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Aula 02 30919770-poderes-da-administracao

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DIREITO ADMINISTRATIVO
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Livro Eletrônico
LISIANE BRITO
Professora de Direito Administrativo, especia-
lista em preparação para concursos públicos. 
Pós-graduada em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental pela UNIP. Advogada inscrita na 
OAB/MG desde 1997. Graduada em direito pela 
Faculdade de Direito da PUC/MG. Larga expe-
riência como docente, tendo ministrado aulas 
de Direito Administrativo nos principais cursos 
preparatórios do país. Já participou de bancas 
examinadoras e elaboração de questões para 
processos seletivos. Atua como advogada e 
consultora de empresas na área de Licitações 
e Contratos. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes da Administração
Prof.ª Lisiane Brito 
Poderes da Administração ............................................................................5
Vinculação e Discricionariedade Administrativa ...............................................5
Vinculação .................................................................................................7
Discricionariedade ......................................................................................7
Poder Regulamentar .................................................................................11
Previsão Legal do Poder Regulamentar ........................................................13
Decreto Regulamentar e Decreto Autônomo .................................................13
Poder Hierárquico .....................................................................................16
Poder Disciplinar ......................................................................................17
Poder de Polícia ........................................................................................18
Conceito ..................................................................................................18
Polícia Administrativa e Polícia Judiciária ......................................................19
Atributos do Poder de Polícia ......................................................................20
Limitações ao Poder de Polícia ....................................................................24
Abuso de Poder ........................................................................................25
Questões de Concurso ...............................................................................26
Gabarito ..................................................................................................38
Gabarito Comentado .................................................................................39
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes da Administração
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Apresentação
Caro(a) aluno(a),
Chegamos à nossa segunda aula. Hoje vamos estudar os Poderes da Admi-
nistração Pública.
Abordaremos na aula os seguintes pontos:
Poderes administrativos: poderes e deveres do administrador público, uso e 
abuso do poder, vinculação e discricionariedade.
Poder hierárquico.
Poder disciplinar e processo administrativo disciplinar.
Poder regulamentar.
Poder de polícia.
Temos muito trabalho pela frente! Vamos lá!
Boa aula!
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes da Administração
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PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
O termo PODER nos transmite, em regra, uma ideia de faculdade, liberdade 
de ação.
Entretanto, quando pensamos nos poderes administrativos, devemos enten-
dê-los como deveres-poderes, conferidos à Administração Pública para que ela os 
exerça em benefício da coletividade.
São irrenunciáveis, pois são prerrogativas de autoridade, conferidas pela lei 
ao administrador para facilitar o atingimento do fim público a que a atividade ad-
ministrativa se dirige. Não há dúvidas que os poderes da Administração são prer-
rogativas, mas a doutrina é unânime em afirmar que são poderes-deveres, que 
devem ser exercidos, dentro dos limites da lei.
Vejamos o que Hely Lopes Meirelles1 lecionou sobre isso: “...se para o particular 
o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação de 
atuar, desde que apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da sociedade”
Vale a pena lembrar que a Lei n. 9.784/1999, ao tratar da competência, no art. 
11, dispõe que
Art. 11 A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que 
foi atribuída como própria...
Antes de passar à análise de cada um dos poderes administrativos precisamos 
entender o significado das expressões vinculação e discricionariedade.
Vinculação e Discricionariedade Administrativa
Embora uma pequena parcela da doutrina ainda fale em poder vinculado e 
poder discricionário, esse não é o entendimento moderno.
1 MEIRELLES, Hely Lopes, Direito Administrativo Brasileiro, p. 82.
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Poderes da Administração
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Maria Sylvia Zanella Di Pietro2 explica que se tratam, na verdade, de carac-
terísticas presentes em atividades ou poderes administrativos. Veja o que diz a 
célebre autora:
“Quanto aos chamados “poderes discricionário e vinculado”, não existem como poderes 
autônomos; a discricionariedade e a vinculação são, quando muito, atributos de outros 
poderes ou competências da Administração.
O chamado “poder vinculado”, na realidade, não encerra “prerrogativa” do poder públi-
co, mas, ao contrário, dá ideia de restrição, pois, quando se diz que determinada atri-
buição da Administração é vinculada, quer-se significar que está sujeita à lei em pratica-
mente todos os aspectos; o legislador, nessa hipótese, preestabelece todos os requisitos 
do ato, de tal forma que, estando eles presentes, não cabe à autoridade administrativa 
senão editá-lo, sem apreciação de aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, 
int Quanto aos chamados poderes discricionário e vinculado, não existem como poderes 
autônomos; a discricionariedade e a vinculação são, quando muito, atributos de outros 
poderes ou competências da Administração.
0 chamado “poder vinculado”, na realidade, não encerra “prerrogativa” do poder público, 
mas, ao contrário, dá ideia de restrição, pois, quando se diz que determinada atribuição da 
Administração é vinculada, quer-se significar que está sujeita à lei em praticamente todos 
os aspectos; o legislador, nessa hipótese, preestabelece todos os requisitos do ato, de tal 
forma que, estando eles presentes, não cabe à autoridade administrativa senão editá-lo, 
sem apreciação de aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, interesse público, 
equidade. Esses aspectos foram previamente valorados pelo legislador
A discricionariedade, sim, tem inserida em seubojo a ideia de prerrogativa, uma vez 
que a lei, ao atribuir determinada competência, deixa alguns aspectos do ato para se-
rem apreciados pela Administração diante do caso concreto; ela implica liberdade a ser 
exercida nos limites fixados na lei. No entanto, não se pode dizer que exista como poder 
autônomo; o que ocorre é que as várias competências exercidas pela Administração 
com base nos poderes regulamentar, disciplinar, de polícia, serão vinculadas ou discri-
cionárias, dependendo da liberdade, deixada ou não, pelo legislador à Administração 
Pública”.
Lucas Furtado3 também segue essa linha, dizendo que
“A discricionariedade administrativa não corresponde propriamente a um poder da Ad-
ministração Pública. A liberdade conferida pela lei para que o administrador adote a 
melhor solução para casos concretos com base em juízo de conveniência ou de oportu-
nidade não corresponde ao exercício de potestade pública de modo que a terminologia 
“poder vinculado” e “poder discricionário” é mantida por mera tradição, mas não por 
acerto jurídico ou técnico”.
2 Op. Cit.
3 Op. Cit.
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E o autor vai além, em sua explicação:
“A confusão e a equiparação da discricionariedade administrativa ou do exercício de ati-
vidades vinculadas aos poderes administrativos se devem ao fato de que o exercício dos 
poderes – de polícia, hierárquico, disciplinar e regulamentar- envolve, em alguns casos, 
o exercício de atividade vinculada e, em outras hipóteses, de atividade discricionária”
Então, caro(a) aluno(a), dependendo do regramento do ato, teremos um ato 
discricionário ou um ato vinculado.
Vinculação
O ato vinculado, ou ato regrado não expressa uma prerrogativa da adminis-
tração, mas uma restrição.
Ocorre que a Lei, ao prever o ato, preestabelece todos os requisitos e ele-
mentos necessários à validade desse, não deixando ao administrador nenhum juí-
zo de conveniência ou oportunidade. O legislador, ao elaborar a lei, já fez um juízo 
de valor sobre estes aspectos.
