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a crise do feudalismo

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1 AS CRISES DO 
FEUDALISMO: FOME, 
EPIDEMIA E REBELIÕES
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IDA
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HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
As crises do feudalismo no século XIV
A fome 
Aumento populacional
Queda das 
colheitas e 
de rendimentos 
dos senhores 
e camponeses
Produção 
agrícola 
insuficiente
Fome da 
população 
europeia
Aumento do preço 
dos alimentos
Cultivo de solos pouco 
férteis e destruição 
das plantações por 
fortes chuvas
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
A epidemia de peste negra
• Vinda da Ásia central, a peste negra chegou à Europa pelos portos do 
Mediterrâneo por volta de 1347, em embarcações infestadas de ratos.
• A bactéria da doença foi transmitida por pulgas que picavam os ratos 
e então os seres humanos, e também de um ser humano para outro, 
através da tosse e do espirro. 
• Desnutrida pela escassez agrícola e vivendo em péssimas condições 
sanitárias, a população europeia foi gravemente afetada. Estima-se que, 
entre 1348 e 1351, mais de um terço dela tenha morrido.
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
A EXPANSÃO DA PESTE NEGRA 
NA EUROPA (1347-1351)
Fonte: Britannica Kids. The Black Death. 
Encyclopædia Britannica 2012. Disponível em 
<http://mod.lk/ofkMH>. Acesso em 18 jan. 2018.
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250 km
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O medo da morte na Idade Média 
Detalhe de Dança macabra, 
pintura de Bernt Notke, século XV.
Detalhe de gravura 
de Ars Moriendi 
representando a 
tentação da avareza 
na hora da morte, 
século XV.
A morte era representada na figura de 
esqueletos que dançavam, cobertos por um 
manto, liderando indivíduos dos mais variados 
segmentos sociais. Nessas representações, 
as diferentes camadas sociais da Europa 
medieval apareciam, enfim, igualadas no 
final da vida.
O Ars Moriendi (“a arte de morrer”) 
foi um gênero literário cujos textos 
ensinavam aos cristãos os preparativos para 
uma boa morte, davam conselhos para evitar 
as tentações no leito de morte, regras gerais 
de boa conduta a amigos e parentes do 
agonizante e preces apropriadas à situação.
Na pintura Na literatura
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HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
Local Período Revoltosos Motivação Desfecho
França Década de 1350 Camponeses
Jacqueries motivadas 
pela cobrança de 
altos tributos pelos 
senhores, pela crise 
de fome e contra o 
poder da nobreza.
Repressão 
que ocasionou 
a morte de 
mais de 20 mil 
camponeses.
Flandres Entre 1323 e 1328
Trabalhadores 
urbanos
Concorrência das 
oficinas artesanais 
formadas por 
trabalhadores rurais 
e a consequente 
redução de seu 
salário.
Derrota dos 
revoltosos.
Inglaterra 1381 Trabalhadores do campo e da cidade
Cobrança de novo 
imposto.
Massacre sobre 
os rebeldes.
Revoltas populares do século XIV
HISTÓRIA AS CRISES DO FEUDALISMO: 
FOME, EPIDEMIA E REBELIÕES TEMA 1
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
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2 O PROCESSO DE 
CENTRALIZAÇÃO 
POLÍTICA NA EUROPA
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A centralização monárquica e o Estado moderno 
Centralização do 
poder monárquico
Imposição da autoridade 
dos reis sobre determinados 
territórios; unificação da moeda, 
das leis e dos impostos.
Ocorreu ao longo do tempo, 
apesar da oposição da maior 
parte dos senhores feudais, que 
temiam perder seu poder, e da 
Igreja, que receava que os reis 
se tornassem politicamente mais 
fortes que o papa.
Surgimento do 
Estado moderno
Caracterizado pela 
existência de um 
mesmo povo, que 
compartilha uma 
única língua, vive 
em um mesmo 
território defendido 
por um Exército e é 
governado por um 
monarca soberano.
Apoio da burguesia
Interessada no fim das 
restrições impostas pelos 
senhores feudais para 
transportar e negociar 
mercadorias entre as cidades.
Apoio de parte da nobreza
Desejosa de manter seus 
privilégios após ter se 
enfraquecido com as 
Cruzadas e as fugas dos 
servos para as cidades.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A formação dos reinos ibéricos 
Disputas entre 
os muçulmanos 
e influência das 
Cruzadas
Domínio dos árabes 
muçulmanos sobre 
a Península Ibérica
Os cristãos 
iniciam as 
guerras de 
Reconquista pela 
Península Ibérica
Formação dos 
reinos ibéricos e 
alianças entre as 
famílias reais
Reino de Portugal 
(1139)
Afonso Henriques, filho 
de Henrique de Borgonha, 
proclamou-se rei de 
Portugal e inaugurou 
a primeira dinastia 
portuguesa.
Reino da Espanha 
(1492)
Formado a partir do 
casamento entre os 
monarcas Fernando de 
Aragão e Isabel de Castela, 
em 1469, e consolidado 
após a queda do Emirado 
de Granada, em 1492.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
A monarquia francesa 
Vitória francesa na Guerra 
dos Cem Anos 
(1337-1453)
Disputada contra a Inglaterra pela 
sucessão do trono francês e pelo 
controle da região de Flandres, 
importante centro produtor de tecidos.
Enfraquecimento 
da nobreza 
francesa
Aliança entre os 
nobres franceses 
e os reis da 
dinastia Valois
Consolidação 
do poder real 
francês
Medidas de centralização da 
dinastia capetíngia 
(A partir do século XII)
• Criação de impostos. 
• Confisco de feudos.
• Formação de exército assalariado.
• Taxação sobre os bens da Igreja.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
Centralização monárquica na Inglaterra
Medidas de Guilherme, 
o Conquistador
(século XII)
• Confisco de terras da população.
• Criação de 5 mil feudos, 
administrados por vassalos que 
deviam fidelidade ao rei.
Embora o poder real 
tenha se fortalecido, 
os monarcas ingleses 
continuaram a 
lutar para manter a 
autoridade real sobre 
os senhores feudais 
nos séculos seguintes.
Assinatura da Magna Carta
(1215)
O rei João Sem Terra assinou 
uma espécie de Constituição 
que reconhecia a autoridade 
real, mas obrigava o monarca 
a respeitar a lei, favorecendo 
nobres, clérigos e burgueses.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
O PROCESSO DE CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA TEMA 2
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3 CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA 
PRÉ-COLOMBIANA
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
A diversidade 
cultural na América 
• Antes da chegada dos europeus à América, havia no 
continente uma grande diversidade cultural de povos e 
diferentes formas de organização política. 
• Quando o Reino da Espanha se formou, por exemplo, já havia 
na América grandes impérios, como o asteca e o inca.
• Havia também cidades-Estado maias e pequenos Estados 
independentes, como o mixteca, além de comunidades 
tradicionais, como as que habitavam o território brasileiro.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
R. Amazonas
L. Titicaca
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
GOLFO
DO MÉXICO
MAR DAS ANTILHAS
Texcoco Castillo de Teayo
Mayapán
Tulum
Xicalango
Utatlán
Ihuatzio
Tlacopan Tizatlán
ZaachilaMitlaTenochtitlán
Cholula
Quito
CHIMU
Supe
PARACA
Chavin de Huantar
Machu Picchu
Pachacamac
Cuzco
HUARI
NAZCA
MOCHICA
Cajamarca
Caral
Túmbez
Tiahuanaco
TIAHUANACO
EQUADOR
TRÓPICODE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
80° L
0º
Culturas mesoamericanas
Império Tolteca (1000 a 1200)
Estados zapotecas (1400 a.C. a 700 d.C.)
Maias (250 a 1000)
Astecas (1300 a 1520)
Culturas andinas
Culturas pré-incas
Império Chimu (1200 a 1470)
Império de Tiahuanaco (375 a 1000)
Cultura Inca (1200 a 1500)
Povos e culturas do Brasil pré-cabralino
Tronco Tupi
Família TukanoTronco Macro-Jê
Família Caraíba Grupo Charrua
Família Aruaque Outros grupos
Família Pano
Culturas da América do Norte
Anasazi (700 a 1500)
Fremont (400 a 1300)
Hohokam (300 a 1450)
Mississípi (a partir de 750)
Mogollon (250 a 1350)
Patayan (Hakataya) (a partir de 700)
Pueblos (700 a 1300)
Fontes: VICENTINO, 
Cláudio. Atlas histórico: 
geral e do Brasil. São Paulo: 
Scipione, 2011. p. 52; SOLIS, 
Felipe. Posclásico tardío 
(1200/1300-1521 d.C.). 
Tiempo mesoamericano 
(2500 a.C.-1521 d.C.). 
Arqueología Mexicana. 
Edición especial. México 
(DF): Raíces/Instituto 
Nacional de Antropología e 
Historia, 2001. p. 65.
POVOS DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA (C. 900-1520)
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
O mundo dos maias
• A civilização maia se desenvolveu na Mesoamérica e atingiu o auge entre 250 e 900 d.C.
• Seu declínio ocorreu possivelmente por causa de epidemias, guerras, invasões, uma longa 
estiagem ou o esgotamento do solo.
Seus sacerdotes também eram 
matemáticos e astrônomos. 
Realizavam cálculos precisos e viam a 
movimentação dos astros como uma 
manifestação da vontade divina.
Viviam em cidades-Estado governadas 
por um chefe hereditário, que exercia 
as funções políticas e religiosas com 
o apoio de líderes tribais, nobres 
guerreiros e sacerdotes.
Os povos 
maias
Criaram três calendários, 
que utilizavam simultaneamente 
para estabelecer a época propícia para 
o preparo do campo, a semeadura e 
a colheita.
Praticavam o comércio entre cidades, 
porém sua economia era agrícola. As 
elites tinham a posse das terras, que 
eram cultivadas por camponeses. Seu 
principal produto era o milho.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
Ergueram Tenochtitlán em meio a 
um lago salgado. Para viver no local, 
construíram barragens e diques para 
controlar o nível da água e canteiros 
flutuantes (chinampas), nos quais 
cultivavam flores e hortaliças.
