aula 10 e 11 Linguagem e Julgamento Tomada de decisao

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Linguagem
Julgamento e tomada de decisão
ARA0444
SITUAÇÃO PROBLEMA
QUAL A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM PARA O SER HUMANO?
O PENSAMENTO OCORRE DEVIDO A CAPACIDADE DA LINGUAGEM?
Linguagem
“Linguagem é o uso de meio organizado de combinação de palavras a fim de criar comunicação.”
Ela torna possível nos comunicarmos com as pessoas ao nosso redor. Também torna possível pensar a respeito de coisas e processos que, presentemente, não conseguimos ver, ouvir, sentir ou cheirar. Essas coisas indicam ideias que podem não possuir qualquer forma tangível.
(STERNBERG, 2010)
Linguagem
A linguagem é definida a partir de aspectos biológicos e sociais que exprimem seu caráter essencial de favorecer a adaptação do individuo ao ambiente. 
Habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a comunicação e socialização humana. 
Linguagem
A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a comunicação e socialização humana. 
A linguagem tem por função estabelecer a comunicação por meios organizados de combinar palavras em sentenças e essas em discurso. 
Possibilita, assim, pensar sobre os processos mais abstratos e trocar tais pensamentos entre interlocutores. 
A linguagem pode ser: oral, escrita e de sinais. 
Quatro perspectivas da Linguagem 
Relatividade Linguística e a Hipótese Sapir Whorf
Pensamento e Linguagem segundo Vygotsky
Comportamento Verbal na visão do Skinner
A perspectiva de Chomsky
1. A Hipótese Sapir-Whorf
Relatividade linguística – Esta hipótese está relacionada à afirmação de que usuários de línguas diferentes possuem sistemas cognitivos distintos e que estes sistemas influenciam o modo pelo qual as pessoas que falam as diversas línguas pensam a respeito do mundo.
Hipótese Sapir-Whorf de relatividade linguística foi a perspectiva proposta por Edward Sapir e Benjamin Whorf, no início do século XX. 
2. A Hipótese Sapir-Whorf
Esta hipótese leva em consideração que  a linguagem determina o pensamento.
Cada língua segmenta a realidade à sua maneira
A língua configura como pensamos
Modelo linguísticomodelo sociocultural
Os modelos linguísticos relacionam-se aos modelos socioculturais
Hipótese Sapir-Whorf 
O povo indígena Hopi não tinha formas verbais para o passado em seu idioma
Conclusão: não pensam o tempo linearmente 
Para Whorf, a língua Hopi não teria referência implícita ou explícita a tempo, nem tempos verbais, substantivos que denotassem intervalos de tempo (como “dia” ou “hora”) ou metáforas de tempo-espaço (por exemplo, período “longo” ou “curto” de tempo).
Para esses autores, atesta-se a estreita relação que une língua, cognição e cultura na medida em que se torna evidente que os Hopis, por não possuírem um entendimento da realidade tão básico para nós, pensam e veem a realidade de forma diferente da nossa. 
Obs: Os hopis são uma nação indígena dos Estados Unidos da América
Hipótese de Sapir-Whorf
Sapir e Whorf apresentaram, então, a tese de que a linguagem controla grande parte do pensamento. 
Atualmente, muitos psicólogos acreditam em uma síntese, ou seja, que a linguagem exerce alguma influência sobre o pensamento, porém nem de perto tão marcante como Sapir e Whorf acreditavam.
Críticas a hipótese de Sapir-Whorf 
Esta hipótese (Sapir-Whorf) é criticada por outros autores. Eles concordam que há uma influência sutil das palavras sobre o pensamento. 
Por exemplo, locais que há diversas palavras para os tons de amarelo, você consegue distinguir melhor esses tons, do que em outros lugares que há uma só palavra para amarelo. 
Concordam que expandir o vocabulário é expandir a habilidade de pensar. Por isso, que a maioria dos livros didáticos introduz novas palavras para ensinar novas ideias. 
Críticas a hipótese de Sapir Whorf
Assim como a língua exerce influência sobre o pensamento de seus falantes, estes e o contexto cultural em que estão inseridos também agem sobre a língua.
Nem sempre não ter uma VOCÁBULO acarreta não entender o referente – um alemão pode sentir SAUDADE.
Mesmo com variações em como nomeiam as cores, a maioria das línguas têm as mesmas cores como básicas (Brent Berlin e Paul Kay, 1969).