Nestes casos teremos um ato vinculado ou regrado, onde todos os seus ele-
mentos constitutivos serão vinculados.
Alexandre Mazza4 afirma que “onde houver vinculação, o agente público é um 
simples executor da vontade legal. O ato resultante do exercício dessa competência 
é denominado ato vinculado...”.
Discricionariedade
A discricionariedade está diretamente ligada à noção de liberdade de escolha.
Sabemos que, no direito privado, que rege as relações entre os particulares, a 
liberdade se liga à ideia de licitude (ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer algo senão em virtude de lei).
4 Op. Cit.
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No direito administrativo, ao contrário, a liberdade de ação do administrador só 
ocorre quando a lei expressamente autoriza. Somente nos limites da lei o adminis-
trador público poderá exercer a parcela de liberdade que lhe é atribuída.
Seria absurdo pensar que a liberdade do administrador público decorre da au-
sência de lei proibitiva. Pelo contrário, é a própria lei que, quando atribui compe-
tências, deixa margem para liberdade de escolha sobre a oportunidade ou con-
veniência na prática do ato. Quando isso ocorre, temos um ato discricionário.
Se a discricionariedade extrapolar os limites, o que se tem é arbitrariedade, 
que é uma ação contrária ou além da lei.
Assim, retomando a lição da professora Maria Sylvia Di Pietro:
“No exercício das várias competências, ora a Administração atua de forma vinculada, 
ora de forma discricionária, dependendo de haver ou não margem para a escolha do 
mais conveniente ou oportuno na prática do ato”.
A medida da discricionariedade depende da liberdade deixada pelo legislador à 
Administração Pública.
Existe, por parte da doutrina, algumas discussões sobre onde se encontra jus-
tificativa para a discricionariedade. Nesse ponto, vale a pena verificar o que diz 
Celso Antônio Bandeira de Mello5:
a) intenção deliberada do legislador: Uma corrente da doutrina entende que o legislador, 
intencionalmente, deixou margem ao administrador para que esse escolhesse a solução 
mais apropriada para atender a finalidade da lei;
b) impossibilidade material de regrar todas as situações: Alguns autores entendem que 
seria impossível ao legislador prever todas as situações concretas passíveis de ocorrên-
cia quando o administrador estiver no exercício da função administrativa e, diante disso, 
seria mais razoável atribuir competências flexíveis que pudesse se adaptar à realidade 
dos fatos;
c) inviabilidade jurídica da supressão da discricionariedade: Outros autores defendem que 
na Tripartição de Poderes, o legislador não pode esgotar na lei todas as situações concretas 
relacionadas a assuntos administrativos, pois isso levaria à neutralização das atribuições do 
Poder Executivo e consequentemente a ruptura de sua independência funcional;
5 MELLO, Celso Antônio Bandeira de Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros
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d) impossibilidade lógica de ser suprimida a discricionariedade: Esse é considerado o 
mais importante fundamento da discricionariedade. Trata-se da impossibilidade lógica 
de o legislador excluir competências discricionárias, porque a margem de liberdade está 
justamente na imprecisão dos conceitos empregados pela lei para definir competências. 
Assim, toda vez que o legislador outorga uma competência, deve fazê-lo por meio de 
conceitos jurídicos, que podem ser precisos ou não. Se não houver uma precisão ou 
determinação clara do significado de certo conceito jurídico, inevitavelmente haverá 
discricionariedade por parte do aplicador da lei.
Alexandre Mazza6 cita um exemplo interessante :
“Assim, por exemplo, quando a lei afirma que a Administração deve proibir o uso de 
“trajes indecentes” em certos ambientes, a indeterminação inerente ao conceito de traje 
indecente abre margem de liberdade para o agente público avaliar em quais casos a 
proibição deve ser aplicada”.
Outros exemplos de conceitos jurídicos indeterminados:
• “bons costumes”;
• “boa fé”;
• “solução adequada”;
• “decisão razoável” etc.
A conclusão a que se chega é que, diante dessa impossibilidade lógica de 
suprimir a discricionariedade, fica impossível evitar que surjam competências dis-
cricionárias.
Se o legislador empregar, no texto legal, conceitos jurídicos indeterminados, 
estará autorizando certa margem de liberdade de escolha, em alguns casos, por 
parte do administrador.
Avançando mais um pouco em nosso estudo da discricionariedade, veremos 
que é possível o controle judicial dos atos discricionários. Para que você 
possa compreender bem isso, é preciso que saiba a diferença entre mérito 
e discricionariedade.
6 Op. Cit.
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Vamos lá:
O mérito administrativo é o juízo da conveniência ou oportunidade, ado-
tado pelo administrador, quando pratica o ato. A discricionariedade, por sua vez, é 
a possibilidade de adotar um juízo de conveniência e discricionariedade.
Então, o Poder judiciário nunca irá penetrar no mérito, seja para para verificar, 
questionar ou julgar se há conveniência ou oportunidade em determinada atividade 
administrativa, pois isso é da competência do administrador.
Então, mesmo que o Judiciário exerça controle sobre atos discricionários, as de-
cisões judiciais devem se restringir à verificação de legalidade e razoabilidade, 
por parte do administrador, na eleição das prioridades.
Poderá haver a revisão judicial de decisões violadoras de princípios adminis-
trativos. Mas isso não significa que o juiz pode fazer um controle específico do mé-
rito das decisões adotadas pela Administração Pública.
Para concluir esse tópico, vamos esclarecer o significado da expressão “discri-
cionariedade técnica”. Alexandre Mazza nos informa que
“A expressão “discricionariedade técnica” é utilizada para designar a solução de ques-
tões que exijam conhecimento científico especializado. Nesses casos, a Administração 
Pública é obrigada a tomar uma decisão amparada em parecer técnico-profissional. 
Exemplo: ordem de demolição fundamentada em laudo de renomado engenheiro civil 
atestando o comprometimento da estrutura da construção. Como a discricionariedade 
técnica envolve conhecimentos especializados, a Administração fica vinculada à mani-
festação conclusiva do profissional consultado. É por isso que os casos denominados de 
“discricionariedade técnica”, na verdade, são hipóteses de vinculação administrativa, 
não cabendo ao Poder Público adotar solução diferente da indicada pelo especialista.
Assim, decisão administrativa dessa natureza só pode ser impugnada, judicial ou admi-
nistrativamente, com amparo em outro parecer técnico da lavra de profissional especia-
lizado na matéria.”
Com isso, concluímos essas noções introdutórias, tão importantes, sobre vincu-
lação e discricionariedade.
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Passamos, agora, à análise dos poderes administrativos, propriamente ditos:
Poder Regulamentar
Embora a função legislativa seja exercida de forma típica pelo Poder Le-
gislativo, o Poder Executivo às vezes a exerce, de forma atípica. Isso ocorre 
quando ele tem a tarefa de expedir regulamentos, que são atos administra-
tivos normativos.
Quando isso ocorre, a administração pública está no exercício do seu poder re-
gulamentar, um desdobramento do poder normativo, mais amplo, que abran-
ge várias espécies de atos normativos gerais, tais como os Regimentos, as Instru-
ções, Deliberações e Resoluções.