Eram governados por uma aristocracia 
militar e sacerdotal, no centro da qual 
estava o imperador. Camponeses lhe 
serviam como soldados e construtores 
de diques, pirâmides e outras obras.
Os astecas
Seus escribas produziram os códices, 
conjuntos de desenhos e escritos que 
representavam a história dos astecas, 
de suas conquistas territoriais e eventos 
relacionados à vida cotidiana.
Praticavam a agricultura, base de sua 
economia, além de domesticar animais. 
Eram artesãos refinados: confeccionavam 
peças em ouro, prata, cerâmica e pedras 
preciosas, além de tecidos de algodão e 
mosaicos de plumas.
O grande Império Asteca 
• Por volta do século XII, os astecas chegaram à região do Lago Texcoco e conquistaram cidades e 
povos vizinhos, formando um império que chegou a 25 milhões de pessoas no século XVI. 
• A capital Tenochtitlán foi enriquecida com os tributos pagos pelos diferentes povos do 
império. No século XVI, estima-se que a cidade tivesse cerca de 300 mil habitantes.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
O império dos incas 
• Acredita-se que os incas chegaram à região de Cuzco no final do século XIII. Lá iniciaram a 
construção de um grande império, chamado Tahuantinsuyo.
• As terras do Império Inca abrigavam cerca de 7 milhões de pessoas, de mais de cem grupos 
étnicos distintos.
Eram liderados pelo imperador (Sapa 
Inca), visto como representante 
sagrado do Sol, que contava com 
funcionários administrativos vindos 
de famílias nobres.
Viviam em comunidades familiares 
(ayllus) chefiadas pelos kurakas, que 
garantiam a segurança, organizavam 
o trabalho e cobravam tributos dos 
camponeses na forma de serviços 
prestados (mita).
Os incas
Falavam o quéchua, um dos idiomas 
oficiais do Peru, falado atualmente por 
cerca de 12 milhões de indígenas. Na 
região andina, muitas comunidades 
camponesas ainda mantêm rituais e 
crenças religiosas incas.
Construíam terraços em forma de 
degraus para praticar a agricultura nas 
montanhas e fabricavam os quipus, 
cordões nos quais faziam nós para 
registrar números e dados sobre a 
população e as finanças do império.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
CIVILIZAÇÕES DA AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA TEMA 3
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4 REINOS E IMPÉRIOS NA 
ÁFRICA SUBSAARIANA
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
 TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
Sociedades sahelianas 
• A África, assim como a América pré-colombiana, 
foi território de diversas civilizações e diferentes 
organizações políticas.
• O continente abrigou uma variedade de sociedades: 
nômades e sedentárias; Estados centralizados e 
comunidades aldeãs; povos de religiões tradicionais 
e monoteístas.
• O Sahel é uma região situada imediatamente ao sul 
do Deserto do Saara e habitada por diferentes povos 
pastores e comerciantes. Entre os séculos VIII e XVI, 
desenvolveram-se nela diversos reinos e 
cidades mercantis.
• Esses reinos tiveram origem na atividade do 
comércio de longa distância de artigos como ouro, 
noz-de-cola, marfim e peles, além de escravos. 
A atividade era praticada sobretudo com os árabes 
vindos do norte da África.
Fontes: SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e 
a lança: a África antes dos portugueses. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. p. 297; 
HERNANDEZ, Leila M. G. Leite. A África na sala 
de aula: visita à África contemporânea. São 
Paulo: Selo Negro, 2005. p. 41.
REINOS E IMPÉRIOS DO SAHEL 
(SÉCULOS X-XVI)
EQUADOR
0º
0º
SONGHAI
MALIGANA
ETIÓPIA
BORNU
 
 
Timbuctu
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Djenné
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OCEANO
ATLÂNTICO
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Rio Congo
Rio Níger
Rio Gâmbia
Rio Se
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Região do Sahel
Deserto do Saara
Áreas de influência islâmica
Divisão política atual
Império de Gana
Império do Mali
Impérios ou reinos
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790 km
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
 TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
O Reino de Gana 
• O mais antigo do Sahel, o Reino de Gana se estabeleceu por volta do ano 300. 
• Foi nomeado pelos árabes como “terra do ouro” devido a suas ricas zonas auríferas.
• A cidade de Kumbi Saleh foi seu principal centro comercial e atingiu seu esplendor por volta dos séculos XIII e XIV.
Chegada do islã 
(c. século XI)
Crescimento do islamismo 
após contato com líderes 
religiosos e mercadores 
árabes vindos do norte.
Fortalecimento do poder 
do rei (gana)
• Conversão de intelectuais 
e membros da corte real 
ao islã.
• Aglutinação de diferentes 
povos, como tuaregues, 
malinquês, fulas, 
tuculores e soninquês.
Formação do Império de 
Gana
• O islã se tornou religião 
do Estado, mesmo sem a 
conversão do gana.
• Apesar da nova religião, 
crenças e rituais tradicionais 
foram mantidos.
HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
 TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
O Império do Mali
• Entre os séculos XIII e XVI, floresceu no 
Sahel o Império do Mali. 
• A princípio, o Mali foi uma região do 
Império de Gana. Era habitado pelos 
malinquês (mandingas), que falavam 
a mesma língua de Gana e também 
adotaram a cultura e a religião islâmicas.
• Seus governantes recebiam o título 
de mansa, e seu poder era mantido 
por meio do controle do comércio de 
caravanas e da cobrança de taxas sobre 
produtos como ouro, sal, escravos, 
marfim e noz-de-cola.
•Os súditos viviam em casebres de barro 
nos vilarejos, onde plantavam, criavam 
animais, pescavam, teciam e produziam 
objetos artesanais, como cestas e potes.
Mercado a céu aberto diante 
da Grande Mesquita de Djenné, 
no Mali atual. Foto de 2012.
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
 TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
A expansão do império: Timbuctu e Djenné 
• Mansa Musa foi o rei responsável 
por organizar o Império do Mali em 
províncias, estreitar os laços com o 
Egito e aumentar a extensão do reino.
• As cidades de Timbuctu e Djenné foram 
incorporadas ao império no século XIII. 
Sob o governo de Musa, transformaram-
-se em grandes centros cosmopolitas, 
onde foram construídos prédios públicos 
e mesquitas.
• Em Timbuctu, encontravam-se 
intelectuais e estudiosos do mundo 
árabe. Nas universidades da cidade 
ensinava-se lógica, astronomia, 
caligrafia árabe, matemática e história, 
além dos fundamentos do islã por 
meio do estudo do Alcorão. 
Detalhe de Atlas catalão de Abraham Cresques, de 1375. 
Na imagem, Mansa Musa erguendo uma pepita de ouro 
sobre a cidade de Timbuctu.
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HISTÓRIA
A EMERGÊNCIA DO MUNDO MODERNOUNIDADE 1
 TEMA 4 REINOS E IMPÉRIOS NA ÁFRICA SUBSAARIANA
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1 O HUMANISMO: UMA 
NOVA VISÃO DE MUNDO
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HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Renascimento: um novo modo de pensar 
Predomínio do 
pensamento religioso 
durante a Idade Média
• Na Idade Média, o 
conhecimento era dirigido 
pelo clero católico, que 
entendia o mundo a partir da 
fé e da religião.
• Escolástica: conciliação entre 
fé e razão; entretanto, ainda 
se priorizavam as Escrituras.
Transformações 
na Europa
Desde o século XI, mudanças 
como a urbanização, a 
expansão do comércio e o 
enriquecimento da burguesia 
propiciaram o surgimento 
de novas ideias, que não 
correspondiam mais à visão 
de mundo divulgada pelos 
clérigos medievais.
Renascimento
A história, a filosofia, a 
literatura, a retórica e a 
matemática passaram a ser 
valorizadas na educação. 
Para se diferenciar do 
período medieval, artistas e 
intelectuais se inspiraram na 
Antiguidade clássica.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Por que Renascimento?
“Renascimento”
O termo sugeria a ideia equivocada 
de que a Idade Média teria sido 
um período de atraso cultural 
e intelectual, durante o qual o 
conhecimento da Antiguidade clássica 
teria desaparecido.
O termo fazia crer que a expressão 
cultural da Antiguidade clássica 
pudesse ser retomada fora de seu 
tempo e em outro contexto histórico.
Na realidade, estudos mostram 
que, nesse período, a cultura 
greco-romana continuou presente 
na literatura, nas teorias políticas, 
na educação, na filosofia etc.
Na realidade, apesar de terem 
criado um estilo artístico inspirado 
na Antiguidade, os renascentistas 
expressaram valores típicos de 
sua época, como a permanência 
das ideias religiosas e as 
transformações sociais e culturais 
do final da Idade Média.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O humanismo
• O humanismo foi um movimento intelectual do Renascimento que surgiu nos centros 
urbanos mais desenvolvidos da Península Itálica.
O pensamento 
humanista
Buscava obter conhecimento 
sobre o ser humano e a natureza 
através da investigação, 
da observação e da crítica, 
valorizando a razão e o 
raciocínio lógico.
Defendia o antropocentrismo, 
ou seja, a ideia de que o ser 
humano deveria ser visto como 
o centro do Universo, no lugar 
de Deus (teocentrismo), como 
feito até então.
Estava associado aos novos 
valores próprios da burguesia, 
como a liberdade do indivíduo 
na sociedade e a capacidade de 
agir do ser humano.
Mantinha a religião cristã, 
mas defendia a investigação e a 
reflexão racional por acreditar 
que a razão não deveria estar 
a serviço da fé, mas ser uma 
categoria livre.