Língua e cultura
Lévi-Strauss trata da impossibilidade de entendermos uma língua desvinculada de sua cultura, visto que a primeira faz parte da segunda e envolve aspectos que vão além do léxico. 
Há, portanto, a necessidade de conhecer a cultura em questão (incluindo os hábitos e costumes, as crenças, o modo de vida da população em geral) para entender a língua. 
Este autor contribui para a hipótese da relatividade linguística, que busca superar a opinião de muitos psicólogos e linguistas de que a cognição humana é regida por leis universais, sendo a língua apenas um meio de expressá-la
Linguagem e pensamento
Forma mais atenuada de relativismo linguístico  Refere-se ao fato de que a linguagem pode não determinar o pensamento, mas, certamente, pode influenciá-lo. 
Nossos pensamentos e nossa linguagem interagem de inúmeras maneiras, algumas das quais somente compreendemos nos dias que correm. 
Obviamente, a linguagem facilita o pensamento, chegando mesmo a afetar a percepção e a memória. Por alguma razão, possuímos meios limitados para manipular imagens não linguísticas.
2. Pensamento e Linguagem segundo Vygotsky
Para Vygotsky há uma relação recíproca, inicialmente independente, e articulada entre a linguagem e o pensamento.
Os seres humanos, sendo essencialmente seres sociais, precisam estabelecer meios para se relacionarem nos grupos, e estes meios são originados e desenvolvidos por intermédio da linguagem e da comunicação, pois através destas a humanidade transmite sua cultura, aperfeiçoa suas técnicas e, aprende e repassa seus conhecimentos e história.
Pensamento e Linguagem segundo Vygotsky
Para Vygotsky, o ambiente interfere na interiorização das atividades cognitivas do indivíduo.
Tudo aquilo que a criança aprende com o adulto ou com outra criança mais velha vai sendo elaborado por ela, vai se incorporando a ela, transformando seus modos de agir e pensar. 
Para Vygotsky (2003a), a linguagem é social uma vez que é construída socialmente e que surge nos grupos para que os seres humanos possam se comunicar. 
Pensamento e Linguagem 
O pensamento não resulta diretamente da interiorização da linguagem exterior nem é idêntico a ela, mas se realiza por meio de algum processo interior de codificação que se apoia nessa linguagem.
É impossível a comunicação direta de mentes entre si, tanto física como psicologicamente. A comunicação só pode ser conseguida por meios indiretos. O pensamento tem de passar primeiro por significações e só depois por palavras. VYGOTSKY, L. Thought and Language. Cambridge: The MIT Press, 1986. p. 252
3. Behaviorismo e comportamento verbal
Segundo Skinner (1957) o comportamento verbal é um comportamento operante, que ocorre quando um indivíduo se comporta e existe a mediação do outro.
Skinner sustentava que podemos explicar o desenvolvimento da linguagem com os princípios familiares ao da aprendizagem, tais como: 
associação (da visão das coisas com os sons das palavras),
 imitação (das palavras e sintaxes modeladas pelos outros) 
e reforço (com elogios, sorrisos quando a criança diz algo certo). 
4. Chomsky e a gramática gerativa
Teoria de Chomsky: Gerativista - a linguagem não é um 
sistema de hábitos e repetições, mas norteia-se pela 
criatividade.
Chomsky apresenta uma teoria que discute aspectos linguísticos como a criatividade do falante.
Sendo assim, a gramática seria considerada um sistema finito que permite gerar um conjunto infinitos de frases gramaticais.
Gramática Universal Inata
Chomsky afirma que todas as línguas humanas possuem os mesmos blocos de construção gramatical, tais como verbos, substantivos, sujeitos e objetos.
Nascemos com uma gramática universal. E graças a ela, que aprendemos prontamente a gramática específica da língua que ouvimos. 
Inato e adquirido
Nem o inato por si mesmo nem o adquirido porsi explicam adequadamente todos os aspectos da aquisição da linguagem.
Chomsky aponta que temos um dispositivo de aquisição de linguagem (DAL), um mecanismo biologicamente inato que facilita a aquisição da linguagem.
Em outras palavras, nós, humanos, parecemos ser pré-configurados biologicamente para estar prontos a aquisição da linguagem.
As crianças adquirem a língua formando mentalmente hipóteses provisórias relativas à língua, com base em sua facilidade herdada para a aquisição da língua e, em seguida, testam essas hipóteses no ambiente. Portanto, inato e adquirido operam juntos.