O poder normativo não é, tecnicamente, sinônimo de poder regulamentar. Aquele 
pode ser exercido por órgãos e entidades administrativas, enquanto esse é privati-
vo do Chefe do Executivo.
Por exemplo: Agências Reguladoras podem expedir resoluções, tratando de te-
mas relacionados a suas competências. Nesse caso temos o poder normativo 
das agências.
Por outro lado, quando o Presidente da República emite um Decreto, regulamentan-
do uma lei, temos o exercício do poder regulamentar do chefe do Poder Executivo.
Obs.: � Existem atos normativos que, editados por outras autoridades, estão inseri-
dos no poder regulamentar.
 � Exemplos são as instruções normativas, regimentos internos etc.
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 � Esses atos, geralmente, possuem um âmbito de aplicação mais restrito que 
os Decretos Presidenciais, mas também trazem normas gerais e abstratas, 
com vistas a aplicação das leis.
 � Isso decorre do princípio da simetria constitucional. Os Chefes do Poderes 
Legislativo e Judiciário, bem como o Procurador Geral da República, também 
poderão expedir atos normativos, inseridos no Poder Regulamentar. Exem-
plos são as instruções normativas, regimentos internos etc. Esses atos, 
geralmente, possuem um âmbito de aplicação mais restrito. Mas também 
trazem normas gerais e abstratas, com vistas a aplicação das leis.
Lembrando ainda que o poder regulamentar se relaciona também com o po-
der hierárquico, pois trata-se de atribuição que não pode ser exercida por qual-
quer agente público, mas apenas pela autoridade máxima do Poder.
Maria Sylvia Di Pietro7 explica bem esse ponto:
“Normalmente, fala-se em poder regulamentar; preferimos falar em poder normativo, 
já que aquele não esgota toda a competência normativa da Administração Pública; é 
apenas uma de suas formas de expressão, coexistindo com outras, conforme se verá.
Os atos pelos quais a Administração exerce o seu poder normativo têm em comum om 
a lei o fato de emanarem normas, ou seja, atos com efeitos gerais e abstratos”.
Mais adiante, a autora completa:
“Insere-se, portanto, o poder regulamentar como uma das formas pelas quais se ex-
pressa a função normativa do Poder Executivo. Pode ser definido como o que cabe ao 
Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas 
complementares à lei, para sua fiel execução”.
Veja mais essa observação da professora Di Pietro, sobre o tema que estamos 
estudando:
7 Op. Cit.
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Poderes da Administração
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“O poder regulamentar é privativo do Chefe do Poder (art. 84, IV, da Constituição) e 
se exterioriza por meio de decretos. Ele somente se exerce quando a lei deixa alguns 
aspectos de sua aplicação para serem desenvolvidos pela Administração, ou seja, quan-
do confere certa margem de discricionariedade para a Administração decidir a melhor 
forma de dar execução à lei. Se o legislador esgotou a matéria, não há necessidade de 
regulamento.
Além do decreto regulamentar, o poder normativo da Administração ainda se expressa 
por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções, editadas por autoridades 
que não o Chefe do Executivo; estabelecem normas que têm alcance limitado ao âmbito 
de atuação do órgão expedidor.
Há, ainda, os regimentos, pelos quais os órgãos estabelecem normas sobre o seu fun-
cionamento interno.
Em todas essas hipóteses, o ato normativo não pode contrariar a lei, nem criar direitos, 
impor obrigações, proibições, penalidades que nela não estejam previstos, sob pena de 
ofensa ao princípio da legalidade (arts. 52, H, e 37, caput, da Constituição). Note-se que 
o Congresso Nacional dispõe agora de poder de controle sobre os atosnormativos do 
Poder Executivo, podendo sustar os que exorbitem do poder regulamentar (art. 49, V).”
Previsão Legal do Poder Regulamentar
O art. 84, incisos IV e VI, da CF/88, atribui ao chefe do Poder Executivo as 
seguintes competências:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
…
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regula-
mentos para sua fiel execução.
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 32, 
de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar au-
mento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda 
Constitucional n. 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Cons-
titucional n. 32, de 2001).
Decreto Regulamentar e Decreto Autônomo
A competência do chefe do Poder executivo de regulamentar as leis, é exercida 
através de um instrumento denominado Decreto Regulamentar ou Regulamen-
to Executivo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes da Administração
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Esse regulamento não pode ser delegado pelo Presidente da República, pois 
não se inclui no rol das competências delegáveis, previsto no parágrafo único do 
artigo 84.
Vejamos o que diz a Constituição.
Das Atribuições do Presidente da República
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República
...
IV – Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regu-
lamentos para sua fiel execução;(...)
Por outro lado, o inciso VI do artigo 84 da CF/88 traz a previsão do decreto 
autônomo, que foi introduzido no texto da Constituição pela EC n. 32/2001.
O Decreto autônomo é utilizado pelo chefe do Poder Executivo para tratar de 
assuntos internos, como organização e funcionamento da administração pública, 
desde que isso não leva ao aumento de despesas, nem à criação ou extinção de 
órgãos públicos.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – Dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumen-
to de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
O poder normativo da Administração atua por meio de atos administrativos nor-
mativos, gerais e de efeitos externos, como as resoluções, portarias, deliberações 
e instruções.
Entenda que esses atos normativos apenas se assemelham à norma legal no 
que se refere à característica de generalidade e abstração, que ambos possuem.
No entanto, nunca será admitido que um ato normativo venha a contrariar a lei 
ou criar direitos, obrigações, penalidades, proibições que não estejam previstos em 
lei. Isso significaria ofensa ao princípio da legalidade.
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Poderes da Administração
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Miguel Reale8 nos traz uma lição importantíssima:
“os atos legislativos não diferem dos regulamentos ou de certas sentenças por sua na-
tureza normativa, mas sim pela originalidade com que instauram situações jurídicas no-
vas, pondo o direito e, ao mesmo tempo, os limites de sua vigência e eficácia, ao passo 
que os demais atos normativos explicitam ou complementam as leis, sem ultrapassar 
os horizontes da legalidade”.
Então, podemos dizer que o poder normativo é a competência dada pela Lei ao 
Poder Executivo, para que esse exerça, de forma atípica, a função legislativa. É um 
poder-dever, que deve ser exercido dentro dos limites legais.
Mas, digamos que o agente público incorra em omissão e não cumpra essa 
competência de editar regulamentos. O que acontece nessa situação?
A própria Constituição Federal prevê alguns Remédios Constitucionais, apli-
cáveis aos casos de omissão:
a) Mandado de injunção: É cabível sua impetração, desde que a falta norma 
regulamentadora tornar inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais 
e prerrogativas inerentes à nacionalidade, cidadania (art. 5º LXXXI).
b) Arguição de Inconstitucionalidade por Omissão: Está prevista no art. 
103, §2º, da Constituição Federal. Tem um âmbito restrito que o mandado de 
injunção, é cabível quando há omissão de medida necessária para tornar efetiva 
norma constitucional. O STF é competente para julgar e dar ciência ao Poder com-
petente, para que este supra a omissão em 30 dias.