HISTÓRIA O HUMANISMO: UMA NOVA VISÃO DE MUNDO TEMA 1
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
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2 O RENASCIMENTO NAS 
CIÊNCIAS E NAS ARTES
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
O espírito científico renascentista 
• Os fenômenos da natureza passaram a ser estudados 
por meio da observação e da experimentação, em 
vez de serem vistos como manifestações da vontade 
divina. Por isso, muitos pensadores sofreram 
pressões da Igreja para abandonar seus estudos.
• Galileu Galilei, por exemplo, foi condenado por 
defender a teoria heliocêntrica de Nicolau 
Copérnico, que afirmava que a Terra orbitava em 
torno do Sol, no lugar da antiga crença geocêntrica. 
Para sobreviver, o astrônomo italiano teve que 
renunciar a suas ideias.
• Os humanistas valorizavam a precisão, o método 
e o rigor. Com isso, criaram inovações técnicas e 
realizaram diversos tipos de descobertas científicas, 
desde a movimentação elíptica dos planetas até o 
funcionamento da circulação sanguínea em nosso corpo.
Sistema cosmológico concebido por 
Copérnico, retirado da obra Atlas celestial 
ou a harmonia do Universo, 1660.
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
A difusão de novas ideias 
Escrita manual
• Até meados do século XV, os 
livros eram escritos à mão 
por monges copistas, um 
processo limitado e custoso.
• Os livros eram guardados nas 
bibliotecas dos mosteiros, 
limitando o conhecimento 
a religiosos, alguns poucos 
intelectuais e aristocratas.
Em 1450, Johannes 
Gutenberg desenvolveu 
a prensa de caracteres, 
agilizando a reprodução 
de livros, barateando os 
custos e aumentando a 
produtividade.
Durante o Renascimento, 
foram criados academias 
e liceus laicos, fora do 
controle da Igreja, onde 
se estudava grego e latim 
e desenvolvia-se um 
conhecimento investigativo, 
reflexivo e crítico.
Difusão das 
ideias humanistas 
pela Europa
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
Península Itálica: berço da nova arte 
Enriquecimento da 
burguesia italiana com 
as atividades comerciais e 
bancárias no fim do 
século XIV.
Italianos influentes 
investiram no trabalho 
de pintores, escultores e 
arquitetos e tornaram-se 
mecenas: protetores e 
patrocinadores de artistas.
Burgueses prósperos e 
orgulhosos buscavam expressar 
seu poder, exibir sua riqueza 
e imortalizar sua figura nas 
sociedades italianas.
Além de famílias burguesas, 
como os Médici de Florença, 
papas como Júlio II investiram 
nas artes para reforçar o 
poder da Igreja e conquistar a 
admiração dos fiéis.
Sem esse patrocínio, artistas 
como Botticelli e Michelangelo 
talvez não tivessem marcado 
a história da arte com suas 
pinturas e esculturas.
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
A arte renascentista e suas inovações 
• Os renascentistas representaram 
expressões, sentimentos e figuras humanas; 
a natureza; temas da mitologia greco- 
-romana; personagens e episódios bíblicos; 
além de fazer retratos encomendados. 
• “Cientistas das artes”: os artistas 
procuraram recriar a realidade com 
perfeição e beleza, utilizando inovações 
como a perspectiva (impressão de 
profundidade) e a técnica de luz e sombra.
• Universalismo: busca pelo conhecimento 
em todas as áreas do saber.
• Principais nomes: Giotto di Bondone 
(precursor), Brunelleschi, Donatello, 
Botticelli, Michelangelo, Rafael, 
Leonardo da Vinci e Ticiano. Detalhe de O Nascimento de Vênus, 
pintura de Sandro Botticelli, c. 1485.
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AHISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
O Renascimento no norte da Europa 
• No século XV, enquanto o Renascimento estava no 
auge na Península Itálica, começaram a ocorrer 
também transformações na arte do norte da Europa. 
• Nessa região, houve um menor interesse em 
retratar temas da cultura greco-romana; os artistas 
se preocuparam mais em representar plantas, 
animais e a anatomia humana. 
• Jan van Eyck (1390-1441): produziu obras que 
impressionam pelo realismo e pela riqueza de detalhes.
• Albrecht Dürer (1471-1528): dedicou-se ao 
estudo de novas técnicas (perspectiva, anatomia e 
arquitetura clássica), aproximando-se da arte italiana.
Detalhe de Autorretrato, pintura 
de Albrecht Dürer, 1493.
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RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
O RENASCIMENTO NAS CIÊNCIAS E NAS ARTES TEMA 2
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3 A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO 
NA CRISTANDADE
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HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A crise religiosa 
Fortalecimento do poder dos 
reis, que passaram a rivalizar 
com o poder do papa
Choque entre a condenação do 
lucro pela Igreja e os interesses 
econômicos da burguesia
Desvirtuação dos valores cristãos por boa parte do clero
• Usufruto de riquezas, luxo e ostentação.
• Descaso na condução dos cultos e ritos.
• Desrespeito às regras religiosas.
• Venda da simonia: bênçãos, favores, objetos sagrados 
e cargos eclesiásticos.
• Venda de indulgências: remissão das penitências pelos pecados.
Reforma Protestante
Origem de novas 
igrejas cristãs.
Críticas à instituição da Igreja
HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Lutero e o início da Reforma 
 Em 1517, o monge 
Martinho Lutero 
apresentou em Wittenberg 
suas 95 teses, condenando 
o comportamento do clero 
e a venda de indulgências.
Depois de debates 
teológicos entre Lutero e 
sábios da Igreja, em 1520 
o monge foi ameaçado de 
excomunhão através de 
uma bula papal.
Lutero manteve suas 
críticas à Igreja e queimou 
a bula papal em público, 
rompendo definitivamente 
com a Igreja. 
Lutero iniciou sua reforma 
e formalizou os princípios 
de sua doutrina na 
Confissão de Augsburgo, 
documento datado de 
1530.
Principais pontos da Confissão de Augsburgo
• Salvação pela fé.
• Livre-interpretação da Bíblia.
• Abolição do celibato clerical e dos sacramentos (com exceção do 
batismo e da eucaristia).
• Substituição do latim pelo idioma nacional nos cultos.
HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Calvino e seus seguidores
Com ajuda da prensa 
de Gutenberg, a difusão 
das ideias luteranas 
originou novos movimentos 
reformistas. 
O francês João Calvino 
se converteu ao 
protestantismo e passou a 
sofrer perseguições.
Em 1536, Calvino se 
refugiou na Suíça, onde 
criou sua própria doutrina, 
baseada na 
predestinação divina.
Após sua morte, a 
doutrina calvinista foi 
interpretada por seus 
seguidores, que viram a 
riqueza e a prosperidade 
como sinais da graça 
de Deus.
Essa visão da riqueza 
trouxe ao calvinismo 
grande apoio da 
burguesia europeia.
HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A Igreja Anglicana
• Na Inglaterra, a ruptura religiosa teve caráter essencialmente político.
• Motivação: conflito de interesses entre a monarquia inglesa e o clero católico, 
além da insatisfação dos ingleses com a cobrança do dízimo pela Igreja.
O rei inglês 
Henrique VIII se 
casou com Catarina 
de Aragão, porém 
a união não 
produziu herdeiros.
Henrique VIII 
solicitou ao papa 
Clemente VII 
a anulação do 
casamento, mas 
teve seu pedido 
negado.
Henrique VIII 
se separou de 
Catarina e casou- 
-se com Ana Bolena, 
desobedecendo 
ao papa.
Após ser 
excomungado, o rei 
decretou em 1534 o 
Ato de Supremacia, 
tornando-se chefe 
da nova Igreja 
Anglicana.
O anglicanismo 
tornou-se a religião 
oficial da Inglaterra.
O Estado inglês 
confiscou terras da 
Igreja Católica.
HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
Principais pontos das doutrinas protestantes
Defendeu a salvação pela fé.
• Rejeitaram 
a hierarquia 
eclesiástica. 
Instituíram:
• o batismo e a eucaristia;
• a livre interpretação da Bíblia;
• o fim do culto a santos e imagens;
• a substituição do latim pela língua nacional;
• a abolição do celibato.
• Pregou uma disciplina 
moral rígida e o modo 
de vida simples.
• Manteve os 
ritos católicos 
e a hierarquia 
eclesiástica.
• Tornou o rei 
a autoridade 
máxima da Igreja.
• Sintetizou 
princípios católicos 
e calvinistas.
• Defenderam a salvação 
pela predestinação.
Luteranismo
Calvinismo Anglicanismo
HISTÓRIA A REFORMA PROTESTANTE: 
UMA NOVA DIVISÃO NA CRISTANDADE TEMA 3
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
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4 A REFORMA CATÓLICA 
E SEUS IMPACTOS NA 
EUROPA E NO MUNDO
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS 
NA EUROPA E NO MUNDO TEMA 4
A reação da Igreja: a Contrarreforma 
Reforma Protestante
• Expansão de novas 
igrejas pela Europa.
• Perda de fiéis por parte 
da Igreja Católica.
Contrarreforma
(Reforma Católica)
Movimento de 
renovação da Igreja 
iniciado no Concílio de 
Trento, convocado por 
Paulo III em 1545.
Reafirmação dos dogmas e ritos 
católicos e condenação da venda de 
indulgências e cargos eclesiásticos.
Determinação da criação de 
seminários para a formação do clero 
e da elaboração do catecismo para a 
evangelização dos fiéis.
Reorganização do Tribunal do 
Santo Ofício da Inquisição para 
julgar e punir os casos de heresia. O 
Tribunal também elaborou o Índice 
de Livros Proibidos (Index).
HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS 
NA EUROPA E NO MUNDO TEMA 4
A perseguição aos protestantes
• A Igreja Católica contou com alianças 
com algumas monarquias europeias para 
combater o protestantismo.
• Na década de 1540, o rei Francisco I 
instituiu a pena de morte aos huguenotes, 
calvinistas que se expandiam nos 
principais centros comerciais da França.
• Noite de São Bartolomeu (1572): 
por ordem da família real, tropas francesas 
executaram centenas de huguenotes, 
desencadeando uma onda de violência 
pela França que resultou em mais de 
10 mil protestantes mortos.
