PRÉ-ANALÍTICOS 
♥ Engloba de 40 a 75% dos erros. 
♥ Fatores fisiológicos: 
 - Idade, gênero. 
♥ Fatores endógenos: 
 - Anticorpos do paciente, medicações de uso 
contínuo. 
♥ Indicação do exame; 
♥ Perda da solicitação médica. 
♥ Ausência de entrada da solicitação médica no 
sistema de informática. 
♥ Leitura e interpretação da solicitação: 
 - Dificuldade na interpretação por 
consequência da caligrafia do médico. 
♥ Inadequações de coleta e manipulação da 
amostra: 
 - Coleta inadequada; 
 - Erro na identificação do paciente; 
 - Tubo inadequado ou sequência incorreta; 
 - Em membro com rota de infusão 
intravenosa. 
♥ Acondicionamento: 
 - Amostra sem refrigeração. 
♥ Transporte: 
 - Perda do tubo. 
ANALÍTICA 
♥ 5 a 15% das alterações no resultado. 
♥ Principal erro é a análise equivocada das 
células sanguíneas. 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
PÓS-ANALÍTICA 
♥ Interpretação errônea dos resultados e 
identificação inadequada. 
♥ 20 – 45% dos interferentes nos resultados. 
TUBOS DE COLETA 
♥ Sequência correta de tubos: 
1. Frasco com hemocultura. 
2.Tampa azul-claro = com citrato; 
*Pode ter um preto = para VHS automatizado; 
3. Tampa vermelha/amarela = com soro 
ativador de coágulo ; 
4. Tampa verde = com heparina 
5. Tampa lilás/roxa = com EDTA; 
6. Tampa cinza = com fluoreto; 
 
♥ PARA HEMOGRAMA = TAMPA ROXA COM 
EDTA = Quelante de cálcio. 
♥ Para estudos da série eritrocitária utilizamos o 
de tapa verde com heparina. 
 - Promove a aglutinação de leucócitos e 
plaquetas.♥ Para o coagulograma utilizamos o de tampa 
azul com citrato. 
 
 
 
 
COLETA 
♥ Deve-se considerar a variação cronobiológica 
(idade, sexo, posição do corpo, atividade física, 
dieta, jejum, gestação, medicamentos, 
tabagismo, etilismo, horário do dia). 
♥ Jejum: 
 - Recomendado por 4, 8 ou 12 horas; 
 - Permite-se a ingesta de água e 
medicamentos de uso contínuo. 
♥ Momento da coleta: 
 - Manhã. 
 - Paciente com 15 minutos de repouso; 
 * 30 minutos caso queira dosar prolactina, 
catecolaminas plasmáticas e testes funcionais. 
 - Colocar data e hora. 
♥ Identificação do paciente: 
 - Padrão do Programa Nacional de Segurança 
do Paciente = Mínimo de 2 informações. 
♥ Posição para coleta: 
 - Sentado; 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 - Braço apoiado e cotovelo estendido. 
 
♥ Escolha do local para venopunção: 
 - Mais utilizado = FOSSA ANTECUBITAL. 
 - 1ª escolha: veia cubital mediana e veia 
cefálica. 
 
 
 
 - 2ª escolha: Veias do dorso da mão. 
 
♥ Visualização e palpação da veia: 
 - Palpação da veia com uma massagem 
suave no local de escolha. 
 - Caso disponível, um sistema de iluminação 
transdérmica pode ser utilizado. 
 
 
♥ Uso de torniquetes/garrotes: 
 - A 7cm do local da punção. 
 - Não utilizar por mais de 1 minuto 
(recomendado 30 segundos de uso). 
 - Esperar 2 minutos para reutilização no 
mesmo local. 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 - Podem ser de diversos materiais/formas: 
 
♥ Dispositivos/materiais utilizados: 
 - EPIs como luva de procedimento. 
 - Quando utilizar o cateter agulhado/Scalps 
(Butterfly), utilizar a numeração adequada + o 
equipo: 
 ⤿ 19 (maior calibre), 21, 23, 25 e 27. 
 ⤿ Utilizados em terapias de curta duração. 
 
 
 - Bandeja ou cuba rim. 
 