Neuropsicologia da Linguagem
Afasia é a perda ou deficiência da linguagem expressiva e/ou receptiva, provocada por um dano cerebral. 
Existem diversos tipos de afasias. Seguem alguns deles: 
Afasia de Broca
A afasia de Broca é causada por lesão na área de Broca do cérebro. 
E caracterizada pela produção de discurso sem lógica gramatical ao mesmo tempo que a capacidade de compreensão verbal é preservada em alto grau. Portanto, difere da afasia de Wernicke em dois aspectos básicos. 
Primeiro, o discurso não obedece à gramática, como na afasia de Wernicke. Segundo, a compreensão verbal encontra-se em grande parte preservada. 
Um exemplo de uma produção por um paciente com afasia de Broca é "Pancada... domingo...braço, falando mal”
Afasia de Wernicke
A afasia de Wernicke é causada por lesão na área de Wernicke do cérebro. 
É caracterizada por grande dificuldade de compreensão de palavras e sentenças faladas, mas com linguagem expressiva e espontânea mas desprovidas de sentido. 
Envolve a produção de sentenças que possuem a estrutura básica da língua falada, mas que não fazem sentido. São sentenças que não possuem significado.
Ex: "Sim, essa era a abóbora mais distante de meus pensamentos
Frequentemente, a produção escrita é semelhante à oral, e a compreensão de leitura encontra-se em grau semelhante à oral. 
Afasia de condução
A afasia de condução é reconhecida por linguagem espontânea relativamente fluente, adequada compreensão, mas dificuldade na repetição. 
Afasia global - A afasia global é a combinação entre compreensão gravemente afetada e produção da fala. 
É causada por lesões nas áreas de Broca e Wernicke.
É um dos mais graves prejuízos afásicos, havendo prejuízo severo na expressão e na compreensão da linguagem, tanto oral quanto escrita. 
Avaliação neuropsicológica da linguagem
Tarefas que avaliem a expressão (linguagem espontânea, nomeação, repetição) e compreensão de palavras, frases e discursos.
Alguns tipos de testes utilizados:
Teste de nomeação
Teste de fluência verbal semântica (categoria animais)
Teste de vocabulário
Token Test 
Teste de nomeação de Boston
O TNB é composto de 60 itens desenhados em preto e branco.
Sendo a tarefa do sujeito nomear as figuras apresentadas pelo examinador.
Teste de fluência verbal semântica (categoria animais)
“Fale todos os animais que conseguir lembrar. Vale qualquer tipo de bicho”. 
Após o comando é cronometrado um minuto e todos os animais mencionados são anotados pelo avaliador. 
O escore corresponde ao número de animais lembrados nesse período. 
Os animais citados que só diferem devido ao gênero, como gato e gata, recebem apenas um ponto. 
Palavras distintas quanto a semântica, como boi e vaca, são consideradas duas, valendo assim dois pontos. 
Indivíduos sem disfunção cognitiva com escolaridade de oito anos ou mais são capazes de evocar pelo menos 13 animais, enquanto os com escolaridade menor que oito anos evocam pelo menos nove animais.
Vocabulário
O que é um relógio?
O que é rivalidade?
Entendimento não literal
Metáforas
Aquele rapaz é um gato.
Ela me encarou e seu olhar era de pedra.
Aninha é uma flor. 
Esta questão é apenas a ponta do iceberg.
Provérbios
Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Humor
Token Test
Este instrumento avalia a compreensão da linguagem verbal.
 A tarefa contém 36 comandos, divididos em seis partes, em que se aumenta a quantidade de informações presentes em cada comando, aumentando gradativamente a complexidade do teste. 
Referências
STENBERG, R.J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
PENNA, A. G. Introdução a Psicologia Cognitiva, São Paulo: EPI, 1984. 
Julgamento e Tomada de Decisão
O que nos faz tomar boas decisões? Quais estratégias utilizamos para fazer um
julgamento e uma tomada de decisão?
Julgamento
Avaliação da probabilidade de ocorrência de determinado evento com base em informações incompletas.
Por exemplo, você pode usar a informação sobre seu desempenho em provas anteriores para avaliar a probabilidade de ser bem-sucedido em seu próximo exame. 
Tomada de decisão
Escolha entre diversas opções; se não estiverem disponíveis todas as informações, haverá necessidade de julgamento.
Você provavelmente terá de decidir em que universidade irá estudar, quais disciplinas irá cursar e assim por diante. 