Esses remédios constitucionais são cabíveis, no caso de omissão relativa ao po-
der regulamentar, por parte do chefe do Executivo.
8 REALE, Miguel, Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense
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Se a omissão for relativa ao poder normativo, no que se refere ao dever de 
editar atos normativos, o ordenamento jurídico apresenta os instrumentos hábeis 
a trazer solução para a falta do ato.
Vejamos, agora, o que ocorre quando há excessos no exercício do poder regu-
lamentar: Se o chefe do Executivo exorbitar do seu poder regulamentar, a própria 
Constituição atribui competência ao Poder Legislativo, para sustar o ato eivado 
de vício.
Sabemos que a função legislativa é típica do Poder Legislativo, e o Executivo a 
exerce, através do seu poder regulamentar, como uma função atípica. Logo, se o 
Executivo exorbitar no uso desse poder, o Legislativo exercerá o controle exter-
no, a fim de aparar os excessos.
Vejamos o art. 49, V, da CF/88:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
...
V – Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar 
ou dos limites de delegação legislativa;
Tudo certinho até aqui?
Ok, então vamos ao próximo poder administrativo:
Poder Hierárquico
Dirigir, ordenar, coordenar, dar ordens e impor limites, bem como distribuir tare-
fas, escalonar funções, rever a atuação de seus agentes, ou ainda delegar e avocar 
atribuições são manifestações do poder hierárquico.
O poder hierárquico é a atividade da Administração Pública destinada a estabe-
lecer a relação de subordinação os agentes, distribuindo e estabelecendo as fun-
ções dos órgãos públicos.
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São atribuições decorrentes do poder hierárquico:
• editar atos, com o objetivode ordenar a atuação dos órgãos subordinados 
(são atos de efeitos internos, que não se confundem com os regulamentos);
• dar ordens aos subordinados;
• controlar permanentemente a atividade dos órgãos subordinados, devendo 
anular atos ilegais e podendo revogar os atos por razoes de conveniência e 
oportunidade;
• avocar e delegar atribuições.
− Avocar: trazer para si atribuições que foram originalmente atribuídas a um 
subordinado, desde que não se refira a competência exclusiva. A avocação 
está prevista nos art. 15 da Lei n. 9784/1999.
− Delegar: Transferir a outro agente atribuições que lhe seriam originalmen-
te atribuídas. A delegação está prevista nos art. 12 e seguintes da Lei n. 
9784/1999.
Passamos, agora, ao próximo poder da administração pública.
Poder Disciplinar
É o poder que a Administração Pública possui para apurar faltas cometidas pelos 
agentes públicos e aplicar penalidades funcionais.
O poder disciplinar também alcança pessoas que, embora não sejam agentes públi-
cos, estão vinculadas à disciplina administrativa. É o caso dos que contratam com 
o Poder Público.
Por outro lado, se for imposta sanção a um particular, não sujeito à disciplina 
interna da administração não se trata de exercício de poder disciplinar e sim do 
poder de polícia.
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O poder disciplinar tem certa dose de discricionariedade, em alguns casos. Isso 
porque existem situações em que o legislador não tem como preestabelecer todas 
as regras para a apuração da infração e aplicação da penalidade. Mas, não vamos 
confundir essa discricionariedade como total liberdade de opção!
A Administração não tem liberdade de escolha entre punir e não punir, pois ao 
tomar conhecimento da irregularidade, a apuração dessa deverá ocorrer e, se for 
constatada a falta disciplinar, a penalidade deverá ser aplicada.
Por fim, cumpre ressaltar que poder hierárquico e poder disciplinar não se con-
fundem. Ambos estão intimamente relacionados, um complementando o outro e 
ambo, porém possuem contornos bem definidos.
Vamos, agora, ao quarto e último dos poderes da administração
Poder de Polícia
Trata-se de uma atividade da administração Pública que, ao limitar ou disciplinar 
o exercício dos direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a prática de ato 
ou abstenção de fato, em razão do interesse público.
O fundamento do poder de polícia está na supremacia do interesse pú-
blico sobre o privado.
Conceito
A definição de poder de polícia está no art. 78 do Código Tributário Nacio-
nal, e isso se deve ao fato de ser o exercício deste poder um dos fatos geradores 
da taxa (espécie de tributo) cobrada pelo Poder Público.
Vamos ver como o conceito legal de poder de polícia:
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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
(...)
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitan-
do ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou 
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
(...)
A doutrina traz o seguinte conceito: “A atividade do Estado que consiste em li-
mitar o exercício de direitos individuais em benefício do interesse público”.
Dos poderes da Administração Pública, o único que 
está diretamente relacionado à geração de tributos é o 
poder de polícia!
Polícia Administrativa e Polícia Judiciária
O poder de polícia pode incidir em duas áreas de atuação: Polícia Judiciária 
e Polícia Administrativa. A distinção entre elas se faz em função do caráter que 
predomina na atividade. Assim, a polícia administrativa tem uma atuação predo-
minantemente preventiva, ao passo que a polícia judiciária é predominantemente 
repressiva.
Mas, tenha em mente que essa distinção não é taxativa. Trata-se apenas de 
características predominantes. Tanto a polícia administrativa quanto a polícia 
judiciária atuam em alguns momentos de forma preventiva e, em outras circuns-
tâncias adotarão medidas repressivas.
Feitos esses esclarecimentos, vamos agora passar a uma análise mais apurada 
das duas áreas de atuação do poder de polícia
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Polícia Administrativa
Aqui a atividade da Administração Pública se inicia e se exaure em seu próprio 
âmbito de atuação. É executada por órgãos administrativos, de natureza fiscaliza-
dora, sendo a atividade regida pelo Direito Administrativo.
Incide sobre bens, direitos ou atividades. Tem caráter eminentemente preven-
tivo, no intuito de evitar que o dano aconteça. Entretanto, algumas vezes atua de 
forma repressiva, quando os administrados cometem irregularidades (exemplo tí-
pico é a aplicação de multas de trânsito).
• Principais ramos da polícia administrativa:
− Polícia de trânsito
− Polícia sanitária
− Polícia de costumes
− Polícia de edificações
− Polícia de comunicações
− Polícia marítima, aérea e de fronteiras.
− Polícia rodoviária e ferroviária
Polícia Judiciária
Trata-se de uma atividade administrativa, executada pelos órgãos de segurança 
pública, que prepara ou apoia a atuação da função jurisdicional penal.
Rege-se pelo direito penal, incidindo sobre pessoas. Tem natureza eminente-
mente repressiva, destinando-se a responsabilização penal do indivíduo.
Atributos do Poder de Polícia
Por atributos vamos entender as características predominantes deste poder, 
que não necessariamente estão presentes em todos os atos. São eles:
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Discricionariedade
Consiste na opção de escolha, por parte da administração, dos meios mais 
adequados ao exercício do poder de polícia. A discricionariedade está presente em 
grande número de medidas, autorizando um juízo acerca da conveniência e oportu-
nidade da atividade. Um bom exemplo de ato discricionário, no exercício de poder 
de polícia, é a autorização de uso de bem público.