 - Algodão embebido em álcool 70%. 
 - Garrote/torniquete. 
 - Fita, quando necessário. 
RESUMO DO MATERIAL NECESSÁRIO PARA 
COLETA À VÁCUO 
Bandeja ou cuba rim; 
Luvas de procedimento; 
Bolas de algodão; 
Álcool 70%; 
Face shield; 
Etiqueta de identificação; 
Tubos à vácuo; 
Garrote; 
Adaptador e tubo para coleta à vácuo; 
Agulha; 
TÉCNICA DE COLETA 
♥ Pode ser realizada à vácuo ou por agulha e 
seringa; 
♥ Observações: 
 - Após inserir a agulha no local de punção, 
nunca tire sua mão e deixe a agulha sem apoio; 
 - Para melhor visualização da veia alguns 
profissionais recomendam pedir para o paciente 
abrir e fechar a mão, assim como também fazer 
leves pressões no sentido distal para proximal 
próximo ao local da veia; 
PASSO A PASSO PARA A COLETA 
Higienizar as mãos corretamente; 
Ler atentamente o pedido ou a etiqueta de 
solicitação do exame; 
Reunir e preparar o material necessário para 
coleta; 
Localizar o paciente pela identificação no 
leito, perguntar seu nome completo; 
Apresentar-se ao paciente e explicar o 
procedimento; 
Certificar que o paciente realizou o jejum 
recomendado, repousou 15 minutos, ingeriu 
medicamentos; 
Avaliar e selecionar a veia do paciente; 
Abrir a embalagem da agulha até expor o 
canhão e acoplar a agulha ao adaptador até 
ficar firme; 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
Perguntar ao paciente qual a sua preferência 
quanto ao braço e posicionar o braço 
escolhido; 
Calçar as luvas de procedimento; 
Colocar o garrote cerca de 7 – 10 cm acima 
do local a ser puncionado; 
Fazer antissepsia, deixar secar 
completamente; 
Remover o protetor da agulha e fixar a veia 
esticando levemente a pele com a mão não 
dominante (sem tocar no local da antissepsia); 
Fazer a punção numa angulação compatível 
com a profundidade da veia (10º – 45º), com 
o bisel da agulha voltado para cima; 
Introduzir o tubo à vácuo no adaptador e 
empurrar em direção à agulha até o final (a 
fim de perfurar o diafragma da tampa); 
Aguardar o enchimento do tubo à vácuo; 
Remover o garrote; 
Retirar o tubo cheio de sangue do adaptador; 
Homogeneizar a amostra de sangue com 
movimentos suaves por três vezes; 
Colocar algodão sem álcool sobre a agulha; 
Retirar a agulha e comprimir ligeiramente o 
local com algodão; 
Solicitar ao paciente que comprima o local da 
punção por 1 ou 2 minutos, eleve o braço e 
mantenha-o estendido; 
Desprezar agulhas e seringas no recipiente de 
material perfurocortante; 
Desprezar luvas e algodão no lixo infectante; 
Realizar a desinfecção do adaptador e 
guardá-lo; 
Identificar o tubo; 
Recompor a unidade; 
Higienizar as mãos; 
Encaminhar a amostra de sangue ao 
laboratório; 
Registrar o procedimento. 
ERITROGRAMA 
♥ Análise da série vermelha: tecido eritroblástico 
da medula óssea e as hemácias/eritrócitos. 
♥ Identifica e quantifica, auxiliando na 
investigação diagnóstica de alterações. 
♥ Estuda: 
 - Contagem de hemácias; 
 - Hemoglobina; 
 - Índices hematimétricos: 
 ⤿ Volume Corpuscular Médio (VCM); 
 ⤿ Concentração hemoglobínica corpuscular 
média (HCM); 
 ⤿ Amplitude de distribuição das hemácias 
(RDW). 
 - Em alguns casos: morfologia eritrocitária ao 
microscópio. 
CONTAGEM DE HEMÁCIAS 
♥ Varia de acordo com a idade e gênero. 
♥ Homens possuem uma maior contagem 
comparados a mulheres, já que os andrógenos 
aumentam a sensibilidade do tecido 
eritroblástico à eritropoetina e os estrógenos 
desestimulam a eritropoese. 
♥ Obtida por contadores automáticos. 
♥ Deve ser interpretada considerando o 
contexto do exame. 
♥ Nunca deve ser usada isoladamente para 
diagnóstico de anemia. 
 
 
 
 
♥ Valores inferiores ao VR = Oligocitemia. 
♥ Valores superiores ao VR = Poliglobulia. 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
Mulheres adultas: 4,1 – 5,4 /mm³ 
Homens adultos: 4,5 – 6,1 /mm³ 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Algumas causas de Poliglobulia: 
 - Neoplasias mieloproliferativas; 
 - Desidratação grave; 
♥ Algumas causas de Oligocitemia: 
 - Anemias; 
DOSAGEM DE HEMOGLOBINA (HB) 
♥ Valores variam com o sexo; 
♥ Valor médio de 15 g/dL; 
 
 
 
♥ Anemias podem diminuir os valores de Hb; 
♥ Grandes altitudes, baixa pressão de oxigênio, 
doença pulmonar ou cardíaca avançadas e 
neoplasias mieloproliferativas podem elevar os 
valores de Hb; 
HEMATÓCRITO (HT) 
♥ Concentração de eritrócitos numa certa 
quantidade de sangue total. 
♥ Utilizado par a avaliar alterações volêmicas já 
que o Ht é associado com a viscosidade do 
sangue. 
 