• Edito de Nantes (1598): 
estabelecimento da liberdade de culto 
e fim dos conflitos na França.
Massacre de São Bartolomeu, pintura de 
François Dubois, c. 1572-1584.
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS 
NA EUROPA E NO MUNDO TEMA 4
A Companhia de Jesus
Pintura representando 
uma igreja jesuíta 
no Japão, no final 
do século XVI.
A Companhia 
de Jesus
Criada em 1534 pelo espanhol Inácio 
de Loyola como medida da Igreja Católica 
para combater a expansão protestante.
Tinha a missão de reafirmar a fé católica, 
criar escolas religiosas e, principalmente, 
conquistar novos fiéis.
Atuou nos domínios coloniais ibéricos, 
onde os jesuítas catequizavam os nativos 
adaptando o catolicismo às culturas locais.
Na América, os jesuítas foram acusados 
de escravizar os nativos e, no Japão, 
passaram a ser hostilizados após a 
proibição do cristianismo, em 1587.
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HISTÓRIA
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSASUNIDADE 2
A REFORMA CATÓLICA E SEUS IMPACTOS 
NA EUROPA E NO MUNDO TEMA 4
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1 AS MOTIVAÇÕES 
PARA A EXPANSÃOMARÍTIMA EUROPEIA
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HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
Com o aumento das 
trocas comerciais entre 
as cidades europeias, 
os burgueses se 
enriqueceram e 
ganharam prestígio.
Os burgueses passaram 
a comprar títulos de 
nobreza, antes exclusivos 
dos nobres, tradicionais 
proprietários de terras.
Os reis tomaram 
medidas para 
consolidar seu poder 
e exercer autoridade 
sobre vastas regiões.
• Criação de impostos e moedas de circulação 
nacional.
• Burocracia administrativa representante da 
Coroa em todo o reino.
• Definição das fronteiras territoriais.
• Formação de exércitos profissionais, 
submetidos ao rei.
O fortalecimento do poder real
• A partir do século XII, várias regiões da Europa passaram por transformações econômicas, 
sociais e políticas que levaram à formação dos Estados modernos.
HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
O mercantilismo 
• Sustentar os funcionários do reino, equipar as tropas que protegiam 
o território e manter o luxo da corte eram tarefas custosas.
• Para enriquecer o reino, muitas monarquias adotaram um conjunto 
de práticas econômicas chamadas mercantilistas.
Metalismo: riqueza de um reino 
medida de acordo com a quantidade 
de metais nobres que ele possuía. 
Daí a importância do acúmulo de 
prata e ouro.
Estímulo à produção de bens 
manufaturados, que abasteciam 
o mercado interno e podiam ser 
exportados, rendendo mais moedas 
para a Coroa.
Mercantilismo
Balança comercial favorável: 
criação de medidas protecionistas 
para reduzir as importações no reino 
e aumentar as exportações, mantendo 
a balança comercial positiva.
Busca por riquezas como 
especiarias e metais preciosos 
levou à formação de rotas comerciais 
marítimas controladas pela burguesia, 
aliada dos reis.
HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
O comércio com o Oriente 
• Os contatos comerciais entre a Europa e o Oriente, reduzidos 
durante a Idade Média, foram revigorados a partir do século XI.
• Do Oriente provinham especiarias usadas para conservar e dar 
sabor aos alimentos e para fabricar remédios, além de tapetes, 
tintas para tecidos, seda bruta e açúcar. 
• Os principais mercadores do Mediterrâneo vinham das cidades 
italianas de Gênova e Veneza e revendiam produtos trazidos da 
Ásia por comerciantes muçulmanos.
• A escassez de ouro e prata para realizar as trocas comerciais 
fez com que reis e burgueses passassem a buscar novas fontes 
para esses metais.
HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
O COMÉRCIO EUROPEU NO SÉCULO XIV
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DO
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Paris
Bristol
Colônia
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Smolensk
Estocolmo
Riga
Kiev
Budapeste
Teodósia
Odessa
Astracã
Trebizonda
Gdansk
Lubeck
Schonan
Ratisbona
Reims
Gand
Amiens Frankfurt
Breslau
Estrasburgo Viena
Hamburgo
Reval
Bergen
Bruges
Calais
Londres
Milão
Gênova
Pisa
Veneza
Florença
Bologna
Roma
Nápoles
Creta
Modon
Barletta
Cairo
Alexandria
DamascoTiro
Jerusalém
São João d’Acre
Constantinopla
Ragusa
Antioquia
Esmirna
Alepo
Trípoli 
Trípoli 
Bagdá
Palermo Messina
Cádiz
Ceuta
Saló
Granada
Toledo
Túnis
Bugia
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EDITERRÂNEO
Rota de caravanas
de Meca e Iêmen
Rota de caravanas
de Timbuctu
Rota de caravanas
da Índia e da China
Rota de caravanas
da Ásia Central e
da China
Importantes cidades comerciais
Feiras
Principais centros do
comércio mediterrâneo
Principais rotas marítimas
Principais rotas terrestres
Outras rotas terrestres
Fonte: ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. 17. ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 17.
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HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
O ideal cruzadista
Início da Idade Moderna 
(1453)
Turcos otomanos vindos 
da Ásia Central invadiram 
Constantinopla e derrubaram o 
Império Bizantino. 
Os muçulmanos assumiram 
o controle das rotas 
marítimas do Mediterrâneo 
e bloquearam o acesso 
terrestre dos cristãos ao 
Oriente, o que inclui a cidade 
santa de Jerusalém.
A Igreja, os reis, setores da 
nobreza e os burgueses passaram 
a ter objetivos comuns: expandir 
a fé cristã, conquistar terras e 
metais preciosos e adquirir as 
especiarias no Oriente. 
A expansão marítima 
era um projeto que 
atendia a todos esses 
interesses. Ela também 
foi incentivada pelo ideal 
humanista do domínio 
da natureza por meio do 
conhecimento científico.
Inovações náuticas que propiciaram 
as grandes navegações
• Bússola: instrumento de orientação 
que utiliza o norte como referência.
• Astrolábio: instrumento de orientação 
cuja referência são as estrelas.
• Caravelas: embarcações capazes de 
fazer viagens mais longas e rápidas.
HISTÓRIA AS MOTIVAÇÕES PARA A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA TEMA 1
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
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2 AS VIAGENS MARÍTIMAS 
PORTUGUESAS
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HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS
Portugal conquista os mares 
Intercâmbio cultural 
• O contato entre cristãos e árabes 
na Europa propiciou as trocas de 
conhecimentos e costumes.
• Obras de estudiosos e viajantes 
muçulmanos contribuíram para as 
inovações náuticas ibéricas e para 
obter conhecimento sobre o mar.
Fatores do 
pioneirismo 
português
Revolução de Avis 
(1383-1385)
D. João foi proclamado rei e aliou-
-se à burguesia mercantil com o 
plano de conquistar novas áreas 
de comércio, expandir o território 
português e consolidar seu reinado.
Posição geográfica
• Voltados ao oceano Atlântico, os 
portos portugueses tornaram-se 
importantes centros comerciais.
• O comércio rendeu lucros à Coroa, que, 
por conta disso, passou a dar especial 
atenção às frotas mercantes.
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS
As conquistas 
coloniais portuguesas 
• Em 1415, os portugueses tomaram Ceuta, um entreposto 
comercial muçulmano que recebia mercadorias da África, 
da Índia e da Pérsia. Dali, continuaram a contornar o litoral 
africano e a explorar o Atlântico. 
• Os lusos colonizaram novas terras e nelas instalaram 
feitorias, entrepostos fortificados onde se estocavam 
mercadorias.
• Viagem de Bartolomeu Dias (1487-1488): expedição em 
direção às Índias que contornou o Cabo das Tormentas, no 
extremo sul da África.
• Viagem de Vasco da Gama (1497-1498): obteve acesso 
a Calicute, na Índia, tornando Portugal o maior centro 
europeu do comércio de especiarias do século XVI.
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS
AS CONQUISTAS PORTUGUESAS NA ÁSIA 
E NA ÁFRICA (SÉCULOS XV-XVI)
Arguim 1443
Cabo Verde
(Dacar) 1444
Serra Leoa 1460
Castelo de São Jorge da Mina 1482
Acra
Ilha do Príncipe 1472(?)
Ilhas de Cabo 
Verde 1460(?)
Ilha de São Tomé 1471(?)
Ascensão 1502
S. Helena 1503
Cabo da Boa Esperança 1488
Baía de São
Brás 1488
Sofala 1505
Moçambique 1507
Melinde 1498
Ilha de Socotorá 1503
Áden
ARÁBIA 1503
ÍNDIA
CHINA 1513
Damão
Diu
Goa 1510
Calicute 1498
Cochim 1501 Ceilão 1506
Sumatra 1509
Sião 1511
Malaca 1511
Macau
Ormuz 
1507/1515
Mombaça 1498
Ilha de São Lourenço (Madagáscar) 1500(?)
Luanda 1575
Rio Senegal 1444
Rio Gâmbia 1448
Cabo Bojador 1434
Madeira 1420
Açores 1427
Lagos
Lisboa
Ceuta 1415
EUROPA
ÁFRICA
ÁSIA
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
ÍNDICO
Golfo
Pérsico
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MEDITERRÂNEO
OCEANO
ATLÂNTICO
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MAR
Fonte: HERNANDEZ, 
Leila Leite. A África 
na sala deaula: 
visita à história 
contemporânea. 
São Paulo: Selo 
Negro, 2005. p. 46.
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780 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS
A chegada ao Brasil 
A expedição de Pedro 
Álvares Cabral foi organizada 
pela Coroa para estabelecer 
entrepostos comerciais em 
Calicute, garantir o comércio 
de especiarias e expandir o 
cristianismo.