Há situações em que a própria lei determina a adoção de medidas, previamente 
estabelecidas, sem qualquer liberdade de escolha. Quando isso ocorre o ato será 
vinculado como, por exemplo, as licenças para conduzir veículos e para construir.
ExecutoriedadeTemos aqui a efetiva possibilidade de a administração exercer imediatamente seus 
atos, sem recorrer antes ao Poder Judiciário. É o que acontece, por exemplo, nas 
apreensões de mercadorias. Em situações como essa, não teria sentido a administra-
ção ter que aguardar a aprovação prévia do Judiciário para a consecução do ato.
A autoexecutoriedade só existirá quando a lei determinar.
Trata-se, na verdade, de situação excepcional, na qual o administrador atua com 
grande margem de liberdade, relativa à limitação ou mesmo supressão de direitos 
dos particulares, sem que para isso seja necessária a apreciação judicial.
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Por essa razão, alguns atos que manifestam o poder de polícia, como as multas de 
trânsito, por exemplo, estão excluídos da autoexecutoriedade, que só podem ser 
executadas por via judicial.
Exigibilidade
A doutrina adverte que se trata de um desdobramento da autoexecutoriedade, 
que ocorre quando são utilizados meios indiretos de coerção (ex.: multas diárias 
por mora no cumprimento das obrigações) para dar executoriedade aos atos.
Maria Sylvia Di Pietro traz uma lição, baseada no direito francês, que esclarece 
bem esse ponto. Vejamos:
“autoexecutoriedade (que os franceses chamam de executoriedade apenas) é a pos-
sibilidade que tem a Administração de, com os próprios meios, pôr em execução as suas 
decisões, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário.
Alguns autores desdobram o princípio em dois: a exigibilidade (privilège du préalab-
le) e a executoriedade (privilège d’action d’office). 0 privilège du préalable resulta da 
possibilidade que tem a Administração de tomar decisões executórias, ou seja, decisões 
que dispensam a Administração de dirigir-se preliminarmente ao juiz para impor a obri-
gação ao administrado. A decisão administrativa impõe-se ao particular ainda contra a 
sua concordância; se este quiser se opor, terá que ir a juízo.
0 privilège d’action d’office consiste na faculdade que tem a Administração, quando já 
tomou decisão executória, de realizar diretamente a execução forçada, usando, se for o 
caso, da força pública para obrigar o administrado a cumprir a decisão.
Pelo atributo da exigibilidade, a Administração se vale de meios indiretos de coação.
Cite-se, como exemplo, a multa; ou a impossibilidade de licenciamento do veículoven-
quanto não pagas as multas de trânsito.
Pelo atributo da auto-executoriedade, a Administração compele materialmente ovad-
ministrado, usando meios diretos de coação. Por exemplo, ela dissolve uma reunião, 
apreende mercadorias, interdita uma fábrica.
A auto-executoriedade não existe em todas as medidas de polícia. Para que a
Administração possa se utilizar dessa faculdade, é necessário que a lei a autorize ex-
pressamente, ou que se trate de medida urgente, sem a qual poderá ser ocasionado 
prejuízo maior para o interesse público. No primeiro caso, a medida deve ser adotada 
em consonância com o procedimento legal, assegurando-se ao interessado o direito 
de defesa, agora previsto expressamente no artigo 52, inciso LV, da Constituição. No 
segundo caso, a própria urgência da medida dispensa a observância de procedimento 
especial, o que não autoriza a Administração a agir arbitrariamente ou a exceder-se no 
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emprego da força, sob pena de responder civilmente o Estado pelos danos causados (cf. 
art. 37, § 62, da Constituição), sem prejuízo da responsabilidade criminal, civil e admi-
nistrativa dos servidores envolvidos”.
Em resumo, pode-se dizer que a exigibilidade está presente em todas as medidas de 
polícia, mas não a executoriedade (privilège d’action d’office).”
Interessante, não é mesmo?
Coercibilidade
É a possibilidade de a administração empregar a força pública, se houver re-
sistência ilegítima, por parte do administrado destinatário do ato. É por causa da 
coercibilidade que o poder de polícia não pode ser delegado a particulares, no que 
se refere às atividades-fim.
Vamos dedicar alguns minutos à compreensão desse ponto, tão importante.
As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia são divididas em 
quatro grupos:
i. legislação;
ii. consentimento;
iii. fiscalização; e
iv. sanção
A delegação do poder de polícia, propriamente dito, inclusive para as pessoas 
jurídicas de direito privado da administração indireta é vedada, de acordo com a 
doutrina majoritária. No entanto, poderá ser delegado somente o poder de fisca-
lizar e de emanar atos de consentimentos (como carteiras de habilitação), sendo 
vedada a criação de normas ou a aplicação de sanções, por particulares.
Ok, feitos esses esclarecimentos, vamos em frente.
Vimos até aqui os atributos do poder de polícia mencionados pela maioria 
da doutrina.
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A exigibilidade vem sendo cobrada em provas.
Alguns autores do Direito administrativo, uma minoria doutrinária, cita ainda 
outro atributo: atividade negativa. Esses autores alegam que, devido ao fato de 
o poder de polícia praticamente nunca buscar uma ação por parte dos administra-
dos, e sim a abstenção de determinadas condutas, a regra é que esse se limita a 
impor restrições, que se configuram em obrigações de não fazer.
Daí se tratar de uma atividade negativa, ou seja, aquela que impõe uma 
obrigação de não fazer. Fica mencionado, embora não seja comum essa aborda-
gem em provas de múltipla escolha.
Muito bem, com isso concluímos o tema “atributos do poder de polícia”. Va-
mos, então, avançar mais um pouco em nosso estudo.
Limitações ao Poder de Polícia
O exercício do poder de polícia deverá ser feito dentro de limites, para que se-
jam preservados os direitos do cidadão e liberdades públicas, asseguradas pela 
Constituição Federal e pelas leis.
A doutrina aponta regras a serem obedecidas, com o objetivo de não ofender ou 
suprimir direitos individuais. Tais regras são:
1. necessidade: A Atividade de polícia só pode ser adotada a fim de prote-
ger o interesse público contra possíveis ameaças
2. proporcionalidade: Deve ser observada sempre a relação entre a limita-
ção ao direito individual e o prejuízo que se procura evitar. Se a limitação 
ao direito individual não for a medida adequada a evitar o prejuízo, esta 
não deve ser adotada.
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3. eficácia: a medida deve ser adequada para impedir efetivamente o dano.O art. 78, do CTN, em seu parágrafo único, estabelece os parâmetros para o 
regular exercício do poder de polícia, como sendo o exercício por autoridade com-
petente, observância dos limites da Lei e devido processo legal e inexistência de 
abuso de poder.
Art. 78.
...
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempe-
nhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo 
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou 
desvio de poder.
Abuso de Poder
Trata-se de uma expressão genérica, que inclui duas modalidades:
• Excesso de Poder: defeito dos atos relacionado à competência do sujeito. 
Ocorre quando o agente pratica um ato que não se inclui entre suas atribui-
ções legais.
• Desvio de Poder: defeito relacionado à finalidade. Ocorre quando o agen-
te, embora competente, pratica o ato visando fim diverso do interesse público 
(beneficiar ou prejudicar alguém, por exemplo).