 
 
♥ O volume do Ht costuma ser 3 vezes maior 
que a dosagem da Hb. 
♥ Erros podem ocorrer em pacientes com 
policitemia ou altas contagens de leucócitos. 
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) 
♥ Valor médio do volume dos eritrócitos. 
♥ Determinado por instrumentos automáticos e 
calculado dividindo o Ht pelo número de 
eritrócitos presentes nesse volume 
 
 
 
♥ Valores acima = Macrocitose. 
 - Possíveis causas: leucocitose pronunciada, 
numerosas plaquetas grandes, crioaglutininas, 
intoxicação por metanol, hiperglicemia 
acentuada e reticulocitose pronunciada. 
♥ Valores abaixo = Microcitose. 
 - Possíveis causas: hemólise in vitro ou 
fragmentação dos eritrócitos. 
♥ Valor de referência igual para homens e 
mulheres. 
 
 
 
HISTOGRAMA E RDW 
♥ Subprodutos do VCM individual. 
♥ Avaliam a heterogeneidade volumétrica dos 
eritrócitos. 
♥ Histograma = curva formada a partir dos 
valores do VCM de cada eritrócito; 
 - Normal: similar a gaussiana e de abertura 
estreita. 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
Mulheres adultas: 11,5 – 15,5 g/dL 
Homens adultos: 12,5 – 16,5 g/dL 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
Mulheres adultas: 36 – 48% 
Homens adultos: 40 – 54% 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
80 – 98 fL 
VCM = Ht x 10 / Hm 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 - O VCM pode ser obtido da média 
aritmética dos valores contidos nessa curva.- RDW normal / RDW aumentado. 
♥ RDW = Red Blood Cell Distribution Width; 
 - Amplitude de distribuição dos eritrócitos. 
 
 
♥ Valores mais baixos = homogeneidade; 
♥ Valores mais altos = heterogeneidade 
excessiva (Anisocitose). 
♥ Utilizado em diagnósticos diferenciais das 
anemias por deficiência na síntese de 
hemoglobina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA 
(HCM) 
♥ Quantidade média de hemoglobina em uma 
hemácia. 
 
 
 
 
 
CONCENTRAÇÃO HEMOGLOBÍNICA 
CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) 
♥ Concentração média de hemoglobina por 
hemácia. 
 
 
 
 
♥ Sua medida gera uma curva, ou seja, um 
histograma do CHCM. 
 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
11 -15% 
Na anemia ferropriva há prejuízo na formação 
da hemoglobina devido à deficiência de ferro, 
mas podem haver períodos de maior 
absorção, então encontramos eritrócitos 
microcíticos e macrocíticos, caracterizando 
uma anisocitose precoce. 
Na anemia sideroblástica há um defeito na 
síntese do heme que varia de eritrócito a 
eritrócito, o RDW é extremamente elevado, 
configurando uma anisocitose acentuada. 
 HCM = Hb x 10 / Hm 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
27 – 33 pg / eritrócito 
 CHCM = Hb x 100 / HT 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
32 – 36 g/dL 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
ESTIRAÇO HEMATOLÓGICO 
♥ Também chamado de extensão sanguínea. 
Materiais necessários para a extensão 
Lâmina de vidro; 
Lâmina extensora; 
Sangue; 
Coloração panótica; 
Cubas de coloração; 
Microscópio óptico. 
MÉTODO/ PROCEDIMENTO 
 
♥ Apoiar a lâmina de microscopia, já com 
identificação do paciente, sobre uma superfície 
limpa. 
♥ Certificar-se de que a lâmina têm boa 
qualidade e não está suja ou com vestígios de 
gordura. 
♥ Colocar uma pequena gota de sangue 
próxima a uma das extremidades da lâmina. 
 
 
♥ Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota 
de sangue em contato com sua borda. 
 - Para isso a lâmina extensora deve fazer um 
movimento para trás tocando a gota com o 
dorso em um ângulo de 45º. 
♥ O sangue da gota irá se espalhar pela borda 
da lâmina por capilaridade. 
 
♥ A lâmina então deve deslizar suave e 
uniformemente sobre a outra, em direção 
oposta a extremidade em que está a gota de 
sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina. 
 