A frota desviou de sua rota 
original e ancorou no sul 
da Bahia, em 22 de abril 
de 1500. As terras foram 
chamadas de Ilha de Vera 
Cruz e, depois, Terra de 
Santa Cruz.
Naquele momento, a Coroa 
teve pouco interesse em 
investir na ocupação do 
Brasil, pois sua preocupação 
estava voltada aos lucros do 
comércio com o Oriente.
Detalhe de Desembarque de Pedro Álvares 
Cabral em Porto Seguro em 1500, 
pintura de Oscar Pereira da Silva, 1922.AC
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HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 2 AS VIAGENS MARÍTIMAS PORTUGUESAS
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3 AS VIAGENS MARÍTIMAS 
ESPANHOLAS
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HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS
Os espanhóis chegam à América 
Investimentos da 
Coroa espanhola
Os reis Isabel e 
Fernando financiaram a 
expedição do explorador 
Cristóvão Colombo, que 
acreditava poder chegar 
às Índias navegando em 
direção ao oeste. 
Chegada ao Caribe
Em 1492, Colombo 
chegou à ilha de 
Guanaani, que nomeou 
de San Salvador. 
Passou por Cuba e pela 
ilha de São Domingos 
(Hispaniola), acreditando 
estar nas Índias.
Uma nova descoberta
Após a morte de 
Colombo, Américo 
Vespúcio fez novas 
viagens até as terras 
encontradas e 
apresentou a hipótese 
de que elas formavam 
um novo continente. 
Navegador ambicioso 
e estudioso, Colombo 
partiu do entendimento 
de que a Terra era 
redonda, tornando 
possível um trajeto 
direto para o Oriente.
Colombo passou o resto 
de sua vida com a crença 
de que havia chegado às 
Índias. Por esse motivo, 
nomeou os nativos que 
conheceu de índios.
Por conta da descoberta 
de Américo Vespúcio, o 
novo continente recebeu 
o nome de América. 
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS
O Tratado de Tordesilhas 
As expedições 
espanholas passaram 
a rivalizar com as 
portuguesas, levando 
as duas Coroas a 
reivindicar a posse das 
terras ultramarinas.
O papa Alexandre 
VI apresentou a 
Bula Intercoetera, 
porém o rei português 
não concordou 
com a divisão de 
terras proposta no 
documento.
Para evitar o conflito, 
representantes de 
Portugal e Espanha se 
reuniram e chegaram a 
um acordo territorial, 
o Tratado de 
Tordesilhas, em julho 
de 1494.
Definiu-se que as 
terras situadas a 
oeste da linha traçada 
ficavam com a Espanha 
e as localizadas a leste 
pertenciam a Portugal.
DIVISÃO DAS TERRAS ULTRAMARINAS 
ENTRE PORTUGAL E ESPANHA (1493-1494)
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HEQUADOR
TRÓPICO DE CÂNCER
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
0º
0º
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
Ilhas
Açores
Cabo
Bojador
Cabo
da Boa
Esperança
Ilhas dos
Açores
PORTUGAL
ESPANHA
Cabo
Bojador
Cabo
Verde
Estreito
de Magalhães
Bula Intercoetera
Tratado de Tordesilhas
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique 
mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 239.
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1.710 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS
As rotas das expedições ibéricas 
GRANDES NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS E ESPANHOLAS (SÉCULOS XV E XVI)
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OCEANO
PACÍFICO
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PACÍFICO
OCEANO
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ATLÂNTICO
ÁFRICA
TERRA NOVA ÁSIAEUROPA
OCEANIA
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
DO SUL
CUBA
1500 ANGOLA
ARÁBIA
1503
ÍNDIA
1498
HISPANIOLA
CHINA
1513
JAPÃO
1543
Lisboa Palos
Cádiz
Cabo da Boa
Esperança
Estreito de
Magalhães
Porto
Seguro
Calicute
Macau
ILHAS FILIPINAS
MOLUCAS
Goa
MADAGASCAR
GROENLÂNDIA
Constantinopla
1487
Viagem de Bartolomeu Dias (1487-1488)
Viagem de Pedro Álvares Cabral (1500)
Terras de Portugal
Terras da Espanha
Viagem de Vasco da Gama (1497-1498)
Cristóvão Colombo (primeira viagem 1492-1493) 
Fernão de Magalhães (1519-1521)
Américo Vespúcio (1499-1502)
004-m-AH7-U03-ANOTACOES-M1.pdf 1 8/8/18 5:07 PM
Fontes: Atlas histórico. São Paulo: Britannica, 
1997. p. 88; HALE, John R. Idade das explorações. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1981. p. 54.
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1.870 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS
A vida em alto-mar 
As expedições 
marítimas
Em geral, eram compostas 
de um comandante e alguns 
oficiais auxiliares, soldados, 
religiosos, marinheiros, 
artesãos e um médico.
Diversas doenças atingiam 
os tripulantes, como tifo, 
coqueluche, sarampo e 
escorbuto, esta provocada 
pela falta de vitamina C.
O tamanho da tripulação 
variava de acordo com o 
objetivo da expedição, o 
prestígio do comandante e os 
recursos disponíveis.
Uma das regiões mais temidas 
foi o Cabo das Tormentas, no 
sul da África, devido às fortes 
tempestades e ao risco de 
naufrágio.
Por ter a finalidade 
militar de conquistar 
as Índias, a expedição 
de Cabral foi a maior 
organizada até então, com 
cerca de 1.500 homens.
As calmarias também 
representavam um perigo, 
pois nas embarcações à 
deriva podiam se esgotar a 
água e os alimentos.
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 3 AS VIAGENS MARÍTIMAS ESPANHOLAS
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4 OUTRAS VIAGENS 
MARÍTIMAS: FRANCESES, 
INGLESES E CORSÁRIOS
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HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
Piratas em nome da Coroa 
Os navegadores ingleses 
e franceses encontraram 
as terras do Novo Mundo 
já divididas entre Portugal 
e Espanha, conforme o 
Tratado de Tordesilhas.
Com o fim da Guerra dos 
Cem Anos (1337-1453), 
Inglaterra e França também 
passaram a se dedicar à 
expansão marítima.
Ingleses e franceses 
recorreram à pirataria 
para tirar proveito das 
riquezas da América e dos 
entrepostos comerciais 
ibéricos na Ásia e na África.
A Coroa e grandes 
comerciantes investiram 
nas expedições e passaram 
a oficializá-las com uma 
carta de corso. Por 
isso, esses piratas eram 
chamados de corsários. 
Os corsários roubavam 
prata, esmeraldas, pérolas e 
outros produtos lucrativos 
vindos da América. Os bens 
eram divididos entre eles e 
seus investidores. 
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
Incursões francesas na América 
• Desejando ter direitos à partilha das novas terras descobertas, a França investiu na 
colonização do Novo Mundo.
Nome Local Data Expedição
França 
Antártica
Baía da 
Guanabara, 
no atual 
Rio de 
Janeiro
1555- 
-1567
O forte construído na Baía 
da Guanabara não deteve os 
portugueses, que expulsaram 
os franceses em 1567.
França 
Equinocial
Atual 
cidade de 
São Luís do 
Maranhão
1612- 
-1615
Os franceses fundaram o 
povoado de Saint Louis, mas 
acabaram sendo expulsos por 
tropas luso-brasileiras. 
Nova 
França
América do 
Norte
A partir 
do início 
do 
século 
XVII
Os franceses chegaram ao 
norte da costa atlântica e 
avançaram para o interior. 
Criaram a Louisiana, em 
homenagem ao rei Luís XIV, e 
o povoado de Nova Orleans.
FRANCESES NA AMÉRICA 
DO NORTE (SÉCULO XVIII)
TERRITÓRIO
ESPANHOL
40°N
80° O
OCEANO
ATLÂNTICO
Grandes
Lagos
Golfo do
S. Lourenço
LOUISIANA
ILLINOIS
TERRITÓRIO
INGLÊS
TERRITÓRIO
ESPANHOL
Quebec AC
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NOVA FRANÇA
Saint Louis
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Nova Orleans
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 Rio
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Território 
francês
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio 
de Janeiro: FAE, 1991. p. 60-61.
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410 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
As navegações inglesas 
• Giovanni Caboto: tentando encontrar uma passagem para o 
Oriente navegando a noroeste, o genovês chegou à Terra Nova.
• William Hawkins: um dos principais exploradores britânicos 
das terras do Atlântico sul, comercializou produtos africanos e 
pau-brasil brasileiro. 
• Francis Drake: o corsário saqueou toneladas de ouro e prata 
de navios e da América hispânica. Em 1585, tomou Santo 
Domingo e Cartagena das Índias, na América, que lhe rendeu 
um fabuloso butim em ouro e prata.
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
AS VIAGENS MARÍTIMAS INGLESAS
Fonte: Atlas da história do mundo. São Paulo: 
Folha de S.Paulo/The Times, 1995. p. 153.
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ÍNDICO
EQUADOR
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
ÍNDIA
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AUSTRÁLIA
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GROENLÂNDIA
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Callao
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Londres
Moscou
Lima
Rio de
Janeiro
Santo Domingo
Cabo da
Boa Esperança
Estreito de
Magalhães
 MAR MEDITER RÂNEO
Ilha
Vancouver
Terra Nova
Ilhas do
Havaí
NOVA GUINÉ
NOVA
ZELÂNDIA
Baía de
Hudson
Grandes
Lagos
Baía de
Baffin
Is. Nova
Zembla
Terra de Baffin
G. Caboto (1497)
Os principais exploradores
W. Burrough (1556)
H. Willoughby e
Chancellor (1553)
Francis Drake (1577)
H. Hudson (1610; viajou pela
Holanda e pela Inglaterra)
James Cook
Primeira viagem (1769-1771)
Segunda viagem (1772-1775)
Terceira viagem (1772-1779)
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1.870 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
A formação das treze colônias inglesas 
A colonização inglesa na América do Norte 
teve início a partir de acordos entre a 
Coroa e as companhias comerciais, que 
foram autorizadas a conquistar terras na 
América e a ter o monopólio do comércio 
entre estas e a Europa.