Caro (a) aluno (a),
Com isso concluímos nossa segunda aula. Teste seus conhecimentos, através da 
resolução de questões e depois confira o gabarito e os comentários.
Um abraço e até a próxima aula!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/2018/AL/RO) Caio, agente de polícia, recebeu ordens para 
escoltar determinado preso, que iria prestar depoimento no Tribunal. Sabe-
-se que a escolta de preso é função própria e exclusiva de agente penitenciário. 
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Caio deve obedecer à ordem recebida em função do princípio da hierarquia.
b) Caio não pode desobedecer à ordem, ante a presunção de legalidade.
c) Caio não deve obedecer à ordem, em decorrência de sua manifesta ilegalidade
d) Caio deve obedecer à ordem, já que não terá responsabilidade no caso de lesão 
a interesse público.
Questão 2 (FGV/2018/AL/RO) O Presidente de uma Assembleia Legislativa, por 
estar sobrecarregado de trabalho, delegou para o 1º Vice-Presidente, com a con-
cordância deste, competência para decidir de recurso hierárquico interposto contra 
decisão de Presidente de Comissão, em questão de ordem por este resolvida.
a) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
regulamentar, na medida em que editou norma geral e abstrata.
b) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
hierárquico, delegando competência de ato devidamente especificado para inferior 
hierárquico.
c) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
disciplinar, pois possui prerrogativa para regulamentar o exercício de suas próprias 
atribuições.
d) nulo, eis que causará vício de competência, por excesso de poder para o 1º Vi-
ce-Presidente, pois a decisão de recurso hierárquico é indelegável.
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Questão 3 (FGV/2014/OAB) A Secretaria de Defesa do Meio Ambiente do Estado 
X lavrou auto de infração, cominando multa no valor de R$ 15.000,00 - (quinze mil 
reais) à empresa Explora, em razão da instalação de uma saída de esgoto clandes-
tina em uma lagoa naquele Estado.
a) A empresa não impugnou o auto de infração lavrado e não pagou a multa apli-
cada. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. b) A aplicação de pe-
nalidade representa exercício do poder disciplinar e autoriza a apreensão de bens 
para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato.
c) A aplicação de penalidade representa exercício do poder disciplinar, mas não 
autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida.
d) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia, mas não 
autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida.
e) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia e autoriza a 
apreensão de bens para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato.
Questão 4 (FGV/2018/TJ/SC) Poder de Polícia pode ser conceituado como ativida-
de da Administração Pública que se expressa por meio de seus atos normativos ou 
concretos, com fundamento na supremacia geral do interesse público, para, na for-
ma da lei, condicionar a liberdade e a propriedade dos indivíduos mediante ações 
fiscalizadoras, preventivas e repressivas.
Nesse contexto, de acordo com modernas doutrina e jurisprudência, o poder de 
polícia é:
a) delegável na fase de fiscalização de polícia, pois está ligado ao poder de gestão 
do Estado;
b) delegável na fase de sanção de polícia, pois está ligado ao poder de império do 
Estado;
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c) delegável em qualquer fase, pois decorre do poder hierárquico do Estado;
d) indelegável em qualquer fase, pois decorre da autoexecutoriedade administrativa;
Questão 5 (FGV/2018/TJ/SC) Governador do Estado de Santa Catarina editou 
um decreto estabelecendo feriados e pontos facultativos no ano de 2018, para 
órgãos e entidades da Administração Direta, autarquias e fundações do Execu-
tivo catarinense.
Em tema de poderes administrativos, o ato praticado pelo Governador está 
formalmente:
a) correto, e consiste em ato administrativo que decorre do poder regulamentar;
b) correto, e consiste em ato administrativo que decorre do poder disciplinar;
c) incorreto, porque se trata de ato administrativo simples e a matéria deveria ser 
objeto de ato legislativo;
d) incorreto, porque se trata de ato administrativo complexo que exige a participa-
ção dos Poderes Legislativo e Judiciário;
Questão 6 (FGV/2018/TJ/SC) Os poderes administrativos são instrumentais, pois 
consistem em mecanismos de trabalho por meio dos quais os órgãos e as entidades 
administrativas executam suas tarefas e cumprem suas missões.
São hipóteses, respectivamente, de emprego do poder regulamentar e do poder de 
polícia, quando o agente público municipal competente:
a) indefere a implantação de determinado loteamento urbano requerido por par-
ticular, por não atender aos requisitos legais; e atua como segurança patrimonial 
para preservar certo bem público municipal;
b) emite ato administrativo de demissão de servidor público municipal, após re-
gular processo administrativo disciplinar; determina a servidor hierarquicamente 
inferior que desempenhe certa função na repartição onde está lotado;
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c) edita decreto contendo normas gerais que complementam lei ordinária munici-
pal em determinada matéria; e procede à apreensão de produtos impróprios para 
consumo em mercado privado;
d) delega para autoridade municipal hierarquicamente inferior a prática de certo 
ato administrativo; e aplica pena disciplinar a servidor público municipal, observa-
do o devido processo legal;
Questão 7 (FGV/2018/MPE/AL) O órgão competente do Município Delta, no exer-
cício de suas atividades regulares, constatou que a Distribuidora de Alimentos Kapa 
não estava acondicionando os alimentos que distribuía com estrita observância da 
disciplina estabelecida em regulamento do Chefe do Poder Executivo, o qual fora 
editado em harmonia com a lei de regência. Como os alimentos estavam expostos 
às intempéries do tempo, foram inutilizados, apesar da resistência do sócio-geren-
te da Distribuidora, sendo aplicada a multa prevista em lei. Considerando a narra-
tiva acima, assinale a opção que indica a natureza e as características de todos os 
atos praticados, bem como a espécie do poder desempenhado.
a) Poder de polícia, com a prática de atos preventivos e repressivos, normativos e 
concretos, tendo as características da autoexecutoriedade e da coercibilidade.
b) Poder disciplinar, com a prática de atos preventivos, de ordenação, de caráter 
concreto e de natureza vinculada, tendo a característica da coercibilidade.
c) Poder de polícia, com a prática de atos repressivos, normativos e gerais, tendo 
as características da autoexecutoriedade e da coercibilidade.
d) Poder disciplinar, com a prática de atos repressivos, normativos e concretos, 
tendo as características da autoexecutoriedade e da coercibilidade.
Questão 8 (FGV/2018/MPE/AL) O Subsecretário de Estado de Administração, no 
regular exercício de suas competências, decidiu instaurar processo administrativo 
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para aquisição de produtos de limpeza, o que veio a determinar aos seus subordi-
nados de modo expresso.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o Secretário de Estado de Administração deci-
diu revogar a decisão tomada, por vê-la como contrária ao interesse público.
Sobre o prisma dos poderes administrativos, o ato praticado pelo Secretário de Es-
tado é emanação do poder
a) hierárquico, mas foi usado de modo irregular, pois o Secretário deveria suspen-
der o ato praticado pelo Subsecretário, cabendo a revogação ao Prefeito.
b) hierárquico, que foi usado de modo regular, pois autoriza tanto a anulação como 
a revogação dos atos praticados pelo Subsecretário.
c) hierárquico, mas foi usado de modo irregular, pois só autoriza a anulação de atos 
ilegais praticados pelo Subsecretário, não a sua revogação.
d) disciplinar, mas foi usado de modo irregular, pois só autoriza a anulação de atos 
ilegais praticados pelo Subsecretário, não a sua revogação.