♥ Depois de completamente estendido o 
sangue forma uma película sobre a lâmina de 
vidro. 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
♥ Deve se deixar o esfregaço secar sem 
nenhuma interferência. 
♥ Seguir para o passo de coloração. 
♥ Preparar as extensões sanguíneas e deixar 
secar em temperatura ambiente. 
♥ Submergir as lâminas na solução n, 5 
imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer 
bem. 
♥ Submergir as lâminas na solução 2, 5 
imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer. 
♥ Submergir as lâminas na solução 3, 5 
imersões de 1 segundo cada e deixar escorrer 
bem. 
♥ Lavar e secar na posição vertical e com o final 
da extensão voltado para cima. 
 
♥ Após pronto o estiraço é dividido em cabeça 
(região grossa), corpo (região adequada para 
leitura) e cauda (região muito fina). 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS DA SÉRIE 
VERMELHA 
 
♥ Alterações morfológicas dos eritrócitos: 
 
1. ACANTÓCITOS: 
 - Hemácias com pontas de diversos tamanhos 
 - Hepatomegalias, hipofunção esplênica, 
esplenectomizados. 
CORPO/MEDIAL 
CABEÇA/ESPESSA 
CAUDA/FINA 
ERITRÓCITOS 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
 
 
2. ANISOCITOSE: 
 - Hemácias maiores que o normal. 
 
 
3. CODÓCITOS: 
 - Hemácias em alvo. 
 - Hemoglobinopatias C, E ou S, síndromes 
talassêmicas e em pacientes com doença 
hepática. 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
4. DACRIÓCITOS: 
 - Forma de lágrima. 
 - Mielofibrose, quando em grande 
quantidade, e anemia, quando em pequena. 
 
5. DREPANÓCITOS: 
 - Forma de foice. 
 - Síndromes falciformes. 
 
6. ELIPTÓCITOS: 
 - Forma de charuto. 
 - Comum na eliptocitose em grandes 
quantidades e em anemia em poucas 
quantidades. 
 
 
7. ESTOMATÓCITOS: 
 - Semelhante a boca de peixe. 
 - Hepatopatias, sangue de recém-nascidos e 
na estomatocitose hereditária, uma anemia 
congênita muito rara. 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
8. ESQUIZÓCITOS: 
 - Hemácias fragmentadas. 
 - Quando há lesão mecânica, em casos de 
hemólise, ou em casos de pacientes que 
sofreram queimaduras. 
 
 
9. ESFERÓCITOS: 
 - Com biconcavidade reduzida. 
 - Defeitos genéticos nas proteínas de 
membrana ou pode ser adquirida, aparecendo 
em casos de anemia hemolítica autoimune. 
 
LEUCOGRAMA 
♥ Seção que avalia os glóbulos brancos. 
 
 
 
♥ Valores diferem para lactentes e crianças. 
♥ Representam as células sanguíneas de defesa. 
♥ Maioria concentrada na medula óssea (90%); 
♥ Compostos por leucócitos: 
 - Granulócitos: 
 ⤿ Neutrófilos; 
 ⤿ Basófilos; 
 ⤿ Eosinófilos. 
 - Agranulócitos; 
 ⤿ Linfócitos; 
 ⤿ Monócitos. 
NEUTRÓFILOS 
♥ Também chamados de leucócitos polimorfo-
nucleares; 
♥ 60 - 70% dos leucócitos; 
♥ Primeiros presentes em infecções bacterianas 
agudas; 
 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
4.000 a 11.000 /mm³ 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Célula jovem = Neutrófilo com núcleo em 
bastonete = Bastonetes; 
* Quando estão em excesso no sangue = ↑ da 
demanda para a medula óssea na produção de 
células de defesa: resposta a infecções e a 
inflamações; 
*Clinicamente: “desvio à esquerda” 
 
 
 
 
♥ Célula adulta/madura = multilobulada, com 
lóbulos ligados por finas pontes de cromatina; 
*Também chamado de segmentado; 
 
 
 
 
EOSINÓFILOS 
♥ 2 – 4% dos leucócitos; 
♥ Associam-se com parasitas, liberando toxinas;. 
♥ Envolvidos com reações alérgicas e 
verminoses; 
♥ Núcleo bilobulado; 
♥ Granulações ovoides (específicos) maiores 
que as dos neutrófilos + Grânulos azurófilos. 
 