Os fatos envolvidos na tomada de decisão dependem da importância da decisão a ser tomada. 
Por exemplo, os processos envolvidos na decisão sobre que carreira seguir são muito mais complexos e demandam mais tempo do que aqueles envolvidos na decisão sobre tomar Coca-Cola ou Pepsi-Cola
Tomada de decisão quando há risco
As decisões variam muito em sua complexidade. 
É mais difícil decidir o que você vai fazer de sua vida do que qual a marca de cereais irá consumir no café da manhã. 
Iniciaremos com tomadas de decisão relativamente simples (i.e., aquelas em que relativamente poucas informações precisam ser consideradas).
TOMADA DE DECISÃO: FATORES EMOCIONAIS E
SOCIAIS
Os fatores emocionais são importantes nas tomadas de decisão uma vez que perdas e ganhos têm, ambos, consequências emocionais. 
Seria esperado que os indivíduos que sejam mais emocionalmente afetados por ganhos do que por perdas assumam mais riscos do que aqueles com tendência oposta.
Fatores emocionais têm participação importante na tomada de decisão. Mais especificamente, perdas antecipadas ou ocorridas podem produzir reações emocionais negativas no indivíduo (p. ex., ansiedade) causando aversão à perda.
Uma razão pela qual as pessoas demonstram aversão às perdas é a superestimação de seu impacto negativo.
Dedução e Indução
Dedução/ Raciocínio Dedutivo - O pensamento dedutivo parte de princípios gerais para chegar a determinadas conclusões específicas (do geral para o particular). 
Indução/ Raciocínio indutivo - O pensamento indutivo parte de observações específicas para atingir princípios gerais (do particular para o geral).
Heurística
A maioria das pessoas instadas a julgar faz uso considerável de regras básicas ou da heurística. 
Denomina-se heurística a “estratégia que ignora parte da informação, com o objetivo de tomar decisões de forma mais rápida, simples e/ou acurada do que com métodos mais complexos”
Heurística
Heurística é uma regra que permite ao sujeito resolver problemas de forma rápida e com grande economia cognitiva.
Atalhos mentais, estratégias informais e intuitivas que podem levar ou não a uma solução eficiente.
As pessoas cometem erros de julgamento porque, ao invés de buscarem informações em fontes confiáveis, preferem confiar em suas memórias específicas e generalizá-las para novas situações.
Heurísticas
Existem vários tipos de heurística:
Heurística de disponibilidade - Consiste em estimar a ocorrência de um determinado evento ou realizar julgamentos com base nas informações armazenadas em nossa memória. 
Um evento proeminente, dramático  que chama sua atenção, será facilmente recuperado da memória. Experiências pessoais, fatos e exemplos vividos são mais disponíveis do que incidentes que aconteceram com outros, ou meras palavras, ou estatísticas.
Ex: acidente de avião parece ser mais frequente do que de carro
Heurística de representatividade - Consiste em realizar julgamentos tendo como base os estereótipos.
 Julgar a probabilidade com base na representatividade pode levar a acertos,mas também a erros. 
Alguns métodos para resolução de problema e tomada de decisão:
Algoritmo - um procedimento passo a passo que garante uma solução. 
Heurísticas – utilização de estratégias mais simples relacionadas as nossas experiências e crenças. 
Insight – súbita solução de um problema; compreensão repentina de uma situação. 
Método da tentativa e erro - através de tentativas e erros chegamos a solução do problema. 
Algoritmo
Um algoritmo é um procedimento utilizado para resolver problemas que garante uma resposta correta. 
A noção de algoritmo não deve ser confundida com a de heurística. Heurística é uma regra que permite a pessoa resolver problemas de forma rápida e com grande economia cognitiva. 
No entanto essas regras podem levar a erros. Algoritmos sempre levam a uma solução correta.
Resolução de problemas - Algoritmo
Um algoritmo é um procedimento passo a passo utilizado para resolver problemas que garante uma resposta correta. 
Exemplo: Se nos pedissem para encontrar uma palavra, usando todas as letras em ISPLOIOCIAG, nós poderíamos tentar cada letra em cada posição, e gerar e examinar 907.208 combinações resultantes. Mas isso seria muito desgastante.
Alguns algoritmos passo a passo podem ser bem laboriosos, e mais apropriados para os computadores. 