Questão 9 (FGV/2018/TJ/SC) Poder de polícia pode ser conceituado como uma 
atividade da Administração Pública que se expressa por meio de seus atos normati-
vos ou concretos, com fundamento na supremacia geral do interesse público para, 
na forma da lei, condicionar a liberdade e a propriedade individual, mediante ações 
fiscalizadoras preventivas e repressivas.
De acordo com ensinamentos da doutrina de Direito Administrativo, são caracterís-
ticas ou atributos do poder de polícia:
a) a hierarquia, a disciplina e a legalidade;
b) a imperatividade, a delegabilidade e a imprescritibilidade;
c) a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade;
d) a indelegabilidade, a hierarquia e o respeito às forças de segurança pública;
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Questão 10 (CETREDE/2019/PREFEITURA DE PACUJÁ/CE) As atividades que en-
volvem a consecução do poder de polícia são sumariamente divididas em quatro 
grupos, a saber: (I) legislação; (II) consentimento; (III) fiscalização; e (IV) sanção.
Sobre a delegação do poder de polícia a uma sociedade de economia mista, a juris-
prudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de sua:
a) possibilidade em relação aos atos de fiscalização e sanção, porque decorrem do 
poder discricionário da Administração Pública, mas não pode ocorrer delegação dos 
atos de legislação e consentimento, pois derivam do poder vinculado;
b) possibilidade em relação aos atos de legislação, consentimento, fiscalização e 
sanção, diante da autonomia dos entes federativos, que ostentam o poder discri-
cionário para decidir a forma como prestam os serviços públicos;
c) possibilidade em relação aos atos de consentimento e fiscalização, pois estão 
ligados ao poder de gestão do Estado, mas não pode ocorrer delegação dos atos de 
legislação e sanção, pois derivam do poder de coerção;
d) impossibilidade, em qualquer das fases de legislação, consentimento, fiscaliza-
ção e sanção, pois apenas os órgãos da administração direta e os que ostentem 
personalidade jurídica de direito público da administração indireta exercem legiti-
mamente a autoexecutoriedade de seus atos;
Questão 11 (CESPE/2009/PC/RN) Poderes administrativos são o conjunto de prer-
rogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrati-
vos com a finalidade de permitir que o Estado alcance seus fins.
Nesse contexto, de acordo com a doutrina de Direito Administrativo, destaca-se o poder:
a) hierárquico, que possui estruturação interna, mediante o escalonamento no pla-
no vertical dos órgãos e agentes da Administração, que tem por objetivo a organi-
zação da função administrativa;
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b) discricionário, que consiste na atuação vinculada do agente público refletida 
numa imposição legal ao administrador, obrigando-o a conduzir-se rigorosamente 
em conformidade com os parâmetros legais;
c) regulamentar, que decorre da prerrogativa de direito público que, calcada na 
lei, autoriza a Administração Pública a restringir o usoe o gozo da liberdade e da 
propriedade em favor do interesse da coletividade;
d) disciplinar, que está ligado à ideia de hierarquia entre os agentes públicos, viabi-
lizando fenômenos administrativos como a avocação e a delegação, que decorrem 
de permissivo legal;
Questão 12 (FGV/2018/CÂMARA DE SALVADOR/BA) João construiu prédio de sua 
mercearia, sem requerer ou obter alvará de localização e funcionamento junto ao 
Município de Salvador, invadindo inclusive parte da calçada. Após regular processo 
administrativo, diante da omissão de João, o Município procedeu à demolição da 
parte construída ilegalmente em área pública.
A conduta do poder público municipal está:
a) correta, e calcada em seu poder regulamentar, pelo atributo da coercibilidade;
b) correta, e calcada em seu poder de polícia, pelo atributo da autoexecutoriedade;
c) correta, e calcada em seu poder disciplinar, pelo atributo da imperatividade;
d) errada, pois a medida extrema restringiu direito e uso da propriedade, razão 
pela qual deveria ter sido aplicada apenas a multa;
Questão 13 (FGV/2018/CÂMARA DE SALVADOR/BA) De acordo com a doutrina de 
Direito Administrativo, quando a lei cria um ato administrativo estabelecendo todos 
os seus elementos de forma objetiva, sem qualquer espaço para que a autoridade 
pública possa valorar acerca da conduta exigida legalmente, pois a lei já preesta-
beleceu a única conduta a ser praticada, está-se diante do poder:
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a) discricionário, não havendo possibilidade de juízo de valor sobre a oportunidade 
e conveniência para prática do ato pela autoridade administrativa;
b) de polícia, que confere ao administrador público a oportunidade e conveniência 
para a prática do ato administrativo;
c) vinculado, pois, preenchidos os requisitos legais, o ato administrativo tem que 
ser praticado pela autoridade administrativa.
d) disciplinar, que é ostentado pelo administrador público para impor os atos admi-
nistrativos aos particulares, atendendo ao interesse público;
Questão 14 (FGV/2018/SEFIN/RO) O Governador do Estado Alfa, com o objetivo 
de conferir maior dinamismo à fiscalização tributária, celebrou contrato adminis-
trativo com esse objetivo, isso após o devido processo licitatório. À sociedade em-
presária contratada foi permitida a aplicação de sanções, com rigorosa observância 
dos limites legais, sendo o serviço prestado remunerado com a cobrança de tarifa, 
sempre proporcional à fiscalização realizada.
À luz da sistemática jurídica vigente, nos planos constitucional e infraconstitucio-
nal, é correto afirmar que o contrato administrativo celebrado é
a) regular, pois expressa o exercício do poder discricionário pelo Governador 
do Estado, rendendo estrita observância aos princípios da legalidade e da 
proporcionalidade.
b) irregular, pois o poder discricionário do Governador do Estado somente poderia 
ser exercido com a prática de atos administrativos.
c) regular, pois a delegação do poder de polícia à sociedade empresária foi antece-
dida de processo licitatório e rendeu estrita observância ao princípio da legalidade.
d) irregular, pois o poder de polícia não poderia ser delegado à iniciativa privada, 
muito menos remunerado com o pagamento de preço público.
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Questão 15 (FGV/2017/MPE/BA) O Ato Normativo n. 10/2010, do Procurador-
-Geral de Justiça do Estado da Bahia, “institui o novo modelo e regulamenta a 
expedição e uso de identidade funcional dos membros do Ministério Público do 
Estado da Bahia”.
De acordo com a doutrina, o poder administrativo que embasou a prática do men-
cionado ato é o:
a) hierárquico, eis que o Procurador-Geral de Justiça, na qualidade de chefe institu-
cional, tem competência para legislar em qualquer assunto de interesse ministerial;
b) de legislar, eis que o Procurador-Geral de Justiça tem a competência constitucio-
nal de enviar projetos de lei de interesse ministerial ao Poder Legislativo;
c) de polícia, eis que a carteira funcional dos membros do MP autoriza o porte de 
arma, matéria ligada à segurança pública
d) regulamentar, eis que a norma editada tem caráter geral e abstrato, com efeitos 
erga omnes e complementa a lei.