BASÓFILOS 
♥ 0,5 – 1% dos leucócitos; 
♥ Responsáveis pelo inchaço (edema) e 
vermelhidão (eritema); 
* Iniciadores do processo inflamatório. 
♥ Núcleo volumoso, escurecido e irregular (“s”); 
♥ Grânulos maiores; 
 
MONÓCITOS 
♥ 3 – 8% dos leucócitos; 
♥ Diferenciam-se em macrófagos que atuam 
como células apresentadoras de antígeno e no 
sistema imune; 
mononuclear; 
♥ Núcleo ovoide, em forma de rim ou ferradura, 
pouco mais claro que o dos linfócitos; 
*2 ou 3 nucléolos; 
 
♥ Monocitose = aumento de monócitos; 
♥ Monocitopenia = diminuição de monócitos; 
LINFÓCITOS 
♥ 20 – 50 % dos leucócitos; 
♥ Defesa imunológica do organismo; 
* Resposta humoral (imunoglobulinas) e 
citotóxica; 
♥ Núcleo esférico, escuro; 
♥ Citoplasma escasso; 
 
♥ Tipos: 
- B = Imunidade humoral e diferenciação em 
plasmócitos (secretores de IG); 
- T = Imunidade celular, reconhecimento de 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
2.000 a 75.000 /mm³ 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
100 a 400 /mm³ 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
tumores e rejeição de órgãos; 
- Atípicos = Forma variada normalmente 
associados a infecções virais; 
♥ Linfocitose = aumento de linfócitos = 
infecções virais; 
♥ Linfopenia ou linfocitopenia = diminuição de 
linfócitos = imunodeficiência; 
 
PLAQUETOGRAMA 
♥ Plaquetas são resultado da fragmentação do 
citoplasma dos megacariócitos. 
♥ Forma de pequenos discos corpusculares 
pequenos. 
♥ Promovem a coagulação do sangue + 
reparação da parede dos vasos; 
♥ Aparecem aglutinadas no esfregaço; 
♥ Vida média de 10 dias; 
 
 
 
 
♥ Valor similar para ambos os sexos e 
independentes de idade. 
♥ Trombocitopenia ou plaquetopenia = baixa 
de plaquetas. 
♥ Trombocitose = altade plaquetas. 
REFERÊNCIAS 
- Xavier, Dora e Barros – Laboratório na prática 
clínica (consulta rápida); 
- Recomendações da Sociedade Brasileira de 
Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML) 
= Fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios 
laboratoriais. 
- Atlas de hematologia da UFG (Universidade 
Federal de Goiás). 
- Sanar flix. 
- Guia de boas práticas laboratoriais do hospital das 
clínicas FMUSP. 
- Slides de aula da Profa Evelyne. 
- Biomedicina padrão site. 
- Mary A. Williamson; L. Michael Snyder. Wallach: 
interpretação de exames laboratoriais. 
- Renato Failace; Flavo Fernandes. Hemograma: 
manual de interpretação. 
- NAOUM, P. C.; NAOUM, F. L. Interpretação 
laboratorial do hemograma. 
- LORENZI, F. T. Manual de hematologia: 
propedêutica e clínica. 
 
 
VALORES DE REFERÊNCIA (VR) 
150.000 a 450.000 /mm³ 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 
INTRODUÇÃO/ CULTIVO DE 
MICRORGANISMOS 
TIPOS DE MEIOS DE CULTURA 
TIPO FINALIDADE 
QUIMICAMENTE 
DEFINIDO 
Crescimento de 
quimioautotróficos e 
fotoautotróficos 
COMPLEXO Cresce a maioria dos 
organismos 
quimioautotróficos 
REDUTOR Cresce anaeróbicos 
obrigatórios 
SELETIVO Seleciona as espécies que se 
deseja isolar 
DIFERENCIAL Há distinção entre as espécies 
na coloração ou morfologia 
das colônias 
ENRIQUECIMENTO Similar ao meio seletivo, 
possibilita o crescimento de 
uma determinada espécie 
mesmo com níveis pequenos 
 
ESTADO EXEMPLOS 
LÍQUIDO/CALDO Acondicionados em tubos de 
ensaio 
SEMI-SÓLIDO Ágar em coluna 
SÓLIDO Ágar inclinado, ágar em placas 
 
EXAME DE URINA 
♥ Urina tipo I / Sumário de urina / EAS 
(Elementos anormais e sedimentoscopia) / QUE 
(Exame químico da urina) / ECU (Exame comum 
da urina) / PEAS (Pesquisa de elementos 
anormais e sedimentos); 
♥ Traduz vários órgãos e sistemas; 
♥ Coleta + análise física + análise química + 
sedimentoscopia; 
 