Resolução do anagrama: PSICOLOGIA
Algoritmos - exemplos
Passos para a resolução do problema
Passos do ciclo da resolução de problemas:
identificação do problema, 
a definição do problema, 
a formulação de estratégia, 
a organização das informações, 
a alocação de recursos, 
o monitoramento e a avaliação.
Flexibilidade na sequência de passos
A flexibilidade ao seguir os vários passos do ciclo é importante.
Raramente conseguimos resolver problemas seguindo qualquer boa sequência de passos para a resolução de problemas.
Além disso, podemos retroagir ou avançar ao longo dos passos.
 Podemos mudar sua ordem em função da necessidade ou mesmo omitir ou agregar passos quando parecer apropriado.
Identificação do problema
Identificar uma situação problemática constitui, algumas vezes, um passo difícil.
Muitas vezes por estar dentro da situação, não consegue-se distanciamento para identificar a situação como um problema.
Definição e 
representação do problema
Após identificarmos a existência de um problema, ainda precisamos defini-lo e representá-lo em grau suficiente para compreender como solucioná-lo.
Se você definir e representar imprecisamente o problema, tem capacidade muito menor para solucioná-lo.
Grande parte dos problemas do dia-a-dia tendem a ser mal definidos.
Formulação de estratégias
Após o problema haver sido definido corretamente, o próximo passo consiste em planejar uma estratégia para solucioná-lo. 
Pode envolver os processos de:
Análise - desmembrar a totalidade de um problema complexo em elementos mais simples. 
Síntese - agrupar vários elementos para dispô-los em algo útil.
Outro par de estratégias complementares envolve o pensamento divergente e convergente.
Pensamento divergente - gerar um conjunto diversificado de soluções alternativas possíveis de um problema. Permite gerar muitos tópicos possíveis de estratégias.
Pensamento convergente - diversas possibilidades se transformem na melhor solução única
Organização das informações
Neste estágio, você tenta integrar todas as informações que julga serem necessárias para realizar eficazmente a tarefa do momento. 
Ela poderia envolver obter referências ou mesmo juntar suas próprias ideias.
 Este estágio é , fundamental para uma boa solução do problema.
Algumas vezes, as pessoas não conseguem resolver um problema não por faltar-lhes capacidade para solucioná-lo, mas por não entenderem que informações possuem ou como se agrupam.
Ao longo do ciclo da solução do problema, você está organizando e reorganizando constantemente as informações disponíveis.
Alocação de recursos
A maioria de nós, além de nossos outros problemas, defronta-se com o problema de possuir recursos limitados. 
Esses recursos incluem tempo, dinheiro, equipamento e espaço.
Monitoramento
Uso cuidadoso do tempo inclui o monitoramento do processo de resolução do problema. 
As pessoas que resolvem problemas com sucesso não iniciam um percurso para uma solução e esperam, em seguida, até chegarem ao fim do percurso para verificar onde se encontram 
Testam, preferentemente, sua própria atuação ao longo de todo o percurso para assegurar-se de que estão se aproximando de sua meta.
Avaliação
Da mesma forma que precisa monitorar um problema enquanto se encontra no processo de solucioná-lo, você precisa avaliar sua solução após haver terminado.
Problema da Torre de Hanói
Tipos de problemas
Podem ser classificados em:
Problemas bem estruturados – possuem caminhos claros para uma solução.
Exemplo: Como se calcula a área do quadrado?
Problemas mal estruturados – Não possuem caminhos claros para uma solução. Estes problemas são ambíguos, sem uma definição muito clara dos caminhos a seguir para sua resolução e podem ter várias soluções com diferentes graus de eficácia. São problemas que requerem uma abordagem especulativa e a exploração de ideais sob diversas perspectivas. 
Exemplo: Como melhorar os serviços aos clientes? 
Insight e problemas mal estruturados
O insight e um entendimento distintivo e aparentemente súbito de um problema aparentemente súbito de um problema ou de uma estratégia que auxilia em sua solução. 
Com frequência, um insight envolve a reconceituação de um problema ou de uma estratégia para sua solução de uma maneira totalmente nova. 
Muitas vezes, envolve detectar e combinar informações relevantes antigas e novas para obter uma visão renovada do problema e sua solução. Embora os insights possam parecer repentinos, eles costumam ser resultado de muito pensamento e esforço anteriores. Sem esse trabalho, o insight nunca teria ocorrido. 
Ele pode estar envolvido na solução de problemas bem-estruturados, mas esta associado com mais frequência aos caminhos tortuosos em direção a solução que caracterizam os problemas mal estruturados.