Questão 16 (FGV/2017/PREFEITURA DE SALVADOR/BA) A Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária - ANVISA, autarquia federal, determinou a apreensão do su-
plemento alimentar “Força Power Mega Ultra”, que, segundo a autarquia, não apre-
sentaria garantias de eficácia, segurança e qualidade, colocando em risco a saúde 
dos eventuais usuários. Além disso, determinou a imposição de multa ao fabricante 
do produto.
Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.
a) A autarquia federal, no exercício regular do poder de polícia, pode apreender o 
suplemento alimentar em condição irregular, independentemente de autorização 
judicial prévia.
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b) A autarquia que não integra a administração direta da União, dos Estados ou 
do Município não pode exercer o poder de polícia, como a apreensão do referido 
suplemento.
c) No exercício do poder de polícia, a autarquia federal pode aplicar multa ao fabri-
cante do produto que não apresenta as garantias de eficácia e segurança, mas não 
determinar a sua apreensão.
d) Para permitir atuação eficaz em todo o país, é lícita a delegação, por parte da 
autarquia, das atividades de controle e fiscalização a pessoas de direito privado 
contratadas após a licitação.
Questão 17 (FGV/2017/TRT/12ª REGIÃO/SC) A Resolução Administrativa n. 
12/2016 do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região regulamenta, no âmbito 
daquele Tribunal, a aplicação da resolução conjunta n. 04/2014, dos presidentes 
do CNJ e CNMP, que autoriza o porte de arma de fogo para os servidores que efeti-
vamente estejam no exercício de funções de segurança, conforme permissivo legal 
do Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/03).
Em tema de poderes administrativos, é correto afirmar que a citada resolução foi 
editada com base no poder:
a) de polícia do Judiciário, que tem competência legal para estabelecer os parâ-
metros internos para reger o porte de arma e demais questões afetasà segurança 
pública dos cidadãos e de seus servidores e magistrados;
b) discricionário, uma vez que cabe ao Presidente do respectivo Tribunal, no regu-
lar exercício da autonomia organizacional e administrativa de cada Tribunal, esta-
belecer regras internas sobre segurança pública;
c) normativo, que é aquele conferido à Administração Pública para expedição 
de normas gerais, abstratas e com efeitos erga omnes, para, no caso concre-
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to, complementar a Lei n. 10.826/03, observados seus limites e visando à sua 
efetiva aplicação;
d) hierárquico, que é aquele exercido verticalmente, no topo da pirâmide adminis-
trativa do Tribunal por seu Presidente, que possui a competência legal para regula-
mentar atividades de segurança previstas na Lei n. 10.826/03;
Questão 18 (FGV/2017/ALERJ) A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Ja-
neiro recebeu dezenas de reclamações de consumidores a respeito da precarieda-
de no serviço público de fornecimento de energia elétrica em determinado bairro 
da Zona Oeste, consistente em constantes interrupções e quedas de energia. Tais 
denúncias foram encaminhadas ao PROCON Estadual que, após processo adminis-
trativo, aplicou multa à concessionária do serviço público. Em tema de poderes da 
Administração Pública, de acordo com a doutrina e a jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça, a providência adotada pelo PROCON está:
a) errada, eis que a sanção de multa decorre do poder normativo do órgão superior 
do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e da ANEEL;
b) errada, eis que a sanção de multa decorre do poder regulamentar da ANEEL em 
relação à transgressão dos preceitos do Código de Defesa do Consumidor;
c) correta, eis que a sanção de multa decorre do poder de polícia do órgão que in-
tegra o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor;
d) correta, eis que a sanção de multa decorre do poder hierárquico do órgão que 
integra o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor;
Questão 19 (FGV/2016/COMPESA) Sobre o tema do poder de polícia, analise as 
afirmativas a seguir.
I – A polícia administrativa tem caráter predominantemente preventivo, enquanto 
a polícia judiciária tem caráter predominantemente repressivo.
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II – O poder de polícia é indelegável, somente podendo ser exercido pela Adminis-
tração Pública direta.
III – O poder de polícia sempre será exercido em caráter vinculado, nos estritos 
termos da lei que autoriza o seu exercício.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas,
b) II, apenas,
c) III, apenas,
d) IV, apenas.
Questão 20 (FGV/2016/PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP) Dentre os princípios ex-
pressos na Constituição Federal/88, temos o Princípio da Moralidade, que deter-
mina as regras a serem seguidas na prática da boa administração. Caso a prática 
administrativa incorra na violação da ordem institucional, do bem comum e dos 
princípios de justiça e equidade, cabe à própria administração invalidá-la, por ofen-
der a moralidade administrativa. A finalidade do Princípio da Moralidade é evitar o 
abuso de poder.
Assinale a opção que apresenta as duas formas de abuso de poder combatidas pelo 
Princípio da Moralidade.
a) Desrespeito aos princípios legais e desvio de finalidade.
b) Excesso de poder e desvio de finalidade.
c) Conduta corrupta e conduta ineficiente.
d) Conduta ineficiente e abuso de autoridade.
e) Desvio de finalidade e conduta corrupta.
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GABARITO
1. c
2. d
3. d
4. a
5. a
6. c
7. a
8. b
9. c
10. c
11. a
12. a
13. c
14. d
15. d
16. a
17. c
18. c
19. a
20. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/2018/AL/RO) Caio, agente de polícia, recebeu ordens para es-
coltar determinado preso, que iria prestar depoimento no Tribunal. Sabe-se que a 
escolta de preso é função própria e exclusiva de agente penitenciário. Sobre o caso 
narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Caio deve obedecer à ordem recebida em função do princípio da hierarquia.
b) Caio não pode desobedecer à ordem, ante a presunção de legalidade.
c) Caio não deve obedecer à ordem, em decorrência de sua manifesta ilegalidade
d) Caio deve obedecer à ordem, já que não terá responsabilidade no caso de lesão 
a interesse público.
Letra c.
Como se tratava de competência exclusiva de agente penitenciário, essa não po-
deria ter sido exercida por Caio, que é agente de polícia. Competências exclusivas 
são indelegáveis.
Questão 2 (FGV/2018/AL/RO) O Presidente de uma Assembleia Legislativa, por 
estar sobrecarregado de trabalho, delegou para o 1º Vice-Presidente, com a con-
cordância deste, competência para decidir de recurso hierárquico interposto contra 
decisão de Presidente de Comissão, em questão de ordem por este resolvida.
a) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
regulamentar, na medida em que editou norma geral e abstrata.
b) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
hierárquico, delegando competência de ato devidamente especificado para inferior 
hierárquico.
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c) lícito, eis que o Presidente da Assembleia agiu no regular exercício de seu poder 
disciplinar, pois possui prerrogativa para regulamentar o exercício de suas próprias 
atribuições.
d) nulo, eis que causará vício de competência, por excesso de poder para o 1º Vi-
ce-Presidente, pois a decisão de recurso hierárquico é indelegável.
Letra d.
A Lei n. 9.7834/1999, em seu art. 13, proíbe

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