♥ Indicações: 
 ⤿ Doença ou condição frequentemente 
associada à doença renal (Ex. lúpus eritematoso 
sistêmico, vasculite de pequenos vasos, HAS, 
DM); 
 ⤿ Sintomas de infecção urinária (disúria, dor 
lombar/suprapúbica); 
 ⤿ Litíase renal (ou suspeita); 
 ⤿ Suspeita de doença renal (edema, oligúria, 
hematúria); 
 ⤿ Evidência de doença renal; 
COLETA 
♥ Contaminação mínima: 
 ⤿ Desprezo do primeiro jato e coleta do jato 
médio; 
 ⤿ Cateterismo de alívio se necessário; 
 ⤿ Recipiente limpo; 
 ⤿ Boa higiene do meato uretral e da 
genitália antes da coleta; 
♥ Primeira urina do dia: 
 ⤿ Recomendação: retenção urinária mínima 
de 2 horas; 
♥ Evitar exercícios físicos intensos nas 24 últimas 
horas; 
♥ Sem uso de contraste (oral ou venoso) nos 
últimos 7 dias; 
♥ ARMAZENAMENTO: 2h – 24h em local 
refrigerado; 
♥ Coleta no homem: 
 - Retrair o prepúcio e limpar o meato uretral e 
a glande com água e sabão. 
 - Utilizar recipientes seguramente estéreis. 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Coleta na mulher: 
 - Assepsia da região perineal, da uretra para o 
ânus, com água e sabão. 
 - Utilizar recipientes seguramente estéreis. 
 
 
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO 
♥ Urina coletada em recipientes não estéreis. 
♥ Urina sem refrigeração com período superior 
a 2h após a coleta. 
♥ Urina coletada da bolsa de pacientes com 
sondagem vesical de demora. 
♥ Urina em recipientes com vazamento, 
quebrado e/ou sem identificação. 
♥ Pontas de sonda vesical (cateter de Foley). 
UROCULTURA 
♥ Análise quantitativa. 
🗨 Só abra um meio de cultura próximo a um 
bico de Bunsen. 
♥ Passo a passo para o semeio e cultivo para 
posterior análise – Método/meio CLED 
(quantitativo ou com alça calibrada/ meio não 
seletivo): 
 - Separe uma quantidade de urina e um meio 
de semeio bacteriano (ex. meio ágar nutritivo 
em placa de petri); 
 - Embeba o swab/alça calibrada na urina 
antes homogeneizada; 
 - Faça uma linha reta no centro da placa e 
complete o espalhamento com uma série de 
passagem em forma de estrias o mais próximo 
possível umas das outras. 
 
 
♥ Passo a passo para o semeio e cultivo para 
posterior análise – Método/meio MacConkey 
(semi-quantitativo ou de esgotamento/ meio 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
seletivo – apenas gram negativas): 
 - Separe uma quantidade de urina e um meio 
de semeio bacteriano (ex. meio ágar nutritivo 
em placa de petri); 
 - Embeba o swab/alça calibrada na urina 
antes homogeneizada; 
 - Estrie a parte superior até 1/3 do meio, 
depois estrie a parte lateral, parte inferior e uma 
mais espaçada no centro; 
** Pode sofrer algumas alterações dependendo 
do analista. 
 
♥ Análise do crescimento bacteriano: 
 - Em coleta de jato médio e em pacientes 
imunocompetentes; 
 - Alça de 1 microlitro: conto e multiplico por 
1000 = a partir de 100 ‘bolinhas” = 100x1000 = 
100.000 UFC; 
 
♥ Critérios de avaliação de bacteriúria segundo 
Kass (1956): 
QUANTIDADE RESULTADO 
< 10.000 UFC/mL Contaminação 
10.000 – 90.000 UFC/mL Suspeita de infecção 
> 100.000 UFC/mL Indício de infecção 
♥ ITU: 
 - Mulher sintomática com > 10² UFC/mL 
 - Homem sintomático com > 10³ UFC/mL 
 - Assintomáticos com > 105 UFC/mL em mais 
de 1 amostra 
 - Coleta por cateter com > 10² UFC/mL 
 - Coleta por punção suprapúbica com qualquer 
crescimento 
 
BACTERIOSCOPIA DE URINA 
♥ Com a urina não centrifugada e apenas 
homogeneizada, pegar uma alça com 10 µl de 
urina e depositar sobre uma lâmina de vidro; 
♥ Deixar secar, fixar na chama e corar pelo 
gram. 
♥ Com a objetiva de imersão (1000x) fazer 
contagem; 
♥ Se encontrar 1 ou mais bactérias por campo 
sugere maior ou igual a 105 UFC; 
♥ A presença de células epiteliais e vários tipos 
morfológicos de bactérias sugerem 
contaminação; 
COLORAÇÃO GRAM 
♥ Gram em uma gota de urina não 
centrifugada. 
♥ Identificar a espécie causadora da ITU. 
♥ Limites de detecção: 
 - Maior ou igual a 1 bactéria em campo de 
imersão; 
 - Maior ou igual a 105 UFC/mL. 
PASSO A PASSO 
Separar os materiais para a coloração: amostra, 
lâmina e caneta; 
Identificar o paciente na lâmina com as 
informações da placa e da urina 
Colocar uma gota de solução salina, ou solução 
fisiológica 
Colocar uma amostra da bactéria nesta solução 
(melhor escolha do meio de cultura seletivo) 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
Abrir sua bactéria sempre próximo ao bico de 
Bunsen para evitar contaminação; 
Quantidade o suficiente para que seu esfregaço 
fique turvo 
Após o espalhamento, flambar de 3 a 5 vezes no 
bico de bunsen 
Deixar secar: ar livre ou estufa; 
Coras com cristal violeta após seco e deixar por 1 
minuto; 
Após 1 min. escorrer o cristal violeta e cobrir com 
lugol, deixando também por 1 minuto 
Escorrer o lugol e retirar o excesso com água 
corrente passado o 1 minuto 
Descorar com álcool acetona até a lâmina ficar 
incolor 
Lavar com água 
Corar com fluxina para gram por 30 segundos 
Após isto, lavar em água corrente 
Esperar secar 
 