Emoções e Resolução de Problemas
Nossas emoções podem influenciar o modo pelo qual implementamos o ciclo de resolução de problemas. 
Nos grupos com participantes que possuem inteligência emocional elevada, o processamento emocional pode influenciar positivamente a resolução de problemas
Obstáculos à resolução
Configuração mental / entrincheiramento
Fixação numa estratégia
Fixidez funcional
Fixação num uso para um objeto
incapacidade para perceber que algo que tem um fim determinado possa ser usados com outras finalidades.
Estereótipos
Generalização a partir de observações limitadas. 
Crenças de que grupos sociais tendem a ter, de modo uniforme, um conjunto de características. 
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Configuração Mental/ Entricheiramento
Um estado mental envolvendo um modelo existente para representar um problema, um contexto de um problema ou um procedimento para a solução de problemas. 
Outro termo para configuração mental é entrincheiramento. 
Quando os solucionadores de problemas tem uma configuração mental entrincheirada, fixam em uma estratégia, que de modo geral, funciona bem para resolver muitos problemas; porém não funciona para um problema específico. 
Ex: fixação em um uso específico para um objeto; estereótipos 
Resolução de problemas
Incubação: colocar o problema de lado por um tempo, sem pensar nele conscientemente -Eliminação de efeitos negativos de configuração mental. 
Tente colocar o problema de lado por um tempo e deixa-lo incubar. Durante a incubação, você não deve pensar conscientemente no problema, e sim permitir que ele seja processado em seu subconsciente.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
Neuropsicologia – Funções executivas
A resolução de problemas e tomada de decisões está relacionado às funções executivas do cérebro.
Funções executivas
As funções executivas referem-se ao controle cognitivo de ordem superior necessário parao controle cognitivo de ordem superior necessário para a realização de um objetivo específico.
No inicio o termo estava circunscrito a:
Definição de metas
Iniciação de ação
Inibição ou controle inibitório (capacidade de frear as respostas)
Planejamento
Alternância (flexibilidade de revezamento entre tarefas ou conjuntos mentais)
Monitoramento
Funções executivas (FEs)
Possibilitam comportamento dirigido a objetivos e organização temporal das ações
Planejamento de ações seqüenciais para consecução de objetivos
Padronização de comportamentos sociais e motores
Comportamento emocional
Habilidades de julgamento
Subcomponentes:
Atenção à informação relevante
Inibição de processos e informações concorrentes ou irrelevantes
Programação de processos para tarefas
Planejamento de seqüências de subtarefas
Monitoramento do desempenho
Componentes da função cognitiva
Componente frio – quando os processos cognitivos tendem a não envolver muita excitação emocional e são relativamente mecanicistas e logicamente baseados.
Componente quente – quando envolvem muitas emoções, crenças e desejos, tais como a experiência de recompensa e punição, a regulação do próprio comportamento social e tomada de decisão envolvendo interpretação emocional e pessoal.
Algumas estratégias de avaliação das funções executivas
Wisconsin Card Sorting Test
Tarefa é separar cartas conforme uma regra (cor, forma, número)
Paciente tenta uma vez e é informado se colocou a carta correta ou incorretamente
Lesão frontal: pacientes não assimilam mudanças de regras
Trail-Making Test
Tarefa é ligar as seqüências: 1-A-2-B-3-C...
Indicador: adequação de respostas
Avalia: flexibilidade mental e capacidade inibitória
Tarefas go / no-go
Mudança de regra
Avalia mecanismos inibitórios de respostas automáticas
Exemplo:
Regra 1: 
se , pressionar [vermelho]; se , pressionar [amarelo]
Regra 2: 
se , pressionar [amarelo]; se , pressionar [vermelho]
Teste de Stroop
Indicador: Efeito de interferência
Avalia processos inibitórios, memória de trabalho verbal e sistema atencional supervisor
Torre de Londres / Hanoi
Indicadores: tempo de planejamento, No. de tentativas
Avalia capac. planejamento, memória de trabalho, mecanismos inibitórios
Lesionados CPFE: maior no. de movimentos 
Sujeitos normais, correlação com ativação do CPFE:
+: tempo planejamento
- : no. de movimentos
Torre de Hanoi - O problema consiste em passar todos os discos de um pino para outro, usando um dos pinos como auxiliar, de maneira que um disco maior nunca fique em cima de outro menor em nenhuma situação.