Muitos trabalhadores ingleses 
migraram para a América na 
condição de servos temporários. 
Após cumprir suas dívidas, ficavam 
livres para trabalhar em seu próprio 
negócio no Novo Mundo.
Em 1620, 102 ingleses chegaram à 
América no navio Mayflower. Após esses 
primeiros colonos, chamados de “pais 
peregrinos”, chegaram holandeses, 
franceses, irlandeses e alemães.
Formação das treze 
colônias inglesas na 
América do Norte
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
Colônias do norte, do centro e do sul 
• As colônias do norte e do centro desenvolveram uma agricultura 
voltada ao mercado interno, em pequenas propriedades, 
geralmente com uso de mão de obra livre. 
• Já no sul, o cultivo ocorreu em grandes propriedades, com uso 
de mão de obra predominantemente escrava, e a produção 
destinada ao mercado europeu.
• Conforme os ingleses invadiram os territórios indígenas, as 
relações entre colonos e os nativos se tornaram conflituosas. 
Com isso, entre os séculos XVI e XVIII, a população indígena 
diminuiu de 10 milhões para apenas 600 mil indivíduos.
• O caráter comercial da colonização da Coroa inglesa não 
incentivou a integração do ameríndio à nova sociedade, 
e os protestantes também não procuraram evangelizá-los. 
• O resultado desse modelo colonial foi a formação de uma 
sociedade de matriz europeia com pouca mestiçagem e a 
dizimação da população indígena.Fonte: Atlas histórico escolar. 
Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 62.
AS TREZE COLÔNIAS 
INGLESAS
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40° N
80° O
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OCEANO
ATLÂNTICO
HAMPSHIRE
Colônias
do norte
(Nova
Inglaterra)
Colônias
do centro
Colônias
do sul
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250 km
HISTÓRIA
AS VIAGENS MARÍTIMAS EUROPEIASUNIDADE 3
 TEMA 4 OUTRAS VIAGENS MARÍTIMAS: FRANCESES, INGLESES E CORSÁRIOS
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1 SABERES DOS POVOS 
PRÉ-COLOMBIANOS
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DE 4
HISTÓRIA SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS TEMA 1
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
Conhecimentos arquitetônicos e urbanísticos
• As cidades andinas (llactas) estavam divididas 
em setores administrativos, religiosos e agrícolas. 
Eram centros de poder, de onde elites do Império 
Inca controlavam a população e os territórios.
• Em Cuzco, os incas construíram um sistema de 
esgoto e abastecimento de água, conduzido por 
canais de pedra que melhoraram as condições de 
vida na cidade.
• Os camponeses incas construíam casas, 
pirâmides e fortalezas usando grandes blocos de 
pedra ou o adobe.
• Os povos dessa região acumularam conhecimentos 
de arquitetura e desenvolveram uma tradição 
urbanística que foi mais tarde aproveitada pelos 
astecas. 
• Em Tenochtitlán, os astecas construíram 
pirâmides, templos e palácios monumentais. 
Aquedutos conduziam a água das fontes até a 
cidade, onde havia diques, barragens e canteiros 
flutuantes (chinampas). 
• Tlaxcala foi uma grande cidade rival dos astecas. 
Dividida em bairros, contava com autoridades 
locais que cuidavam da alimentação e da 
segurança de todos.
Arquitetura 
pré-colombiana
Andes CentraisMesoamérica
HISTÓRIA SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS TEMA 1
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
Escrita e formas de registro 
Tradição mesoamericana, combinava 
desenhos e símbolos. Provavelmente 
desenvolvida pelos olmecas por volta 
de 1000 a.C., passou a ser utilizada por 
diferentes povos a partir da era cristã. 
Livros mesoamericanos que possuíam 
desenhos, relatos sobre a origem do 
mundo, a história das cidades, os diferentes 
calendários e dados sobre o sistema de 
cobrança de tributos. 
Os incas usavam esse sistema para 
registrar dados importantes sobre seu 
império relativos à produção de alimentos, 
ao número de habitantes e aos tributos 
arrecadados.
Escrita 
pictoglífica
Códices
Quipus
O conquistador espanhol Hernán 
Cortés, sua intérprete Malinche 
e alguns astecas, ilustrados no 
Códice Tlaxcala, em cópia de 1632. 
Os códices foram utilizados pelos 
espanhóis para compreender o modo 
de vida e as relações dos povos locais 
mesoamericanos.
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HISTÓRIA SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS TEMA 1
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
A criação de calendários 
Observação dos 
fenômenos naturais e 
do movimento do Sol, 
das estrelas e da Lua 
A partir disso, tanto 
mesoamericanos como 
andinos descobriram 
as melhores épocas 
para plantar e colher. 
Criação de 
diferentes 
calendários
Os maias criaram três 
calendários: o agrícola 
e social; o ritual; e o 
histórico.
Já os incas criaram 
um calendário com um 
ano solar de 365 dias, 
dividido em doze meses 
lunares, que estava 
ligado ao poder do 
Sapa Inca.
Desenvolvimento 
da matemática e da 
astronomia pelos 
ameríndios
Com a criação de 
um sistema de 
numeração vigesimal, 
os mesoamericanos 
aprimoraram seus 
cálculos astronômicos.
Registro das 
atividades agrícolas, 
dos ritos religiosos 
e das celebrações 
históricas
A marcação das datas 
serviu para organizar 
a vida cotidiana e 
planejar os rituais e 
cerimônias sagradas.
HISTÓRIA SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS TEMA 1
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
Técnicas e produtos agrícolas
• Produtos como milho, feijão, cacau, tomate, abacate, batata emandioca foram domesticados 
na América pelos povos pré-colombianos. A partir da colonização, foram levados para outros 
continentes pelos europeus.
• Chinampas: canteiros flutuantes para aproveitar a água 
das chuvas e lagos.
• Pousio: período de repouso do solo para recuperar 
sua fertilidade.
• Construção de plataformas artificiais que permitiam a 
drenagem de solos pantanosos.
• Camellones: agricultura com canais de irrigação como 
as chinampas.
• Construção de poços, cisternas e lagos em regiões secas.
• Cultivo em terraços (degraus) que evitavam a erosão do 
solo e permitiam a distribuição da água das geleiras. 
Técnicas de 
cultivo
Mesoamérica
Andes 
Centrais
HISTÓRIA SABERES DOS POVOS PRÉ-COLOMBIANOS TEMA 1
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
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2 OS ESPANHÓIS 
NA AMÉRICA
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DE 4
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA
A conquista do Caribe 
• Assim que souberam das grandes jazidas minerais existentes na América, 
os espanhóis voltaram sua política mercantilista ao novo continente.
Chegada dos 
espanhóis ao Caribe 
(1492)
Dominação 
espanhola e 
extermínio da 
população indígena
Os espanhóis se aliam 
aos povos tainos, que 
desejavam conter a 
expansão dos rivais 
caraíbas.
A aliança teve fim 
após a iniciativa 
espanhola de 
conquistar as terras 
indígenas e impor o 
trabalho compulsório.
A vinda dos 
colonizadores provocou 
surtos de doenças, 
como sarampo, varíola 
e gripe.
Sem imunidade às 
doenças, os nativos 
sofreram um processo 
brutal de declínio 
demográfico.
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA
A destruição do Império Asteca 
• O conquistador Hernán Cortés partiu de Cuba em direção a Tenochtitlán em 1519. 
Na capital asteca, os espanhóis foram recebidos pacificamente pelo imperador Montezuma.
O Império Asteca se 
sustentava sobre uma rede 
de alianças que envolvia 
as cidades de Texcoco, 
Tlacopan e Tenochtitlán 
(sua capital). 
Queda do Império Asteca
(1521)
Após meses de cerco a 
Tenochtitlán, combates e 
derrotas de ambos os lados, 
a capital asteca foi tomada 
pelos espanhóis.
A aliança impunha domínio 
político e tributário sobre 
centenas de grupos étnico-
-territoriais (altepetl), 
gerando descontentamento 
e revolta.
Os espanhóis notaram a 
divisão entre os nativos 
e se aliaram aos rivais 
dos astecas da cidade de 
Tlaxcala e a outros altepetl.
Com a derrota dos 
inimigos astecas, os povos 
nativos que se aliaram 
aos espanhóis foram 
submetidos ao domínio 
colonial europeu.
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA
A destruição do Império Inca 
Os espanhóis chegaram 
à região sob o comando 
de Francisco Pizarro, em 
1532. Naquele momento, 
os irmãos Huáscar e 
Atahualpa disputavam o 
poder e a sucessão 
do império.
Queda do Império Inca
(1533-1535)
Após ter executado 
Atahualpa e tomado 
as cidades de Cuzco e 
Quito, Pizarro fundou a 
cidade de Lima em 1535, 
estabelecendo o futuro 
centro administrativo 
espanhol na região 
dos Andes.
Os espanhóis se aproveitaram 
da rivalidade entre os irmãos e 
capturaram Atahualpa, exigindo um 
alto resgate. Ainda assim, em 1533, 
executaram-no após tê-lo condenado 
pela morte de Huáscar.
Contando com o apoio de povos 
indígenas rebelados contra a 
dominação inca, os espanhóis 
tomaram as cidades de Cuzco 
e de Quito.
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA
A resistência indígena 
• Atitudes como a entrega ao alcoolismo, o silêncio, 
a indolência e a recusa em aceitar ideias, objetos 
e crenças dos conquistadores frustraram as 
expectativas dos espanhóis de impor seu domínio.
• No norte do Peru, espalhou-se o movimento 
Taqui Ongo, cujos adeptos pregaram que era 
preciso dançar constantemente para despertar 
as divindades andinas (huacas), derrotar o Deus 
cristão e restabelecer o Império Inca. Mesmo 
pacífico, o movimento foi fortemente reprimido. 