♥ Estrutura das paredes celulares: 
 - Gram + parede espessa de Peptidoglicanos 
- Gram – camada de peptidoglicano mais 
delgada. 
 
 - Cocos gram positivos. 
 
 - Bacilos gram negativos 
TESTE DA CATALASE 
♥ Para confirmar se a bactéria é streptococus 
ou staphylococcus; 
 - Colocar uma pequena porção da bactéria 
em uma lâmina e acrescenta o peróxido de 
hidrogênio (água oxigenada); 
 
 - Se houver formação de bolhas é indicativo 
que a bactéria possui a enzima catalase; 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
 
 - Catalase positiva é a confirmação para o 
gênero staphylococcus. 
 * Dentro deste gênero temos o aureus, o 
epidermidis e o saprophyticus. 
 * Teste da coagulase 
https://www.youtube.com/watch?v=LTJHPK6UvGYBACTÉRIAS FREQUENTEMENTE ISOLADAS 
EM URINA (AMBULATÓRIO) 
 
ANTIBIOGRAMA 
♥ Passo 1: suspender a bactéria em salina estéril; 
 - 3 – 5 mL de solução; 
 - Com a alça bacteriológica estéril pegar uma 
amostra de bactéria, mexer dentro do tubo com 
a solução, fechar e homogeneizar. 
 - Comparar com a escala 0,5 de Mac Farling; 
 - Esperar aproximadamente 15 minutos; 
♥ Pegar uma placa de petri grande, identificar 
nas bordas 
♥ Mergulhar um swab estéril na solução, deixar 
alguns segundos, retirar o excesso; 
♥ Semear o meio: Circulo na borda e 
estriamentos próximos de ponta a ponta, 
repetindo o processo 5 vezes girando 90º 
♥ Esperar 15 minutos; 
♥ Escolha dos antibióticos de acordo com as 
tabelas; 
♥ Manter um espaço entre um disco e outro e 
assim que colocar um disco, flambar, colocar o 
próximo, sempre evitando tocar com a pinça no 
meio; 
 
♥ Levar para estufa e esperar 24h; 
♥ Após 24h fazer a leitura do antibiograma, 
dimensionando o halo e verificando na tabela; 
ANÁLISE FÍSICA 
♥ Macroscopia + pH e densidade; 
ODOR 
♥ Característico pela presença de ácidos 
voláteis; 
♥ O odor amoniacal pode ser resultado do 
metabolismo bacteriano no tempo após a 
coleta; 
♥ O odor adocicado é comum em pacientes 
com cetoacidose; 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
COLORAÇÃO 
COR SITUAÇÕES 
Amarelo claro ou 
amarelo citrino 
Urina normal 
Verde 
Uso de propofol, 
amitriptilina ou bactérias 
pseudomonas 
Azul Azul de metileno 
Roxa 
Porfiria aguda intermitente 
ou bacteriúria 
Vermelha Hematúria macroscópica 
Castanha 
Mioglobinúria, 
rabdomiólise, colúria 
Laranja 
Uso de rifampsina ou 
fenazopiridina 
Vermelha brilhante 
Porfiria na lâmpada de 
Wood 
Preta Alcaptonúria (ocronose) 
 
♥ Normal varia de amarelo citrino pálido a 
escuro (âmbar); 
 
ASPECTO 
♥ Límpido/claro/transparente = normal; 
♥ Turva: 
 - Patológico: Cilindros, neutrófilos, bactérias, 
fungos; 
 - Não patológico: talco, células epiteliais, 
contraste radiológico; 
DENSIDADE 
♥ 1015/1010 – 1025 = normal; 
♥ Valores também variam de acordo 
com o laboratório; 
♥ Hipoestenúria: doenças tubulares, 
necrose tubular aguda e polidispsia 
psicogênica; 
♥ Hiperestenúria: insuficiência renal pré-
renal. 
♥ OBS ♥ 
 - Dezena e unidade da densidade x 35 
= osmolaridade mOm/Kg; 
 
