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Rose Anne 1 Ancilostomíase • Conhecida popularmente como “amarelão”, “doença do jeca tatu”, opilação Habitat: • Intestino delgado – duodeno e jejuno (raramente íleo) • Fixam-se pelo aparelho bucal 3 agentes etiológicos • Ancylostoma duodenale • Necator americanos (maior incidência no Brasil) • Ancylostaoma ceylanicum (hospedeiros: cães e gatos) Existem outras espécies de ancilostomídeos que não causam ancilostomíase. Vermes hematófagos, deglutem a hemoglobina, causando anemia. Epidemiologia • Não é doença de notificação compulsória; • Crescimento acelerado dos centros urbanos e sem infraestrutura sanitária; • No Brasil, há uma prevalência maior na região Nordeste e em segundo lugar na região Centro-Oeste; • Normalmente acomete indivíduos com mais de 20 anos; • Além da penetração larval percutânea (principal modo de transmissão), a infecção pode ser também por transmissão via oral • Geo-helminto. (vermes que vivem no solo) Morfologia • Macho < fêmea • Fêmea encurvada • Macho possui uma bolsa copuladora Ancylostoma duodenale • Cilindriformes • Extremidade anterior curvada dorsalmente • 2 pares de dentes ventrais na margem interna da boca • 2 lancetas subventrais no fundo da capsula bucal Necator americanos • Cilindriformes • Extremidade anterior curvada dorsalmente • 2 lâminas semilunares na margem interna da boca • 2 lâminas na margem interna • Ovo idêntico ao A. duodenale Rose Anne 2 Ovo: • Apresentam uma membrana delgada envolvendo o seu conteúdo (proteção ao ovo) • Mesmo com a presença dessa fina membrana, os ovos não se rompem no hospedeiro; • Os ovos de todas as espécies de ancilostomídeos são morfologicamente iguais (tanto o dos parasitas humanos quanto o dos animais) • O solo favorece o desenvolvimento do verme por oferecer oxigenação, matéria orgânica, umidade, temperatura elevada – necessários para a eclosão dos ovos, liberando as larvas. Larva rabditoide (L1 – L2) no solo Ovo 12 a 24h L1 3 a 4 dias L2 5 dias (ainda no solo) L3 (Filarioide - forma infectante no hospedeiro) Ciclo biológico • Direto – monoxênico • Possui ciclo pulmonar (Loss) • Período pré-patente para N. americanos é de 42 a 60 dias • 35 a 60 dias para a A. duodenale • 21 a 35 dias para a A. ceylanicum Infecção ativa (L3 – pele) – larva cai na corrente sanguínea: Ciclo varia de 5 a 7 semanas Infecção L3 via oral Rose Anne 3 Modo de transmissão • Os ovos contidos nas fezes são depositados no solo onde se tornam embrionados • As larvas tornam-se infectantes L3 em um prazo de 7 a 10 dias • Ingestão de água ou alimentos contaminados com L3 • Penetração ativa transcutânea de L3 Patogenia As lesões se manifestam em 3 níveis: • Cutâneas • Pulmonar • Intestinal → A intensidade dessas lesões depende da sensibilidade do hospedeiro e da carga parasitária. Larva L3 • Dermatite urticariforme (lesões traumáticas na pele: hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo, prurido, edema) • Alterações pulmonares; • Passagem de larvas: tosse longa ou curta duração, coriza, faringite, laringite, febre. Verme adulto (L4 – l5) – hematófago – instalação no intestino delgado • Lesões intestinais; • Anemia (leve ou microcítica hipocrômica); • Dor epigástrica; • Desnutrição; • Diminuição de apetite; • Vômitos; • Náuseas; • Indisposição. Diagnóstico Pode ser analisado sob o ponto de vista coletivo ou individual: • Coletivo (epidemiológico) observa-se o quadro geral da população • Individual baseia-se na anamnese e na associação e sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais seguidos ou não de anemia Em ambos os casos, o diagnóstico será alcançado pelo exame parasitológico de fezes. • Método de Lutz; • Método de Willis; • Método de Faust; • Método de Kato-Katz; • Hemograma → Anemia microcítica e hipocrômica → Leucocitose com eosinofilia (mais acentuada na fase aguda) • Exame do escarro por método Gram: eosinófilos, cristais de Charcot-Leyden; • RX tórax: infiltrados localizados ou difusos; • Pesquisa de sangue oculto nas fezes. Tratamento • Mebendazol (100 mg 2x/dia por 3 dias seguidos em jejum); • Albendazol (400 mg dose única); • Pamoato de pirantel (induz paralisia muscular no verme adulto; ação de amplo espectro); • Reposição de ferro; • Terapia nutricional (proteínas e vitaminas) Profilaxia • Tratamento do doente; • Lavagem básica das mãos, dos alimentos; • Destino adequado do esgoto sanitário; • Saneamento básico; • Educação em saúde; • Andar calçado. Rose Anne 4
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