Formas de 
resistência
PacíficasArmadas
• Em 1537, após ter cercado a cidade de Cuzco por 
um ano, o líder inca Manco Capac refugiou-se em 
Vilcabamba, que se tornou o centro da resistência 
ao domínio espanhol na região dos Andes. 
• Tupac Amaru deu continuidade à luta, porém 
foi capturado durante uma expedição espanhola 
contra a cidade e acabou sendo decapitado pelos 
colonizadores. 
• Os indígenas mapuche, no Chile, foram vitoriosos 
na resistência aos conquistadores. A partir do final 
do século XVII, predominaram entre eles acordos 
comerciais e negociações de fronteira.
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 2 OS ESPANHÓIS NA AMÉRICA
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3 A COLONIZAÇÃO 
ESPANHOLA NA AMÉRICA
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DE 4
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
A administração colonial
• O objetivo essencial da colonização na era mercantilista foi a exploração das terras 
colonizadas para a obtenção de riquezas, canalizadas para o reino e suas elites econômicas.
Medidas tomadas pela 
Coroa espanhola
Criação da Casa de 
Contratação 
(1503)
Regulamentava a 
administração colonial, 
nomeava os funcionários 
e fiscalizava a cobrança do 
quinto, imposto sobre a 
mineração e as transações 
comerciais da colônia.
Estabelecimento 
do exclusivo 
metropolitano
Instituição do 
monopólio da metrópole 
sobre o comércio 
das colônias.
Criação do Conselho 
das Índias 
(1524)
Órgão encarregado 
de tomar as decisões 
oficiais relativas às 
colônias. O rei fazia 
indicações para 
os principais cargos 
do conselho.
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
A criação dos vice-reinos 
• Com a queda dos impérios indígenas, a 
Coroa enviou à América representantes da 
administração colonial.
• A América espanhola foi dividida em 
vice-reinos. Os primeiros a serem criados foram o 
Vice-Reino da Nova Espanha (1535) e o Vice- 
-Reino do Peru (1543).
• Os vice-reis eram nobres ou burgueses 
espanhóis. Na América, eram as mais altas 
autoridades coloniais e cuidavam dos assuntos 
administrativos, militares, religiosos e judiciais. 
• Cabildos: conselhos municipais que tratavam 
de vários assuntos, como segurança, 
abastecimento e uso dos espaços públicos.
A AMÉRICA ESPANHOLA 
NO SÉCULO XVIII
60º O
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
VICE-REINO
DO RIO
DO PRATA
CAPITANIA GERAL
DO CHILE
VICE-REINO
DO PERU
CAPITANIA GERAL
DA VENEZUELA
VICE-REINO
DA NOVA
GRANADA
FLÓRIDA
VICE-REINO
DA NOVA
ESPANHA
CAPITANIA GERAL
DE CUBA
Golfo do
México
CAPITANIA GERAL
DA GUATEMALA
MAR DAS ANTILHAS
Buenos Aires
Santiago
Cuzco
Lima
México
Santo Domingo
Veracruz
Guatemala
Havana
Quito
Bogotá
Caracas
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique 
mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 239.
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820 km
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
80º O
EQUADOR
0°
VICE-REINO
DA NOVA ESPANHA
CUBA HISPANIOLA
VICE-REINO
DO PERU
CartagenaPorto Belo
Lima
Potosí
Havana
Veracruz
Zacatecas
Panamá
Buenos
Aires
Santo Domingo
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
Áreas efetivamente
dominadas pela
Espanha no início
do século XVII
Ouro
Prata
Cana-de-açúcar
Tabaco
Anil
Algodão
Cacau
Alpacas
Lhamas
Gado
As principais atividades econômicas 
ATIVIDADES ECONÔMICAS NA 
AMÉRICA ESPANHOLA
Fonte: FRANCO JÚNIOR, Hilário; 
ANDRADE FILHO, Ruy de. Atlas: história 
geral. São Paulo: Scipione, 1997. p. 39.
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• A atividade mais lucrativa foi a mineração da prata, 
iniciada em 1540, que estimulou também a extração 
de carvão e a criaçãode mulas para transporte.
• Das minas de Potosí, localizadas no Vice-Reino do 
Peru, saía a prata de boa parte das moedas que 
circulavam pelo mundo.
• Na agropecuária, os espanhóis aplicaram técnicas 
agrícolas europeias e aproveitaram conhecimentos 
indígenas, além de trazer animais de outros 
continentes, como bois, ovelhas e cavalos.
• O comércio da seda foi lucrativo e enriqueceu 
membros das elites comerciais através do 
contrabando, até ser proibido em 1631.
• O principal centro produtor de cana-de-açúcar foi o 
Caribe, onde a mão de obra escrava africana produzia 
melaço e rum para a exportação.
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1.220 km
HISTÓRIA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
 TEMA 3 A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICA
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4 TRABALHO E DIVISÕES 
SOCIAIS NAS COLÔNIAS 
ESPANHOLAS
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HISTÓRIA TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS 
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS TEMA 4
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
A mão de obra colonial 
• Em países como México, Peru e Bolívia, os 
africanos escravizados eram mão de obra 
minoritária; trabalhavam como capatazes nas 
minas ou como ajudantes dos espanhóis. 
• No Caribe, principalmente nas Antilhas e 
nos litorais da Venezuela e da Colômbia, os 
escravizados eram a maioria da mão de obra; 
trabalhavam na produção de açúcar.
A mão de obra na 
América espanhola
AfricanaIndígena
• Mão de obra predominante; podia exercer trabalho 
livre ou compulsório.
• Encomienda: instituição jurídica que autorizava os 
encomenderos a cobrar tributos de indígenas, que 
os pagavam com trabalho na agricultura e 
na mineração. 
• Mita: instituição de origem inca por meio da qual 
os chefes indígenas selecionavam trabalhadores 
para as minas espanholas; em troca, 
os trabalhadores recebiam pagamento.
HISTÓRIA TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS 
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS TEMA 4
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
Espanhóis 
(chapetones)
A sociedade colonial
Ocupavam os postos públicos de destaque 
no vice-reino, na Igreja e no exército 
e tinham grandes negócios.
Descendentes de espanhóis nascidos na 
América, possuíam grandes propriedades e 
atuavam no comércio ou nos cabildos.
Em geral, não tinham propriedades e 
trabalhavam na agricultura, nas minas e na 
construção e reparo de obras públicas.
Filhos de espanhóis com indígenas, 
dedicavam-se ao pequeno comércio, ao 
serviço doméstico e ao trabalho no campo.
A partir da segunda metade do século XVII, 
atuaram principalmente no Vice-Reino de 
Nova Granada e nas ilhas do Caribe.
Criollos
Indígenas
Mestiços
Escravos 
De espanhol e mestiça: castiça, pintura de 
Miguel Cabrera, século XVIII. As chamadas 
pinturas de castas retratavam a existência 
de famílias multiétnicas na América.
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HISTÓRIA TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS 
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS TEMA 4
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
Relações entre diferentes culturas 
Por considerar os 
indígenas inferiores, 
a Coroa e as elites 
espanholas preferiam 
que os colonizadores 
e os nativos não se 
misturassem.
Apesar disso, 
conquistadores e 
colonos tiveram 
filhos com indígenas 
e com africanos, 
gerando um ambiente 
social bastante 
heterogêneo.
• A maioria dos indígenas incorporou 
o cristianismo à sua identidade étnica 
e cultural.
• Apesar disso, continuaram a se considerar 
indígenas, pois mantiveram sua língua, 
visão de mundo, festas, trajes e tradições 
culinárias, artísticas e religiosas.
• Os africanos vieram de grupos étnicos 
distintos e ganharam novas identidades 
socioculturais na América, que uniram 
suas culturas originais à do colonizador, 
como a língua e a religião cristã.
• Surgiram, assim, novas religiões, que 
ainda hoje são praticadas, como o vodu 
haitiano ou a santería cubana.
HISTÓRIA TRABALHO E DIVISÕES SOCIAIS 
NAS COLÔNIAS ESPANHOLAS TEMA 4
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMÉRICAUNIDADE 4
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1 OS POVOS 
QUE OS PORTUGUESES 
ENCONTRARAM
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HISTÓRIA OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM TEMA 1
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL EM 1500
Os povos de Pindorama
• Na época da chegada dos portugueses, 
entre 3 e 5 milhões de nativos habitavam 
o território brasileiro, distribuídos em mais 
de mil povos, que falavam aproximadamente 
1.300 línguas.
• Cada um desses povos possuía seus rituais, 
crenças, mitos, formas de trabalho e 
organização social.
• As línguas mais faladas por eles podem 
ser agrupadas em dois troncos linguísticos: 
Tupi e Macro-Jê. Além deles, há outras 
famílias linguísticas, como Aruaque 
e Caraíba.
• Os Tupi foram os que tiveram mais 
contato com os portugueses, por estarem 
distribuídos ao longo da costa brasileira. 
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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
EQUADOR
0º
50º O
OCEANO
ATLÂNTICO
Tupi
Macro-Jê
Aruaque
Caraíba
Cariri
Pano
Tucano
Charrua
Fronteiras atuais
do Brasil
Outros grupos
Fonte: Atlas histórico escolar. 
Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 12.
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360 km
HISTÓRIA OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM TEMA 1
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
O modo de vida dos povos Tupi
Viviam em aldeias, que podiam 
guerrear ou estabelecer 
relações de solidariedade 
entre si. Não havia um poder 
centralizado, mas líderes 
(principais) que se reuniam 
em um conselho para decidir o 
destino da aldeia.
Praticavam o ritual da 
antropofagia, quando o inimigo 
capturado em guerra era morto 
e devorado em uma festa. 
Acreditavam que, com isso, 
adquiriam sua força, coragem 
e espírito, e que esse fim era 
digno para o guerreiro.
Cada povo indígena possuía 
crenças e rituais religiosos 
próprios, ensinados e 
transmitidos pelo pajé. 
Todos eles, porém, acreditavam 
nas forças da natureza e nos 
espíritos de seus antepassados.