PH 
♥ 4,5/5 – 8 = Normal; 
 ⤿ Os valores de referência podem 
variar de acordo com o laboratório; 
♥ A urina da manhã é mais ácida; 
♥ Quando ácido: 
 - Patológico: acidúria paradoxal ou 
acidoses tubulares; 
 - Não patológico: alimentação rica 
em proteínas; 
♥ Quando básico: 
 - Patológico: ITU por bactérias 
produtoras de uréase (Proteus sp, 
Staphylococcus sp); 
 - Não patológico: Alimentação rica 
em vegetais; 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
ANÁLISE QUÍMICA 
♥ Fita reagente = método colo 
♥ Glicose urinária / glicosúria = acima de 180 
mg/dL 
 - Em situações normais não há glicose na urina; 
 - Ocorre quando a concentração sérica satura 
(normalmente por hiperglicemia) e excede a 
capacidade de reabsorção tubular proximal; 
 - Outras causas = uso de inibidores do SGLT2 
(glifozinas) ou doença tubular proximal; 
 
♥ Corpos cetônicos 
 - Acetona, acetoacetato e beta-hidroxibutirato 
= principais; 
 - Resultado da utilização da gordura para 
obtenção de energia; 
 
♥ Proteínas 
 - Avalia a presença de macroalbuminúrias; 
 - Proteinúria normal = 180 mg/24h 
 
♥ Nitrito 
 - Enzima nitrato redutase, presente na maioria 
das enterobactérias; 
 - Pouco sensível para bactérias gram positivas; 
 - Não significa sozinho presença ou ausência 
de ITU; 
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA PARA 
ANÁLISE MICROSCÓPICA 
♥ A amostra é centrifugada para se obter os 
sedimentos (hemácias, cilindros, bactérias...); 
♥ A amostra deve ser fresca, de 10 – 15 mL de 
urina ➜ centrifugada a 1500-2000 rpm durante 
10 minutos; 
♥ Colocar uma gota da amostra pós-
centrifugada sobre a lâmina, lâmina K-cell ou 
câmara de contagem; 
ANÁLISE DO SEDIMENTO URINÁRIO 
♥ Análise quantitativa e qualitativa; 
ELEMENTOS CELULARES 
♥ Células epiteliais: 
 - Três tipos: 
1. Escamosas 
 
2. Transacionais 
 
3. Dos túbulos renais (ETR = epiteliais tubulares 
renais) 
 
- Maioria sem significado clínico, representando 
apenas uma descamação do TU; 
 
♥ Eritrócitos: 
 - Hematúria = sangue na urina; 
 - Pode ser microscópica ou macroscópica; 
 - Transitória = inflamação, infecção ou 
traumas; 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Leucócitos: 
 - Piúria = quantidade elevada de leucócitos na 
urina; 
 - Neutrófilos são mais comuns, mas eosinófilos 
e linfócitos podem ser vistos também; 
 - Aumento = lesões inflamatórias, infecciosas 
ou traumáticas; 
 
CRISTAIS 
♥ Precipitação de sais por pH ou concentração; 
♥ Dependendo da quantidade, forma e 
condições do 
meio urinário 
pode ter 
significados 
diferentes; 
 
- Cristal de 
oxalato de cálcio 
di-hidratado; 
CILINDROS 
♥ Exclusivamente renais; 
♥ Moldados pelos túbulos e compostos por 
proteínas, restos de degradação celular, 
gordura, sangue, produtos de excreção e 
secreção real, entre outros; 
 ♥ Cilindros hialinos: 
 - Produtos da secreção tubular de proteínas; 
 - Comuns na desidratação e após exercícios; 
 - Em grande quantidade indicam congestão 
renal ou glomerulonefrite; 
 
♥ Cilindros granulosos: 
 - Produtos da degradação celular em estados 
de necrose tubular aguda; 
 
♥ Cilindros céreos 
 - Evolução dos cilindros hialinos patológicos; 
 - Pode corresponder a doenças renais 
crônicas; 
 - Formam-se na estase do fluxo urinário; 
 
♥ Cilindros adiposos 
 - Lipidúria; 
 - Síndrome nefrótica; 
 
♥ Cilindros hemáticos 
 - Hemácias, hemoglobulinas emaranhadas; 
 - Lesão glomerular ou glomerulonefrite; 
 
 
Apostila de Habilidades Laboratoriais @mileaguiar 
 
♥ Cilindros leucocitários 
 - Glomerulonefrite ou pielonefrite;

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