Mulheres faziam a colheita, 
fabricavam farinhas, teciam e 
cuidavam das crianças. 
Os homens pescavam e caçavam, 
construíam moradias e faziam 
canoas e armas. Os idosos 
educavam e passavam sua 
cultura para as crianças.
Praticavam a agricultura de 
subsistência, coletavam frutos, 
caçavam e pescavam. 
Também confeccionavam artigos 
como canoas, arcos e flechas, 
redes, cestos, vasos e urnas 
funerárias.
Povos Tupi
HISTÓRIA OS POVOS QUE OS PORTUGUESES ENCONTRARAM TEMA 1
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
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2 A CONQUISTA E O INÍCIO 
DA COLONIZAÇÃO
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HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
O valioso pau-brasil
Descoberta 
do pau-brasil
Árvore da Mata Atlântica, da qual se extraía 
um pigmento usado na tintura de tecidos e 
na pintura de manuscritos; sua madeira era 
utilizada na construção civil e em embarcações.
Troca de mercadorias e serviços: indígenas 
cortavam e carregavam a madeira até 
os navios portugueses em troca de itens 
como tecidos, contas coloridas, canivetes, 
facas e espelhos.
A exploração se tornou exclusividade da Coroa. 
Para extrair e comercializar a madeira, os 
portugueses deveriam obter uma autorização 
régia e pagar tributos.
Hoje, a árvore está restrita a poucas 
áreas de preservação no litoral de alguns 
estados brasileiros.
Instituição 
do monopólio 
real
Exploração 
por meio 
do escambo
Devastação 
da espécie
Detalhe do mapa Terra Brasilis, 
atribuído a Lopo Homem, Pedro 
e Jorge Reinel, 1519.
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HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
(SÉCULO XVI)A colonização de fato
• Para garantir a defesa da colônia da presença de 
conquistadores de outros países, a Coroa portuguesa 
investiu na fixação de pessoas no território e na 
exploração de atividades econômicas. 
• Cultivo de cana-de-açúcar: condições favoráveis na 
colônia e conhecimento técnico vindo da Ilha da Madeira 
e de Cabo Verde.
• Fundação da vila de São Vicente: em 1532, Martim 
Afonso de Souza introduziu o cultivo de cana, efetivando 
a colonização.
• Capitanias hereditárias: divisão do território em quinze 
faixas de terra, doadas a membros da pequena nobreza e a 
militares de alta patente, chamados capitães donatários.
• A carta de foral estabelecia seus direitos e deveres: doar 
sesmarias, nomear autoridades, arrecadar impostos, 
escravizar indígenas etc.
Fonte: Atlas histórico escolar. 
Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 16.
São Vicente
SANTANA
SÃO VICENTE
SÃO VICENTE
SÃO TOMÉ
ESPÍRITO SANTO
PORTO SEGURO
ILHÉUS
BAÍA DE TODOS-OS-SANTOS
PERNAMBUCO
ITAMARACÁ
RIO GRANDE
CEARÁ
MARANHÃO
MARANHÃO
SANTO AMARO
Porto Seguro
Olinda
OCEANO
ATLÂNTICO
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270 km
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
O governo-geral 
Criação do 
governo-geral 
(1548)
Fracasso do sistema 
de capitanias 
hereditárias
Instituição 
das câmaras 
municipais
Centro político para administrar todo o 
Brasil, sediado em Salvador. O primeiro 
governador-geral foi Tomé de Sousa, 
que chegou ao Brasil em 1549 com a 
responsabilidade de defender a colônia 
e fazê-la prosperar.
Organizavam o cotidiano das vilas e 
cidades, providenciando a construção 
de obras públicas, a limpeza das ruas, 
a cobrança de impostos, o registro 
dos profissionais, a fixação de pesos 
e medidas e o envio de pedidos da 
população ao rei.
Altos custos do 
empreendimento, isolamento 
das capitanias, doenças 
tropicais e hostilidade de 
grupos indígenas, entre outras 
dificuldades, fizeram com que 
o sistema fracassasse.
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 2 A CONQUISTA E O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
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3 ESCRAVIDÃO E 
RESISTÊNCIA INDÍGENA
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HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA
Alianças, guerras e escravidão
Alteração da 
relação dos 
indígenas com a 
guerraRelações pacíficas, 
formação de 
alianças e troca de 
conhecimentos
Incentivo a 
guerras entre 
povos para comprar 
e escravizar os 
prisioneiros 
Utilização do 
princípio de guerra 
justa para legitimar 
a escravidão
Ao invés de guerrear 
para vingar parentes 
ou pela antropofagia, 
os Tupi passaram a 
agir interessados nas 
vantagens oferecidas 
pelos colonizadores. 
Apesar da proibição 
da escravidão indígena 
pela Coroa (1570), os 
portugueses justificavam 
escravizar os “índios 
bravos”, ou seja, os 
que resistissem à 
colonização ou que 
se aliassem aos seus 
inimigos.
Portugueses 
aprenderam a se 
orientar nas matas, 
incorporaram 
alimentos locais à sua 
dieta e construíram 
vilas e engenhos.
Como justificativa, 
os portugueses 
alegavam que os 
prisioneiros estavam 
sendo salvos do ritual 
de antropofagia 
(prática do resgate).
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA
Os aldeamentos jesuítas
Os jesuítas chegaram 
ao Brasil em 1549 
com o primeiro 
governador-geral, 
Tomé de Sousa.
Os padres 
organizaram missões 
jesuíticas em várias 
partes da colônia.
Catequizavam os indígenas para que 
adotassem o modo de vida cristão e 
abandonassem suas crenças e práticas 
autônomas. 
Administravam a mão de obra indígena, 
fornecendo trabalhadores a fazendeiros 
da região por um período determinado.
Recrutavam os indígenas, que iam 
aos aldeamentos acreditando estarem 
protegidos de povos inimigos e do 
trabalho escravo.
Os indígenas eram convencidos a 
viver nas missões de maneira pacífica 
(descimento). Caso se rebelassem, 
podiam ser escravizados de acordo com o 
princípio de guerra justa.
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA
Formas de resistência contra a escravidão
Contato com 
os portugueses
Formas de 
resistência à 
escravização
Estabelecimento 
de alianças
Os povos aliados possuíam maior liberdade 
e espaço para negociar, por ajudarem a 
defender o território conquistado pelos 
portugueses em tempos de guerra.
Alianças entre diferentes povos para 
enfrentar as tropas coloniais.
Fuga para o interior da colônia.
União entre indígenas, africanos e brancos 
pobres nos quilombos e mocambos.
Recurso a um tribunal português em caso 
de captura ilegal.
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 3 ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA INDÍGENA
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4 O NORDESTE 
AÇUCAREIRO
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HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO
A produção açucareira
• Nos primeiros séculos de colonização, o açúcar foi o principal 
produto para os comerciantes e para a Coroa portuguesa.
• Os melhores resultados vieram das capitanias de Pernambuco 
e Bahia, favorecidas pela proximidade da metrópole, 
pelas terras aráveis e pelos rios navegáveis, que facilitavam 
o transporte do açúcar.
• A atividade açucareira foi financiada por europeus, 
principalmente flamengos e holandeses, que forneciam 
recursos para maquinário, escravos, aumento da área 
de cultivo e refino do açúcar.
A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR 
(SÉCULOS XVI-XVII)
Fonte: Atlas histórico escolar. 8. ed. 
Rio de Janeiro: FAE. 1991. p. 20 e 28.
Lavoura 
canavieira
Instalações 
da cana-de- 
-açúcar
Moradias de 
proprietários e 
trabalhadores
Capela
Engenho colonial
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
EQUADOR
0º
São Luís
Natal
Paraíba
Olinda
Recife
Salvador
Ilhéus
Porto Seguro
Espírito Santo
Vitória
 Campos dos
 Goytacazes
Rio de
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Santos
São VicenteItanhaém
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OCEANO
ATLÂNTICO
Século XVI
Século XVII
Limites do 
Brasil atual
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320 km
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO
A sociedade do engenho 
Senhores de 
engenho
Grandes proprietários de terras e de escravos que 
administravam as atividades do engenho e moravam na 
casa-grande. Podiam também residir nas cidades, onde tinham 
negócios e atividades sociais.
Produtores de açúcar que não possuíam engenho próprio. 
Os arrendatários usavam as terras e o engenho alheios, 
enquanto os proprietários cultivavam a cana em suas próprias 
terras e a moíam no engenho de outro.
Trabalhavam nas plantações, nos engenhos, em tarefas 
domésticas ou em atividades manuais. Suas condições de moradia 
e alimentação nas senzalas eram precárias, e sofriam com 
castigos físicos, má alimentação e desagregação familiar.
Realizavam tarefas especializadas, como o feitor, que escolhia 
as terras, o tipo de cana e o momento ideal para o cultivo e 
colheita, e o mestre de açúcar, que garantia a qualidade do 
produto final. Havia ainda o purgador e o caixeiro.
Lavradores 
de cana
Africanos 
escravizados
Trabalhadores 
livres
HISTÓRIA
PORTUGUESES NA AMÉRICA: CONQUISTA E COLONIZAÇÃOUNIDADE 5
 TEMA 4 O NORDESTE AÇUCAREIRO
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1 TRABALHO ESCRAVO 
E TRABALHO SERVIL
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DE 6
HISTÓRIA
AS TERRAS DO ATLÂNTICO INTERLIGADAS PELA ESCRAVIDÃOUNIDADE 6
 TEMA 1 TRABALHO ESCRAVO E TRABALHO SERVIL
Em praticamente todo 
o mundo antigo, uma pessoa 
não era escravizada por sua 
cor ou etnia. A escravidão 
era imposta aos estrangeiros 
capturados em guerras e às 
pessoas empobrecidas que não 
quitavam suas dívidas.
Na Antiguidade, os hilotas 
eram servos conquistados 
e obrigados a trabalhar para 
os espartanos

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